Eu entrei no quarto e achei Katherine na sala dormindo. Eu me aproximei dele e dei um beijo em seu ombro.

_Cheguei _ disse.

_Bem vinda de volta, Elizabeth _ ela disse sem abrir os olhos, mas ela me puxou e eu cai deitada em cima dela e ela plantou um selinho em meus lábios.

Eu a encarei por um momento, então ela abriu os olhos e me encarou de volta. Eu amava Katherine mais que tudo e eu queria que envelhecêssemos juntas.

_Você fede a suor_ eu disse e ela levantou em um pulo e me encarou com raiva.

Ela se cheirou e depois foi correndo tomar banho e eu enquanto isso eu fiz a janta que seria spaghetti, afinal era a sua comida favorita para o nosso aniversário de casamento. Eu não amaria ninguém como ela a minha vida inteira, eu tinha que cuidar bem dela.

Ela demorou quase uma hora do banheiro o que m deu temo suficiente para fazer a comida toda. Quando ela saiu, ela estava de camisola e sem sutiã. Mas quanta gostosura! Seus cabelos seus cabelos castanhos claros ondulados caiam lindamente em suas costas e seios e a sua pele branca estava úmida o que me lembrava da sua pele depois de que fazemos aquilo. Como eu queria levar ela pra cama naquele exato momento.

_Qual foi do olhar de lobo? _ ela me encarou com um olhar inocente.

_Fala como se fosse a pessoa mais pura do mundo _ disse rindo e chegando perto dela e a abraçando pela cintura. Eu ia chegando meu rosto perto do dela, quando ela sente o cheiro do molho branco e o do macarrão e sai dos meus braços.

_Você fez spaghetti e molho branco? _ ela disse chegando perto da mesa e dando uma tragada profunda.

_Fiz _ disse chegando perto da mesa _ eu faço a sua comida favorita e você me recusa um beijo.

Ela sorriu e me deu um selinho de repente.

_Satisfeita? _ Katherine disse sorrindo para mim _ você tem que comer também, porque você não pode viver de sexo.

Ela se sentou em uma das pontas da mesa e eu sentei na outra ficando de frente para ela.

_Antes que jantemos eu quero te dar um presente.

Eu fui até a porta e peguei um pacote. Eu me aproximei dela e a entreguei. Ela olhou para mim desconfiada, mas abriu o presente e quando viu o cordão lindo dourado com um pingente de floco de neve, abriu um sorriso enorme e se virou para mim.

_Você sabe que você é a pessoa que eu mais amo nesse mundo? _ ela disse e me deu outro selinho.

Foi ai que eu pesquei o que ela estava fazendo. Katherine Hughens estava me colocando no limite do desejo por pura diversão. Ah, mas ela colherá o que ela plantou.

_Coloca para mim? _ ela disse dando o colar para mim se virando de costas e colocando o cabelo de lado.

Eu peguei o pingente e o coloquei em seu pescoço fino e então segurando sua cintura dei um beijo em seu pescoço. Ela soltou o cabelo e voltou a se sentar.

_Vamos jantar? Estou faminta por spaghetti.

_Claro.

O jantar foi calmo e ela de vez em quando roçava sua perna depilada na minha. Como alguém não a amaria?

_Estou cheia parecendo uma bola _ ela disse afastando o prato e se recostando na cadeira de maneira desleixada, então soltou um gemido de satisfação. Ela sorriu para mim e eu sorri de volta.

De repente, eu me levantei da mesa e sai do cômodo, ela ficou olhando para mim confusa e então resolveu, me seguir. Eu virei no banheiro e deixei a porta aberta. Ela parou na porta do banheiro e ficou pensativa.

_Eu sei o que você está tentando fazer! _ Katherine gritou e se afastou da porta do banheiro.

Droga! Como ela descobria as coisas tão rápido? Eu queria aquele momento. Diante, do meu fracasso eu voltei para a sala, mas ela não estava lá e de repente, eu sinto um tapa na minha bunda.

_Ai! _ disse dando um pulo de susto e colocando a mão no lugar dolorido.

