A Cruzada escrita por DemonKingley


Capítulo 1
Miguel & Erika -- O começo de uma guerra.


Notas iniciais do capítulo

♦Primeiro cap ♥ que emoção ♥♦Espero que gostem de coração, foi feita com carinho :3♦Comentar me deixa empolgado, então não seja um fantasma --'♦Eu aceito criticas sim, principalmente as construtivas.Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/618791/chapter/1

— Eu me recuso a isso! — eu gritei com meu pai. — Prefiro morrer do que me casar com ele, não aceito isso.

— Não fale isso Erika — disse meu pai com sua voz baixa. — eu entendo sua frustração, mas quero que entenda que isso é necessário, é pro bem do reino e para o seu bem também.

— Para o meu bem? Eu não suporto Miguel… Nos odiamos. Além disso eu ainda nem tenho dezoito anos.

— Por favor Erika, eu sei que vocês não se suportam, mas eu peço por gentileza um esforço seu — ele disse colocando sua mão direita para trás… até porque é a única que ele tem. Miguel foi um dos membros mais poderosos da Anarquia, divisão de Elite do reino de Unya. Ele matou Dragões, Orcs e Elfos, eu mesmo já o enfrentei. Meu braço esquerdo é a prova do poder de Miguel.

Eu sabia que Miguel é poderoso e é leal a meu pai. Ele foi derrotado por meu pai na guerra de mil anos contra Unya. Minha ancestral começou a guerra e meu pai a terminou há dez anos, que foi quando ele chegou em casa com Miguel que estava gravemente ferido. Miguel quando acordou e ficou em seu quarto por muito tempo até que finalmente aceitou que seu reino sucumbiu. Como ele não tinha para onde ir, acabou jurando lealdade a meu pai.

— Pai, eu entendo o seu objetivo, mas não importa o quanto eu tente eu não consigo me ver como noiva dele.

— Eu imaginei que isso fosse acontecer, então eu os enviarei em uma missão em conjunto para a floresta do Sul nas proximidades de Uruk.

— Você esta louco? Vamos acabar nos matando em menos de um dia.

— Não, não irão — ele disse me dando um pergaminho. — Essa missão é importante e eu convoquei mais três guerreiros para acompanhar vocês.

Eu abri o pergaminho onde estavam escrito os três nomes e suas respectivas familías. Julie Campbell, filha do Duque mais próximo de meu pai, eu nunca tive a chance de a conhecer; Elaine Heins, filha de um visconde sem muita importância; e por fim Rafael, sem nenhum relato de sua família.

— Eu ainda não aceitei essa ideia — eu disse a meu pai. — Mas é meu dever como sua filha, eu não tenho outra escolha não é?

— Que bom que concordou minha filha. — ele disse seguido de um meio abraço. — Eu irei organizar os preparativos para sua partida. — ele disse e pareceu bem feliz com o fato de eu aceitar por espontânea vontade, mesmo não satisfeita com isso.

Eu me virei e me sentei em uma poltrona vermelha cercada por ouro. Em cima um enorme lustre de diamante e outras dez poltronas cercavam a sala que dava vista para o reino. Quadros de nossa família cercava as paredes e um tapete com um Leão cobre todo o chão. Leão que é o simbolo de nossa família.

— Vejo que aceitou casar comigo por livre e espontânea vontade — disse Miguel com seus olhos azuis inconfundíveis, pois eram brilhantes. — Fico feliz por isso — seguido de um sorriso, mas para mim que o conhece a muito tempo sei muito bem que ele estava debochando.

— Vamos nos arrumar para a missão, lá eu posso te matar, quer dizer conversar com você melhor. — eu disse seguido de um um falso sorriso.

