The Bastard Heir escrita por Soo Na Rae, Lady Ravena


Capítulo 40
Capítulo 34 - Romances.


Notas iniciais do capítulo

♥ Olá gente, aqui é a Ravena.
Desculpem por essa pequena demora, mas essas semanas tem sido bem agitadas tanto para mim, quanto para a Meell.
Apenas deixando claro, eu fiz apenas os primeiros parágrafos e isso faz quase duas semanas, depois passei e a Mellyne fez o capítulo praticamente todo, por isso deem os créditos a ela, eu no geral só postei, pois ela não podia hoje e já estávamos meio sumidinhas aqui.
Não, minha recuperação ainda não acabou. Ainda falta química. É muita filha da putagem ficar por causa de décimos, fala sério.....
#choremos :'(
Por isso nesse capítulo tive muitíssima ajuda da Meell para fazer, pois eu realmente não estava com cabeça para fanfics. Minha sorte é que eu preciso de pouco ponto e eu já passei na matéria que eu mais temia praticamente. Só quinta que vem que estou completamente livre, de férias e se Deus quiser passada!
♥ Agora, que tal um pouco de l'amour.



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Capítulo 34

Romances.

“Os apaixonados que desejam unir-se por laços eternos estão anunciando o pressentimento da imortalidade da alma”— Petrarca.

Hans Zimmer "Light"

Deveriam ser duas horas da tarde. Apesar de o inverno ter partido há algumas semanas, o frio ainda prevalecia, ainda sim esse detalhe passava despercebido pelos nobres que caminhavam pelo jardim e podiam apreciar novamente as magnólias, rosas e margaridas, que com as pétalas recheadas das gotículas da chuva passada, davam o ar de graça do inicio da primavera e do mês de agosto. Uma pena que os guardas não poderiam sentir o mesmo, eles se curvavam e tremiam enquanto montavam guarda nas ameias.

Hannelore era agora constantemente vigiada por uma guarda especial, criada pelo seu pai, o rei Willian, especialmente para sua única herdeira. Quem chefiava essa ordem era Giuseppe Ziegler, antigo oficial do exército overatiano, que se dispôs a servir unicamente a princesa real. Orden der Rose, a Ordem da Rosa, cujo símbolo era uma rosa azul que, por fisicamente não existir, a tornava mais especial. Uma pequena, porém habilidosa tropa composta por doze soldado, seis eram oriundos de longínquos lugares de Overath, e os outros seis foram um presente dos reis da Espanha para o país, que é um leal aliado seu. Estes homens, com idade entre vinte e um, a trinta e cinco anos, são guerreiros altamente treinados e capazes de matar até mesmo uma grande autoridade, se este ousar machucar a preciosa rosa deles.

A Guarda Azul tentavam amenizar o impacto de sua presença, os doze homens se misturavam aos demais nobres, observando flores, mexendo com o pé montinhos de neve derretendo ou simplesmente caminhando de um lado para o outro do jardim. Hannelore dedilhava calmamente a harpa, e o Chefe da Guarda, Giuseppe, a observava parado ao lado de uma estátua de querubim, ouvindo-a. Giuseppe era o mais próximo de seus cavaleiros. Sua barba puxava alguns fios cinzentos pelo queixo, o que aumentava seu charme. O itálico-overathiano virou-se assim que Hannelore terminou de tocar A Valsa da Princesa. Ela não entendeu ao certo por quê, até que uma mão pousasse sobre seu ombro.

— Tens muita habilidade com a música, princesa. – Edith sorriu. Sua prima parecia mais alta, entretanto apenas parecia. Seus cabelos louros foram cortados recentemente e isso deixava seus ombros visíveis, enquanto os fios finos se movimentavam freneticamente pela brisa que ali passava. Quando a maioria das senhoras preferia manter os longos cabelos com orgulho, Edith ostentava juventude e vitalidade com um rosto visível e belo.

— Apenas o que meu tutor me ensinou. – Hannelore respondeu, com o mesmo tom amistoso, voltando os olhos para Wanda, que segurava uma flor amarela entre os dedos. O símbolo de Overath. – Que a trazem até minha companhia? Creio que tinham assuntos mais importantes para tratar quando retornei de minha viagem.

