Fix me. escrita por Sherry


Capítulo 21
Capítulo 21 - Final.


Notas iniciais do capítulo

Volteeeei, com o capitulo finaaaal!

É bem explicativo, e espero que se divirtam com ele!

Ainda vou betar, desculpem u.u

Boa leitura sz'



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16:02.


A comemoração seria no terraço. A maioria dos convidados já estava lá, todos sentados pelas cadeiras de plástico decoradas, em suas mesas com bebidas e canapés; Lucy não havia experimentado os canapés ainda, mas Nathaniel parecia que sabia oque estava fazendo enquanto os preparava.

Havia decorações, adornos, e lembrancinhas vermelho e rosa pra todo lado; O painel de aniversário, tinha um tecido rosa champanhe pendurado na parede, e nele todo tipo de foto de Lucy com os amigos, e sozinha. A mesa em frente ao painel, estava o bolo os docinhos, e havia lembrancinhas em forma de mini copinhos de cerveja ( a bebida preferida de Lucy ), com a data de aniversario e nome dela gravados nos copinhos; A loira não sabia se agradecia Rosalya e Alexy ou se estrangulava eles.

— Filha, eu entendi bem a referencia? — Barbara perguntou, segurando uma das lembrancinhas em forma de copinho de cerveja em frente a loira.
— Sim mãe, são copinhos de cerveja. — a garota respondeu, levemente constrangida.
— Que criativo! — Barbara respondeu animada — Só pode ter sido coisa daquela menina. — completou satisfeita, observando o pequeno adorno com curiosidade.
— Tenho certeza de que foi ideia da Rosalya sim. — Lucy respondeu, mais a vontade.
— Ah, Barbara, a senhora gostou da lembrancinha? — Rosalya surgiu, puxando papo com a senhora.

Barbara assentiu que sim, e a morena de cabelos prateados saindo levando a mãe de Lucy para longe. A principio a loira não entendeu o porquê da atitude da amiga, mas quando viu Castiel a sua frente junto com Nathaniel, entendeu.

— Oque vocês tão confabulando? — ela perguntou, erguendo uma sobrancelha questionadora.
— Por que você só pensa essas coisas de mim? — Castiel perguntou, cruzando os braços teatralmente.

Lucy cruzou os braços também, e logo estavam se encarando.
Nathaniel entrou no meio deles, com uma expressão meio constrangida.

— Vocês podem deixar pra flertar depois. — o loiro falou, dando um sorriso amarelo — Por enquanto, vamos aos negócios. — completou, assentindo seriamente.

Ele e Castiel assumiram expressões conspiratórias.
Lucy não aguentou com aqueles dois juntos, e deu uma risada. Eles pareciam ser tão bons amigos, não conseguia imaginar como uma garota estragou aquela amizade tão única.

— A gente vai te contar agora, a treta da... Coisinha. — o ruivo falou, com a expressão azeda.

Lucy não precisava de mais nada para entender de que Castiel estava falando de Debrah; O desconforto que ele sentia quando se tratava daquela pessoa em questão era tanto, que ela podia captar o assunto mesmo quando ele não queria falar diretamente.

 Nathaniel olhou para ele com a cara amarga, e rolou os olhos.

— Ah, finalmente vamos parar com o mistério? — a loira perguntou, erguendo as sobrancelhas.
— Pedi o notebook do Alexy emprestado pra te mostrar — o loiro explicou.

Lucy não entendeu nada de inicio, mas assentiu. Eles foram para “mesa de DJ improvisada”, que Alexy fez para si mesmo, e Nathaniel começou a digitar no notebook.

— Eu quero começar tudo isso, falando que, eu não tive culpa. — Nathaniel falou, com os olhos na tela.

Ele estava inclinado sobre a mesa, para alcançar o notebook, de forma que ficava com o tronco levemente inclinado para baixo, Alexy que estava sentado em uma das cadeiras mais atrás, junto com Lysandre e Natalie, fez um sinal para Lucy aprovando o traseiro do Benitte; Lucy mordeu o lábio para não rir.

