A Love Stronger Than Time escrita por Puella Lunam


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

EU PEÇO TANTA DESCULPA!!!!!!!!!!!!!!!!! EU NUNCA PENSEI QUE IRIA DEMORAR TANTO TEMPO PARA ESCREVER ESTE CAPÍTULO MAS OS MEUS PRIMOS NÃO ME DERAM DESCANÇO E DEPOIS FOI O MEU PRIMEIRO ANO NA FACULDADE. FOI MUITA COISA AO MESMO TEMPO MAS ELE TÁ AQUI E SE EU DEMORAR TANTO TEMPO OUTRA VEZ EU PONHO EM HIATUS TEMPORÁRIO OK

ESPERO QUE GOSTEM



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P.O.V. Katniss

Do outro lado do Mustang estava um garoto que devida ter mais ou menos a minha idade senão mais velho do que eu. Ele tinha a cara e as roupas um bocado sujas de terra e os cabelos castanhos despenteados provavelmente do trabalhar com os cavalos mas mesmo assim conseguia ver a pele da cara levemente beijada pelo sol e aquele par de olhos magnético. É estranho. É como se sentisse atraída por aqueles dois olhos azuis céu. Como se eles me chamassem para mergulhar para dentro deles. E eu iria sem hesitar.

Nenhum de nós abriu a boca. Apenas ficamos a olhar um para o outro como se fossemos duas pessoas que não se viam a anos mas se conheciam desde sempre. Eu não conseguia desviar o meu olhar do dele e nem queria. Ele parecia que também não queria. Um sorriso caloroso apareceu nos lábios dele. Eu senti como se um grupo de faíscas tivessem passado pelo meu corpo e sem querer retribui o sorriso. Era um momento perfeito. Era como se fossemos as únicas pessoas no mundo. Apenas eu e ele.

O som de um relinche e de um tecido a rasgar trouxe-me de volta a realidade. De repente vários cubos de açúcar estavam espalhados pelo chão e o Mustang, que eu assumo que se chama Sucre, relinchava de novo com um olhar triste para os cubos.

— Sucre! – reprendeu o garoto virando-se para o cavalo e depois baixou-se para apanhar os cubos de açúcar.

Eu tirei um lenço de pano do bolso das minhas calças e dei-o ao rapaz.

— Obrigado. – respondeu ele com outro sorriso.

De novo senti as faíscas mas tentei ignora-las e sorri de volta. O que se estava a passar comigo. Ele só me tinha dito uma palavra e já mexeu mais comigo do que pessoas que tinha conhecido durante toda a minha vida. Ele pôs-se de pé e colocou os cubos de açúcar no lenço. O Sucre tentou apanhar outro cubo de açúcar mas o rapaz afastou o lenço dele.

— Ei! A tua sela está a ficar muito apertada, amigo. – disse ele para o Sucre que, estranhamente, pareceu entender o que ele disse e afastou-se um pouco de nós com um ar infeliz que normalmente uma criança tem quando o pai não lhe dá um doce.

Isso fez-me rir, tal como o rapaz. Deus, ele tinha uma risada linda. Deixei-me perder naqueles olhos por mais um segundo e depois desviei o olhar foi até o Sucre. Tenho de me controlar. Eu sou uma mulher casada, pelo amor de Deus! Bem, uma mulher casada com um homem que o máximo conseguia ver era como um irmão e apenas me casei por causa da minha mãe mas mesmo assim uma mulher casada.

— Eu não me lembro de te ver por aqui antes. Qual é o teu nome? – perguntou o rapaz enquanto eu fazia carinhos na crina do Sucre.

Claro, ele não ia pensar que eu era a nova Senhora da casa. Para começar estou a usar calças. Nenhuma mulher usava calças nem criadas então muito menos uma Senhora. Usar calças é um “privilégio” que apenas os homens têm direito, mas mesmo assim já ouvi que algumas criadas também as usam em exceções como passar pelo meio de lama ou limpar curral dos porcos. Felizmente não havia nenhuns aqui. Segundo: Quando a Prim me fez este fato foi na altura em que nós vivíamos perto da floresta. Então apesar de ser elegante de modelo o tecido é algo muito simples e banal que uma pessoa do povo usaria, menos o meu lenço, e critiquei-me se quiserem, mas assim que eu gosto. Por isso podia passar bem por uma empregada nova que tinha chegado hoje.

Virei-me de novo para o garoto que estava a espera da resposta. Será que lhe devo dizer quem sou? Ter de aturar outra pessoa a chamar-me “Senhora Everdeen” outra vez e bajular-me como se fosse uma rainha delicada. Ou ele podia tratar-me como ele trataria uma criada normal. Alguém do mesmo “nível” que ele. Alguém… igual a ele.

