Casamento de Interesses escrita por AmStark


Capítulo 25
Exposição




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Pov Lene

Acordo sentindo uma formigação agradável nos ombros, abro meus olhos e sinto que James beija meus ombros carinhosamente, me viro para ele e vejo ele sorrir de canto, estamos somente de roupas íntimas e grudados um no outro e cobertos apenas por um fino lençol.

– Bom dia anjo - ele me dá um selinho demorado

– Bom dia meu amor - respondo lhe dando um beijo na bochecha e sinto ele sorrir

– Falta apenas 4 dias para a véspera de Natal - ele diz acariciando meus cabelos

– é mesmo - tento parecer animada, e realmente quero saber como é ter um Natal de verdade, já que nunca comemorei, mas a ideia de muitas pessoas me avaliando não me agrada nem um pouco

– Lene .. não se preocupe, vou estar lá com você o tempo todo - ele diz

– Promete? - digo com alívio e ele sorri

– Prometo - ele me dá um selinho - vamos tomar café

– Ok - me levanto e vou em direção ao banheiro, e sinto um olhar em meu corpo, mas depois de tudo que já passamos tenho que perder essa vergonha, ainda mais que ele será meu marido

Tomo uma ducha rápida e depois me enrolo na toalha e vejo ele entrar no closet só de cueca expondo seu belo físico, ele me olha daquele jeito de novo

– Você dificulta as coisa pra mim estando assim, só de toalha - ele se aproxima de mim

– Para com isso .. - digo sentindo minhas bochechas queimarem, mas dou risada no final e ele me acompanha - vai tomar banho, que eu vou perguntar se a Maria precisa de ajuda no café

– Lene.. sabe que não precisa fazer isso, é o trabalho dela, e aquela mulher(Dominique) já te fez fazer isso a vida toda - ele diz sério

– Eu sei, amor .. mas eu ainda to me acostumando com essa história de ter empregada, e se eu pelo menos ajudar em uma coisa, já fico satisfeita - digo abrindo a porta do armário de roupas no closet

– Você é maravilhosa . - ele me rouba um selinho o que me faz rir e vai em direção ao banheiro. Coloco minha roupa íntima, e decido colocar um vestido solto verde e uma rasteirinha prateada, ainda bem que a Maria me deixou comprar roupas simples também, penteo meus cabelos molhados e os deixos soltos, secando naturalmente.

Vou em direção a cozinha e vejo Maria preparando panquecas o que me dá água na boca só de olhar

– Bom dia, Maria, quer ajuda?- digo me sentando na bancada

– Bom dia, Lene, e não precisa - ela se vira pra mim com um sorriso estranho

– Que cara é essa? - digo franzindo o cenho

– Nada não .. é que parece que a noite foi boa para você .. ou para os dois - ela diz sorrindo de canto e entendo aquele sorriso na hora

– Maria! - digo colocando as mãos na cara para tentar abafar meu constrangimento, ela gargalha

– Não se preocupe, minha flor, é normal, vocês são um casal.. usaram camisinha né? - ela diz

– Sim - digo corada, eu sei que James é cuidadoso com isso

– Que bom, aproveitamos que vamos na dermatologista para pegar mais remedios para a cicatriz, vou te levar na ginecologista e ela te passa pílulas anti-concepcionais para não ter nenhuma surpresa - ela diz me servindo as panquecas

– Tudo bem .. - digo normal, pensar em ter uma família pela primeira vez me faz feliz, eu amo crianças, mas não agora, quero me formar primeiro, vejo James aparecer, ele veste uma bermuda jeans e uma camisa com decote V, azul. Seus cabelos estão molhados e um pouco bagunçados, ele está como sempre, lindo.