Eu me virei ainda sem acreditar que eu teria que me casar com aquele homem; e o pior é que ele parece não se importar com isso, provavelmente ele estava adorando isso, pois agora ele vai ter mais chances para me provocar. Eu fui para o banheiro onde me olhei no grande espelho e com um pente comecei a arrumar meus cabelos vermelhos que nunca ficam arrumados, depois eu troquei meu tapa-olho que cobre meu olho esquerdo desde que eu comecei a usar magia, meu pai diz que só devo usar esse olho em casos extremos, mas nunca precisei usar o mesmo. Vesti uma camisa de manga comprida onde guardava varias pequenas facas dentro dela — quem sabe não uso uma para matar Miguel — e uma calça mais aberta com mais algumas facas na minha coxa presas por pequenos cintos. Miguel entrou no salão de preparação e pegou duas espadas longas e as deixou em suas costas e uma camisa preta parecida com o uniforme que um dia ele já utilizou na Anarquia, além de uma touca preta que cobria seus grandes cabelos loiros.

— Duas espadas? Nunca vi esse seu lado — eu disse a ele.

— É? — ele disse e encostou um dedo em mim onde ele me eletrocutou deixando meu cabelo bagunçado de novo. — Me desculpa Erika, eu não queria fazer isso, eu não controlo muito bem meus poderes. — ele disse em tom de ironia e com um rosto de preocupado incrivelmente falso.

— Não foi nada amor, essas coisas acontecem — eu disse com um pequeno sorriso falso no rosto e em seguida joguei minha faca onde o mesmo desviou sem dificuldades. — Me desculpa, tinha uma abelha ai...droga.

— Não foi nada. De qualquer jeito a carruagem sai em 30 minutos, seu pai e nossos companheiros estão nos esperando… Alias, aquela Julie é muito linda, uma pena eu ter que casar com você.

— Não me entenda errado Miguel, eu também te odeio, só iremos nos casar ano que vem, então não faz diferença o que você fizer antes disso ou ficar com qualquer pessoa. Eu não gosto da ideia, mas não tenho outra escolha.

— Eu também não, eu fui de um lendário guerreiro de Unya; para um guarda pessoal que protege uma garota mimada e agora terei que me casar com a mesma. Eu também não gosto da ideia — ele disse removendo a faca que eu lancei na parede e a erguendo para mim. — Mas eu ainda sou sua guarda pessoal, jurei lealdade ao rei e irei cumprir — eu peguei a faca.

Eu novamente arrumei meu cabelo no qual odeio, e vesti alguns casacos, pois a noite das colinas de Alamoa são frias ao extremo, o reino de meu pai se chama Anya e era vizinho de Unya antes da grande guerra. Reza a lenda que Anya e Unya eram um casal de irmãos gêmeos. Anya era uma bela mulher de cabelos vermelhos que queria a paz, e Unya seu irmão queria a liderança do mais forte. Houve disputas por territorios e a guerra milenar aconteceu. Meu pai conta que Anya se casou e esse homem derrotou Unya, porem isso desencadeou uma grande depressão em Anya onde a mesma decidiu cometer suicídio ao lado do tumulo de Unya. O reino de Anya é cercado por bosques que ligavam uma cidade a outra.

— Desculpe o atraso — disse Miguel olhando a carruagem. — É uma bela carruagem, onde estão os outros?

— Estamos aqui — disse Julie caminhando em minha direção onde a mesma se ajoelhou. — É uma honra poder lutar ao seu lado — ela disse abaixando sua cabeça. Lindos olhos castanhos e um longos cabelos negros.

Eu nunca fui boa com cortesia, então fiquei parada sem saber como responder.

— Eu digo o mesmo, é uma grande honra princesa.— disse Elaine com seus olhos dourados e um curto cabelo castanho que se movia ao vento.

— Eu queria dizer o mesmo, mas a pessoa que estou interessada é o Miguel, é um prazer. — ele disse erguendo sua mão. — Eu sempre quis conhecer os lendários guerreiros de Unya, conhecer você já me deixa feliz.

Miguel cumprimentou Rafael e abaixou sua cabeça mostrando respeito ao mesmo.

— Você deve ser Rafael, espero contar com o seu serviço. — eu disse.

— Conte comigo. — ele disse e em seguida me encarou com seus olhos que eram azuis. — Princesa, protegerei você a todo custo. — ele disse e em seguida beijou minha mão.

Entramos na carruagem e partimos para Uruk que fica ao Sul de nosso castelo. Após uma hora de silêncio absoluto, a carruagem nos deixou na entrada da montanha. Era enorme e tinha uma trilha feita pelos antigos ambitantes que uma vez já viveu nessa montanha, porem ao que eu sei, foram mortos por um grupo de vampiros.

