Incesto escrita por SweetBee


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Gente, espero que vocês não acabem com a minha raça hahahaha
Demorei muito, muito mesmo.
O lado ruim é que estou com muitas ideias ao mesmo tempo nos ultimos dias, fica tudo confuso e tals. O lado bom da minha demora é que estou super apaixonada pelo clone do The Rock *-* e é tuuuudo meu hahaha aloka
Obrigada pelas recomendações, fiquei muito feliz com cada uma e com cada comentário também haha mesmo não tendo tempo para respondê-los. Perdão por tudo.
Obrigada também pelas mensagens, elas foram um grande incentivo para eu tomar vergonha na cara e vir escrever.
O que mais... ah, estou querendo começar oura fic, siiim, eu vou cometer esse ato de insanidade. Mas fiquem tranquilas(los) vai ser depois que Incesto terminar AAAAAAAAAH Tenho várias ideias para temas, se quiserem sugerir algum, fiquem à vontade.
Nos vemos lá em baixo.



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Você não merece estar passando por isso.

Vicente pensou enquanto observava a menina dormir. Sentado na cama com uma mão na boca, coisa típica dele quando estava nervoso ou triste, procurava por um vestígio de lágrima ou algum movimento em seu rosto. Olhou para a janela notando a claridade crescente, quase amanhecendo e ele sequer havia pensado em dormir, preferia ficar ali certificando-se de que nada de ruim aconteceria com a sua Pamela.

Depois de tudo o que havia acontecido ontem à noite, Vicente tratou de pôr a garota para dormir, descansar depois de tantas informações lhe faria muito bem, não que tenha sido uma tarefa fácil, por mais que a garota se sentisse protegida com ele, o rapaz não conseguiria livrá-la de seus próprios pensamentos. Pensou em chamar Camila para ajudá-lo, uma amiga nessas horas ajuda mais do que qualquer um, a idéia foi descartada quando se lembrou que provavelmente o garoto viria em seu encalço, recriminou-se por ser egoísta e ciumento, mas ainda era algo que não havia trabalhado em relação à sua namorada.

Deu uma ultima examinada nas feições da garota e se levantou vagarosamente da cama. Faria alguma coisa para comerem antes de ambos voltarem à dura realidade, se Vicente pudesse voltar no tempo obviamente o faria sem pensar duas vezes. Contaria toda a verdade no instante seguinte em que descobriu.

— Maldita hora em que eu confiei em você – sussurrou referindo-se a Ana.

Agora ele conseguia ver nitidamente que nem ela sabia o que estava fazendo, não conhecia a filha.

Óbvio que não, optou por abandoná-la aos quatro anos com o pai só porque queria ser bailarina e nunca sequer ligou rara saber como a mesma estava, uma mulher como essa não merecia a benção de ser mãe. Por mais que odiasse seu pai, ele não merecia ser abandonado novamente pela esposa, quase nas mesmas circunstancias, deixando a criança para trás como se não fosse nada.

Vicente resolveu deixar o passado no passado, tomou um banho rápido temendo que a garota acordasse com o barulho do chuveiro, talvez paranóia da sua cabeça, seu instinto super protetor estava gritando com a menina ainda mais agora, mesmo tentando se lembrar de que proteção demais as vezes faz mal para ambos. Desligou o chuveiro arrastando a toalha para cobrir-se, saiu do Box parando diante do espelho analisando rapidamente seu reflexo, a barba já voltava a crescer para sua alegria, sempre que mirava sua imagem e via os pelos em sua face lembrava-se dos dedos de sua irmã brincando entre os fios.

O pensamento fez um sorriso brotar em seus lábios. Era quase impossível pensar em Pamela e não ter sua imagem lhe sorrindo como se nada de ruim pudesse acontecer, uma garota tão doce e alegre estava irreconhecível agora.

Respirou fundo enfiando-se nas roupas comuns que separara antes, terminou de se arrumar e saiu dali indo direto para o quarto. Para sua surpresa a menina estava se levantando, vagarosa e cuidadosamente, talvez por ter sido atingida pelas lembranças desagradáveis do dia anterior.

— Pam – falou baixo chamando sua atenção.

Ela levantou a cabeça em sua direção dando um sorriso fraco, acordar e Vicente ser a primeira pessoa em sua frente lhe deixou aliviada, por alguns instantes pensou que tudo tivesse sido apenas um pesadelo, a ida para a casa do pai, as descobertas. Pamela apertou os lábios recriminando-se pelos pensamentos, a única coisa que lhe importava no momento era o seu amado de pé esperando alguma reação de sua parte, certamente bem mais que um sorriso fraco e torto.

— Bom dia – respondeu levantando-se do colchão.

Meio hesitante Vicente se aproximou.

— Como você ’ta?

A menina riu pelo nariz.

— Chorar não vai mudar nada – replicou pondo o cabelo atrás da orelha – fui largada pela minha mãe, era um peso em sua vida.

— Você não tem culpa de nada – disse rapidamente.

