Surge Uma Vingadora escrita por Helem Hoster


Capítulo 2
Bruce Banner


Notas iniciais do capítulo

Segundo cap pessoal! Espero que gostem. bjs boa leitura.♥



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Ao chegarem na base, pegaram um jato pra Calcutá, chegando lá...

– Eu não entendo. Por que ele veio pra cá? Logo pra esses lados da cidade! O cheiro é horrível. Tem cocô de vaca pra todo lado, e pra onde se olhe se vê intocáveis e doentes. – Lena comentou olhando pela janela do carro que Natasha dirigia. – Além de que a arquitetura é precária e simplesmente medonha.

– Pensei que já estivesse estado na índia. – Natasha comentou bem humorada.

– Já estive. Várias vezes. Em Rohtak, Meerut, Noida, Gurgaon, Nova Delhi, mas não em Calcutá. E meu pai, quando não estava trabalhando nos levava pra ver os pontos turísticos. – Lena retrucou.

– Bom, filhinha de papai, essa é a verdadeira Índia. – Natasha falou fitando a estrada e andando numa velocidade absurda, assim como todos na estrada.

– Se eu fosse ele, eu iria pra uma ilha paradisíaca da África, ou pra América do Sul. Sabe, Argentina, Brasil... – Lena deu de ombros.

– Eu já estive em São Paulo no Brasil. – Natasha comentou. – Numa missão com Clint.

– Quantos prédios vocês destruíram? – Lena provocou. Natasha não respondeu, apenas deu um pequeno sorriso.

– Se você fosse pro Brasil, eu recomendaria o Rio. – Natasha comentou.

– Ah! Não, eu iria pras regiões do sul, sudeste, sabe. Como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná... eles tem uns nomes meio difíceis, né? – Lena riu. Natasha riu. Logo, estavam fora da cidade. Natasha estacionou atrás de um barraco.

– Chegamos. – Natasha falou descendo do carro. Alguns agentes esperavam por elas.

– Fora da cidade? Por quê? – Lena perguntou.

– Se ele se irritar, ficaremos gratos por estar num lugar mais isolado. – Natasha respondeu entrando na casa.

– Tá. E como vamos atrair o Banner pra cá? – Lena perguntou a seguindo.

– A pergunta certa é “como você vai atrair ele pra cá?”. – Natasha corrigiu. Lena ficou boquiaberta. – Vamos, Carter. Você já passou por coisas piores!

– É. Mas um bando de russos não é um monstro verde furioso. Ele vai desconfiar se eu for falar com ele. Olhe pra mim! Ele nem vai querer me ver ou sequer falar comigo! Dá pra identificar de longe que eu não sou daqui! E eu nem sei onde ele está, pra início de conversa! – Lena protestou.

– Pensei que fosse fã dele. – Natasha arqueou as sobrancelhas. – Já que estava tão animada com a ideia de conhece-lo.

– Mas isso foi antes deu saber a razão de o conhecer! Uma catástrofe global! Ele não vai querer se meter nisso! – Lena retrucou. – Ele não vai querer me atender.

– É por isso que te perguntei se fala hindu. – Natasha falou sorrindo. – Olhe em volta. O lugar é precário, você mesma disse. As pessoas são pobres.

– Está pedindo pra que eu pague pra alguém fazer o serviço que eu não tenho coragem de cumprir? – Lena pergunto em tom de repulsa.

– Não é uma questão de bravura. – Natasha riu. – Eu vou ficar com a pior parte. Vou ter que encará-lo e convencê-lo a vir conosco, sozinha. – Natasha falou em tom calmo, mas Lena podia ver o medo estampado em seus olhos. Suspirou.

– É um beco sem saída, né? – Lena perguntou olhando pra baixo.

– Sim. É um beco sem saída. Não temos escolha.

– Mas isso não é certo. Usá-lo pra consertar uma burrada que vocês fizeram. Eu não queria isso. – Lena comentou olhando pros seus pés.

– Não é certo, de fato. Mas o que queremos não importa, nem o que é certo ou errado. Ordens importam. Recebemos nossas ordens, Carter. Devemos segui-las.

– Eu não recebo ordens de vocês. – Lena retrucou.

– Talvez não. Mas quer salvar o mundo? Ou condená-lo? – Natasha a fitou. Lena suspirou pensando.

