Surge Uma Vingadora escrita por Helem Hoster


Capítulo 28
Herdeira das duas faces da moeda.


Notas iniciais do capítulo

Oieeeee!!! Feliz ano novo galeraaaa!!!!!
Eu sei. Tô atrasada. Me desculpem, eu sei que demorei pra postar, mas tive uns probleminhas. Mas, aqui estamos. Espero que gostem. bjs enjoy



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No dia seguinte Steve e Lena foram ao local marcado por Fury, de onde Thor e Loki iriam pra Asgard.

Lena e Steve chegaram na praça e encontraram o furgão da SHIELD. A porta se abriu e dele desceram Banner e Selvig. Lena achou que iria desmaiar ao ver o astrofísico a quem ela sempre admirou.

– Oi, Lena. – Bruce se aproximou.

– Oi, Robert. – Lena sorriu. – Como você está?

– Bem, eu acho. – ele respondeu. – E você?

– Tô indo. – ela deu de ombros. – Devagar, mas vou sobreviver.

Bruce deu um pequeno sorriso simpático. Lena olhou para Selvig que conversava com Steve. Steve pareceu perguntar algo, e o astrofísico apontou pro furgão. Lena olhou e do veículo, saiu Thor, e Loki. Loki estava algemado, e com uma espécie de mordaça, para impedi-lo de falar. Loki olhou para Lena.

Os dois se encaravam como se compreendessem o olhar um do outro. Lena sabia que de alguma forma, essa seria a última vez em que o veria. E lamentava que sua última lembrança dele fosse assim. Lena reprimiu os lábios o encarando, mas, Loki desviou o olhar, quando Lena sentiu movimento ao seu lado. Olhou e encontrou Steve que encarava Loki com um olhar ameaçador, como se ele quisesse protege-la. Steve a olhou e envolveu seus ombros com o braço, a puxando levemente pra perto dos doutores.

Avistaram dois carros se aproximando. Um era um carro esporte vermelho, estava com a capota aberta. Já o outro, era um carro padrão da SHIELD. Num cinza escuro.

– Pronto. Chegaram os que faltavam. – Steve falou.

– Ótimo. Então poderemos começar logo. – Selvig falou. Os dois carros estacionaram. Stark saiu do carro vermelho, e do outro, saíram Clint e Natasha.

Todos se reuniram no centro da praça. Selvig pegou o Terceract e colocou numa espécie de cilindro. Steve encarava aquele cubo com raiva. Lena encarava com certa curiosidade. Era difícil pra ela, de acreditar que toda aquela confusão foi causada por causa de algo tão simples. Tão pequeno. Era curioso.

Bruce entregou o cilindro para Thor, que pegou e olhou em volta para todos. Loki olhou para Lena, e ela o cumprimentou com um aceno. Ele acenou de volta, e encarou Natasha e Clint. Clint estava sério, e Nat sussurrou-lhe algo, que o fez sorrir. Lena ficou curiosa com isso. Thor os cumprimentou com um formal aceno de cabeça, e segurou um lado do cilindro indicando o outro para Loki que hesitante segurou, e giraram abrindo um portal. Todos se afastaram alguns passos enquanto a coluna de energia azul, levava os dois asgardianos de volta para seu mundo. E então, sumiu.

– É. Acho que é isso. – Tony falou. Todos começaram a se despedir. Lena se aproximou de Clint e Natasha que entregavam as coisas de Bruce.

– Oi? Posso falar com vocês? – Lena perguntou.

– Claro. – Natasha respondeu. Bruce se afastou calmamente indo falar com Tony.

– Vocês vão voltar pra base? – Lena perguntou.

– Não. – Natasha respondeu. – Fury nos deu uma folga.

– É. Nós vamos dar uma saída. – Clint falou.

– Vão partir?

– É. Viajar um pouco. – Clint falou.

– Legal. Bom pra vocês. – Lena sorriu feliz.

– Mas por que quer saber? – Natasha perguntou.

– Bom, nada, é que Nick disse que tem alguém querendo falar comigo. – ela respondeu.

– Ah. Boa sorte. – Natasha falou.

– Vocês tem previsão de quando voltam?