— Ta legal, foi tudo culpa minha. — Castiel resmungou — Eu não queria te mostrar, achei que não tinha relevância. — completou, fazendo bico.

Lucy ergueu a sobrancelha, e Nathaniel virou o notebook para ela, mostrando sua caixa de e-mail. Ali, havia um e-mail, destinado a Castiel, nele Nathaniel havia anexado imagens de reportagens on-lines que falavam sobre uma jovem estelionatária, que usava nomes falsos e viajava por toda Europa aplicando golpes em homens ricos, ela se envolvia com os homens e logo ia dizendo que estava grávida deles apenas para ter acesso as contas dos homens, usar seu dinheiro, e depois ir embora antes que fosse desmascarada.
A primeira reportagem, estava em inglês, e Lucy demorou para conseguir ler o texto que não era de sua língua nativa, mas conseguiu; A segunda reportagem, estava em português de Portugal, ela conseguiu assimilar a língua por sua descendência brasileira, e a terceira e ultima reportagem estava em uma língua que ela não reconheceu.

— Que idioma é esse, nessa ultima reportagem? — ela perguntou, olhando a tela com curiosidade.
— Alemão. — Nathaniel respondeu, dando de ombros.

Ela olhou para Castiel, ele estava com os ombros rígidos e os olhos distantes.
A loira ainda não havia entendido o porquê de estar lendo tudo aquilo, até que desceu a barra de rolagem, e viu as fotos da criminosa em questão.
Era a mesma garota que estava na foto com Castiel, a foto que ele deixava emoldurava em seu criado mudo, antes de começar a namorar com Lucy.

Era Debrah. 

Na foto da reportagem, ela estava sendo detida pela policia. Era reconhecível, mas parecia muito mais acabada do que na foto que estava com Castiel. A garota da foto na reportagem, parecia cansada, com os olhos arregalados e os cabelos embaraçados. Na foto com Castiel, ela apenas se parecia com uma adolescente que passou a noite na bebedeira.

— A criminosa que pratica estelionato, é a Debrah?! — Lucy sussurrou, chocada.

Nathaniel assentiu e esticou o corpo, ficando com os ombros rígidos, assim como Castiel; Ambos pareciam muito desconfortáveis com aquele assunto.

— Como você... Descobriu? — Lucy perguntou, em um fio de voz.
— Na verdade, foi a Ambre que descobriu. — Nathaniel começou a explicação — Ambre é muito ligada em moda, e viaja pra desfiles por toda Europa. Em uma das viagens dela, ficou sabendo dos boatos da garota que estava praticando golpes em jovens ricos... Bem, você sabe como minha irmã é curiosa. — deu de ombros — Ela não aguentou saber da fofoca, e foi querer saber de quem se tratava, e acabou vendo que era a Debrah. — explicou, com a voz baixa.

Lucy pestanejou, incrédula. Cacete, parecia que estava vivendo algo surreal. Castiel não estava preso no passado, devido a sua amada ex namorada, ele estava era com orgulho ferido de ter sido enganado por uma garota daquele jeito.

— Assim que ela me disse que tava grávida, e já comecei a falar pra ela ir no médico fazer acompanhamento da gravidez, mas ela ficou me enrolando por uns dois meses — Castiel começou a falar, com a cara amarrada — Nesse meio tempo, Nathaniel ficou tentando me alertar sobre ela. Ele disse que ela dava em cima dele, e que era interesseira. — suspirou virando o rosto pro lado.

Lucy olhou para Nathaniel, perplexa, com a boca meio aberta.