Katherine ria como uma criança e eu a encarava com raiva. Assim que ela parou de rir, ela subiu escada acima correndo e quando estava lá em cima deu a língua para mim.

_Se você conseguir me pegar, eu lavo a louça e ainda fico só de avental _ ela disse e eu arregalei os olhos.

Que ótima oferta! Eu tirei a minha saia giz e coloquei um short comecei a caçada por uma ovelhinha. Eu me sentia completa com ela por perto, sentia que mesmo que o mundo virasse de cabeça para baixo, aquela felicidade não me deixaria. Sentia que nada nos separaria. Depois de meia hora a procurando, eu parei no meio do corredor e virei para trás e ela estava na fuga para outro lugar.

_Droga! _ ela disse e saiu correndo escada abaixo e virou no corredor do banheiro e entrou no banheiro.

Eu entrei atrás dela, mas ela não estava a vista, então eu senti um abraço por trás e um beijo na bochecha.

_Eu te peguei, então você vai lavar a louça, não precisa ser de avental _ ela disse e saiu do banheiro rebolando.

Eu recobrei o folego e fui para a cozinha lavar a louça. Ela não estava na cozinha, o que eu achei estranho, porque ela gostava de saborear a vitória, mas não dei bola. Durante a louça, eu pensei em algum plano para pegar ela, mas não consegui pensar em nenhum, então deixei para lá. Quando acabei de lavar a louça, eu fui tomar banho, depois fui para o quarto.

Na cama queen size se encontrava uma mulher de cabelos soltos e em uma posição sensual me olhando.

_Você se juntara a mim? _ ela disse levantando o cobertor e revelando um lingerie toda de renda vermelha.

Eu a encarei por um momento, então devagar me aproximei dela e fiquei de quatro em cima dela.

_Sabia que a noite terminaria assim _ disse chegando meu rosto perto dos dela.

De repente, ela inverte o jogo e fica em cima de mim.

_Hoje a dominante serei eu, então prepare-se _ ela disse e eu fiquei surpresa, afinal ela sempre fora muito tímida.

Começamos com um beijo calmo, mas logo ficou agitado.

Como aqueles foram os dias mais lindos e perfeitos da minha vida. Pensei olhando para a mulher morena deitada ao meu lado. Aquela lembrança fora feita dois meses antes dela ter um AVC entrando em um coma que já durava seis meses e os médicos diziam que ela não acordaria e que se acordasse, eu teria que cuidar dela para o resto de minha vida, mas eu dissera que desde que eu ficasse com ela, não tinha problema. Porém, já faziam seis meses que ela entrara no coma, então eu fiz um trato com o médico responsável que em uma semana ele podia desligar tudo. Eu sentei na cama e peguei um cigarro e o acendi e dei uma boa tragada e soltei uma baforada. A mulher ao meu lado acordou.

_Você não vai se deitar comigo? _ ela sussurrou e eu olhei para ela indiferente, então abri a minha carteira e dei trezentas libras.

_Isso é o suficiente? _ eu perguntei e ela se sentou na cama rapidamente e colocou a roupa.

_Tem problema em eu pedir um cigarro? _ ela pediu e eu dei um cigarro para ela.

Ela saiu do quarto de hotel barato, então eu coloquei a minha roupa e passando no saguão eu paguei a estadia e sai do hotel.

Eu entrei no carro e estava a cinco minutos de casa, quando o hospital me liga.

_O que vocês querem? _ eu perguntei grosseira.

_Se eu fosse você dava meia volta e vinha para o hospital _ ela disse e eu na mesma hora virei o carro e fiz uma viagem de duas horas até o hospital.

O que poderia estar me esperando? Será que ela morreu? Eu não suportaria a ver morta. Mil pensamentos passávamos passavam por minha cabeça e no meio de todos eles, a esperança surgiu, mas eu logo me livrei dela. Eu tive esperança por cinco meses e nada de bom me aconteceu, estava na hora de acabar com aquilo.