– Acho que em uma ou duas semanas. – Clint respondeu. – Não se preocupe. Não vamos pra longe. Só vamos passar uma temporada na minha fazen... Au! – Clint reclamou depois de receber uma cotovelada de Natasha bem nas costelas. Lena riu divertida.

– Relaxem. Eu não sei de nada. – Lena prometeu. Natasha concordou com um simples aceno. – Divirtam-se vocês.

– Pode deixar. – Clint deu um sorriso de canto.

– Carter. – ouviram chamar. Lena se virou. – Vem cá. Quero falar com você. – Tony chamou.

– Tá. – Lena falou, e se despediu de Natasha e Clint. Foi até Tony ver o que ele queria. – Que foi? Algum problema?

– Depende de você. – Tony respondeu.

– De mim?

– Tenho uma proposta pra você. – Tony falou.

– Uma proposta? De Tony Stark? Hum... pode ser interessante. Diga.

– Eu gostaria de lhe oferecer um emprego.

– Que tipo de emprego?

– Quero saber se você gostaria de trabalhar na Torre Stark. Com o Banner, e comigo. – Tony ofereceu.

– Eu não sei, Tony. Estou lisonjeada, mas... eu tenho que terminar a faculdade, e ainda tem minha família...

– Leninha, você não precisa nem terminar a faculdade. Eu mesmo te dou um diploma. E nem vai precisar se preocupar, porque você vai ter um laboratório enorme, vai ter seu próprio andar de estadia na Torre. E eu posso fazer umas melhorias no seu equipamento, e no traje. E prometo que você vai ser remunerada semanalmente. – Tony falou. – Você vai trabalhar com outros bons cientistas.

– Bom... parece ótimo, Tony. Mas, eu realmente não sei. Eu não planejei nada ainda. Eu preciso pensar. – Lena falou.

– Tudo, bem. Seu avô disse que você vai ficar na equipe. – Tony comentou.

– Linguarudo. – Lena xingou baixo. – É. Acho que vocês não são tão controladores quanto a SHIELD, e com certeza devem ser mais divertidos. Me sinto melhor com vocês.

– Pois, é. Mas se você vier pra Torre Stark, vai poder ficar mais perto de nós. Ficar junto com a equipe. Eu deixo um jatinho sempre disponível pra quando você quiser vir visitar sua família. Prometo não te confinar na Torre, eu só gostaria que você trabalhasse comigo, no laboratório. Vai ser bom pra você. E também pro Verdão. Ele pode se sentir mais confortável na sua companhia, e você na dele. – Tony falou. Lena riu.

– Agora eu entendi. Você quer que eu vá, pra controlar o Hulk. – ela falou divertida.

– Em parte. Mas eu falo sério. Vamos, é a oportunidade de uma vida. – Tony falou.

– Eu sei. – Lena concordou em tom baixo. – Tudo bem, Tony. Prometo que vou pensar. Eu vou falar com o pessoal lá em casa, e ligo pra você.

– Pensa com carinho, tá? – Tony pediu. Lena concordou com um leve aceno. – Ah! Tenho uma coisa pra você. – ele falou.

– O quê? – Lena perguntou. Tony apontou pra perto do carro dele, e Lena viu a Ninja Preta com decalques em vermelho. – Minha moto! – Lena sorriu.

– Eu consertei os arranhões e amassadinhos. – Tony falou enquanto Lena rumava em direção ao veículo. Lena deslizou a ponta dos dedos na moto. – Eu também fiz umas pequenas alterações.

– Ela não se transforma numa armadura, nem vira um Transformer, né? – Lena o olhou com um sorriso divertido.

– Não. – Tony deu um sorrisinho irônico. – Eu aumentei a propulsão, agora ela pode alcançar um outro nível de velocidade. E eu instalei um programa de inteligência artificial pra você também. – Tony falou. – Se você passar pra um pen drive, pode instalar ele no seu computador e também no celular. Ele é muito útil. Pode te ajudar em qualquer coisa. – Tony falou.

– Espera, eu tenho meu próprio Jarvis? – Lena perguntou animada.

– Basicamente. – Tony deu de ombros.