— E ele, não acreditou. — o loiro resmungou, rancoroso.
— Mas eu fiquei pensando no assunto. — Castiel se defendeu, elevando a voz levemente — Pressionei ela, pra ela marcar uma ulta-som, pra ver a gravidez, me ofereci pra ir junto e tudo.  Ela disse que já tinha marcado o dia, e falou que iria sacar um dinheiro pra pagar o médico. — completou, olhando para o outro ponto do terraço.

Lucy tentava ver a expressão do ruivo, mas ele virava o pescoço sempre que via ela se inclinar para ele.
Houve um pequeno silêncio, Lucy esperava que Castiel voltasse com as explicações mas os lábios dele estavam tão fechados, que pareciam colados.

O Benitte olhou para ele, e suspirou cansado, vendo que ele que teria que contar o resto.

— Você convive com Castiel tempo o suficiente pra saber que ele não é ligado ao dinheiro... — Nathaniel começou, olhando para Lucy serio.

Ela assentiu com seriedade, e ele continuou:

— No dia da suposta consulta médica pra verificar “o bebê”, Debrah sacou cerca de  5mil do caixa 24h, e depois foi até o banco pra tentar sacar mais 20mil. — falou, olhando para o chão parecendo constrangido — Mas, como ela não era casada com Castiel, parente ou representante legal, o gerente do banco ligou pro contador desse idiota ai, e o contador disse que não havia nenhum saque permitido para aquele dia. — contou, com o olhar ainda baixo. (N.A: Pra quem não sabe, quando a herança de alguém é muito alta, existe toda essa burocracia pra liberar grandes saques, afim de evitar golpes.)

— Mas, por que ela fez isso? — Lucy perguntou, quase sem voz.

Não podia imaginar uma mulher tão interesseira, que pudesse ter tentado se aproveitar de Castiel. Fala sério, Castiel era o cara mais doce do mundo! Ele doava dinheiro para instituições que resgatam animais de rua, e sempre se emocionava com filmes em que os cachorros morrem!

— Eu já estava pressionando muito ela, pelas costas do Castiel. Vivia cercando ela, e dizendo que sabia dos truques dela... E também, ela não estava grávida, não poderia mentir na ultra-som. — Nathaniel contou, severamente — De qualquer forma, ela deu a ultima cartada antes de fugir. Ligou pro Castiel chorando, dizendo que estava indo embora porque fez um exame, com os cinco mil que havia sacado mais cedo naquele dia, e descobriu que o filho que esperava era meu, e não do Castiel. — completou, entre dentes, com uma expressão de nojo.

 Se Lucy já estava perplexa antes, agora ela estava apavorada. Desacreditada.

— Oque? — ela quase gritou, com a voz estrangulada.

Castiel lançou um olhar de censura para ela, devido a voz alta. A loira se encolheu e olhou para o notebook, onde a foto de Debrah estava. Ela encarou aquela mulher, e então olhou para Castiel e Nathaniel. Lucy tentava assimilar toda aquela revelação, sem surtar.

— Ela... Vocês... — Lucy balbuciou, olhando para o loiro com espanto.

Nathaniel encarou Lucy com descrença e repulsa.

— Não, eles não tinham um caso. — Castiel foi quem respondeu, olhando para Lucy pela primeira vez depois do começo daquela conversa.

Lucy escorou-se na mesa, sentindo vertigens.

— Lucy. — Nathaniel chamou, seriamente — Debrah me acusou de ter violentado ela. — contou, com o maxilar trincado.

A loira arfou, sem ar. Olhou para o loiro e para o ruivo, sem chão. De repente toda sua festa de aniversario havia desaparecido e só existiam eles três, e o notebook no terraço.

— Não consigo... Entender. — ela balbuciou, com o olhar perdido no chão.

Castiel se aproximou dela, mas não a tocou. Pelo contrário, ela que o abraçou; Na verdade, quando o estrangulou! Se pendurou no pescoço do ruivo, e enterrou o rosto no peito dele.
Ele a abraçou de volta, e ficaram deste jeito por alguns segundos, antes de Nathaniel pigarrear.