– Bom dia, querido - Maria me manda um olhar de '' depois continuamos a conversa'' e assinto discretamente sem James perceber

– Bom dia, Maria - ele diz se sentando ao meu lado, e ela o servi de panquecas também e lhe traz uma xícara de café

– Eu fiz aquele bolo pra você, Lene - diz Maria

Pov James

– Sério? - Lene diz animada e Maria assente colocando em cima da mesa uma bolo de chocolate

– Ai, obrigado, mas eu disse que eu te ajudaria se quisesse - ela diz abraçando a Maria e encarando o bolo com um brilho nos olhos

– Que nada .. venha, experimente - ela serve um pedaço para Lene que fecha os olhos se deliciando com o bolo

– Maria .. é exatamente como eu me lembro .. quer dizer, é mais gostoso do que o de antes - ela diz sorrindo e Maria sorri orgulhosa

– Gosto de bolo de chocolate, anjo? - pergunto curioso e feliz por ela ter esses momentos de felicidade, quando já sofreu bastante

– Sim, é meu favorito .. só comi uma vez, há uns 10 anos atrás . - ela diz

– 10 anos? por que tudo isso? - pergunto

– Ahm .. Dominique demitiu o chef que me deu um pedaço, e como ela viu que eu gostei, ela nunca mais me deixou comer .. - ela diz olhando pra baixo e a minha raiva por aquela vadia só cresce

– E eu vou cumprir a promessa que te fiz no hospital, Lene.. sempre irei fazê-lo para você - Maria diz sorrindo maternalmente pra ela e afagando seu ombro

– Não quero se ocupe demais com isso, Maria - ela diz séria

– Que isso, minha flor.. não é nada de mais - diz Maria

– Tá. . mas você terá que me chamar pra ajudar toda vez que for fazer, eu gosto de cozinhar, e não adianta negar - ela diz olhando para nois dois que ela sabia que iriamos protestar

– ok - eu Maria dizemos juntos

– Anjo .. eu não vou trabalhar hoje, pois minha mãe quer conversar comigo depois do almoço, mas não queria te deixar sozinha - digo

– Não se preocupe .. vou aproveitar e vou visitar a Mary então - ela diz

– Tudo bem ..Jonh ta de folga hoje, então eu te levo e quando eu sair da casa dos meus pais eu te busco lá - digo

– Ok - ela diz tomando seu suco

Terminamos o café e vamos em direção a sala, eu ligo em um canal qualquer e está passando um filme que já está nos créditos finais, me sento no sofá e puxo Lene para se sentar ao meu lado, sua cabeça no meu ombro. Então começa uma reportagem que chama nossa atenção:

'' A famosa Escola de Balé de New York está comemorando seus 50 anos, várias bailarinas talentosas já estudaram aqui, nessa semana a escola está fazendo uma exposição aberta a todo público, com quadros, vídeos e documentários das bailarinas mais notáveis que já passaram nesse meio século, a bailarina em destaque desta comemoração é a bailarina que mais fez sucesso, com suas apresentações, sempre com os teatros lotados, e com sua graciosidade, só que infelizmente, ela faleceu num acidente de carro há 18 anos atrás ...

Vejo Lene levantar a cabeça rapidamente e encarar a televisão com uma expressão de máxima curiosidade

'' Nessa semana tão importante para a escola, estamos homenageando a graciosa Jane Jones, que era conhecida como Jane Adams, antes de se casar com seu marido Arthur Jones . Jones foi a bailarina que mais fez sucesso na história da Escola de Balé, ela era extremamente talentosa, e bondosa com seus fãs, já fez apresentações em várias teatros na Europa ..

– Mãe .. - Lene diz com os olhos marejados e com várias lágrimas escorrendo por seu rosto

'' Mesmo com seu triste acidente, a Escola ainda se orgulha de ter tido uma artista tão dedicada, esperamos sua visita."

A reportagem acaba e Lene abraça seus joelhos e começa a chorar sem conter os soluços.

– Hey, meu amor, sinto muito - a puxo para meu peito e ela enterra seu rosto ali

– Tudo bem .. é só que é a primeira vez que eu tenho qualquer coisa além daquela foto, sobre os meus pais - ela diz com a voz falha e enxugando as lágrimas - James, você me leva na exposição?