– Puxa, isso é... – Lena ficou sem palavras. – Valeu. – ela sorriu o olhando. Tony sorriu de volta. – Mas isso não muda nada, eu ainda vou pensar quanto a sua proposta.

– Não tem como te comprar. – Tony riu divertido.

– Não mesmo. – Lena falou. – Mas eu agradeço.

– A gente se vê, Hit Girl. – ele falou.

– A gente se vê, Cabeça de Lata. – Lena respondeu montando em sua moto e dando a partida. Saiu da praça dirigindo em direção ao Triskelion.

Estacionou na garagem e entrou no prédio. Subiu até o andar que Fury lhe indicou. Lena estava um pouco ansiosa. Nunca viu seu tio antes. Não sabia nada sobre ele, se não o pouco que seu pai lhe contou. Lena sabia que não gostava dele. Mas, não sabia tudo.

Desceu no andar indicado e começou a caminhar um pouco receosa. Encontrou um homem saindo de uma sala.

– Srta. Carter. Bem na hora. – ele falou.

– Oi. – Lena cumprimentou receosa.

– Parece estar na defensiva. – ele comentou.

– Bem, foi uma semana cheia. – Lena respondeu.

– Eu sei. Eu vi. Mas não se preocupe. Está bem segura aqui. E eu jamais machucaria a minha sobrinha. – ele falou tranquilo.

– Pierce? Você é Alexander Pierce? – Lena questionou.

– Em pessoa. – ele falou. Lena o avaliou de alto a baixo. Ele usava um terno cinza azulado, gravata listrada. Tinha pele clara, e cabelos loiros quase ruivos. E olhos azulados escondidos atrás de um par de óculos. – O que foi? – ele perguntou em tom divertido ao notar os olhos curiosos de Lena.

– É que...não é bem o que eu esperava. – ela falou um pouco nervosa.

– E como você esperava que eu fosse? – ele perguntou.

– Um pouco mais alto. – Lena respondeu o fazendo rir. – E um tanto mal humorado.

– Tudo bem. Vamos até meu escritório, pra conversarmos melhor. – ele falou. Lena concordou com um grunhido seguindo o tio pelo corredor.

Entraram em um escritório. Era até agradável. Claro, espaçoso. Tinha uma mesa de reuniões, em um canto da sala, e algumas poucas poltronas em volta de uma mesinha de centro. Na mesinha, continha uma bandeja com um bule, xicaras e uma tigela com cubos de açúcar.

– Quer chá? – ele ofereceu.

– Não, obrigada. – Lena dispensou.

– Que pena. Minha assistente faz um ótimo chá de ervas. – ele falou se servindo. – Sente-se. – ele indicou uma poltrona. Lena se sentou no local indicado. – Seu pai não falou muito de mim, não é?

– Não. Ele não é seu maior fã. – Lena respondeu.

– Eu sei. Eu e seu pai nunca nos demos muito bem. Desde criança, ele sempre esteve focado. Sempre foi pé no chão. O favorito dos nossos pais, por ser o mais novo, e o que se saia melhor na escola. Já eu era o que irritava seu pai. Ele também se irritava a toa. Não era muito de se divertir. – ele comentou em tom divertido. – Mas eu adorava irritá-lo.

– É. Papai disse que vocês nunca se entenderam. E ele não entende o porquê dele ter te ajudado a entrar pro conselho. – Lena comentou.

– Seu pai sempre foi cheio de mistérios. Eu só não entendo por que ele quis me manter afastado de vocês. Eu nunca quis o mal da sua família. – ele falou. – Ele me trata como inimigo. Mas ele melhor do que ninguém, devia saber que há outras preocupações.

– Que tipo de preocupações? – Lena perguntou.

– Desordem e caos. – ele respondeu erguendo as sobrancelhas tomou um gole de seu chá, e pousou a xícara com o pires sobre a mesinha de centro. – A guerra iminente, minha sobrinha.

– Que guerra? – Lena perguntou.

– A guerra entre os que acham que o mundo está bom do jeito que está, e os que sabem que precisa ser melhorado. – ele falou. Lena o observou com atenção. Ela notou algo no olhar do tio. Algo que ela notara no olhar de muitos agentes dentro da SHIELD. Algo que a fez odiar Sitwell na primeira vez que o viu. Só que era mais forte. Naquele momento, Lena compreendeu o que se passava, e sentiu medo.