— Bem, agora que esta tudo esclarecido... — o loiro começou, com um sorriso educado.

Lucy soltou o pescoço de Castiel, e ficou ao lado dele, segurando sua mão.

— Não ta tudo esclarecido, ainda tenho algumas duvidas. — ela garantiu, solenemente.
— Lá vem a senhora metódica... — o ruivo murmurou, a meia boca.

Ela fingiu que não o ouviu, e encarou Nathaniel. O loiro assentiu pra ela, esperando a pergunta.

— Por que ela inventou essa historia absurda antes de fugir? Tipo, ela não podia só terminar e ir embora frustrada por não ter conseguido completar o golpe? — perguntou, de um jeito quase profissional.
— Acredito eu, que ela queria sumir sem ter chances do Castiel procurar ela. Fosse por querer conversar mais sobre a história da gravidez, ou fosse sobre a historia dela ter tentado sacar 20mil naquele dia. — ele explicou, em um tom menos rancoroso.

Lucy assentiu consigo mesma, vendo a coerência na suposição do amigo.

— Ou porque ela é uma megera maligna, que sobrevive se alimentando desgraça e da miséria dos outros. — Castiel respondeu, no tom de um comentário despretensioso.
— Dramático... — Nathaniel gesticulou com lábios, apenas para Lucy ver.
— Outra pergunta. — a loira anunciou, fazendo Castiel se mexer desconfortável ao lado dela — Sossega ai, é a ultima pergunta. — ela garantiu, percebendo o desconforto dele.

Castiel fez um muxoxo com os lábios, mas não respondeu.

— Por que eu não fiquei sabendo dessa historia antes? — ela perguntou, para Castiel, levemente irritada — Pelo que eu vi, esse e-mail que o Nathaniel te mandou, tem quase dois anos! O motivo pelo qual vocês pararam de se falar foi esclarecido há tempos! Já era pra todo mundo ta vivendo em paz! — completou, apertando os dedos do ruivo entre os seus.

Castiel virou o rosto para o outro lado, soltou a mão de Lucy e saiu andando, resmungando algo sobre precisar pegar uma cerveja para beber.
Lucy observou ele se afastar, aborrecida. Estava se inflando para ir atrás dele batendo o pé, mas Nathaniel a segurou pelo pulso.
Ela olhou para a mão do loiro, que a restringia de ir atrás de seu “marido abusado”, com uma expressão questionadora.

— Eu preciso saber por quê, ele não quis colocar isso em pratos limpos de uma vez. — ela explicou-se para o amigo, em uma mistura de irritação e curiosidade.

Nathaniel negou com a cabeça, e abriu um pequeno sorriso singelo para ela.

— Não é óbvio? — ele perguntou, lançando um olhar fraternal para Castiel.

Lucy olhou para Castiel também. Ele estava na mesa de Lysandre, com uma long neck de cerveja nas mãos, de pé em frente ao amigo que estava sentado. Ele tagarelava alguma coisa com o moreno de cabelos prateados, de forma bastante enérgica; Quem não conhecia Castiel e Lysandre, diria que estavam discutindo.

De alguma forma, ela se tranquilizou em ver o ruivo socializando tão bem. Quando ela o conheceu, ele só abria a boca na frente dos outros para distribuir patadas, e agora, era aquele homem caloroso, comunicativo e cheio de opinião. É claro que a essência de sua personalidade forte, ainda era latente, na forma que ele dava sua risada grave e falava alto quando alguém dizia algo que ele considerava idiota.

— Ciumes. — Nathaniel falou de repente, tirando a garota de seus devaenios.
— Que? — ela perguntou, sem entender, virando-se para o loiro.

Ele ainda estava com aquele olhar fraternal, mas agora, ele olhava para ela.