– Agora? - digo

– Pode ser depois do almoço .. - ela diz

– Claro que posso amor .. mas você não ia visitar a Mary? - digo

– Eu marco outro dia com ela .. tenho certeza que ela vai entender - ela diz esperançosa e eu nuca negaria isso a ela

– Ok .. mas vou chamar a Maria para ir com você - digo

– Não, James .. a Maria tá de folga depois do almoço e eu preciso fazer isso sozinha - ela me olha

– Mas Leneee .. - eu tento dizer

– Por favor.. - ela me olha de um jeito que eu não posso negar, eu sei que ela não gosta que sintam pena dela

– Tá, mas, me ligue quando quiser ir embora e eu te busco, ok? - digo acariciando sua bochecha

– Ok - ela me dá um selinho e voltamos a ver um filme qualquer mas ainda estou preocupado com seu estado emocional

O tempo passa-se depressa, almoçamos, Maria se despedi, eu troco de roupa, coloco uma calça Jeans, uma blusa polo e óculos de aviador. Vou em direção a sala e vejo que Lene trocou de roupa também, ela veste um vestido azul claro, e sapatilhas douradas e ela segura o celular e a foto em suas mãos. Descemos até o térreo e pego o meu outro carro, vamos em direção ao centro de NY, e paramos na frente de uma grande escola e várias pessoas entram lá dentro.

– Tem certeza que não quer que eu vá com você? - pergunto pegando em sua mão

– Tenho, amor .. você tem seu compromisso com seus pais .. e eu preciso fazer isso sozinha , entende? - ela diz

– Claro que sim .. então, não se esqueça que pode me ligar a qualquer hora que eu venho te buscar, e tome cuidado ok - digo

– Certo - ela me dá um beijo rápido e sai porta a fora

Dirijo na direção oposta e vou rumo a casa dos meus pais, chego lá e o porteiro já logo manda abrir o portão. E abro a porta e já vejo uma figura baixinha vindo em minha direção.

– Filho! - minha mãe vem me abraçar

– Oi mãe - eu a abraço também

– Que saudades de você.. eu tenho que te ligar, só assim para você vim visitar sua mãe - ela diz e eu reviro os olhos com isso

– Cadê o meu pai? - eu tirando os óculos e me sentando no grande sofá ali

– Estou aqui - meu pai desce das escadas - e ai filho, como vai a Lene? - meu pai diz abrindo um sorriso , mesmo ele sabendo da ''farsa'', contei a ele que eu me apaixonei por ela pois quando eu anunciei a ele que ela seria minha noiva, naquela época, de mentirinha, ele disse que ela era uma garota boa e que para eu não brincar com seus sentimentos, mas agora ele sabe que eu a amo e me disse que não poderia estar mais contente.

– Vai bem .. - digo sorrindo de volta e minha mãe parece surpresa

– Pelo brilhos em seus olhos, vejo que está apaixonado - minha mãe diz alegre

– Ela vê coisas boas em mim que eu não consigo enxergar, e eu a amo por isso - digo e minha mãe sorri largamente

– Estou louca pra conhecer a mulher que domou a ''fera'' - acho graça em seu jeito de fazer aspas - por que não a trouxe com você, querido?

– Pois então, mãe, eu queria conversar um assunto sério com vocês, para evitar constrangimentos no futuro - digo sério

– Tudo bem, filho, pode nos contar - meu pai numa poltrona a minha frente e minha mãe se senta ao meu lado

– Ok, no jantar de Natal, não pergutem sobre a família da Lene - digo

– Por que, filho?- minha mãe está com sua expressão curiosa

– É que os pais dela faleceram quando ela era apenas um bebe, então ela nem os conheceu - digo

– Nossa .. - meu pai está surpreso e minha mãe tem os olhos marejados

– Então, ela viveu num orfanato esse tempo todo? - meu pai pergunta

– Não, ela foi criada por sua última parente viva, a irmã de sua mãe - digo com punhos fechados

