Indeterminado escrita por Hont91


Capítulo 7
Capítulo 7, A Oráculo nos coloca em problemas...


Notas iniciais do capítulo

Na verdade esse capitulo esta pela metade(e pessoalmente, não esta satisfatorio, mas eu cansei de reescrever ele depois de deletar o texto inteiro pela 6ª vez...), mas eu achei que voces iriam achar muito grande como estava antes, xD
Tambem notei que meu estilo se afastou muito dos primeiros capitulos, por isso estou tentando recuperar o estilo para a fic ficar mais consistente.

ps: sinto a criatividade para os titulos fugir da minha mente T_T

ignorem minha reclamações aleatorias, estou em um momento pessimista(maldito vestibular T_T), e boa leitura, se tudo der certo o proximo capitulo sai em menos de duas semanas... mas como é tipico de mim, não vou fazer promessas...



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Capitulo 7, A Oráculo nos coloca em problemas...

 

“OK, sem pânico, foi tudo um sonho, quando você abrir os olhos vai estar no orfanato, você não levou uma cantada de uma arvore, nem de um rio, não é um grande problema para deuses gregos que provavelmente prefeririam te torrar a ter uma conversa civilizada com você, o Arthur não é um semideus e eu definitivamente não tenho um treinamento em conjunto com outros 20 meio-sangues 2 anos mais novos que eu ao ar livre, no sol, e sem o meu boné que perdi quando corri da quimera, nunca mais compro um boné caro, espera, não tem quimera, o boné ainda esta comigo, isso, pensamento positivo, nada aconteceu, sua vida continua entediante, o Arthur vai chutar a porta do sótão logo logo pra te levar pra mais um encontro furado com uma garota muito bonita que ele ta afim pra você fingir que faz companhia pra irmã não tão bonita assim dela, isso, apenas um dia entediante, chato, irritante, etc... Um dia normal, sem monstros, meio-sangues e sem treinamento no meio do sol...”

Pra quem ainda não entendeu, basicamente esse era o meu mantra antes de abrir os olhos assim que acordei, eu não tenho exatamente uma boa noção de quantas vezes fiquei repetindo isso para mim, mas sabe, depois de ter ido dormir de verdade, sem nenhum sonho assustador com a minha morte, eu descobri que na verdade estava apavorado com o modo como as coisas se desenvolveram, cá entre nós, quem em sã consciência aceitaria todas essas informações jogadas na sua cara uma atrás da outra, talvez mais importante que isso, quem em sã consciência permaneceria calmo quando sabe que no mínimo metade do monte Olimpo deve querer incinerá-lo, porque se ainda não me incineraram para resolver o problema de maneira rápida e pratica é porque no mínimo tem um bom numero de deuses contra isso, ou talvez eles simplesmente estejam discutindo entre me dar uma morte dolorosa ou muito dolorosa, se eu tivesse direito a um pedido eu gostaria de saber se poderia pedir por anestésicos e se por acaso eles iriam funcionar...

“Concentração, não pense nos deuses, não pense nas chances de ser morto no momento que sair por aquela porta, você esta no orfanato, não tem nada de errado...” Tentei continuar meu mantra quando notei que tinha novamente aceitado mentalmente que tudo tinha acontecido.

“O que ele esta fazendo?” Ouvi uma voz ao fundo, minha mente reconheceu Travis, ou será Connor?

“Tentando fugir da realidade, ele faz isso de vez em quando... Mas ele ta certo, agora que ele esta no acampamento eu posso sair com a Cindy do chalé de Afrodite...” Eu reconheceria essa voz em qualquer lugar.

“Aquela que esta sempre com a Mallony? A mulher-macho do chalé de Hefesto? Meu deus, você vai fazer ele passar por essa tortura?”

Eu tinha sido apresentado as duas no dia anterior quando Arthur fez uma pausa durante a introdução do acampamento para jogar charme para algumas filhas de Afrodite que fofocavam e riam, provavelmente falando mal de mim. Talvez tenha sido por causa da lembrança que eu tive a reação involuntária de me levantar da cama, arremessar o travesseiro na cara do Arthur e começar a estrangulá-lo antes que ele começasse a correr.

