Can You Save Me? escrita por Whispers Of Hope


Capítulo 1
The Memories Are Still Here


Notas iniciais do capítulo

Oii gente!
Essa é minha primeira fic então...Espero que gostem, ou melhor, ADOREM!
As partes em itálico serão flashbacks.
Vejo vocês lá em baixo!



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Buenos Aires, Argentina

22/04/2015 02h e 45 min

POV´S Violetta

Acordei assustada por culpa de uma droga de pesadelo, no qual Alice era atropelada por um carro desgovernado e logo depois eu estava de joelhos chorando ao lado do pequeno corpo dela, com uma pessoa desconhecida tentando me acalmar, o que era em vão. Mas, ao olhar pro lado e ver meu anjinho dormindo tranquilamente, consegui me acalmar pois era apenas um pesadelo que logo passaria. Estiquei o braço e peguei meu celular que estava em cima do criado mudo, olhei para o visor e percebi que dia e horas exatamente eram, hoje já completava 5 anos desde tudo o que aconteceu e parecia que as memórias estavam intactas pois era como se eu estivesse ouvindo os gritos de minha mãe, ou vendo as lágrimas no rosto de minha vó que ela não conseguiu conter ou até mesmo ouvido a mim mesma aos gritos pedindo ao menos uma explicação daquilo...

Um estouro veio da cozinha, levantei depressa e corri até lá para ver o que estava acontecendo e no instante que cheguei lá, percebi que não devia ter levantado da cama pois desse modo, eu não iria ver meu pai todo ensanguentado no chão com minha mãe aos prantos sobre seu corpo e muito menos ouviria o choro de Alice ou até talvez ver Marco, meu irmão de 17 anos, correr até o quarto para tentar acalmar o bebê de apenas alguns meses. E, naquele instante, eu senti que agora, aquele homem que eu amei desde pequena não iria mais abrir seus olhos porque ao olhar para o lado esquerdo de seu peito vi que ele havia sido perfurado por uma bala e ao olhar para ele dizendo com a voz um pouco fraca que amava todos nós e, como não tinha mais saída, aqueles olhos que sempre nos olhavam com carinho e passavam tanta segurança, haviam sido fechados para sempre, quando o vi ali sem vida senti que o culpado de tudo aquilo iria pagar muito caro, nem que fosse eu a fazê-lo pagar. No meio de tanto choro e gritos, o som do telefone residencial se deu por ouvir e eu automaticamente o peguei de cima do balcão e atendi, era uma voz totalmente desconhecida por mim que dizia que aquilo era apenas o começo...

Depois de ter relembrado mais uma vez de uma noite terrível de tantas outras, acabei dormindo entre lágrimas e soluços, porque aquilo toda vez me fazia chorar. Acordei com Alice pulando em cima de mim, já eram 07:40 da manhã e pelo que parecia, aquela quarta- feira seria de muito calor em Buenos Aires. Levantei e fui fazer minha higiene matinal enquanto Alice escolhia a roupa que queria usar, saí do banheiro depois de terminar de me arrumar e fui até ela:

- Já escolheu que roupa quer usar, pequena?

- Sim, quero usar essa aqui mana- ela diz apontando para um vestido florido e um par de sandálias cor-de-rosa

- Vai ficar muito linda em você- digo sorrindo para aquela pequena criança em minha frente

-Qualquer coisa fica linda em mim- ela diz sapeca e ri acompanhada por mim

Logo depois de terminar de vestir ela e arrumar seus longos cachos loiros, saímos de casa e fomos em direção ao carro que por mais que eu tentei recusar, Vovó não aceitou o fato de que eu dizia não querer aquele presente que, mesmo sabendo, iria me ajudar muito em quase tudo na minha rotina. Depois de arrumar Alice no banco de trás, entrei no carro e saí daquela pequena rua em que se situava nossa casa, que foi passada para meu nome antes de meu pai morrer. Dirigindo por Buenos Aires, olhei para a calçada e vi uma família normal caminhando como se nada de ruim pudesse acontecer, por um momento eu tive inveja deles mas acabei sendo interrompida de meus pensamentos quando Alice gritou animada do banco de trás:

-Finalmente chegamos!

Estacionei o carro e desci acompanhada por ela que assim que teve a chance, saiu correndo em direção à casa que por muito tempo foi meu refúgio, e a dona da casa foi meu porto seguro, a casa de minha avó.

- Bom dia minhas princesas! – Angélica diz abrindo a porta

-Bom dia Vovó- eu e Alice falamos juntas mas, uma de nós não tinha tanto entusiasmo na voz

A senhora já de certa idade, com muito esforço, pegou minha pequena irmã e cochichou algo no ouvido dela, e assim que Alice saiu correndo para a cozinha eu percebi que minha avó havia dito que tinha feito bolo de chocolate para o café, só assim para ela sair correndo daquela forma. Por alguns segundos eu fiquei a observando e do nada coisas vieram na minha cabeça, antes as pessoa me descreviam como: “A pobre garotinha que perdeu seus familiares de forma trágica” mas agora elas me descreviam de forma diferente: “A garota crescida de 19 anos que tem grandes responsabilidades, como sua irmã e a faculdade”.

Como se lesse meus pensamentos, Vovó me abraçou de uma forma reconfortante e fechando os olhos, pensei que naquele momento as únicas que eu realmente tinha do meu lado era elas, a mulher que sempre me ajudou e quando eu era pequena me defendia sempre, até mesmo quando eu estava errada e também tinha Alice, a menina que por sorte, não soube de nada do ocorrido e vive como uma criança normal da idade dela, ela me vê como uma mãe mas, anos atrás eu expliquei para ela que ela tinha uma mãe que a amava e infelizmente ela havia nos deixado.


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Notas finais do capítulo

Desculpe qualquer erro de ortografia ou concordância,não esqueçam de deixar seu comentário,saibam que isso é muito importante para mim...
Até o próximo capítulo *-*