– Algum problema, James? parece irritado .. - minha mãe percebe minha reação

– Resumindo, a tia da Lene não tratava ela bem, batia nela .. não pergutem o motivo, isso é pessoal dela, não sei se posso contar - digo ao ver suas caras de choque

– Mas que mulherzinha horrível! mal tratar a única sobrinha - minha mãe diz indignada

– é eu sei, mãe .. mas não vou deixá-la sofrer mais .. - digo

– estou muito orgulhoso de você, filho, está realmente se tornando um verdadeiro homem - meu pai sorri e eu fico comovido com isso

– Obrigado pai ..- digo

– Mas .. querido .. ainda não entendi por que você não a trouxe? - minha mãe diz

– a tia da Lene odiava a irmã, e a Lene consequentemente, então proibiu a Lene de ter qualquer contato, seja com fotografias, etc, de seus pais .. - digo

– Vadia .. - meu pai fica indignado

– Concordo .. mas enfim .. sabe aquela exposição de balé famosa na Escola de Balé de NY? - pergunto e eles assentem - então .. a mãe da Lene foi uma bailarina muito talentosa há 18 anos atrás, e ela foi a que mais fez sucesso em 50 anos desde o inicio da escola, então eles estão homenageando-a , Lene ficou tocada por isso, por que ela não conhece nada de sua mãe, ela me pediu para levá-la à exposição

– E você deixou ela ir sozinha? , James, a pobre menina deve estar arrasada! - minha mãe me encara furiosamente

– Eu insisti para ir, mas ela disse que precisa fazer isso sozinha, ela não gosta que sintam pena dela - eu digo

– Então .. foi por isso que você nos contou essa história da vida dela - meu pai conclui

– Sim, pai - digo

– Tudo bem, querido, não vou questioná-la sobre família - minha mãe diz - mas falar sobre netinhos não vou deixar de falar - minha mãe diz com os olhos brilhando de animação, como sou filho único, e mesmo tendo apenas 23 anos, ela sempre disse que quer netos rapidamente

– Mãe .. - digo curto e grosso

– Que foi? , vocês vão se casar daqui a 3 meses, então eu quero netinhos - ela diz e meu pai gargalha

– Pode ir com calma, não teremos filhos agora, somos jovens, temos bastante tempo pra isso, e acho que Lene quer filhos só depois de concluir a faculdade - digo

– Ela vai cursar o que? - meu pai pergunta

– Direito .. - digo e minha mãe sorri

– Mas você vai me dar netos né? - minha mãe diz séria e até meu pai espera minha resposta

– Claro que sim, mãe - digo sorrindo de canto e eles sorriem alegres

Pov Lene

Após James me deixar na porta da escola, respiro fundo três vezes e entro na grande escola, tem várias pessoas com câmeras, consigo ver algumas garotinhas com roupa de balé, olhando os quadros e vídeos com cara de admiração. Vejo cada foto e documentários das bailarinas mas meu foco é achar a bailarina homenageada, minha mãe. Ando pra lá e pra cá tentando achar quando percebo que uma senhora com uma roupa social, super elegante, caminha em minha direção.

– Procurando algo, senhorita? - ela diz avaliando meu rosto

– Sim .. eu estou procurando a exposição sobre Jane Jones - digo

– Oh, ok .. não é a primeira que se perde aqui, pois essa escola é bem grande - ela dá um sorriso acolhedor e eu retribuo - venha comigo, te levarei lá

– Obrigada ..- digo a seguindo

– Está gostando da exposição? - ela pergunta

– Sim.. muitas bailarinas talentosas vocês tiveram aqui .. - digo e ela abre um sorriso animado

– Realmente, sou diretora aqui há 25 anos e conheci as mais talentosas - ela diz

– Então, a senhora conheceu a Jane Jones pessoalmente? - digo esperançosa e ele me olha intrigada