— Castiel tem ciúmes de você comigo, por isso que ele preferiu não esclarecer nada. Pra não haver a menos chance de ter algum contato entre nós dois. — explicou, dando um sorriso constrangido — A princípio ele teve motivos pra isso. Admito que eu tinha... Interesses em você. — confessou, levemente constrangido — Mas isso já passou. Quando vi que vocês dois estavam namorando sério, automaticamente perdi o interesse. — deu de ombros — Acho que não sirvo pra ser fura olho. — completou, abrindo um de seus sorrisos extremamente brancos.

Lucy sorriu de volta, e assentiu, concordando que ele não servia para furar o olho dos amigos.

— É claro que, a arrogância dele também atrapalhou. — Lucy afirmou, divertida.
— Ah sem duvidas. — o loiro concordou, dando uma risada descontraída — Ele não queria admitir que esteve errado, e menos ainda, queria admitir pra você, que ele foi vítima de uma mulher ardilosa. — assinalou, ficando serio.

Lucy acenou com a mão, fazendo pouco caso da situação.

— Eu troquei as fraldas dele quando ele tava em coma no hospital. — ela contou, fazendo Nathaniel dar uma gargalhada — Não tem o menor sentido ele ter insegurança com essa historia da ex namorada bandida.  — tagarelou, rindo um pouco também.

Eles ficaram rindo por alguns segundos, devido a história da troca de fraudas, e antes que pudessem passar para qualquer outro assunto, Castiel voltou. Desta vez, ele carregava duas long necks.

Ele parou atrás de Lucy, e beijou o pescoço dela, antes de oferecer a cerveja para a loira, que aceitou prontamente.

Nathaniel ficou olhando para Castiel, e para a cerveja que ele segurava.

— Que é? — perguntou, dando uma golada na cerveja.

O loiro fechou a cara, estressado. Obviamente havia pensado que o ruivo ofereceria aquela cerveja para ele, mas isso não aconteceu.

— Você quer beber? Larga de cima da minha mulher, e vai la pegar sua bebida, princesa. — provocou, passando o braço pela cintura de Lucy, abraçando-a por trás.
— Insuportável. — Nathaniel resmungou, virando-se para o notebook para deslogar de seu e-mail.

A essa altura, Lucy já dava risadas.

— Ok! Nathaniel geladeira, geladeira Nathaniel.. — ele apontou com a mão que segurava a cerveja — Pronto, já fiz as honras, já pode ir la. — completou, todo faceiro por estar fazendo Lucy rir.
— Se foder cara. — o loiro respondeu, ainda com os olhos na tela.
— Mais tarde, eu vou, com certeza. — Castiel respondeu malicioso, encostando os lábios no ombro de Lucy.

Nathaniel deixou o notebook de lado, e fez uma carranca para Castiel, antes de se afastar na direção da geladeira. Mas Lucy poderia jurar que viu a sombra de um sorriso no rosto do loiro.

Castiel ficou olhando o outro se afastar, com um sorrisinho no rosto.

— Otário. — comentou consigo mesmo, saindo de trás de si Lucy para ficar na frente dela.

Ela o olhava encantada, com um sorriso no rosto. Quando ele percebeu, ficou meio confuso.

— Que foi? — perguntou, erguendo uma sobrancelha.
— Nada. — ela garantiu, ainda sorridente — Só to feliz, porque apesar de tudo, agora tudo ta bem e vocês voltaram com a amizade... — ela comentou — Ou seja lá oque for que vocês tem. — se corrigiu, divertida.

Castiel aproximou-se dela, deu uma golada em sua cerveja e passou o braço pelos ombros da garota, puxando-a para perto de si.

— É, seja la oque for. — ele garantiu, parecendo satisfeito com isso.