— Quanta maldade! – Edith tocou o próprio peito – Estávamos todos preocupados! Tive de recusar formalmente o pretendente como meu pai ordenou e Wanda estava sob cuidados médicos e sob a vista de Hartwig. Sabe como ele cuida desta garota – indicou Wanda, que apenas abriu um sorriso calmo. A moça morena rodava a flor, seus cabelos caindo como uma cascata pelas costas, o vestido cobrindo até os cotovelos. Parecia distante, embora bem ali. – Vim assim que pude!

— Eu acredito em vós. Estava apenas brincando. – gesticulou, abandonando a harpa para se voltar a suas damas. Hannelore gostava daquela pose de formalidade que elas carregavam, o modo como erguiam os ombros, como deixavam as maçãs do rosto ressaltadas e as mãos sempre a frente do corpo. Tivera de aprender tudo aquilo com Tia Gênova, porém as duas ali haviam crescido neste ambiente, sabiam tudo sobre etiqueta, e muitas coisas que Hannelore ainda errava e pecava no comportamento, elas lhe diziam em voz baixa e com um sorrisinho discreto. – Mas não te sentis-te atraída por teu pretendente, Edith?

— Um homem nojento, isto sim. O flagrei limpando o próprio nariz em público! Ele comia como um porco e não respeitava a maioria das condessas do baile. Um verdadeiro fanfarrão, achando que o dinheiro é capaz de tudo. – Edith balançava a cabeça negativamente enquanto colocava na lista tudo o que detestava em seu pretendente.

— Mas como seria o cavalheiro dos sonhos para ti, então?

Edith abriu um sorriso, corando levemente. Suas mãos se agitaram a frente do corpo e ela resolveu guardá-las atrás das costas.

— Primeiramente, muito sabido sobre todos os assuntos, desde política até arte. Como os sulistas dizem: entendido. Tem de me respeitar como mulher, como senhora e como esposa. Deve saber meu valor político, econômico, religioso e sentimental para sua vida. Resumidamente, deve ser gentil e educado. Discreto e silencioso nos momentos certos, falante e charmoso nos momentos certos. E com certeza tem de ser bonito. – ela tocou o rosto, realmente vermelha. Hannelore a observava com genuína curiosidade. Sua prima não parecia a mesma que se lembrava, será que algo havia acontecido em sua ausência? O que o coração de Edith estava remoendo sorrateiramente? O modo como seus olhos se erguiam, como seus lábios se entreabriam ou como dizia palavra por palavra... Ela só podia estar...

— Homens assim não existem. – Wanda cortou rapidamente qualquer pensamento que uma ou outra moça pudessem carregar. Seu rosto estava fechado em uma terrível carranca, tempestuosamente lacrada contra qualquer argumento. – Todos possuem defeitos e uma hora eles aparecem.

Edith cruzou os braços, notoriamente ofendida.

— Me diga que nunca encontrou um rapaz com estas mesmas descrições. Aposto que temos um bem perto de nós! – disse com tanta ferocidade que Hannelore achou mesmo que olhando por cima do ombro encontraria o tal rapaz dos sonhos de Edith.

— É, é verdade! Eu conheci um! E agora ele está dentro de um mausoléu frio – Wanda gritou.

E com isso, saiu pisando duramente a grama. O silêncio se instalou entre as primas, que não ousaram se entreolhar até que Giuseppe se aproximasse o suficiente para parecer preocupado. Hannelore respirou fundo. Wanda estava sofrendo muito ainda pela perda de seu amor, ela com certeza amava muito Conrad. E isso só aumentava o sentimento no peito de Hannelore de que não era querida no castelo. Conrad era o menino dos olhos de todos. Ouvir o quão grandioso e bom era seu irmão, faziam-na sentir como uma impostora, uma intrusa. Alguém que não deveria e não merecia estar ali. Uma bastarda! Deus poderia castigá-la por tal ambição, mesmo que não fosse seu desejo! Mas se Deus realmente a quisesse no trono... Então... Ninguém o tiraria dele.

— Me desculpe, Hanne. Irei me recolher agora. – Edith fez uma rápida mesura e retornou para o castelo.