– Certo. Eu faço. Mas da próxima vez, arrumem um intérprete particular. – Lena bufou.

– Mas você é nossa intérprete particular. E relaxa. É só em raras ocasiões. – Natasha falou com um pequeno sorriso vitorioso.

– Tá. Mas você vai ter que me ensinar latim. – Lena propôs.

– Ut velis. – Natasha respondeu em latim. – Como queira. – ela traduziu.

Lena deu um pequeno sorriso.

– Tome. Aconselho a pagar uma criança, pode comovê-lo mais do que um adulto doente. E crianças costumam ser mais espertas. – Natasha aconselhou lhe dando um maço de Rúpias.

Lena bufou guardando o dinheiro e saindo da casa. Cumprimentou alguns agentes que estavam de guarda em volta da casa.

Logo avistou um grupo de pessoas em baixo de uma barraca improvisada, assistindo TV. Uma menininha sentada no chão desenhava na areia.

– Oi. – Lena falou em hindu se aproximando da garotinha que se assustou. – Calma. Não vou te machucar. – Lena falou em tom manso. A menininha se acalmou mas manteve-se em estado de alerta. – Eu me chamo Helena, e você?

Sou Niha. – ela respondeu.

Olá, Niha. – Lena cumprimentou tentando parecer amigável.

“Pare de enrolar! Vá direto ao ponto! Não temos tempo!” Ela ouviu a voz de Natasha pelo comunicador.

Niha, você conhece o doutor Banner? – Lena tentou ir ao ponto sendo o mais delicada possível.

Ele é o médico. - ela deu de ombros.

Sabe onde ele trabalha?

– Sei.

– Pode trazê-lo pra mim? – Lena perguntou. A menininha pensou.

Posso...mas não de graça. – ela respondeu. Lena deu um pequeno sorriso.

Claro. Aqui, tome. Metade agora, e receberá o resto quando voltar com ele.- Lena entregou metade do maço de rúpias. – Traga ele até aquela cabana ali. Tá? Vou te esperar no lado de fora atrás da casa.– Lena pediu apontando pro barraco que os agentes guardavam. A menina concordou e se levantou começando a se afastar. – Niha. – ela chamou. A menina parou a olhando. – Não diga a ele que eu lhe paguei pra trazê-lo aqui. – Lena falou.

E o que quer que eu diga? – ela perguntou.

Ele é médico, né? Diga a ele que seu pai está doente... sei lá. Inventa uma história. – Lena deu de ombros. A menininha concordou e saiu correndo.

Lena suspirou e voltou pra dentro da casa.

– E então? Como se sente? – Natasha perguntou pondo um tule vermelho sobre os ombros. Lena a olhou. Ela vestia um charmoso vestido preto.

– Legal. Trocou de roupas. – Lena comentou. – Ela vai trazer o Banner.

– É o que importa. – Natasha concordou. Lena suspirou olhando pra baixo. Parecia abatida. – O que foi? – Natasha perguntou.

– Nada é que... – Lena negou com a cabeça. – É que eu... eu não lido com crianças desde... – ela resmungou com a voz sumida.

– Eu compreendo. – Natasha falou em tom solidário. – Trabalhou bem. Não precisa se explicar. – Natasha falou compreensiva. Lena concordou com um pequeno sorriso. – Parece cansada. Senta um pouco. – Natasha falou.

– Aqui? Não obrigada. Sabe Deus que bichos passaram por aqui. – Lena falou enojada.

– Estamos diante de uma possível catástrofe global, e você se preocupa com a higiene de um estabelecimento? – Natasha riu. Lena cruzou os braços olhando pra baixo. Natasha se dirigiu até a janela. – Ok, mocinha. Código verde. Ele tá vindo. – Natasha falou.

– Ok. – Lena concordou indo pros fundos da casa no lado de fora. – Ok pessoal, preparem-se. – Lena anunciou aos agentes. Niha saiu pela janela do quarto. Lena foi até ela.

Ele tá lá dentro. – Niha informou.

– Muito bem, Niha. Obrigada. Pegue. Já pode ir. – Lena falou entregando o dinheiro à menina que agradeceu e saiu correndo. Lena ativou o comunicador pra ouvir o que se passava lá dentro.

