Finalmente, depois de quase 12 horas de voo e mais algumas horas de carro, o homem tipicamente japonês com seus cabelos naturalmente bagunçados colocava os pés em sua cidade natal.

A quanto tempo não pisava naquele lugar mesmo? Ah sim, a 15 anos, desde que sairá para fazer faculdade de Engenharia em uma das mais conceituadas universidades da Europa. A 15 anos, que deixou tudo para trás e se obrigou a não se lembrar dos momentos mais tristes e felizes que passará naquele vilarejo.

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O rapaz ao chegar em casa, fora recebido como muita alegria por sua mãe, uma senhora idosa, mais que apesar dá idade ainda possua uma bela feição e tinha uma energia de dar inveja em muitos novinhos por ai. Após matar a saudade de seu filho e de lhe dar um sermão daqueles por só agora vim visitar sua velha mãe entrega ao mesmo uma pequena chave.

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Atsushi, após alguns minutos contemplado a casa que tanto visitara a anos atrás, resolve entrar. Ainda um pouco receoso com o que poderia encontrar e as recordações que iria despertar o mesmo vai passando por cada cômodo da casa, analisando cada cantinho, cada parede, cada rachadura... simplesmente olhava para tudo e não foi capaz de escapar da enxurrada de recordações que aquele lugar lhe trazia, principalmente ao abrir a porta de um dos cômodos em particular. Tudo se encontrava do mesmo jeito que se lembrava e não podendo mais segurar, deixou escapar uma pequena lágrima.

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Após algum tempo mergulhado em lembranças, Atsushi retira do bolso de sua calça, uma carta que ele havia recebido de seu amigo de infância e amado Hiroshi após três anos que tinha deixado aquele lugar. Carta esta,que na época em que receberá não teve coragem de lê-la mas que agora não fazia mais sentido e nem podia mantê-la fechada.

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Ao final da leitura, o moreno que já a algum tempo chorava, ao término de sua leitura, já não podia e muito menos tinha força para conter suas lágrimas, cada palavra escrita naquele pequeno pedaço de papel o moreno sentia como se levasse uma faca, e a dor e o arrependimento de não ter insistido mais um pouco - e até mesmo ter levado a força consigo - para que seu amigo tivesse ido com ele e deixado para trás seu pai alcoólatra e abusador lhe corroía a alma. Atsushi se arrependia amargamente de ter deixando seu grande e único amor, de ter abandonado-o a própria sorte, mais o que mais lhe doía era nunca ter dito aos palavras que tanto ouviu e sabia que Hiroshi ansiava nem que fosse nem que fosse uma vez e como uma forma desesperada finalmente ele as disse, mais sabia que isso não traria-o para seu lado...

Eu te amo.