Quase por água abaixo escrita por J rebornEustrauss


Capítulo 2
Que é isso, Ash!


Notas iniciais do capítulo

O segundo capítulo. Espero que gostem, boa leitura!
Negrito representa flashbacks e cenas fora da realidade.



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– Anda logo, Ash, eu quero ir pra piscina – Max reclamou entediado.

No quarto dos caras, Ash procurava seu protetor solar, e se negava a sair sem ele devido a nenhum motivo aparente.

– Ash, nem ‘tá tanto sol lá fora. Eu quero ver as mulheres de biquíni... – os olhos de Brock viraram corações.

Croagunk saiu da pokébola e atingiu o treinador em um golpe certeiro do poison jab.

Brock se espatifou ao chão e murmurou um sofrido “retiro o que disse”.

– É verdade, mas mesmo se estiver – Max ajoelhou-se ao chão – a gente usa o que está na bolsa da minha irmã, vamos logo!

Aproveitou o tempinho no quarto para ficar um pouco mais estiloso.

Ele cavoucou um pequeno armário embutido ao lado do televisor.

Nele, encontrou seus óculos de sol com grau, que permitiam que aproveitasse o sol enxergando perfeitamente.

– Não, eu quero o meu – respondeu breve.

Dessa vez olhou embaixo da cama, lotada de objetos dele e de Max.

Chegaram a pouco tempo, mas o quarto não parecia ter começado a ser usado assim tão recentemente.

Roupas; sejam elas calças; blusas; camisetas..., jogadas no chão. Pertences parecem ter se inspirado nos ‘pais roupas’.

Camas desarrumadas, pois haviam brincado de verdade ou desafio. O desafio em questão era Max sair com um lençol na cabeça assustando as pessoas no corredor.

Já viu, não é?

Nada de anormal para um quarto de menino.

Isso se você tirar o fato deles estarem lá por apenas um dia!

Mas como em todo padrão há uma exceção, eis que Brock surge para salvar a raça dos bagunceiros da perdição da imundice.

Sua parte no quarto está tão limpa e arrumada que mais parece a louça limpinha que você acaba de lavar. Ou talvez, não. Mas você com certeza já deve ter lavado louça e a deixado limpinha. Então sim.

Enfim, a salvação do chiqueiro.

E ele bem que poderia limpar tudo – como sempre acontecia nas outras vezes -, mas não fez.

Porque não quis. Está lá para aproveitar e não limpar, mesmo que sempre tivesse sido a empregada doméstica do grupo. Infelizmente, ou felizmente.

– Aí tem, hein – Brock se recuperou da porrada – o que você ‘tá aprontando? – ergueu-se apoiado na cama.

Ele parou, fazendo cara de pensativo por alguns segundos.

O que poderia ser?

Ele não tinha ideia...

– Olha, se quiser eu te ajudo no seu plano... – ele disse lentamente.

Ash ainda não estava certo de que Brock sabia de tudo. Pelo o que ele sabia, Pikachu era o único que conhecia a história. Será que ele o confrontava?

Não estava com vergonha nem nada, pois não tinha motivo para isso:

Ele é um cara de dezoito anos e já havia tido outras duas namoradas, então talvez não fosse tão difícil assim.

Talvez.

O que ele ia fazer não caía no leque de experiências amorosas, e sim um pouco mais além ou um pouco menos, mas ia ser divertido.

Isso se conseguisse.

Enfiou-se debaixo da cama. Ô coisinha chata! Por que estava tão bagunçado?

– Você já sabe? – Max perguntou confuso.

Brock fez cara de ‘você sabe que não’ e sorriu.

– Depois eu te conto – ele disse.

– Não se intrometam – Ash riu.

Droga, eles já sabiam...? Ou não...?

Ele não tinha certeza, então é melhor deixar quieto. Com tempo a poeira abaixa.

Ash refletiu sobre o que ele ia fazer: será que estava certo?

Não queria soar como um idiota.

Não acredito que vou fazer isso...

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

MAS....., não seria tão fácil assim.

Seus olhos abriram como um flash de fotografia: num milésimo de segundo.

Ela nem teve como reagir, somente deixou escapulir um gritinho estridente, afastando-se.

Ele olhou-a atentamente sem mexer nenhum músculo sequer.

Dawn engoliu em seco e escondeu sorrateiramente as provas do crime.

Paul arqueou as sobrancelhas e contraiu a mandíbula. Não tinha ideia do que estava acontecendo, mas fazia cara de garoto mau de qualquer jeito.

Um longo período de tempo se passou – na cabeça de Dawn, claro – com um olhando para o outro. Pareciam duas estátuas.

– B-B-Bom dia, Paul – seu rosto pingava de suor.

Tudo indica que era por causa do ar condicionado quebrado, porém era fato que não era devido a isso.

– Na sua poltrona tem espaço suficiente. Saia de cima de mim – grunhiu irritado.

Não que fosse normal uma garota praticamente em cima de você e você acordar por isso: e ainda levou susto! Mesmo que não demostrasse fisicamente, porém por dentro gritou como uma menininha assustada.

– D-D-D-D-Desculpe, é que... é que...

Paul rolou os olhos.

– Não é o que você está pensando...

Ele olhou de modo incisivo para Dawn com esse comentário.