— Finalmente chegamos, agora teremos que caminhar — disse Miguel a frente pegando minha bagagem.— É de manhã, temos que andar o máximo possível antes de anoitecer

— Eu conversei com Miguel e chegamos a conclusão de que vamos nos prender com essas cordas para não nos separarmos, neva muito na montanha além do forte vento, a corda é para que não nos separemos. — eu disse e entreguei as cordas para todos, onde Rafael ficou a frente; Elaine; Julie; eu e David fechamos a ordem..

Começamos a escalar a montanha sobre um forte vento. Passamos um dia escalando e a noite finalmente chegou.

— Chega, vamos armar uma barraca aqui — disse Elaine. — Eu não aguento mais.

— Princesa, a Elaine esta muito cansada, vamos armar a barraca. — disse Julie.

Miguel assentiu com a cabeça.

Rafael concordou.

— Certo, Miguel, me ajude com a barraca — eu disse e comecei a armar a mesma com a ajuda de Miguel.

— Aqui de cima não da pra ver nada — disse Elaine olhando para fora da barraca. — Não pensei que fosse tão alto.

— É, era um lugar bem povoado antes da invasão dos vampiros. — disse Miguel se deitando. — Pelo que sei, o povo da montanha era pacifico e vivia em paz com todos, é uma pena.

— Você acha que ainda existe vampiros aqui na montanha? — perguntou Elaine.

— Eu acho que não, se tiver devem estar embernando dentro das cavernas, não é a temporada deles — disse Miguel. — E mesmo se tiver, é só cortar a cabeça deles ou destruir o corpo, não é tão complicado.

Rafael fez uma pequena fogueira dentro barraca. Elaine e Julie dividiram as cobertas, Rafael não utilizava nenhuma, pois ele disse que sua magia de fogo o protege do frio e mantem seu corpo aquecido. Eu senti muito frio durante a noite, mesmo com vários casacos, eu ainda estava gelada e o frio estava acabando comigo. Aquele edredom mesmo grosso era incrivelmente inútil. Eu aos poucos comecei a passar mau onde Miguel colocou seu edredom sobre o meu.

— Por que esta fazendo isso?— eu perguntei a ele.

— Não seja tola,— ele disse removendo sua touca e me deu também — É meu trabalho manter você viva, eu sou leal a seu pai e manterei você viva… Embora que por mim você poderia morrer a qualquer momento.

— Vocês irão se casar no ano que vem certo? — perguntou Elaine. — Vocês se amam então?

— Nem ferrando — eu disse em conjunto com Miguel. — Se eu passasse um dia a sós com ele eu juro que o mataria.

— Se eu não tivesse jurado lealdade a seu pai, eu juro que você já estaria morta.

— Vocês dois são fofos juntos, deveriam parar pra conversar 10 minutos.

— Nem ferrando que eu vou perder 10 minutos com essa garota mimada.

— Haha, como se eu fosse ficar conversando com um pervertido sociopata.

— Disse a donzela encantada.

— Vamos dormir Elaine, deixe os pombinhos — Julie bocejou— deixe os pombinhos resolverem isso.

— Não somos um casal! — eu gritei junto com Miguel e deitamos um de costas para o outro na grande barraca.

O que ninguém sabia era que o pior ainda estava por acontecer.

— Ali, já da pra ver Uruk! — gritou Rafael a frente.

Todos corremos para junto dele onde vimos a cidade portuária, só que algo não estava certo.

— Ela esta em chamas — disse Miguel. — Ela foi atacada, vamos!

Descemos a montanha o mais rápido possível, onde dois dragões passaram próximos a floresta cuspindo fogo a queimando por completo.

— Elaine, Julie e Princesa, fiquem aqui — ele disse com a respiração pesada.— Se protejam dos dragões, eu e Rafael iremos para a cidade para saber o que esta acontecendo.

— Claro que não, eu irei com vocês, Uruk faz parte de meu reino, é meu povo!

— Não Erika, você fica — ele gritou comigo e em seguida correu para a cidade.