“Eu já disse que nunca mais te ajudo nessas porcarias de encontros!! Se você vai ficar com ela de qualquer jeito no final, porque eu deveria mover um dedo para te ajudar?!?!?” Eu quase gritei de raiva... Correção, eu gritei de raiva, enquanto o Arthur se ajoelhava no chão e tentava inutilmente tirar minhas mãos da sua garganta. Desnecessário dizer que ele ainda conseguiu fazer um sorrisinho malandro enquanto respondia/engasgava.

“por-gah!-diver-gah!gah!-vertido!” (Tradução: porque é divertido).

Eu era bem conhecido no orfanato por perder a paciência facilmente, mas na verdade essa fama não era realmente culpa minha, afinal, eu tenho culpa que essa criatura gosta de se divertir as custas do sofrimento alheio? Não, é claro que eu não tenho culpa.

“O mundo vai ser um lugar melhor assim que eu me livrar de você!” Falei com a minha melhor voz de vilão insano, é serio, eu tava me divertindo, o azul caia bem no rosto do Arthur.

Infelizmente fui impedido de completar o assassinato premeditado quando os gêmeos Stoll se jogaram em cima de mim e me imobilizaram de barriga para baixo com um golpe conjunto que eles pareciam um pouco acostumados demais a utilizar.

“Desisto desisto! A praga vive!” Gritei quando o meu braço começou a se dobrar de uma maneira que nem eu sabia que ele podia.

Com sorrisos marotos os irmãos saíram de cima de mim e me ajudaram a levantar, apenas muito mais tarde eu iria perceber que a minha carteira tinha desaparecido, não que tivesse qualquer dinheiro nela, mas era de couro, valia mais do que qualquer nota que eu já tivesse colocado dentro dela.

“Ar!!! Ar doce ar!!!” O Arthur estava alucinando ao meu lado então eu dei um tapa nele.

“Ah valeu!” Ele disse assim que recuperou a visão. “Caramba Vincent, ta ficando cada dia melhor em sufocar, sabia que pode matar uma pessoa normal se usar tanta força assim?”

Eu ri sem humor.

“Sabia, infelizmente você não é normal...” Disse com a voz mais amarga do que realmente me sentia, apenas para por um drama a mais na situação.

Me espreguicei sob o olhar assustado dos gêmeos, acho que eles não estavam acostumados ao fato de eu quase matar o Arthur todo dia.

“Calma, eu não ia realmente matar ele sufocado, eu disse sorrindo.”

Eles respiraram aliviados.

“É, ele prefere mil vezes me matar a pancadas” Completou Arthur, massageando o pescoço, tinha uma marca bem feia de mãos ali, caramba, eu sabia que era forte só não sabia que era tanto assim.

“Claro, por sufocamento assim que você desmaia já não sente mais dor.” Completei me divertindo com os olhares dos gêmeos como se fossemos dois loucos.

“Eu ainda posso desmaiar de dor levando pancadas.”

“Pra que servem baldes de água?”

“Você tem certeza de que não esta no acampamento errado? Esse é pra heróis, não vilões”

“Droga! Me deram o panfleto errado”

Rimos como dois idiotas por um tempo, enquanto os gêmeos finalmente relaxavam vendo que era tudo brincadeira... Pelo menos quase tudo neh, eu realmente queria surrar o Arthur, mas agente sempre empatava quando lutava.

Finalmente eu me dei conta de uma coisa.

“Ah droga! Por sua culpa todo o meu esforço e o meu mantra falharam! Me devolva a minha válvula de escape da realidade!!!” Sim, acertou quem achou que eu estava enforcando o Arthur denovo, é um habito...

“Desista! Essa é a realidade, e cá entre nós, é bem mais divertido” Ele disse rindo enquanto se livrava das minhas mãos.

 

Alguns minutos depois eu estava parado na porta do chalé de Hermes, com um boné do Arthur na cabeça, escondendo os meus cabelos vermelhos por causa do sol, vestido com a camisa laranja do acampamento meio-sangue, a minha calça jeans que usei para a fuga e um par de tênis velho, parado na frente da porta.

“Ok, lá vamos nós, é só um treinamento com 20 garotos mais novos que eu sob os olhos de todo o acampamento, é algo simples, calma, ninguém vai tentar te matar, pelo menos não todos ao mesmo tempo eu espero...”

