Ele se preocupava com ela. Isso era natural, já que o mesmo é o irmão mais velho entre eles. A menina ainda era pequena, apesar de ter um pouco mais de coragem do que ele. Mesmo sendo medroso, dizendo não acreditar em nada que não fosse provado cientificamente, no fundo ele sabia que fenômenos sobrenaturais poderiam sim existir.

Isso foi comprovado naquele dia, na Scary House. Começou a desconfiar do senhor que vivia na casa quando, após entrarem, receberem toalhas fofas para se secarem. O mais estranho foi a quantidade que havia: 4 toalhas para 4 pessoas. O número certo. Como pode acontecer algo assim? É como se o senhor soubesse da chegada deles. Assustador. Porém, resolveu ficar quieto, já que nenhum de seus amigos pareceu notar a estranha coincidência.

Mas, isso foi ficando cada vez mais estranho, após o senhor convidá-los para jantar. Como era possível ter quatro pratos de comida, todos ajeitadinhos na mesa, se o velho estava conversando com eles até o presente momento? Por mais que tentasse se convencer de que aquilo não era nada, não conseguia parar de pensar em tudo isso.

O loiro se desesperou mais ainda quando, um por um, seus amigos foram desaparecendo. Estava preocupado com todos, em especial, com sua irmã. Começou a imaginá-la acuada, em um cantinho, chorando para sair de onde quer que estivesse. Precisava reunir toda a coragem que tinha para encontrar a todos, pelo bem dela.

Então, foi desbravar o subsolo da grande casa. Depois de muito andar, encontrou uma porta e, de lá, pode ouvir Satoshi e Serena gritarem por socorro. Será que sua pequena irmã estava lá dentro também? Sem pensar duas vezes, tentou abrir a porta, sem sucesso. Estava enferrujada demais. Foi então que teve a brilhante ideia de usar os ataques de Gekogahshier para abrir a tão enferrujada porta que, para piorar, tinha vários amuletos grudados.

Depois de desferir o golpe contra a barreira, a mesma se abriu. Um grande alívio tomou conta de seu peito quando sentiu sua linda irmãzinha pular em seu colo, com uma expressão alegre no rosto. Parecia que ela era a única que estava se divertindo com toda a bagunça.

Quando tudo foi esclarecido, todos, exceto ela, ficaram assustados. Realmente sua pequena Irma era corajosa. Teria que parar de subestimá-la tanto por ser menor. Mas, isso era inevitável. Querer protegê-la de tudo o que é ruim era seu dever de irmão mais velho, que continuaria com essa missão, mesmo quando a mesma estiver maior.