– E... quem são esses? A SHIELD? A SHIELD que defende o mundo do jeito que está? – Lena perguntou. – Mas então, quem quer mudar?

– Você é uma menina muito esperta. – ele deu um pequeno sorriso gentil. – Sei o que está pensando. Que somos traidores. Nós não somos. Queremos apenas transformar esse mundo num lugar melhor. Porque todos sabemos que ele não está bom do jeito que está. Pessoas morrem todos os dias. Em acidentes, assassinatos, brigas de gangues, guerras, ataques terroristas, ameaças de uma guerra nuclear em todo o tempo. Nossa trégua com outros países está por um fio. É questão de tempo pra Rússia invadir Washington, ou pro Irã explodir o Pentágono. Não vivemos em paz, como Fury quer que pensemos.

– Fury não está nessa? –Lena perguntou.

– Nick jamais apoiaria isso. Ele pensa que pode ver tudo. Mas a percepção dele está danificada, e não me refiro a deficiência ocular dele. Ele não quer ver. E não quer admitir, que precisamos, mudar tudo. Não vivemos em paz, senhorita Carter.

– Eu sei. – Lena falou. – Ela ainda não foi conquistada. Mas você vai conseguir, né? – Lena perguntou com certo tom de ironia.

– A paz, não é uma conquista, sobrinha. Ela é uma responsabilidade. – ele falou. – E é isso, o que muitos ignorantes não entendem. Com todo o respeito, meu irmão é um deles. Ele não compreende, que o que eu quero fazer, pode não ser bonito, mas é pelo bem da humanidade. A Hidra é capaz de fazer o que a SHIELD não quer. A sociedade está chegando no limite entre a ordem e o caos. E precisamos dar um jeito nisso. Diferente do Fury, eu tenho coragem de me enfiar na lama, e criar algo melhor. – ele explicou.

– E por isso te chamam de sujo. – Lena retrucou com um olhar esperto.

– Sim. Mas compreenda, Helena; as vezes, pra se criar um mundo novo, é preciso destruir o antigo. – ele falou.

– Mas isso é algo perigoso, Sr Pierce. Alguns podem considerar essa ideia antiquada. Até desumana. – Lena retrucou. – E isso cria inimigos poderosos.

– Eu sei. Mas é um risco que estou disposto a correr. Ainda mais com 80% da SHIELD sendo infiltrados da Hidra. Acho que vou ter uma ajudinha. E eu tenho poder sobre o Conselho. Estamos criando um projeto, pra ajudar a manter o equilíbrio. – ele retrucou.

– É? Que projeto? – Lena perguntou.

– Ainda não nomeamos. Ele está no papel. Mas a intensão, é criar armas capazes de monitorar e eliminar ameaças em potencial. Acabaremos com conflitos, e guerras, antes que comecem. – ele contou.

– Parece um bom projeto. Mas... a punição não vinha depois do crime? – Lena perguntou.

– Depois do que aconteceu em NY semana passada, não temos mais tempo pra esperar o crime acontecer. Não temos condições de ficar reerguendo ruínas. – ele explicou.

– Mas não é exatamente isso que você quer fazer? Destruir o mundo antigo, e edificar um novo dos escombros? – Lena questionou.

– Mas isso é diferente. Estamos falando de ameaças que podem destruir o nosso mundo. – ele retrucou.

– Mas de um certo ponto de vista, você mesmo, não é uma ameaça em potencial? – Lena rebateu. Ele parou pensando.

– Como assim? – ele perguntou confuso.

– Pense, senhor. O senhor tem milhares de soldados rebeldes dentro da maior organização de espionagem e segurança do mundo. E você planeja usar seus soldados numa rebelião pra destruir os que se opões a você. Você quer destruir esse mundo, pra construir um novo do jeito que você bem entender. Você quer dizimar milhões de vidas, pra ter o total controle sobre o caos e a ordem. Quer controlar as pessoas, mandar que façam o que o senhor quiser, lhes dizendo que esse é o melhor pra elas. – Lena explicou. – Me diga, não é contra esse tipo de gente que lutamos? Não era isso o que Loki pretendia, quando veio pra cá? Não era isso o que Hitler queria? O que Napoleão Bonaparte e Roma quiseram? Me diga, eles não foram considerados uma ameaça em potencial?