Hannelore voltou a se sentar no banco e recolocou a harpa entre as pernas.

— Sabe, Giuseppe, às vezes me pergunto por que a vontade de Deus machuca a maioria das pessoas.

O homem abriu a boca para responder, porém fechou-a logo em seguida, com uma expressão séria. Hannelore conhecia aquela expressão, a mesma que as freiras faziam quando ela questionava sobre a veracidade da Bíblia ou as contradições no que a Igreja dizia e o que estava escrito.

Decidiu que a música não a ajudaria. Nada a ajudaria naquele momento, nem mesmo o frio que vinha da brisa. Os cabelos não cobriam pele suficiente e por isso deu a desculpa de estar indo para perto da lareira, deixando o jardim. Seus doze guardas fizeram menção de segui-la, porém Hannelore lhes disse para que ficassem dentro do castelo, mas que não a atrapalhassem. Giuseppe novamente abriu a boca para reclamar, mas se conteve.

O castelo estava mais caloroso e mais povoado, nobres circulavam, junto com conselheiros e soldados. Até mesmo viu um ou outro selecionado, os quais não a olharam. Hannelore sabia que para muitos a seleção não estava sendo muito satisfatória. Ela já possuía olhos apenas para um rapaz.

Avistou seus cabelos primeiro, aquele tom de castanho claro reconhecível a uma escada de distância. Viu-o subir os degraus dois a dois, balançando a cabeça conforme a música mental que ele ouvia. Imediatamente, começou a segui-lo, sem pensar muito para onde estaria indo. Mas o local era um tanto óbvio. Quando viu o vulto de Alberich passando pelo arco da biblioteca, abriu um sorriso fraco, apressando-se para essa direção.

Atravessou o arco e foi surpreendida por mãos que a agarraram imediatamente e a puxaram até uma parede de pedra, forrada com tapeçarias caras que abafavam os sons de seus protestos. Quando viu a largura dos ombros e o sorriso no rosto, não deixou de sorrir também.

— Alguém está seguindo alguém. – Alberich brincou.

Mesmo que não quisesse, se livrou das mãos dele.

— Não pensei que fosse um senhor de tais modos. Tomarei mais cuidado da próxima vez. – retribuiu a brincadeira. Alberich ostentava aquele charmoso sorriso tímido, junto do olhar que a atravessava e a lia por completo, extraindo sua alma e a colocando junto da dele, para que assim bailassem. Hannelore gostava de ser olhada assim, de sentir-se dona da atenção de Alberich.

— Parecias tão abatida, minha princesa. Houve algo de ruim em teu dia?

— Pequenas memórias soltas, pensamentos melancólicos. Coisas do tipo. – respondeu, querendo ignorar qualquer menção ao que sentia anteriormente. Preferia sentir-se querida, com Alby. Preferia ter o coração acelerado, a língua congelada no fundo da garganta e os membros presos em mármore. – Nada importante. E vós?

— Apenas vindo à biblioteca, na esperança de que encontrasse algo bom o suficiente. Mas creio que já li todos os títulos que me interessavam. Os demais, li em casa ou em outros locais. – hesitantemente, Alberich subiu sua mão, tocando uma de suas madeixas louras. Hannelore não recuou. – Ou usando apenas como desculpa para procurar por você.

— E de todo modo, me encontrou.

— Uma sorte divina. – ele sorriu, abaixando os olhos para os lábios da princesa, e então seus cabelos, que agora estavam emaranhados em seus dedos. Aquilo parecia divertir muito Alby, ou pelo menos lhe trazia um rubor novo. - ... às vezes penso se não sou exagerado em minha amizade. – disse, voltando a olhar para ela. – Se não ouso demais de nossa confiança.

Hannelore sustentou seu olhar, devorando-o. Saciando-se de seu intenso verde. Sentia-se queimar, como se sua alma estivesse querendo se separar de seu corpo. A alma. Sentiu os lábios entreabrirem enquanto o desejo se apoderava de sua mente, os braços antes dormentes agora queriam se mover, mas ela teimava em negar. Não podia, era uma princesa pura e religiosa, Deus não se agradaria de vê-la pensar tanto em um pecado tão grande. E tão misericordiosamente bom.