Lucy ficou olhando-o de baixo para cima, com orgulho de estar ao lado de alguém tão forte.
E ele, mantinha-se abraçado a ela, sentindo-se seguro por ter uma garota que ele considerava tão forte.
— Pombinhos! — Alexy chamou, tirando-os de seu momento particular — Detesto atrapalhar esse momento lindo, onde os dois ficam se olhando com cara de idiotas, mas eu preciso trabalhar. — tagarelou, oferecendo um sorriso caloroso, enquanto se apoderava de seu notebook novamente.

Lucy ignorou o adjetivo, e assentiu, puxando Castiel consigo. Ela sentou-se na mesa que estava sua mãe, Rosalya, e Leigh. Logo a musica começou a tocar, em som ambiente; Uma conversa tranquila transcorria pela mesa, Rosalya e Barbara tagarelavam entre si, falando sobre todo tipo de coisa, enquanto os outros bebiam suas cervejas e davam algumas opiniões aqui e ali.

Passados poucos minutos, a campanha tocou. Como anfitriã da festa, Lucy se levantou para descer e atender a porta la em baixo, e levar o convidado para o terraço, mas Castiel se ofereceu para ir, e Lucy aproveitou para pegar outra cerveja para si e dar alguma atenção aos outros convidados.
 
Quando viu a expressão cansada de Castiel, subindo as escadas, já sabia que era Ambre que havia acabado de chegar.
Assim que o ruivo colocou o pé no terraço, Lucy viu a cabeleira loira de Ambre logo atrás dele. Ela estava com um vestido de grif, argolas de ouro branco, salto alto, uma bolsinha chique, e um sacola de presente super extravagante. Logo atrás dela, estava apenas Charlotte, sem Li; As coisas entre elas ficaram tranquilas, mas Li ainda não conseguia lidar bem com Lucy, então, não confirmou presença no aniversário.

Castiel acompanhou Ambre até Lucy, que estava parada na mesa onde estava Lysandre, Natalie e Nathaniel. Assim que o ruivo mostrou a Ambre onde Lucy estava, ele saiu.

— Ambre!  — Lucy falou, dando os típicos beijos no rosto da Benitte — Charlotte! — deu beijos no rosto da outra também — Sejam bem vindas. — completou, educada e simpática.

Charlotte assentiu, e  a Benitte sorriu para Lucy, de um jeito meio seboso. Lucy suspeitava que esse era o único jeito de sorri que ela tinha.

— Trouxe um presentinho pra você. — a Benitte falou, oferecendo a sacola de griff para a aniversariante.

Lucy espiou o conteúdo, sem realmente tira-lo da sacola, foi fácil ver oque era porque não estava embrulhado. Se  tratava de uma maleta de maquiagem da MAC, e pelo tamanho e peso, só podia ser daquele tipo caríssimo que vinha completo, com todo tipo de corretivo, base, sombras, e todo tipo de coisa.

— Uau! Isso deve ter sido uma nota! — Lucy comentou, dando um sorriso — Muito gentil da sua parte, obrigada! — completou, divertida.

Lucy conhecia Ambre, sabia que a garota estava esperando esse tipo de comentário para sentir que fora reconhecida.

— Ah não foi nada! — Ambre comentou, espalhafatosa — É só uma coisinha pra você melhorar a cara. — completou, metida.
— Claro. — Lucy concordou, rolando os olhos.

A resposta de Ambre fora exatamente oque Lucy esperava.
Ambre deu mais dois beijinhos em Lucy, e sentou-se a mesa, ao lado do irmão.

— Também trouxe uma lembrancinha. — Charlotte comentou, oferecendo seu embrulho discreto.

Lucy sorriu genuinamente, e  pegou o embrulho curiosa. Desde que conhecera Ambre, Li e Charlotte, destre as três Lucy se dera melhor com Charlotte; Ela era menos espalhafatosa que as outras duas amigas, e se não tinha nada de inteligente a falar, ficava em silêncio.

A loira colocou a sacola com a maleta de maquiagem no colo de Natalie, e foi dar atenção para o embrulho de Charlotte. O abriu, e constatou que era um perfume feito com essências naturais de flores brasileiras. Chique, e atencioso.

