A Queda do Rei escrita por Nihil


Capítulo 1
A Queda do Rei




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Thousand Sunny...

O bando do Chapéu de Palha está a dois dias navegando sem descanso após os acontecimentos de Dressrosa, acontecimentos que mudariam para sempre a história do mundo, a história do governo mundial, a história da organização Shichibukai, mas principalmente a história do bando com o seu capitão, o agora procurado com uma recompensa de setecentos milhões de berries, Monkey D. Luffy.

- Usopp, Nami, Chopper...falem comigo...

Luffy não conseguia se comunicar com seus companheiros, Roronoa Zoro, Sanji, Franky, Brook e principalmente Nico Robin já estavam acostumado com esse tipo de acidente, mas ver o seu capitão e melhor amigo perder o controle e chegar a este extremo não foi um golpe fácil, nem para os três e muito menos para o próprio Luffy, que agora carregaria para sempre um peso que jamais tivera nas suas costas, nada tão extremo havia acontecido antes, Luffy já havia destruído muitos sonhos, muitos rivais e inimigos haviam perdido seus objetivos sob seus socos, mas o que ocorrera agora mudou a si mesmo.

Dressrosa, centro do reino, dois dias antes...

- EU VOU CHUTAR A SUA BUNDA!!!! – Luffy do Chapéu de Palha já se recuperara, a gaiola estava lenta, mais lenta do que devia, ele tinha o tempo necessário para parar seu inimigo antes que o reino fosse inteiramente destruído.

- Não vai ser fácil, CHAPÉU DE PALHA!! – Donquixote Doflamingo, um homem que sempre teve sob controle havia perdido completamente a cabeça contra o jovem pirata que o enfrentara em sua casa, desmantelara sua família e estava prestes a derrota-lo, algo nunca antes presenciado em Dressrosa.

E realmente não foi fácil, Doflamingo sentia o peso de seus órgãos feitos em migalhas pelo ataque do Cirurgião da Morte, mas conseguia resistir a todos os ataques do Chapéu de Palha, as vezes ainda revidava e causava um dano considerável ao jovem pirata, mas a sua queda era certa, Doflamingo estava debilitado, estava cansado, havia perdido a cabeça e principalmente...Havia sido superado em todo o contexto, em seu próprio jogo.

Aos poucos o peso de seu próprio corpo foi se tornando insuportável, nem mesmo um manda-chuva do submundo, um rei, um Dragão Celestial, um bufão que sempre mantém o seu sorriso conseguia evitar o inevitável, ele fora subjugado, conseguia ouvir a voz do corpo de seu inimigo, mas seu corpo não obedecia, ele sabia que um soco viria da esquerda...

- PÍTON, ACERTE ELE!

Ele sabia que os dois pés do seu adversário iriam ser lançados em seu rosto novamente...

- RHINO!!!

O rei de Dressrosa sabia que seria derrotado, ele sabia que não sairia acordado desta luta, não esperava que fosse precisar usar o que havia preparado antes da luta, mas já tinha um plano de fuga para ele e sua família caso o impensável acontecesse, caso ele falhasse em proteger aqueles que amava, mas algo que ele nunca sentira até este momento em especial foi medo, não até ele sentir com a sua observação o que estava por vir, ele pode vislumbrar uma infinidade de socos vindo do inimigo, uma metralhadora negra lhe acertando com uma força nunca antes vista por ele, neste momento ele apenas tentou gritar aos seus companheiros, mas nem para isso lhe restavam forças.

O primeiro soco lhe acertou no ombro, ele ouvia o grito frenético de seu adversário, o pirata do Chapéu de Palha estava fora de si, ele também queria proteger sua família, mas apenas um deles conseguiria isso e não seria Doflamingo. O segundo lhe acertou no estômago e ele conseguiu sentir os fios que seguraram seus órgãos romperem-se. O terceiro foi em sua face e até mesmo seus óculos se partiram. Do quarto em diante não foi possível distinguir mais o que era acertado, era como estar na chuva e ele estava todo molhado. De socos e de seu próprio sangue.

- PARE, LUFFY! – Viola gritava do alto de um prédio, ela via o que estava por vir, o seu poder a deixava ciente do estado do atual rei. – LUFFY! ELE NÃO VAI AGUENTAR.

Monkey D. Luffy não parou, ele não podia parar, ele não podia deixar margem para aquele homem revidar e matar a todos no reino, o peso de milhões de pessoas estava em cada soco que ele desferia. Os socos duraram uma eternidade para quem assistia a luta, no início elas vibraram quando Doflamingo foi jogado para longe e derrubado. Logo depois eles se olhavam, ainda com sorriso no rosto enquanto o Chapéu de Palha continuava com sua chuva de socos em um homem desmaiado. Depois a expressão de todos os civis era de um completo horror ao ver um corpo completamente desfigurado ser atingido sem parar, com sangue espirrando para todos os lados enquanto um homem gritava sem parar enquanto atingia esse corpo.

Quando tudo parou o pirata que ainda estava em pé expeliu uma grande quantidade de ar de sua boca e caiu desacordado. O silêncio no reino era ensurdecedor, ninguém conseguia sequer mensurar a cena que acabaram de testemunhar, todos queriam aquele homem morto, mas ninguém estava preparado para assistir. Em meio à multidão muitos se aproximaram, o executivo Trebol chorava como uma criança sob o corpo do jovem mestre, alguém que ele tinha como um filho. Os outros executivos choravam, alguns gritavam de dor, a cena repercutiu em todo o mundo, o shichibukai e rei de Dressrosa Donquixote Doflamingo fora assassinado pelo pirata Monkey D. Luffy do Chapéu de Palha.

Thousand Sunny...

Nami chora copiosamente sem conseguir olhar para seu capitão, ela não consegue olha-lo no rosto, não consegue largar a folha de jornal que dizia “ASSASSINO MONKEY D. LUFFY ESCAPA APÓS MORTE DE SHICHIBUKAI”. Usopp se recolheu a sua oficina e não sabia o que pensar, ele entendia o que havia acontecido, mas não tinha certeza se conseguiria suportar o que o mar exigiria de agora em diante. Chopper ainda estava em choque, nada falava com ninguém.

- Zoro... O que eu fiz, foi certo?

- Você fez o que precisou fazer na hora, Luffy, você é nosso capitão e eu vou segui-lo. Somos piratas e temos que lidar com a repercussão de nossos atos, temos que entender que tudo que fazemos gera uma consequência, seja forte, você é nosso capitão. E eu vou segui-lo.

Aquele dia em Dressrosa foi quando um jovem entendeu que seus atos não são isolados, que tudo que fazemos tem peso no mundo e que o peso pode ser muito pesado para carregarmos, esse foi o dia que um jovem se tornou um homem...da pior maneira possível.


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