— Porque te devia dizer? És algum guarda da Mansão que anda por aí a ver se não há ladrões que queiram roubar as joias e as preciosidades da família Hawthorne – respondi-lhe com um pequeno toque de ironia.

O garoto deu uma risada e mordeu o lábio inferior divertido. Eu não me consegui conter e ri-me também e depois foi buscar uma das escovas para pentear os cavalos.

— Bem, isso depende. És alguma ladra que quer roubar as joias ou a preciosidades da Mansão? – disse o rapaz para mim mais divertido do que sério.

— Não, eu não sou uma ladra. – respondi-lhe novamente divertida.

Ele foi buscar outra escova e foi para o outro lado do cavalo ficando frente a frente comigo.

— Então, quem és tu? – perguntou ele sorrindo para mim.

Desta vez deixei as faíscas correrem livremente. Estava a gostar de poder ser eu própria com alguém. De poder dizer o que quisesse, rir do quisesse, pensar o que quisesse, sem que ninguém me pudesse criticar por o fazer. Tem sido um longo tempo desde que foi assim. Se bem, que acho que nunca foi mesmo eu para alguém.

O meu pai entendia-me melhor do que ninguém, sem dúvida, mas mesmo assim tinha de agir como uma dama nas suas festas por causa da sua reputação e tivemos de manter as nossas caçadas em segredo porque também não seria bom que alguém soubesse que ele levava a filha a caçar e ele ainda se preocupava um pouco com a imagem da companhia. E Prim… Prim era o meu pequeno anjo logo para ela continuar um anjo não lhe podia contar todos os horrores que eu sabia.

Talvez eu nunca tenha sido eu mesma. Talvez?

— Ei, garota! Não me vais deixar pendurado sem uma resposta, pois não? – disse o rapaz trazendo-me fora dos meus pensamentos.

— Tu fazes muitas perguntas, não fazes?

— Só quando não me respondem. – respondeu ele olhando diretamente para mim.

Com um sorrisinho matreiro voltei para a prateleira, arrumei a escova e tirei uma sela que estava na prateleira de cima. Foi para ao pé do Sucre e pôs-lhe a sela em cima. Ele soltou um pequeno relincho e deu um passo para frente como se dissesse que queria sair. Abri a portela e o Sucre saiu, virou a cabeça para mim e relinchou como um “obrigado”. Pôs-lhe as rédeas, atei a fivelas da sela e depois montei o Sucre. Virei-me para o garoto que todo o tempo olhou para mim confuso.

— Tu sabes apenas os patrões é que podem andar nos cavalos. Se alguém te apanha estás ferrada.

— Bem, eu não dizer ninguém. E tu? Vais contar a alguém? – perguntei com um sorriso ainda maior.

O garoto olhou para mim desconfiado e eu soltei uma risada. Apesar do seu esforço para parecer sério eu vi um sorrisinho crescer nos seus lábios. Por um minuto deixei-me observar a sua boca. Parecia tão macia. Eu gostava de poder saber qual é a sensação de sentir os seus lábios contra os meus. O quão rapidamente esse pensamento apareceu ele desapareceu com a mesma velocidade.

Tentei desviar o meu olhar mas parecia-me impossível enquanto ele olhasse para mim também. Era como se estivesse… enfeitiçados um pelo o outro.

— Não, eu não vou contar a ninguém. – sussurrou ele como se estivesse a contar-me um segredo. Ele pegou num freio com rédeas que estava na mesa atrás dele e colocou-o no Sucre mas sem desviar os olhos de mim ou quebrar o nosso pequeno “feitiço”.

Ficamos em silêncio durante no que me pareceu horas ou anos mas tenho a certeza que na verdade não passaram mais do que alguns minutos. Então o piar de um pássaro quebrou a nossa fantasia desviando as nossas atenções para ele mas no momento em que nos viramos para ele, o pássaro vou do ramo da árvore onde estava.

O garoto riu-se, pegou nas rédeas e guiou Sucre para fora dos estábulos.

— Se seguires este trilho chegas a orla da floresta. Vais e voltas em 15 minutos máximo. – disse ele apontando para um caminho de terra batida e depois passando-me as rédeas – Se fores agora ainda consegues voltar pouco depois do pôr do sol, ainda apanhas luz dos últimos raios de sol.

— Obrigada. – agradeci quando agarrei as rédeas.