– Você é a primeira que ainda não a chamou de Jane Adams, pois como era conhecida .. e sim eu conheci a Jane .. um doce de menina .. mas posso saber o por que do interesse nela? - ela diz com uma sobrancelha erguida

– É que ela é a minha mãe .. - digo e ela arregalha os olhos

– Marlene??? - ela me encara

– Sim sou eu .. - digo

– Oh Deus .. você está viva! - ela me olha chocada

– Por que eu não estaria? - digo confusa

– Bem , quando seus pais morreram, eu fiquei triste pois Jane e eu eramos grandes amigas .. mas Dominique tinha me dito que você morreu também - ela diz

– Não senhora .. Dominique me criou .. - digo

– Sinto muito por ter sofrido nas mão daquela mulher.. - ela afaga meus ombros

– como a senhora sabe que ela me tratava mal? - digo

– Oh minha querida .. eu conheci Dominique e eu sei que ela odiava sua mãe .. então presumo que ela também não gostava de você - ela diz

– Sim - digo

– Mas vamos esquecer disso .. eu sabia que você me lembrava alguém - ela diz

– Por que? - digo curiosa

– Marlene, você é a cópia da sua mãe .. a única diferença é a cor do cabelo e os olhos que você puxou do Arthur .. - ela diz sorrindo pra mim

Chegamos em frente a uma grande sala e me suguro para não desabar no chão, vários vídeos e fotos da minha mãe estão sendo reproduzidos num grande telão .. em volta existem várias cartazes com fotos dela praticando balé .. mas o que me chama atenção é uma foto da última apresentação dela .. meu pai está ao seu lado e ele a abraça de lado com a mão segurando sua cintura carinhosamente e eles sorriem abertamente.

– Nesse dia ela descobriu que estava grávida .. seu pai ficou mais do que feliz, eles realmente se amavam - Darcy me diz e sinto as lágrimas descendo como cascatas em meu rosto

– Pode me deixar sozinha por um instante, senhora Edwards? - digo me virando pra ela

– Claro que sim, querida .. fique a vontade, e se precisar de qualquer coisa, é só me mandar chamar - ela diz

– Obrigado. . - digo e ela se afasta

Continuo olhando todos os vídeos e fotos da minha mãe, aos poucos as pessoas vão deixando o local e presumo que a exposição já deve estar acabando, as horas se passam, mas eu ainda continuo observando cada detalhe. Algumas pessoas me encaram as vezes pela semelhança entre minha mãe e eu.

– Lene? - ouço uma voz me chamar e me viro rapidamente e vejo Brad, e Lisa ao seu lado com um carrinho de bebe

– Amh .. olá Brad e Lisa .. - digo enxugando as lágrimas e eles param ao meu lado em frente a uma grande foto da minha mãe que eu estava olhando

– O que faz aqui? e por que você estava chorando, Lene? - Lisa me olha preocupada

– Por causa dela .. - aponto pra foto e os dois não entenderam ainda

– Dela? - Lisa se aproxima da foto - Jane Jones .. - ela parece pensativa mas ela olha pra foto e em seguida pra mim - espera .. essa era a sua mãe?

– Sim .. - digo e odeio os olhares que ele me mandam, pena

– Sinto muito, Lene .. deve estar sendo difícil pra você- Brad diz

– Obrigado .. mas eu fico feliz de ela estar sendo homenageada, eu não conhecia nada sobre ela então isso já me acalma - digo - hey, ela está linda - digo olhando para a bebe que dorme no carrinho

– Puxou o pai né .- Brad diz e eu dou uma risada e Lisa só revira os olhos

– Qual o nome dela? - pergunto

– Melanie ou Mel que é como nós a chamamos .. - ela diz olhando com carinho pra filha

– Marlene? - Darcy me chama

– Sim .. - digo e ela vem em minha direção

– Tome .. um presente pra você - ela me dá pen drive

– O que é isso? - pergunto

– Ai estão todos os documentários, vídeos, fotos, tudo o que temos sobre a Jane - ela diz e não consigo controlar que meus olhos se encham de água