Pamela olhou para ele amassando a barra da camisa velha emprestada que usava, assentiu minimamente arrependendo-se por falar essas coisas, sabia que não tinha culpa alguma, era apenas um bebê quando tudo aconteceu, mas a angústia parecia estar voltando e trazendo esses rompantes de raiva que a fizeram quase romper com a pessoa que mais lhe deu apoio na vida.

— Eu sei, é só – engoliu seco procurando as palavras certas – ainda não consegui digerir tudo.

Vicente caminhou até ela segurando-a pelas mãos quentes e finas que insistiam na barra da camisa que lhe caía tão bem.

— Tudo bem meu anjo – sorriu acariciando-a com os polegares – imagino como está sendo pra você. E se te serve de consolo, ouvir o seu pai gritando que a minha mãe não passava de uma cadela, não foi tão fácil.

A menina uniu as sobrancelhas fitando-o séria.

— Não ajudou muito.

Ele a puxou para um beijo rápido e casto.

— Estranharia se tivesse ajudado – ambos sorriram com aquilo.

Foi exatamente nesse momento que Pamela teve certeza de que Vicente estaria a seu lado em qualquer circunstancia, que ele não mentiu quando disse que sempre viria por ela, e mais uma vez teve certeza de que o amava ainda mais hoje.

O rapaz piscou ainda sorrindo, sem nem imaginar o motivo para o sorriso bobo que a menina estampava no rosto.

— Sabia que eu adoro o seu sorriso? – perguntou agarrando sua cintura.

Pamela jogou a cabeça para trás rindo enquanto deslizava as mãos por seus braços.

— Sabia.

Vicente mirou os lábios da garota sorrindo do jeito Vicente de sempre.

— Não me custa nada reforçar – murmurou beijando-a carinhosamente.

O que ela faria sem o bom humor e o sorriso sacana do rapaz? Certamente sua vida seria cinza, ou a penas uma ilusão criada pelas influências das coisas ao redor. Viveria de um lado para o outro sonhando com um príncipe encantado vendido pelos livros e filmes, seria uma garota mimada pelo pai e com uma vida perfeitamente alinhada.

Não, obrigada. Ela estava bem exatamente desse jeito, com os problemas que atravessaram seu caminho e o namorado cheio de defeitos que tinha.

— Vicente – chamou ainda de olhos fechados sentindo a respiração forte do rapaz em seu rosto – eu preciso tomar banho.

Ele gemeu dando um fraco rosnado em seguida.

— Banho pra que? Ta tão bom aqui – riu afastando a cabeça para olhá-la – sinta o silencio do nosso apartamento, você foi a melhor coisa que aconteceu nele desde que foi embora.

Pamela fez uma careta divertida tentando entender o que acabara de ouvir.

— Fez mais sentido na minha cabeça.

Mais uma vez os dois explodiram em risadas.

— Senti falta disso – comentou trazendo a seriedade aos poucos para a face do rapaz.

Vicente acariciou seu rosto mais uma vez, afrouxando o braço para que ela saísse. A garota sentiu o toque quente carregado de lembranças, não ia permitir que esse momento fosse estragado, nenhum dos dois permitiria.

— Vai logo – seu namorado sorriu girando-a para a porta – te espero na cozinha.

Com um leve empurrão, a menina correu para o banheiro à passos curtos, Vicente ficou ali, babando pela namorada que tinha, e que o deixava a cada dia mais apaixonado, pensando em como seria se casar com ela, ter filhos, chegar em casa todos os dias e encontrá-la com um sorriso enorme no rosto.

Não, pare de pensar nisso. Ela ainda é muito nova. Talvez até nova demais pra estar com você.

Quanta besteira, desde quando há idade certa para amar e se relacionar? Seja com quem e quando for o ato de amar é, e sempre será o mais puro que existe.

O telefone tocou fazendo Vicente fugir de seus devaneios.

Atravessou o quarto de volta para a porta, imaginando que fosse Camila mais uma vez, já que havia telefonado duas vezes na noite anterior para saber como a menina estava. Ele logo tratou de tranqüilizá-la e inventar uma desculpa qualquer para seu pai, ela era boa nisso, saberia o que fazer no caso de perguntas um pouco mais difíceis.

Porém, para a sua surpresa não era a grávida ao telefone. Um nó de preocupação se formou em sua garganta, tinha que atender de qualquer jeito, e sem esperar mais ele o fez.

— O que você quer?

Ouviu uma risada do outro lado.

— Sabe onde está o amor da sua vida nesse momento?

Vicente franziu o cenho olhando de soslaio para o aparelho. Sabia que seu pai era um louco, mas não imaginava que iria lhe ligar para fazer essa pergunta a menos que soubesse... ah não.

— Não, eu não sei – respondeu baixo sentindo seu sangue esfriar. Ter Sérgio batendo à sua porta era a ultima coisa que queria.

— Dormindo na casa daquele garoto. Como se chama? Ah, Gustavo – riu mais uma vez.

— O que? – perguntou tentando assimilar.