– É uma linha de pensamento, lógica. Como você disse, um ponto de vista. Mas você os descreve como tiranos. Não se esqueça que o próprio Hitler apoiou a Hidra. – Pierce retrucou.

– Não. Ele se beneficiava com ela. Ele a via como influência política. Usava a Hidra como fornecedora de armas. – Lena corrigiu. Pierce a olhou perplexo.

– Como sabe tanto?

– Não se esqueça, de que eu cresci ouvindo histórias sobre a Segunda Guerra. Eu não sou ignorante como você pensa. Eu sei o que vocês são. E o que fazem. E também sei porquê meu avô teve que lutar contra vocês até destruir tudo. – Lena falou.

– Ele ACHA que destruiu tudo. Mas a Hidra sempre vai sobreviver. “ Corte uma cabeça...

– “ E mais duas crescem no lugar.” É, eu já ouvi essa. – Lena o interrompeu. – Eu já entendi tudo, diretor. O que eu ainda não entendi, é a razão, pela qual está me contando isso. O que eu tenho, que você, e a SHIELD querem tanto?

– Você ainda não percebeu, não é? – ele questionou a olhando com um olhar paciente. Ele tirou os óculos colocando sobre a mesa.

– Faça a gentileza de esclarecer pra mim, por favor. – Lena respondeu.

– Sua bisavó é fundadora da SHIELD, e seu tio, é o líder da Hidra. Tudo isso, vai ser seu. É sua herança. – ele explicou. Lena o olhou procurando qualquer sinal de que ele estava mentindo. Mas ela sabia que não estava.

– Por que eu? Tem tanta gente na minha família, por que foram escolher logo a mim? – Lena questionou.

– Lena, já parou pra pensar, que se escolhêssemos qualquer outro parente seu, ele perguntaria a mesma coisa? – ele retrucou.

– Então foi uma escolha aleatória? – Lena perguntou.

– Óbvio que não. – ele retrucou. – Inicialmente, era pra ser a Frankie. Mas, ela não se tornou tão poderosa quanto pensávamos que fosse ser. Mas quando você nasceu, soubemos que seria você. Você nasceu aqui. No hospital da SHIELD. Sabia? Assim como a sua irmã. Você foi avaliada. Desde pequena. Você é a nossa escolhida. Quem vai garantir que essa agência, não acabará aqui. Você é o futuro. Por isso, não importa pra onde você corra, sempre vai acabar voltando pra cá. Esse é o seu destino. Não tem escolha, não tem como fugir. Nem da SHIELD, nem da Hidra. Porque isso tudo, vai ser seu. Sua herança, seu legado, e seu futuro. Não pode fugir disso.

– Escolheu a pessoa errada, tio. Eu não nasci pra liderar. E não vou ser responsável pela morte de milhões de pessoas. Eu não quero isso. Eu não quero a SHIELD e não quero a Hidra. Já foi um sacrifício pra eu entrar pros Vingadores. E olha que eu tô sendo mais uma babá, do que integrante. – Lena protestou. – Eu não nasci pra isso, tio. Eu não consigo nem cuidar dos que me são próximos, imagine das duas maiores organizações do planeta!

– Eu sei, o que aconteceu com seu namorado, e com seu irmão. Mas, isso aconteceu porque você não tinha quem pudesse cuidar deles. Só que se você se aliar a nós, e abraçar seu destino, posso garantir a segurança de todos os que são próximos a você. Te garanto até a segurança dos agentes que são seus amigos. Um exemplo disso é o seu amigo, agente Keys. Ele nos serve há três anos, e faz um excelente trabalho.

– Ben? Benjamin trabalha pra Hidra? – Lena se espantou.

– Sim. Pedimos pra que ele não se envolvesse muito com você no Aeroportaviões, pra que você não tomasse isso de um jeito errado. Ele está sendo bem cuidado pela Hidra. Mas, isso pode mudar, se por acaso, ele acabar se tornando uma ameaça em potencial. – ele mudou para um tom estranho.