— Já eu penso que ousas de menos.

Aconteceu tão rápido que fora mais o vento que o gosto a dizerem que ela estava sendo beijada. Seus lábios, outrora castos, não obtiveram reação, e Alberich se afastou com energia, virando o corpo inteiro em um meio-círculo, as faces visivelmente avermelhadas. Hannelore temia que ele pudesse escutar o som de seu coração, explodindo no peito, ou que pudesse ver o modo como respirava em demasiado profundamente. Quente, estava quente. Estava fervendo. Sentia vontade de se cobrir com os próprios cabelos.

Amanhã.— Alberich balbuciou, hesitante, inseguro, medroso. Fraco. Ela queria apertá-lo contra si e dar-lhe confiança. Dizer-lhe que aquilo fora o ato mais corajoso que já vira alguém tomar ou que aquele era o momento mais feliz de sua vida. – Cavalgar, de manhã. O nascer do Sol.

Sim. — sua própria voz saiu estranha aos ouvidos. Hannelore notou que tremia. E que o fogo que antes queimava em seu interior, agora era apenas uma brasa leve, que a preenchia de paz e uma boa fadiga, uma sensação de dever cumprido. Como se todos os anos de sua vida fossem recompensados com aquele beijo. Um beijo que nem mesmo sentira.

Alby a deixou em passos largos, sem se despedir ou se curvar. Hannelore não o culpava, assim que ele desapareceu pelo corredor, abriu um sorriso enorme e sentiu a euforia tomar conta de sua mente. Tinha de contar a Edith e Wanda, e Dominique e até mesmo a Cora! Tinha que falar de sua felicidade. Piscou várias vezes os olhos e respirou fundo, tentando fechar o sorriso que teimava em ressurgir nos lábios. Era injusto, injusto! Sentir-se assim, tão bem.

Enfim controlou os próprios ânimos. Ajeitou as mangas do vestido e saiu, andando apressadamente até as escadas de seu quarto, subiu-as correndo e fechou a porta com uma batida rápida e forte. Atirou-se na cama, ignorando criadas e quem mais estivesse ali. E começou a rir.

º º º

O que ninguém sabe é que por trás de uma coluna, espreitava um ratinho. Este, de nome imponente, Dunkelheit ouvia calmamente a conversa animada que a princesa e um de seus pretendentes possuíam na biblioteca. E não podia esconder o fato de estar enciumado por ver tal cena. Silenciosamente, ele se afastou, sentindo-se um pouco mais pesado que o costume. Hannelore sendo beijada deste modo, sem gritar ou pedir por ajuda. Era um abuso deste tal rapaz que não deveria saber muito sobre como tratar uma dama de tal casta.

Escondeu seu orgulho primeiro, para usá-lo depois. Era preciso voltar para casa. Para a cama.

º º º

Caminhava pelo palácio, como se estivesse perdido. As iluminuras não chamavam mais os seus olhos, e nem as tapeçarias de além-Mediterrâneo pareciam mais tão belas. A floresta do lado de seu quarto era perturbadora e pediu para trocar com um dos outros duques de Hannelore. Recomeçou a tomar as poções de dormir e isso lhe deu sonhos mais agradáveis, porém continuava sentindo como se algo estivesse extremamente errado. Não deveria voltar para aquele castelo, Overath não era sua terra.

— Onde vai? – ouviu no alto da escada, onde no parapeito Wanda se inclinava, o vestido simples pendendo para o abismo a frente. Um grande pavor tomou conta dele, sentindo como um pressentimento que algo horrível estava por acontecer. – Aaron?

Estava agora ofegante, a tontura impedindo que olhasse exatamente para cima e para ela. Engoliu em seco a bola de sangue que subia pela garganta e alcançou o corrimão antes de cair. Ouviu passos exasperados, descendo as escadas. Wanda o segurou para que não virasse de costas e assim escorregasse escadas abaixo. Ela o ajudou a se sentar, enquanto engolia mais e mais ânsias de vômito. Sentia-se quente, muito quente, e quando ela colocou a mão sobre sua testa constatou o mesmo. Wanda prendeu a respiração.