Quando eu chego no hospital, tudo estava normal, como se nada estivesse diferente. Mas uma enfermeira apareceu do meu lado.

_Você pode ir pro quarto _ ela disse numa voz monótona eu corri até o quarto e quando chego lá, ela estava deitada na cama, como sempre.

Eu chego perto dela e dois braços me puxam para cima do corpo, quando eu consigo focar nos olhos, eles estavam cansados, mas felizes.

_Não gostei do fato de você ter começado a fumar _ ela disse e eu fiquei estupefata.

Ela acordara.

_Quem não visita a namorada por uma semana? _ ela pergunta e me dá um selinho.

Eu esquecendo de seu estado, a abraço muito forte.

_Que bom que você acordou! Esses seis meses tem sido inferno para mim! Eu não senti nada! _ eu disse chorando mais do que quando ela entrara em coma, eu simplesmente chorava e colocava toda a culpa nela por ter me feito passar por tudo aquilo.

Ela ficou apenas me dando tapinhas nas costas, enquanto eu chorava tudo o que eu podia. Quando acabei de chorar, uma voz de fundo me chamava.

_Beth... Elizabeth... Elizabeth... está na hora de acordar.

Quando abro os olhos, uma mulher loira está do meu lado me sacudindo.

_Finalmente, você acordou _ ela disse catando suas roupas _ o hospital não tem parado de ligar para você.

Eu peguei meu telefone rápido e vejo a data. Era hoje. O dia do meu amor morrer.

_Obrigado por avisar. _ eu disse colocando as roupas ligando par o hospital.

_Olá, aqui é Elizabeth Northriver. Eu gostaria que você passasse para o médico James.

_Um momento _ disse a enfermeira do outro lado da linha.

Eu peguei a minha carteira e dei todo o dinheiro que tinha dentro dela para a mulher e gesticulei um obrigado.

_Sim, Elizabeth _ disse o médico.

_Eu já estou indo para ai, então não desliga nada _ eu disse acabando de arrumar meu cabelo fogo.

_Está bem. _ ele disse e desligou a linha.

Eu saí correndo do quarto do hotel e paguei a diária, mais rápido ainda. Entrei no carro e fui voando para o hospital.

Quando cheguei lá, todos estavam meio cabisbaixo e eu fui para quarto de Katherine, onde todos já estavam reunidos. Eles olharam para mim com raiva por causa do meu atraso, mas quem se apressaria e marcaria os dias para ver um ente querido morrer. Bom, eu não faria isso.

_Vamos começar? _ o médico disse olhando para todos.

Então ele se aproximou da máquina de respiração e a desligou, então um pedaço de mim morreu. E foi assim o resto do processo, aos poucos eu morria com Katherine e desejava que ela acordasse de tudo aquilo, mas seus lá um dia vermelhos estavam ficando azuis e sua pele estava perdendo o tom rosado. Quando tudo acabou, aos poucos a sala foi esvaziando e apenas eu fiquei.

Eu fiquei na sala de pé por muito tempo.

_Licença, mas temos que tirar o corpo _ ela disse e eu virei para ela.

_Eu pago o a mais, mas deixa-a aqui por mais um pouco _ eu disse e a enfermeira se retirou fechando a porta.

Eu me aproximei do corpo morto de Katherine e a beijei.

_Você tinha que ter ficado comigo _ eu disse deixando uma lágrima cair em sua testa. _Você prometeu que envelheceríamos juntas. Você prometeu! Porque você tinha que morrer? Eu morria no seu lugar, mas você tinha um próspero futuro pela frente, você era a melhor estudante de medicina que aquela faculdade jamais virá. Você prometeu que viveríamos para sempre. Que adotaríamos um casal de gêmeos e os veríamos crescer e cada um construir suas famílias com quem amassem!

Eu passei um bom tempo ajoelhada ao lado dela chorando todo a agua que eu tinha no corpo. Quando tudo se fora, eu não sentia nada. Nada passava por mim. O dia do velório chegou, mas eu não fui. Como mostraria o tanto que eu mudei em dois meses?