H.I.D.H.Y. — Honestly I Don't Hate You escrita por Mily Nyan


Capítulo 14
Capítulo 13 - Mudança de Rotina


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI!!!
Ai meu coração! Quero dizer tanta coisa, mas as notas vão ficar maior que o capítulo.
Vou resumir:
Eu voltei para ficar! Me perdoem os, aproximadamente, 371 dias sem postar.
Alguém ainda me acompanha?
Fiquei muito feliz quando descobri que exite 3 leitores que esperam uma atualização minha a um ano. Vocês estão ai?
Queria continuar a historia, mas me esqueci de muita coisa então tive que relê-la e também li os comentário, o que me fez sorrir e chorar muito. Lembrei que todo o amor que recebi de vocês fizeram eu me dedicar a escrita e a carreira de escritora.
Espero que continuem ao meu lado, pois vocês sempre estarão em meu coração.
Uma boa leitura!



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No dia seguinte acordei com o som horrível do despertador, sério que já é dia? Quando finalmente consegui levantar e desligar o despertador marcavam seis da manhã. Estou tão acostumada em acordar as sete e meia para ir ao colégio que acordar tão cedo parecia coisa de outro mundo. Corri, andei me arrastando, até a escrivaninha e peguei a agenda do Haru.

6h00 — Pegar o uniforme do clube de basquete na lavanderia, separar os materiais da aula do dia que estão no escritório, pegar o café da manhã na cozinha e levar ao meu quarto.

6h30 — Me acordar! NOTA 1: nunca ouse me acordar um segundo antes deste horário a não ser que queira ser arremessada pela janela! NOTA 2: não se esqueça de usar o uniforme!

Olhei para o relógio, seis e cinco. Estou atrasada! Corri até o guarda-roupa a procura do tal uniforme e encontrei uma capa preta. Dentro dela estava o uniforme, porque não me surpreendi ao ver uma rupa tradicional de maid? Suspirei fundo antes de me trocar, mas quando me olhei no espelho senti algo estranho.

— Deixe me conferir. Já vi muitas maids vestidas assim na televisão, mas o que está errado? Vestido preto com detalhes em branco cheio de babados, ok. Avental branco com babado, ok. Cauda de gato, ok… HEIN?? — Me virei sem acreditar, mas era isso mesmo, tinha uma cauda no meu uniforme. O Haru só podia estar de brincadeira.

Senti a etiqueta da gola me incomodar então a puxei com força, mas quando olhei com atenção descobri que não era uma etiqueta e sim um bilhete onde dizia: “não se esqueça dos acessórios, eles estão no armário”. Voltei para o guarda-roupa e encontrei uma caixa, meu queixo caiu quando abri, mas acho que eu já esperava por isso. Um par de sapatilhas, um relógio de pulso, um arco de cabelo com babado e orelhas de gato e um par de luvas em forma de pata de gato, tudo com as cores do vestido. Fechei os olhos e contei até dez e vesti tudo aquilo preparada para o que viria.

 — Você não vai me derrotar! — gritei apontando para a porta e sai do quarto.

Fiz todas as obrigações que estavam na agenda e as 6h29 estava em frente a porta do quarto do Haru com uma bandeja onde se encontrava o seu café da manhã, esperei que desse a hora exata para entrar, não queria correr o risco de sofrer um acidente.

Havia se passado um minuto exato quando adentrei no quarto e quase cai com a bandeja, estava tudo uma bagunça, roupas e sapatos jogados por todo o lado, caixas de pizza e latas de refrigerante. Como pode existir uma bagunça tão grande assim numa casa com tantos empregados? Caminhei até uma mesinha de canto e deixei ali a bandeja, fui até a janela e abri uma grande cortina escura que impedia a luz do sol de iluminar o quarto, depois fui até a cama para acordá-lo. Pode parecer inacreditável, mas vendo o Haru dormindo até parece que ele é humano. Mas não se engane, mesmo nesse momento meu desejo era asfixiá-lo com um travesseiro, mas vamos deixar isso para depois.