— O que está... Aaron? – segurou seu rosto com as mãos geladas. Muito geladas. Como se fosse um cadáver. – Aaron!

E então desmaiou.

Voltou a acordar já dentro de seu novo quarto, em sua cama, sem janelas. O meistre que lhe cuidava estava ao pé da cama, medicando mais algumas doses para a febre abaixar. Sobre seu peito, Aaron encontrou uma loção de flores de inverno, mel, limão e menta. Aquilo parecia estar eliminando todas as ânsias de vômito e o peso sobre o peito. Tossiu, escarrou e olhou o sangue que deixou na cama.

— ...pode ser qualquer coisa. Nunca vi nada igual. – ouviu a voz do meistre, calmo.

— Você acha que... a Peste? – novamente apenas cochichos, mas reconheceu que era Gênova, a prima do rei. Ela o havia encontrado inúmeras vezes caído pelos corredores do castelo e o havia levado até o quarto outras inúmeras vezes.

— A Peste... Não tenho tanta certeza, mas obviamente não é algo que nosso conhecimento pode dominar, está corroendo ele.

Uma pausa o fez notar que havia soluços no quarto, soluços ao seu lado. Rolou a cabeça, sentindo a dor que isso lhe causou, mas encontrou quem estava a chorar por ele. A menina de cabelos escuros e olhos encantados segurava sua mão. Ela não parecia mais gélida, estava realmente calorosa, apertando-o a medida que o meistre e Gênova pensavam em diagnósticos para o problema de Aaron. Sua saúde nunca tinha sido estável, porém não havia pensado ainda que poderia morrer ou que alguém poderia sofrer por isso. Sentiu-se amado por algum período, até concluir que provavelmente Wanda não estava triste por ele, e sim por seu querido príncipe. Que morrera não fazia muitos meses e com o mesmo problema dele: uma doença não identificada.

— Wanda... – disse, num sussurro, sentindo o gosto do sangue no fundo da garganta.

— Sim? – ela se aproximou rapidamente.

Wanda

— Sou eu, Aaron, o que foi? – ela falava mais alto.

Gênova e o Meistre pararam de falar e se entreolharam. Consentiram em silêncio e saíram do quarto, deixando os dois jovens a sós. Provavelmente todos pensavam que uma amizade havia crescido entre eles depois do que acontecera a Wanda, todos pensavam que ele a havia salvado. Mas a verdade era que nada teria sido possível se não fosse ela. Aaron decidiu que preferia estar sozinho, a falar em público.

Obrigado.

Não tivera a chance de dizer desde que retornaram ao castelo.

Ela sorriu, lágrimas se acumulando em seus olhos.

— Não se preocupe... dói?

— Apenas quando movo a cabeça. – admitiu e então tentou tocar o local onde a dor pulsava. Havia um galo lá, e quando o tocou, sentiu a pele irritada e logo abandonou a tarefa. Wanda olhou e sorriu de leve.

— Você bateu no corrimão da escada, a pedra esfolou a pele. Não se preocupe, o meistre disse que não houve concussão. A febre provavelmente é algum resfriado que pegamos enquanto voltávamos a pé para o castelo, em meio a neve.

— Por outro lado, você está muito bem. – brincou, de repente sentindo que a dor não o impedia de rir um pouco.

— Minha saúde sempre foi como a de um touro – Wanda piscou e em seguida riu. Ela era bonita, sim, como uma das mulheres da Península Ibérica, com um pouco de sangue mouro. E, com certeza, tinha um corpo mais atraente que todas as moças brancas da alta sociedade.

Deslizou a cabeça pelo travesseiro e conseguiu encontrar uma boa posição para fechar os olhos. Ainda sentia o calor da mão de Wanda sobre a sua. Assim que deixou de pensar nessas coisas, caiu lentamente em um profundo sono e não acordou por um bom tempo.


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Notas finais do capítulo

♥ Beijos e ciúmes, não disse que haveria? Hahaha, ai, ai, ai, Dunkie que ficou com ciúme da Hannelore e do Alby.
♥ É isso gente, espero que tenham gostado e até a próxima.
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