– Isso foi uma ameaça? – Lena perguntou com ar perigoso.

– Depende do ponto de vista. – ele respondeu.

– Por que ele entraria pra Hidra?

– Porque dissemos que você entraria. E que não iria gostar de ficar sozinha. Então, ele aceitou sem pestanejar. É fácil lidar com alguém, quando se sabe o que esse alguém quer. Por isso, sempre foi complicado de convencer você. – ele falou.

– Mas você não me convenceu, só me ameaçou. – Lena retrucou.

– Eu já disse. Eu jamais faria mal a VOCÊ. Mas, vou ser gentil, te ofereço uma escolha. Você abraça seu destino, e se une a nós, ou, posso te dar cinco minutos pra se despedir dele. Ele não tem nada a perder mesmo. – ele propôs. Lena engoliu em seco.

– Eu juro que se tocar no Ben...

– Vou me arrepender? Sejamos realistas, minha sobrinha. Você não tem saída. E sabemos que nada vai acontecer comigo. Sou poderoso demais pra ser tocado. Mas, Benjamin, não é. Então... ou você escolhe logo, ou não me responsabilizo pelo que pode acontecer com ele. – Pierce pressionou.

Lena desviou o olhar pensando. Tentando desesperadamente encontrar uma solução rápida e eficaz. Era a vida do Ben que estava em jogo. E ela estava sem muitas opções. Seu amigo dependia dela. Ela só precisava, da jogada certa.

– E então? – ele buscou o olhar dela. Lena o olhou e pegou ar, pronta pra dar sua resposta.

...

– Alô?

– Oi, Tony? É a Lena. – Lena falou pelo telefone.

– Oi Hit-Girl. Como você tá? – ele perguntou gentil.

– Sem formalidades, Tony. Vamos direto ao assunto. – Lena pediu.

– Como quiser. – ele falou.

– Eu aceito. – Lena declarou.

– Aceita? Trabalhar comigo na Torre? – ele perguntou esperançoso.

– Isso. – Lena respondeu baixo.

– Ok. E.. quando você quer começar? – ele perguntou.

– Que tal na quinta? – Lena sugeriu.

– Quinta? Quinta tá ótimo! – Tony concordou. – Então, vai ser na quinta. Eu mando um jatinho pra vir te buscar, tá?

– Tá, claro. Pode ser. – Lena concordou.

– Não se preocupe. Prometo que vai ser bem remunerado. Não vai se arrepender. – Tony prometeu.

– Até, Tony. – Lena se despediu e desligou. Fechou os olhos se escorando na parede. – Já me arrependi.

A porta da sala ao lado se abriu fazendo Lena se endireitar.

– Pronto? – Pierce perguntou.

– Sim. Ele vem me buscar na quinta. – Lena respondeu.

– Ótimo. É só isso por enquanto. Pode ir pra casa se quiser. Só esteja aqui antes dele vir te buscar. Vou mandar Sitwell te entregar as informações que vai precisar pra missão. – ele informou. – Acredite, vai precisar tomar cuidado, o sistema de defesa do Stark é bem avançado, vai precisar do programa pra coletar as informações e enviar pra nós.

– Eu sei. – Lena concordou nem um pouco animada.

– Não se preocupe, sobrinha. Seu trabalho é uma benção pra humanidade. Com essas informações, você vai deixar seus agentes mais fortes pra protegerem o mundo. – Pierce falou em tom solidário.

– Para de mentir. – Lena pediu baixo. – Só me garanta que Ben estará a salvo.

– Foi o nosso acordo. E eu sempre cumpro minha parte. – ele prometeu. – Você vai liderar nossas tropas. Você é o futuro da Hidra. Sinta-se orgulhosa. – ele falou. Lena reprimiu os lábios olhando pra baixo. Concordou com um aceno. – Ótimo. Está dispensada, minha herdeira.


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Notas finais do capítulo

Agora ferrou tudo. O que acharam, hum? Eu preciso saber, afinal, esse foi o último cap. Espero que tenham gostado. Nos vemos nos eviews e na nova temporada que se chamará " Contos de Mentora Russa : A Morte do Gavião Arqueiro ".
Até mais pessoal. Amo vocês.