Pela primeira vez na vida eu vi Quinn Fabray pirar. Dá minha parte, eu nunca pirei... Uma vez, e por causa disso estou onde estou.

"Você é louca! Louca!", gritou Quinn. Estávamos em seu quarto.

Santana e Valerie estava sentada na cama, Quinn estava andando pelo quarto e eu estava sentada na cadeira giratória, sempre quis uma dessa, mas param de fabricar algum anos atrás: eu estava girando nela.

"Santana, pelo amor de Deus, diga alguma.", implorou Quinn a amiga que, por incrível que pareça, estava normal.

"O que quer que eu diga, Fabray?", perguntou. "A menina está dizendo a verdade. Não tem como ela te conhecer tão bem e... Eu também."

"Uhiiii", dei mais um giro, ignorando elas. Isso era tão mais divertido.

"Você poderia, por favor, crescer?”, pediu Valeria a mim. Revirei os olhos. "Beth!"

Santana bateu as palmas.

"Oche, o.k!", ela se levantou. "Deixa ver se eu entendi, existe duas versões de futuro, o.k?", eu assenti. "Uma, todos somos felizes. Na outra, por causa da Fabray, somos infelizes. E o primeiro passo para isso não acontecer é se ela não engravidar do Puck?"

"Correto."

"Não é por minha culpa.", murmurou Quinn. "Uma coisa é eu ser infeliz, o que pode por causa das minhas escolhas, a outra é ser responsáveis por todos."

"A minha versão não é a infeliz...", disse Valeria cabisbaixa.

"Não?", perguntou ironicamente Santana a ruiva.

"Não... Pelo menos para mim."

"Você é egoísta.", eu disse a ela. "Defeito Lopez."

"Tudo para você é Lopez, Beth." disse Valerie. "Mas deixa eu te falar uma coisa: por causa do seu desejo estúpido minha felicidade está em risco também, se tem alguém egoísta aqui, esse alguém é você. Seu, somente seu, egoísmo começou tudo isso."

Eu pisquei. Quem ela pensa que era? Eu estava, pelo menos, tentando arrumar. E ela? Ela não estava fazendo nada.

"Ei, pessoal, calma.", pediu Quinn.

"Sinto muito.", pediu Valerie. "Mas eu não vou ajudar, minha vida é... era, boa. Eu tinha uma namorada legal, uma mãe boa, por mais que a Lopez apareça em casa as vezes, era boa e eu não quero mudar isso."

"Bem, sinto muito, digo eu, Valerie.", começou Santana. "Eu gosto demais da Britt e prefiro a versão que eu estou casada com ela. E sinto que a Fabray Original está comigo. Tipo, ter uma vida casada com a Berry, ter uma filha e ser famosa? Soa mais promissor do que casar com o Hudson e está na cara que eles, Hudson e GayBerry, estão tanto um caso."

Valeria fechou a cara.

"Só quero voltar para minha realidade, e para minha Liz!"

Franzi a testa. Meu outro 'eu' era namorada da Valerie? Tudo bem que a gente ficou. Ela percebeu minha confusão. "Eu e você, seu outro você do meu tempo... A gente está junto.

"Wow...", murmurei. "Minha nossa... Mamãe Q. vai matar!", comecei a pirar como Quinn até pouco tempo.

"Se acalme, mini-Fabray.", pediu Santana.

"Não me peça calma!", gritei. "Vocês não entendem. Eu a Valerie? A gente não é nem mesmo amigas. Quinn, a minha mãe, não aceita nem mesmo uma amizade vindo de uma Lopez e a Santana também. Mamãe Rachel até gostaria... Mas... mas a questão não é essa! Eu nunca fiz questão de fazer qualquer contado com Valerie!"

"Viu?", gritou Valerie. "O quando acha que machuca ao ver uma cópia Fabray de sua namorada dizendo isso?", perguntou olhando para Quinn e Santana.

"Não me chame de namorada!", pedi alto.

Quinn e Santana começaram a rir. Muito. Olhei para elas, Santana pediu desculpas rindo.

"É que...", mais risadas. "Explica você, Q.!"

Quinn se jogou entre Santana e Valerie.

"Quando crianças, eu e Santana, prometemos que, se algum dia tivéssemos filhos queríamos que eles ficasse junto por mais que não aceitemos."

"Pois, sendo ele/ela uma Fabray eu posso ter o direito de matar causo ele/ela machuque minhas crias.", continuou Santana.