— Haru? — disse no meu tom de voz normal a alguns passos da cama. — Haru? — Ele deve estar em um sono pesado. — Haru! — Desta vez minha voz saiu um pouco alta, até demais, mas pelo menos ele resolveu se mexer.

— O que foi agora? — A voz dele saiu baixa e rouca.

— Está na hora de você acordar. — Minha voz conseguiu sair ainda mais baixa, por medo do que aconteceria por despertar a fera.

— Que horas são exatamente? — Ele estava de costas e cobria a cabeça com um cobertor enorme.

— Seis e Trinta e dois — disse olhando para o relógio.

— Droga! Porque me acordou tão cedo? — Sua voz mais parecia um rosnado.

— Foi você quem disse para eu te acordar as seis e meia. — Enquanto falava eu andava de costas, meu instinto me dizia para sair dali o mais rápido possível.

— Idiota! A aula só começa às oito e meia, você não tem noção de tempo? Pode-se ver que nem mesmo se deu ao trabalho de ler a minha agenda com atenção. Agora saia daqui e só volte quando realmente estiver na hora de eu levantar.

Haru cobriu a cabeça com o cobertor e foi minha deixa para sair do quarto. Após fechar a porta atrás de mim peguei a agenda que estava no bolso do meu avental e reli as instruções, tudo estava certo, mas então notei uma nota minúscula no rodapé onde dizia: se não houver compromissos de manhã, me acorde às oito horas. Suspirei irritada e caminhei de volta ao meu quarto enquanto tentava decorar a agenda matutina do Haru.

Segunda: Treino de basquetebol às 6h45.

Terça: Ensaio de banda às 6h45.

Quarta: Academia às 6h45; Natação às 7h30.

Quinta: Treino de basquetebol às 6h45.

Sexta: Ensaio de banda às 6h45.

Sábado: Trabalho na agência, apenas nas datas marcadas.

Domingo: Trabalho na agência, apenas nas datas marcadas.

— Droga! — exclamei ao me lembrar que hoje era terça-feira. Olhei o relógio que marcava 6h43 e voltei ao quarto de Haru correndo. — Haru! Acorda, você está atrasado — gritei enquanto o cutucava.

— O que foi agora idiota? — Ele sentou-se na cama enquanto seu mau humor era visível.

— Hoje você tem ensaio às 6h45.

— E que horas são agora?

Olhei o relógio mais uma vez, engoli em seco e sussurrei:

—  Seis e quarenta e seis.

— Sua garota inútil! — gritou Haru pulando da cama e ficando de frente para mim. — Eu te dou um trabalho simples e nem isso você consegue fazer! Pode ter certeza que eu vou descontar do seu salário. Agora saia daqui!

Sai correndo para o meu quarto antes que eu fraquejasse e deixasse minhas lágrimas aparecerem. Deixei meu corpo cair sobre a cama e comecei a gritar com o rosto abafado em um travesseiro para minhas frustrações irem embora. Decidi tomar um banho de água fria pois sabia que o dia seria longo e quando sai do banheiro a senhora Masashi me esperava com uma travessa cheia de aperitivos. Ela acertou novamente, eu estava morrendo de fome. Então me sentei ao lado dela e começamos a comer juntas enquanto conversávamos.

 Quando acabei, passava um pouco das oito horas. Peguei minha mochila e a do Haru e fiquei o esperando na sala de estar. Após receber muitas dicas da Masashi-san eu me sentia mais confiante. Haru apareceu em menos de dez minutos e então fomos direto para o colégio. Ele disse que eu podia usar minhas próprias roupas para ir ao colégio, mas estava proibida de tirar as orelhas de gato.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Acham que devo continuar ou declarar falência?
Os comentários de vocês são muito importantes para mim.
Se me disserem que devo continuar, saibam que tem um Filler chegando aí, um que me pediram a muito tempo.
Também tenho muitas surpresas para meus leitores, mas vou deixar para contar no próximo capítulo.
Espero vocês em breve!
Um beijo e um grande abraço!
Mily Sz.



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