Pois é meu filho, parece que a Pamela finalmente percebeu a besteira que estava fazendo— o rapaz suspirou aliviado – só peço para que não interfira, ela não merece passar o resto da vida apaixonada pelo próprio irmão.

Ele sorriu, afastou o aparelho da orelha e o encarou por alguns segundos antes de desligá-lo. Mais uma vez ele riu, não sabia exatamente o que pensar, foi tudo bem confuso inicialmente.

Porque seu pai lhe ligaria apenas para falar isso? A resposta ele sabia, para vê-lo sofrer pela garota, claro. Não esperava algo tão baixo da parte dele.

Desgraçado!

Olhou para o corredor vendo Pamela saindo do banho ainda com sua camisa, o cabelo enrolado no alto da cabeça com alguns fios molhados grudados no pescoço. Ela olhou para ele enquanto caminhava em sua direção sem esboçar nenhuma reação, talvez perguntando-se porque ele estava com o celular na mão e rindo como um idiota.

— O que a Camila fez? – perguntou enfiando-se sob as almofadas.

— Não foi a Camila, foi... – parou meio hesitante vendo uma ruga de preocupação em sua testa – Foi o seu pai.

Pamela puxou uma das almofadas para seu peito.

— Ah – torceu a boa desviando os olhos – ele sabe que eu...

— Não, fique tranqüila – sorriu sentando-se perto dela – a Camila disse que ia inventar alguma coisa e... Que merda!

Rapidamente ele se levantou discando para a amiga. Uma coisa lhe passou pela cabeça, uma coisa muito perturbadora que explicaria essa ligação sem muito nexo de Sérgio.

— Oi Vicente, já fez merda logo cedo? Vou logo dizendo que não estou disposta a te acobertar – disse sonolenta.

— Camila, que diabos você falou para o meu pai ontem?

A garota ficou em silencio por alguns segundos, Pamela olhava curiosa e quieta para o namorado nervoso à sua frente.

— Ué, despistei o coroa – respondeu rindo, recebendo um rosnado do outro – ta legal, eu só disse que quando cheguei em casa a Pam estava dormindo com o Guto, aí eu pedi pra ele deixar ela ficar. Algum problema?

— Claro que tem problema! – berrou assustando a menina no sofá. Vicente olhou rapidamente para Pamela e logo a imagem dela deitada com o menino lhe fez sentir repulsa – Muito obrigado Camila.

— Por nada.

Ele desligou o celular jogando-o no sofá.

Onde estava com a cabeça quando pediu ajuda a ela? Se tivesse uma bola de cristal a cada vez que o assunto fosse Camila, estaria bem mais satisfeito daqui pra frente.

E mais uma vez ele estava nervoso naquele dia, sentou-se na poltrona afundando o rosto nas mãos e respirou fundo.

— O que foi? – Pamela perguntou querendo fugir de seus próprios pensamentos.

Havia voltado a pensar em tudo durante o banho, desde quando era apenas uma menina inocente perguntando sobre a mãe, até o momento em que a viu bem na sua frente. Estava tentando entender até agora os verdadeiros motivos para o abandono, não tinha como entender, mas continuava tentando. Era como se acordasse num mundo completamente diferente do seu, não sabia para onde iria e o que faria.

Vicente a olhou tentando não ficar irritado, ela não tinha culpa alguma pela língua descontrolada da Camila.

— Nada com que tenha que se preocupar – falou levantando-se – vem comer.

— Não estou com fome – respondeu olhando para o chão – na verdade nem sei por que levantei daquela cama.

Ele olhou para a menina, só então notando seu nariz avermelhado, sinal de que havia chorado minutos antes. Uma pequena parcela de culpa tomou conta do seu peito novamente, e mais outra pela cena ridícula de ciúmes sem nem perguntar se a garota à sua frente estava bem.

Aproximou-se novamente dela, sentando-se a seu lado.

— Porque não me contou antes Vicente?

— Pam, eu já disse – começou apertando seu joelho – eu tive medo de te perder.

— Mas é a minha vida – seus olhos se encheram de lágrimas novamente – a minha vida sendo uma mentira todo esse tempo.

Vicente a puxou pelos ombros apertando-a contra seu peito, mais uma vez ela estava chorando em seus braços, mais uma vez sabia que era sua culpa. Mas o que lhe garantia que não aconteceria o pior caso houvesse contado naquele dia? Levando em conta todos os acontecimentos daquele dia, seria ainda mais traumático para ela.

— Não fique remoendo isso o tempo todo – murmurou acariciando sua cabeça – precisa estar calma para enfrentar tudo o que ainda vem.

Ela se afastou olhando para o rosto do namorado.

— Vai estar do meu lado? – perguntou fungando.

— Sempre.

— Então eu quero enfrentar tudo agora mesmo.


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Notas finais do capítulo

- Fantasia com "mutantes"
— Outra de Incesto
— Aluna e professor
— Caçadora de Lobisomens :3
Essas são algumas, se eu for fazer uma lista não acabo hoje.