— Ah, eu adorei! Muito obrigada. — Lucy garantiu sincera, e abraçou Charlotte rapidamente.

Natalie esticou o pescoço de sua cabeça, e olhou para Lucy, curiosa.

— Que é? — a morena perguntou, íntima.

Desde que ela e Lysandre assumiram o namoro, Natalie e Lucy firmaram uma amizade bastante sincera e verdadeira. Sequer parecia que já haviam discutido um dia.

— Um perfume com essência brasileira. — a loira contou, oferecendo o perfume para outra ver.

Natalie pegou o pequeno frasco, e cheirou, assentindo. Era tão puro, que não precisava nem abrir a embalagem para sentir o aroma das flores.

— Muito bom. — a morena garantiu, assentindo e devolveu o perfume e a maleta de maquiagem para a aniversariante — Muito mais atencioso e interessante do que reboco pra cara. — alfinetou, lançando um olhar agudo para Ambre.

Charlotte riu-se rapidamente, e foi se sentar na ultima cadeira disponível na mesa.

— Vem cá, você ta desdenhando do meu presente? — Ambre perguntou, levantando o dedo para Natalie.

A morena olhou para ela com desdém. E tomou fôlego para falar, mas Lysandre a abraçou de lado, rindo e tentando descontrair o clima.

— Amor... Por favor, é aniversário da Lucy. — ele sussurrou para a morena, afim de tentar conte-la.

Lucy sorriu para seus amigos, e se afastou daquela mesa, tendo certeza de que não importava quanto tempo passasse, Ambre sempre teria um desafeto no circulo social, seja lá por qual motivo que fosse. No caso de Natalie, ela era uma garota simples  direta e um pouco impulsiva, não conseguia lidar com a arrogância dos outros com facilidade. Provavelmente a morena deu aquela alfinetada na loira, por ela ter dito que a maquiagem era pra “melhorar a cara de Lucy.”

A aniversariante pegou a maquiagem e o perfume, e os colocou junto com os outros vários presentes, em um baú que estava ao lado da mesa do bolo. O baú era largo e enorme, e fora colocado ali justamente para o propósito de armazenar os presentes enquanto a festa acontecia, mas ela ganhou tanta coisa, que o baú já estava transbordando.

A festa transcorreu, e quando a noite caiu, tinha muito mais gente do que ela imaginava que fosse aparecer. Colegas do trabalho, vizinhos e até colegas da época faculdade apareceram.
Rosalya a obrigou a trocar seus confortáveis jeans e casaco, por um vestido para noite, com calça fio 70, e jaquetinha, por causa do frio.

Quando subiu de volta para o terraço, as luzes estavam apagadas, e o parabéns começou assuntando-a de leve.

Castiel acendeu as luzes da vela do bolo, e parou atrás da mesa, olhando-a, sorridente, com a luz das velas iluminando seu rosto maravilhoso. Ao redor dele, iluminados minimamente pela luz da vela, estava Barbara, Rosalya, Alexy, Nathaniel, Lysandre e Natalie.

Contudo o rosto mais bonito, e mais iluminado, era o de Castiel; Ela foi se guiando entre a escuridão e as pessoas, focava na luz do rosto dele. Enquanto atravessava o terraço, a sensação de felicidade eternizou seu momento...Os parabéns das outras pessoas se tornaram silêncio, e dentre todas as pessoas atrás da mesa iluminadas pela vela, a pessoa com mais destaque, era Castiel... Finalmente, Lucy entendeu que aquela era a metáfora de sua vida. Castiel era sua luz, era oque a guiava no escuro, era a pessoa com mais destaque em sua vida.

E ela... Lucy. Era a mulher, que conheceu um cara quebrado, e o consertou.

A loira chegou atrás da mesa, e assoprou as velas. Bateram palmas, gritaram, assoviaram, e as velas acenderam de novo. Risadas, e mais palmas.