Eu e Julie e Elaine procuramos por um abrigo, pois mais dragões começaram a aparecer e cada vez mais a floresta ficava em chamas.

— Mas que merda esta acontecendo? — disse Julie.— Esses dragões são do norte, ficam em outro continente é impossível eles estarem aqui!

— Eu também não sei. Uruk é uma cidade com grande poderio defensivo, mesmo dezenas de dragões não passaria pela grande guarda...— disse Elaine enquanto entrava em uma pequena caverna entre as arvores para nos protegermos dos dragões. — Alguém com grande poder psíquico esta controlando os dragões e pelos urros e sons de espadas muito provavelmente estão em guerra dentro da cidade.

— Como você sabe de tudo isso? — eu perguntei a ela.

— Minha familía é conhecida por ter os sentidos aguçados — ela disse abrindo sua bolsa e pegando uma pequena espada. — Alguem montado em um dragão esta vindo em nossa direção.

Nos armamos rapidamente e saímos da caverna para tomarmos conhecimento do adversário. Um enorme dragão vermelho pousou em nossa frente; a cada batida de asas é como se um furacão estivesse ao nosso lado.

Um homem ruivo saiu de cima do dragão, ele utilizava um tapa olho em seu olho direito, porem seu olho era verde assim como o meu, e seu cabelo era vermelho assim como o meu.

— Princesa Erika, é uma honra conhecer você — disse o garoto ruivo, 1,75 de altura e provavelmente tinha a minha idade.

— Quem é você? — eu perguntei a ele. — Por que esta atacando Uruk?

— Não estou atacando Uruk, estou atacando todo o reino de Anya.

— Por que esta fazendo isso? — fiz outra pergunta.

— Unya esta ressurgindo das trevas, a Anarquia esta em ascensão e o império de Anya ira cair.

— Mas… Como? A Anarquia sucumbiu junto com o reino de Unya, não tem motivo para isso, vocês não deveriam existir.

— Unya acordou, seu herdeiro acordou e ele levara a destruição e teremos um mundo onde só os fortes sobreviverão. Todo o reino de Anya esta em chamas, a capital, as cidades que compõe o reino...Tudo queimara. — ele disse me olhando com seu olhar frio e calmo.

— Entendo, então você esta vivo — disse Miguel voltando da cidade e ao seu lado estava Rafael.— Eu imaginei que você não fosse morrer na batalha de mil anos.

— Que bom poder ver você novamente Miguel, é bom ver um companheiro da Anarquia, felizmente eu estou aqui para isso, estou reunindo os seis membros da Anarquia e juntos iremos conquistar nosso objetivo.

— Você, eu e os outros quatro? Não é uma má ideia. — disse Miguel cogitando aceitar. Eu fiquei com medo do mesmo aceitar, pois era impossível ler os olhos de Miguel para saber o que ele estava pensando, é como se aqueles olhos azuis fossem de vidro.— Infelizmente terei que recusar, eu estou em uma missão.

— É mesmo? Que pena. De qualquer forma, a Anarquia vai se reerguer — ele disse subindo nas costas de seu dragão onde o mesmo começou a bater suas asas onde o mesmo começou voar. — E o reino de Unya conquistara seu objetivo assim como seu herdeiro. A ascensão da Anarquia começou. — ele disse seguido de uma forte risada caótica. Ele partiu levando consigo vários dragões.

— Quem era ele? — perguntou Julie. — O que faremos?

— Ele é o capitão da Anarquia, se o que ele disse for verdade precisamos voltar para a capital o mais rápido possível.

— Mas meu pai os derrotou uma vez, ele pode derrotar de novo!

— Não Erika, é diferente, Unya esta acordando assim como a profecia previu, precisamos despertar Anya o mais rápido possível, sem ela será impossível de parar o Unya. — ele disse arrumando suas coisas.

— E onde ela esta dormindo? — eu perguntei.

— Eu não sei. Seu pai sabia que Unya acordaria, mas ele nunca me disse onde Anya se encontraria. De qualquer jeito precisamos ir, e evitar a ascensão da Anarquia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Antes de mais nada, quero deixar claro que irei explorar todos os tipos de fantasias possíveis... Nada vai escapar de mim ♥ Até semana que vem.