Depois de inutilmente tentar me acalmar para a atividade em grupo com um grupo de pessoas que não gostava nenhum pouco da minha presença, afinal, quem gostaria do único cara que esta entre eles e uma vida quase-normal no acampamento? Decidi enfrentar tudo de uma vez a abri a porta, cerrando os olhos para a luz cegante do sol... Ta bom, nem tanto, mas pra mim era muito forte.

“Esta atrasado, já devia estar no pátio de exercícios há 10 minutos” Eu encarei uma sombra se formando e esperei meus olhos se acostumarem até ver uma Annabeth com cara de nenhum amigo batendo o pé no chão.

“Err... Desculpa? Eu entrei em desespero...” Tentei me desculpar.

Ela apenas revirou os olhos e soltou um suspiro um pouco pesado e desnecessário demais, se virou e começou a andar, definitivamente estava de mau humor.

“Err... o que aconteceu?” Perguntei assim que emparelhei com ela.

Ela me olhou, a raiva transparecendo no olhar, e depois ela piscou e se acalmou um pouco.

“Só umas coisas...” Respondeu evasiva.

“Tipo?” Perguntei.

Eu não era muito do tipo de me meter na vida das pessoas mas eu simplesmente não posso deixar ela naquele humor, já que aparentemente Annabeth será uma das instrutoras hoje...

“Tipo... Assunto meu entendeu!?” Ela falou alto e começou a andar mais rápido pisando duro no chão.

Mulheres, quem vai entender?

Suspirei desanimado, sabendo que o treinamento não ia sair nada bom e apressei o passo até o pátio, só para ser encarado por outros 20 meio-sangues que já estavam esperando, Quiron e alguns filhos de Apollo que estavam com uma tenda de primeiros socorros montada próxima, o que não me confortou nem um pouco, Annabeth e Percy, estranhamente afastados um do outro e uma garota enorme que carregava uma lança nas costas, eu sabia que seu nome era Clarisse, já tinha sido avisado a manter distancia dela.

“Err... Desculpe, eu me atrasei” Eu me desculpei e fui achar um lugar entre os meio-sangues, na verdade eu queria dizer que errei o pátio e ir embora dali, mas não, eu tinha de ser teimoso, se tivesse fugido teria sido menos humilhante...

O que se seguiu foi uma sessão demoníaca de exercícios repetitivos, alongamentos e mais exercícios, com apenas alguns descansos. No inicio nossos três instrutores nos davam apoio, depois Percy parou de apoiar os exercícios, logo em seguida Clarisse, e sob as expressões pálidas dos dois Annabeth continuava nos dando mais e mais exercícios, para os braços, as pernas, alongamento, fôlego, etc.

“Droga!! Eu sabia que isso ia acontecer...” reclamei sozinho, mas não baixo o suficiente.

“Eu ia deixar vocês descansarem agora mas como parece que o senhor Vincent ainda tem fôlego o suficiente, vão vão vão! Mais uma volta! Se esforcem!!” Annabeth gritou.

Imediatamente 20 pares de olhares assassinos me fuzilaram, deuses, se fosse possível morrer apenas com olhares eu teria morrido muitas vezes já...

Corremos como condenados, e era isso que praticamente éramos, eu podia ver nos olhos de Annabeth que ela já tinha extravasado quase toda a raiva que tinha, mas ainda não era suficiente, depois que caímos no chão, antes que ela pudesse dar uma nova ordem Percy interveio por nós.

“Ótimo! Bom trabalho pessoal, agora 20 minutos de descanso antes de começarmos os treinos com espadas, assim que se levantarem vão a barraca de primeiros socorros para pegar água e procurem uma sombra, quando der tempo nós vamos chamar vocês então não se afastem!”

Annabeth lançou um olhar mortal ao Percy, como se estivesse dizendo: “que diabos você ta fazendo?!?!” e acenou com a cabeça, nada discretamente por sinal, para um local afastado.

Percy praticamente se encolheu sob aquele olhar e concordou com a cabeça, saindo do pátio de exercícios disfarçadamente, sendo seguido por uma não tão disfarçada mas muito furiosa Annabeth. Pobre Percy, já da pra saber quem é que manda na relação...