– Só você e eu. – ela ouviu Natasha falar em tom sedutor, e fez uma careta.

– E a sua amiguinha atriz? É espiã também? Começou cedo? – ela ouviu a voz de Banner, e começou a se entusiasmar ao ouvir seu ídolo do mundo da ciência.

– Eu sim. – Natasha respondeu.

– Quem é você? – ele perguntou.

– Natasha Romanoff. – Natasha respondeu. Fez-se uma pausa.

– Veio aqui me matar, senhorita Romanoff? Porque isso não vai dar certo. – ele falou.- Pra ninguém.

– Não, não. Claro que não. – Natasha respondeu em tom suave. – Eu vim em nome da SHIELD.

– SHIELD. – ele repetiu. – Como me acharam?

– Nunca o perdemos, doutor. Mantivemos distância. E até despistamos pessoas interessadas em lhe fazer mal. – ela respondeu.

– É? Por quê? – ele perguntou.

– Nick Fury parece confiar em você. Mas tem que vir agora. – ela se limitou a responder.

– E se eu não quiser? – ele perguntou.

– Eu vou persuadi-lo. – Natasha falou em tom sedutor. Lena fez outra careta.

– Mas e se... o outro cara, não quiser? – ele insistiu. Fez-se uma pausa.

– A mais de um ano que não tem um incidente, não acho que vai querer um agora. – ela retrucou em tom divertido.

– Nem sempre consigo o que quero. – ele retrucou.

– Vamos, Natasha! Seja direta! – Lena falou pelo comunicador.

– Estamos diante de uma possível catástrofe global. – Natasha informou, Lena se expantou.

– Hã. Isso aí, eu sempre tento evitar. – Banner riu.

– Não precisava ser tão direta assim. – Lena comentou.

– Isso... – Natasha falou. – É o Tersseract. Ele tem energia com o potencial de destruir um planeta.

– E o que o Fury quer que eu faça? O engula? – Banner ironizou causando um calafrio em Lena. Ele estava brincando com Natasha.

– Que o encontre. Ele foi roubado. – ela informou num tom um tanto dramático. – E emite uma assinatura gama fraca de mais pra rastrearmos. Ninguém conhece radiação gama como você. Se eu conhecesse, estaria lá.

– Então Fury não está atrás do monstro? – Bruce perguntou.

– Não que ele tenha me dito. – Natasha respondeu.

– E ele te diz tudo? – Lena o ouviu retrucar, e começou a ficar com medo. Não do monstro. Mas estava abismada com o jeito que ele conseguia manipular o medo de Natasha. Ele estava brincando com ela, porque ele sabia que estava com medo, e se divertia com isso.

– Fale com o Fury, ele precisa de você.

– Precisa de mim numa jaula? – ele perguntou.

– Ninguém vai te por numa jaula...

– PÁRA DE MENTIR PRA MIM!!! – ele gritou fazendo Lena pular de susto e fez um aceno pra que os agentes se preparassem e eles cercaram a casa. – Me desculpe, foi mal. Eu só queria ver a sua reação. – ele falou em tom calmo e manso.

– Natasha! Ordens. Atiramos ou não? – Lena perguntou pelo computador.

– Por que não fazemos isso de um jeito que você não usa isso, e... o outro cara, não faz uma confusão? – Banner propôs. – Tá bom? Natasha?

– Ordens, Natasha! – Lena chamou. Natasha ficou em silêncio por um instante e Lena começou a se preocupar.

– Recuar. – Natasha falou pelo comunicador. – Tudo bem aqui.

Lena fez sinal pros agentes que recuaram. Lena se levantou e caminhou em direção a casa.

– Só você e eu? – Banner ironizou.

– Natasha? – Lena entrou na casa e eles a olharam. – Tudo bem?

– Tudo. – Natasha concordou se acalmando.

– Oi. – Banner acenou com um pequeno sorriso.

– Oi. – Lena falou sorrindo. – O Quinjet tá esperando.

– Ok. Vamos? – ela perguntou olhando pra Banner.

– E eu tenho escolha? – ele perguntou. Lena e Natasha se entreolharam.

– Não. – disseram ao mesmo tempo.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Espero que tenham gostado. bjs deixem seus comentários, por favor. Nada de fantasminhas por aqui, ok? bjs♥



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