– Obrigada! - digo a abraçando e ela se surpreende

– De nada, você tem o direito de saber mais sobre sua mãe, mesmo que seja só sobre balé - ela dá um sorriso de canto

– Já ajuda muito ..- olho para o pen drive - .. muito obrigado senhora Edwards - digo

– De nada - ela diz e sai

– Então, Lene .. cadê o James? - Brad pergunta

– Na casa dos pais dele ..- digo guardando o pen drive em minha bolsa

– Sabe, Lene .. James nos contou que te ama .. e saiba que fico muito feliz que tenha sido você - diz Lisa

– obrigada .. eu o amo também .. muito - digo sorrindo e eles retribuem

– Senhoras e senhores, a exposição já está encerrando, encaminhe -se a porta de saída por favor, e tenha uma Boa Noite - uma voz disse, olho no relógio e já são 18:00 hrs, passei 6 horas aqui e nem percebi o quanto passou rápido.

– Precisa de carona pra casa, Lene? - diz Brad empurrando o carrinho, eu caminho ao lado de Lisa

– Não precisa.. o Jam ..- ia dizer quando escuto o meu celular tocar e vejo que é o James, e converso com ele rapidamente e Brad sorri quando eu o chamo de ''amor'' - é o James, ele disse que vai vim me buscar, obrigado

– Ok, a gente se vê no Natal então . - diz Lisa - tchau, Lene

– Tchau cunhadinha .. - diz Brad sorrindo brincalhão

– Tchau .. - digo sorrindo de volta e vejo ele guardar o carrinho no porta-malas, e Lisa entrar com a bebe no carro , ele entra no banco de motorista e os dois acenam antes de dar partida no carro.

Espero alguns minutos, até que vejo o Honda Civic preto de James parar em minha frente.

Pov James

Passo na frente da escola, e vejo Lene, seus olhos estão um pouco vermelhos, eu sei que ela chorou.

– Oi - digo

– Oi amor - ela me beija rapidamente

– Como foi? - pergunto procupado

– Bom .. encontrei o Brad e Lisa .. - ela diz colocando o cinto

– Sério? - digo surpreso

– Aham .. a bebe deles está um anjinho, e Brad me chamou de ''cunhadinha'' - ela dá uma risada e eu acompanho - eu encontrei a diretora da escola, ela me ajudou a achar a exposição da minha mãe e ficou bastante supresa por eu estar viva

– Como assim? - pergunto curioso

– Acredita que Dominique disse para ela que eu havia morrido junto com meus pais no acidente ..? - ela faz uma careta

– Vindo dessa mulher, nada mais me surpreende, anjo ..- digo irritado, dizer que ela havia morrido só para privá-la de conhecer a vida artistica da mãe, mulher maldita

– Mas a diretora me deu isso .. - ela me mostra um pen drive e seus olhos brilham de expectativa

– o que tem ai? - digo voltando minha atenção na estrada

– Documentários, fotos, tudo sobre a vida da minha mãe enquanto era bailarina, pelo menos já vou saber algo dela - ela diz guardando o pen drive em sua bolsa - e como foi lá com seus pais? - ela muda de assunto pois sabe que eu não gosto de vê-la triste

– Normal .. eles estão doidos pra te conhecer .. principalmente minha mãe .. - digo sorrindo ao lembrar da animação daquela baixinha

– Ok - ela diz

Chegamos em casa e vou em direção a quarto para trocar de roupa e colocar uma mais confortavel, e ela faz o mesmo, pedimos comida pelo telefone, ela queria cozinhar mas eu não deixei, depois de tantas emoções de hoje, só quero que ela relaxe. Jantamos e depois vamos pra sala ver qualquer coisa. Ela acaba pegando no sono, a carrego com facilidade, a deito na cama e me deito a seu lado a puxando pra mim e ela se aconchega em mim e dormimos abraçados.


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