Muito deliberadamente, Castiel a abraçou e colocou algo no bolço da jaquetinha que ela usava. Ela sentiu algo, mas em meio a movimentação, até esqueceu.

...

Depois que a festa acabou, com o dia quase clareando, Lucy se despediu de seus amigos, colocou sua mãe no quarto de hospedes e finalmente foi até o quarto e tirou os saltos.
Ela olhou pela janela, vendo Castiel orientar alguns bebuns para fora.

Sorriu consigo mesma, pensando em como era sortuda por ter conquistado todos aqueles amigos, e aquele companheiro maravilhoso.

Foi até o banheiro para tomar banho, e quando jogou a jaqueta no sexto de roupas, um tilintar diferente chamou sua atenção.
A loira foi até o sexo e puxou a jaqueta, vendo uma correntinha singela pendurada no bolso da peça. Então, ela se lembrou que Castiel havia colocado algo dentro de sua jaqueta, provavelmente aquele era seu presente.
Intrigada, ela puxou a corrente e encontrou um colar de prata, nele haviam três pingentes delicados, uma pequena replica de diamante ( pelo Lucy desejava que fosse uma replica ), uma algema ( isso fez a garota rir, imaginando as conotações sexuais de Castiel em colocar aquilo ali), e o ultimo e maior pingente, um coração. Ele estava no meio dos outros dois pingentes, e tinha um fecho.

Lucy sentiu suas mãos tremerem, e suarem só de pensar em abrir aquele coraçãozinho de prata. Oque será que tinha ali dentro? Será que Castiel era piegas ao ponto de colocar uma foto reduzida deles dois ali dentro?

Ansiosa, ela abriu o coração. A principio achou que ele estava vazio, pois não viu foto nenhuma, mas logo ela forçou os olhos um pouco e viu que havia algo gravado dentro do coração.
Do lado direito, estavam três datas, uma em baixo da outra. O dia o mês e o ano, de quando Castiel acordou do coma, logo a seguir, a data especifica de quando Lucy finalmente pediu Castiel em namoro ( sim, foi ela quem pediu ), e a ultima data, quando Castiel comunicou a Lucy que eles iriam morar juntos; Sim, ele comunicou que ela iria morar com ele, não houve pedido, ele já chegou afirmando que ela iria. ”Típico dele”, ela pensou rindo, levemente emocionada.

Mas seus olhos se encheram de lágrimas, quando ela viu oque estava gravado do lado esquerdo do coração.
Ela começou a chorar, e finalmente se deu conta de que ele já estava dentro do quarto, mais especificamente na porta do banheiro, observando-a.

Ela não se assustou de vê-lo ali, observando-a. Já estava acostumada com o jeito silencioso dele, e a mania que ele tinha de ficar encarando-a.

Ela soluçou emocionada e ele a puxou para uma braço. Logo o abraço se tornou algo mais intimo, e estavam tirando suas roupas, andando em direção a cama.

Durante horas, enquanto se amavam, o colar fora esquecido jogado no chão do banheiro, afinal, oque importava uma joia, quando o amor precisava transcender do plano emocional, para o plano físico?








Oque estava escrito dentro do pingente, do lado esquerdo do coração?
Eram apenas duas palavras, o suficiente para Lucy entender, como Castiel reconhecia sua importância na vida dele, e como ele era grato por isso:

Fix me”.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Espero que sim! Eu me emocionei muito escrevendo este romance, e espero que tenha sido um bom entretenimento para vocês, minha pipoquinhas!

Agradeço a todas (os) que me acompanharam até aqui, comentaram, e interagiram com o enredo e os personagens, junto comigo! É muito importante pra mim tocar o coração das pessoas, vocês não sabem como!



Mais uma vez obrigada! Quem tiver alguma duvida, pode me mandar MP ou por comentário, Nos vemos por ai



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