 

Eu tentei pegar uma garrafa de água mas fui empurrado pelos outros meio-sangues para longe da barraca de primeiros socorros, eles provavelmente ainda estavam furiosos comigo, não que eu os culpe, eu também estaria furioso, por isso me limitei a procurar uma sombra e me jogar ao chão com um pouco de força demais, que me deixou sem ar e jogou o meu boné no chão, eu estava cansado demais pra perceber ou para me importar.

“Caramba, quer dizer que é verdade...” Eu ouvi a voz do Arthur atrás de mim, nem me preocupei em abrir os olhos.

“O que?” Eu falei sentindo minha língua seca.

“Hoje de manhã ouvi uma historia maluca sobre como o casalzinho maravilha que todos adoram atormentar tinha brigado...” Ele disse casualmente.

Eu tive de abrir os olhos, eu sempre me surpreendia com a capacidade desse cara de pegar boatos, rumores e outras coisas por ai com tanta facilidade, parecia um dom.

“Porque eles brigaram?”

“Porque o oráculo dormiu no chalé de Poseidon ontem à noite...”

“E qual o problema?” Eu perguntei.

“O nome do oráculo é Rachel”

Ai.

“Porque ela dormiu lá?” Eu sei, eu parecia um fofoqueiro, mas se vou sofrer queria pelo menos saber porque.

“Parece que ela tem tido tantos pesadelos nos últimos dias que quase não consegue dormir, a não ser que o Percy esteja por perto.”

“Eu acho que a Annabeth ia entender isso...”

Arthur deu um sorriso maldoso.

“Tem mais?”

“Sim”

“O que?”

“Rachel é a ex-quase-namorada do Percy”

Ai!!

“Até que ela esta controlada...” Comentei.

“Isso é porque você não tem um espelho pra ver o quanto você esta parecido com um cadáver” Ele riu.

“Aposto que a boca de um cadáver tem mais água que a minha” Eu ri junto.

“Aqui.” Ele me estendeu uma garrafa de água que estava segurando faz tempo mas só agora resolveu me entregar, tomei tudo em um gole só.

Fechei os olhos um pouco, para guardar as forças para a próxima parte do treino, não adiantou muita coisa já que eu não tinha forças para guardar mas pelo menos aliviou meus olhos da claridade.

 

Algum tempo depois Percy e Annabeth voltaram, ela estava com cara de quem chupou limão azedo e Percy parecia bem cansado, mas pareciam ter chegado a um acordo, porque chamaram todos juntos para recomeçar o treinamento.

Eu me dei conta de que ainda estava deitado quando quase todos se reuniram em volta de dois enormes caixotes escolherem suas armas, Percy e Clarisse iriam nos dar algumas explicações sobre as armas e depois nós formaríamos duplas para treinar, ou alguma coisa assim, como todo o adolescente e provavelmene meio-sangue eu estava um pouco animado com a ideia de treinar com as armas e me distrai.

Me levantei, e aproveitando que não era o centro das atenções caminhei devagar até os caixotes, estranhamente eu não estava sentindo nenhum olhar maligno sob mim, apesar de sentir os olhares dos outros meio-sangues, como se eles só estivessem interessados em alguma coisa nova, eu apenas dei de ombros e continuei a andar, passando pelos outros meio-sangues.

Foi mais ou menos nisso que eu esbarrei numa garota pequena, que eu não sabia de qual chalé era, ela se virou imediatamente para xingar quem quer que estivesse atrás dela mas ficou nisso porque sua boca se abriu de forma cômica e seus olhos se arregalaram, as pessoas em volta começaram a notar, os olhos dela passaram pelo meu rosto e quando encontraram os meus olhos ela corou.

Eu descobri apenas pela reação dela o que aconteceu. Eu tinha esquecido o maldito boné no chão.


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Notas finais do capítulo

ok, reviews please? dessa vez nem demorei(tanto...) então posso pedir xD

ah, pro caso de alguem ai estar com bom humor e bem inspirado, eu estou a procura de uma capa para a fic... Normalmente eu mesmo as faço, ja que apesar do resultado não muito bom eu gosto de ver que o trabalho é inteiro meu, até mesmo caras como eu tem orgulho xD
de qualquer forma, como fui incapaz de fazer uma capa que considerasse decente resolvi que não seria uma má ideia deixar voces saberem xD