"E o mesmo vale para mim. Prefiro ver os meus junto com os Lopez. O mundo será dominado por um Lopez-Fabray!", elas riram. Elas eram loucas.

Valeria sorriu pequeno e eu ainda estava sem acreditar.

.

"O que devemos fazer?", perguntou Valerie a mim. Estamos em um restaurante. Santana e Quinn estavam na escola.

"Uh, eu não sei. Sinceramente.", disse. "Quinn acredita em nós. Santana também. E, agora, ela não seria tão idiota de transar com... Bah! Puck."

"Devemos esperar?", ela perguntou a mim. Eu não sabia. Devemos? "Por Beth? Você pequena."

"É... É um boa ideias.", disse sincera.

Olhei para Valerie, ela me deu um sorriso. Seus olhos azuis claro me encarram. Eu suspirei, não podia negar, Valeria Lopez era bonita. Muito. Não é toa que Dave caiu por encanto por ela.

"Um centavo pelos seus pensamentos...", disse ela me tirando da minha divagação. Olhei novamente para ela, ela pegou minha mão por cima da mesa. "Ei... Vai ficar tudo bem.", referindo-se nossa situação e a viagem ao passado.

"Não estava pensando nisso.", disse a ela. "Dave..."

"Oh...", ela soltou minha mão.

Encarrei ela e depois minha mão. Porque ela parecia tão mais fria que o normal?

"Não é isso.", disse. "Eu...eu..."

"Sente falta dele?"

"O quê? Não! Por incrível que pareça.", de tudo, Dave era o que eu menos sentia falta. Ou melhor, não sentia. "Eu meio entendo agora..."

"O quê?"

"O motivo de Dave querer ir no show...", ela me olhou curiosamente. "Você."

Ela riu nervosa. "Eu?", assenti. "Porquê?"

"Você é bonita.", ela sorriu. "Por isso ele queria me deixar..."

Ela sorriu maroto.

"Olha, Beth, lembra o que eu disse que Dave do meu mundo é um idiota. Sabe porquê?", neguei. "Eu já sai no braço com ele."

"Você, o quê!?"

Ela riu baixo.

"Por você...", disse me encarrando.

"... O quê?"

"Dave gosta de você. Eu morro de ciúmes dele com você. E você sabe disso e... e me provoca."

"Mesmo?"

Ela se desligou por um momento, como se estive lembrando de algo. "Mesmo...", ela me olhou. "Sinto falta disso... Eu sei que você não é ela, mas... Sinto falta. Tento imagina que você é uma gémea má, mas... As vezes, vocês se parecem tanto, digo de personalidade. É uma droga isso. Uma droga não pode te beijar no meio de uma briga qualquer. Droga!"

Apoiei meu cotovelo na mesa e meu rosto na mão.

"Valerie, deixa eu te contar uma coisa, eu sou ela, só que eu convivi em outro ambiente, com outras pessoas e cultura. E eu e você, digamos, você sempre foi Valeria Lopez, a ruiva badass, a garota mais velha de Lima Heights Adjacent."

"Aí, meu Deus!"

"O que quero dizer, nunca vamos amiga por causa da nossa idade. Na época do seu primeiro beijo eu estava tentando fazer gracinha para minha família e brincando de bonecas. Na época do meu primeiro beijo, você estava... Hum... Entrando na faculdade e..."

"Espera, pelo o que você me falou eu entrei na faculdade esse ano..."

"Sim, eu pedi meu bv esse ano com..."

"Dave?"

"Oh, não...", me calei. Essa era uma história perigosa. Ela riu.

"Anda, fale.", pediu. Virei os olhos. "Paul? Oliver? Annie?.. Minha nossa, foi com Emma, não foi?"

"Não. E eu não sei nem quem são a metade desse povo aí.", revelei. "Além do mais, eu estava bêbada, nós estamos bêbadas."

"Vish... Beber sempre causa problema e, quê? Você disse nós de você e eu, ou de você e outro alguém?", droga.

"Não.", respondeu uma voz, era Beth de seis anos se aproximando. "O nosso foi no sentido de você e ela.", falou a Valerie. Não olhei para ela, fazia tempo e eu tinha certeza que ela estava bêbada demais para se lembrar de alguma coisa que aconteceu. Não rolou nada além do beijo, que fique claro.

"Vamos!", chamou Beth. "O trabalho de vocês aqui terminou. Quinn não iria engravidar de Puck. Agora o problema é em 2011."

"O que acontece em 2011?", Valerie perguntou.

Beth sorriu. "O casamento de Finn com Rachel."