O garoto voltou a sorrir e voltou para os estábulos. De novo vieram as faíscas. Bati com os calcanhares no torso do Sucre e começamos a cavalgar. Pergunto-me se vou sentir sempre assim quando me cruzar com ele. Não sei mas acho que o pior é que eu quero parar de me sentir assim.

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O garoto dos estábulos estava certo. Seguindo o trilho que ele me disse cheguei num instante a floresta e ainda o pôr do sol não tinha começado. Mesmo que o Sucre seja um Mustang ele cavalga muito mais rápido do que um cavalo normal da sua espécie, mas mesmo assim eu consigo ver perfeitamente a floresta.  Vistosa. Verdejante. Linda. Tudo nela parecia estar em harmonia. Um vento fraco ainda soprava, os pássaros ainda cantavam e os pequenos animais terrenos também continuavam a trabalhar. Conseguia ouvir tudo isso a partir da sua orla. Como será no seu interior? Não, não posso. Não conheço o caminho e o mais provável era que eu me iria perder e não voltaria para a Mansão tão cedo. Talvez noutro dia.

De repente ouvi um baralho. Continuei a andar no Sucre e olhei por cima do meu ombro. Era o garoto a montar o Garrano dos estábulos na minha direção. Consegui sentir os meus lábios a formarem um sorriso quando o vi que aumentou quando ele o retribuiu. Ele começou a andar mais e mais depressa e facilmente ele ultrapassou-me. Também não era difícil comparando a velocidade de um Mustang com a de um Garrano. Quando ele estava a uns 2 metros de distância de mim ele posse no meio do meu caminho e parou o cavalo.

— O que estás a fazer? – perguntei quando cheguei ao pé dele. Eu queria tentar soar zangada, um pouco aborrecida no mínimo, mas no final eu estava mais divertida do que outra coisa qualquer.

— Pensei em vir dizer “olá”. – respondeu ele como se fosse a coisa mais natural do mundo, mas ainda com o mesmo sorriso bobo que o denunciou. Ele soltou um suspiro misturado com uma risada e olhou diretamente para mim – O meu nome é Peeta.

— Eu sei. És o irmão da Madge.

Ele continuou sorrindo mas eu consegui ver que ele estava um pouco confuso e insatisfeito com a minha resposta. Provavelmente ele esperava que se me disse o nome dele eu lhe ia disser o meu.

— Estou a ver que já te cruzas-te com a minha irmãzinha.

— Sim, ela é criada lá na Mansão. Ela foi muito simpática comigo quando cá cheguei e está a espera que eu volte antes do anoitecer então vemo-nos por aí. – disse terminando com a nossa pequena conversa

Eu tentei dar a volta e voltar para a Mansão mas no mesmo instante em que me virei ele voltou a pôr-se, literalmente, no meu caminho. Sempre que eu tentava contorna-lo ele tapava-me o caminho e sempre com aquele sorriso divertido estampado na cara. Eu nunca pensei que podia estar tão irritada e divertida ao mesmo tempo.

— Então, tu sabes quem eu sou. Sabes quem a minha irmã. Mas eu continuo sem ter a mínima ideia de quem tu és. – disse ele enquanto me tapava o caminho.

— Porque queres saber de qualquer maneira? – perguntei desistindo de tentar seguir caminho.

— Talvez eu gosto de saber o nome de todas as garotas bonitas que conheço – a contragosto corei e desviei o meu olhar para o chão – ou talvez apenas daquelas que tem uns olhos cinzentos e brilhantes como prata. – ele continuou numa espécie de sussurro

Quando ele disse isso eu levantei os olhos novamente. Ele estava com um ar tímido e envergonhado, o completo oposto do rapaz divertido, confiante e elétrico que tinha sido até agora. Eu soltei uma pequena risada e aproximei-me dele. Ele olhou para mim com um ar confuso quando lhe estendi a mão.

— O meu nome é Katniss.

— Como a flor? – perguntou ele com a mesma risada do rapaz que conheci a pouco nos estábulos.

— Sim, como a flor. – respondi ainda sorrindo.

— Que tal Kat? Todos nós temos um alcunha por aqui.

— Sim, pode ser. Eu nunca tive uma alcunha antes.

— Bem agora tens. – respondeu Peeta apertando-me finalmente a mão mas o que ele fez a seguir eu não estava a espera. Ele levou a minha mão aos seus lábios e deu-lhe um leve mas demorado beijo mas sem desviar os olhos de mim. Desta vez as faíscas explodiram dentro de mim como dinamite começando nas costas da minha mão. – É um prazer conhece-la.


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Notas finais do capítulo

Então ele já se conheceram não foi? E aquela cena no final tão fofa
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