– O que estou pensando? – cruzou os braços.

Ela arregalou os olhos.

– Bem......... – fez uma pausa gigante. Possível estar pensando no que dizer, melhor, pensava no que dizer - v-você deve estar p-pensando que eu ia...

Uma voz ecoou pelo alto falante:

“Senhores passageiros, lamentamos pelo transtorno, mas por favor tenham calma. O problema, em um prazo de dez minutos, estará resolvido. Os senhores são de suma importância para nós, e, mais uma vez, nos desculpamos. Portanto, como forma de perdão, serviremos todo o cardápio gratuitamente. Obrigada pela atenção”

Dawn virou a cabeça para o lado, onde todos olhavam, e encarou a mulher loira aparentemente emburrada. Estava óbvio que era para ela, a única que fazia tempestade em copo d’água e reclamava de tudo.

– O show acabou. Cuidem de suas vidas, desocupados – ela disse arrogantemente.

Foi vaiada e logo em seguida a vaia foi aplaudida.

“Ainda bem que calou a boca” – ela ouviu em meio a um monte de sussurros paralelos.

Dawn sorriu, adorava um bate boca. Coisa de família, sabe. Puxou os genes quentes do pai.

– O que estou pensando?

O sorriso de dentes alinhados desapareceu.

OPS...

Tentou formar uma frase descente, mas só saírem palavras incoerentes.

Dawn deu uma risadinha sem graça e passou a mão pelos cabelos lambidos e azuis:

– Vou no banheiro - saiu tropeçando nos próprios pés caminho a fora.

Essa Dawn....

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Os caras chegaram à piscina e não encontraram nenhum vestígio de Misty e May. O jeito mesmo era esperar.

Uma grande piscina redonda repartida ao meio no centro do convés enfeitava o lugar, e no centro dessa divisão uma área circular cercada por muretas. Espreguiçadeiras de cores neutras espalhadas ao redor das piscinas eram o conforto do espaço.

Ao redor, na direita, uma grande área de alimentação ao ar livre. Avançando na direção oposta, uma deslumbrante pista de dança sendo enfeitada para a grande festa do comandante na noite seguinte.

– Muito relaxante... – Max estava deitado numa das cadeiras.

Sua pele ganhara um tom levemente bronzeado por causa do sol.

– Demais... – Brock concordou. Uma das pernas descasava sobre o joelho da outra flexionada.

Um grupo de garotas passa perto deles, cochichando umas com as outras. Elas olham fixamente para mais ou menos onde os três estão.

– Que gato, Lisa – uma delas diz para outra.

As garotas dão sorrisos charmosos, mandam beijinhos e parecem fazer topless.

– Que belezuras... – Brock se derrete.

Claro que não tiraram a roupa.

Não, elas tiraram as roupas, as roupas que usavam por cima do biquíni, seria o mais correto. Tirar as roupas por cima do biquíni não é indecente, não, oras! Você só vai entrar na piscina, não é?

Porém, as coisas mudam de figura quando você tira as roupas por cima do biquíni, fazendo poses sensuais. Aí já é diferente.

Até Max fica meio vermelho, elas são realmente lindas.

Isso ‘tá bom demais pra ser verdade.

Max olha para trás e se emburra. Sabia que não era pra gente.

Ele se chateou.

Por que?

Queria aquelas garotas para ele, claro.

O que?

Não, ele já é bem grandinho. Com quatorze já pode-se dizer que você repara no sexo oposto.

Elas são muito velhas pra você, cara. Tem que arrumar uma da sua idade!

De qualquer jeito, fazia muito mais sentido com essa pessoa:

– E aí, meninas? – Drew apareceu de repente.

Ele deitou-se na espreguiçadeira e continuou a beber seu coco encantadoramente.

Hoje o verdinho vestia sunga branca com detalhes pretos listrados nas laterais e uma toalha da mesma cor em volta do pescoço.

Elas gritam e vão a ele em um piscar de olhos, praticamente se esfregando: duas do lado e uma atrás. Ai como Drew adorava ser lindo!

Brock virou o rosto em irritação, Max suspirou entediado e Ash estava avesso a tudo mais uma vez.

Estava batucando o protetor solar no braço da espreguiçadeira e perdido em pensamentos, mesmo que a situação ao lado soasse como pessoas andando na rua de roupas fluorescentes, sim, ele não notou nada.

Uma insistente ideia os povoavam e se recusava a sair deles. A inusitada fantasia brotou assim que ele relacionou sol, água e uma piscina. Sentia o sangue ferver, a face corar e sensações estranhas percorrerem todo o seu corpo.

Pôs as duas mãos atrás da cabeça e viajou pelo seu ‘mundinho’

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Numa ensolarada praia da região de Kanto, Ash e seus amigos curtiam um brilhante dia de verão. O sol despontava no céu, os pokemons brincavam alegremente e risadas contagiantes ecoavam por toda a parte, partindo de algum lugar dentro d’água. Porém, o próprio Ash não desfrutava dessa diversão com os outros.

Ainda não.

Um maldito protetor solar o atrapalhava, em sua opinião.

ENTRETANTO, cá entre nós, isso é desculpa de mal perdedor. A culpa não era do protetor, e sim do Ash que se recusava a admitir sua derrota.

Mas o que diabos ele causou de tão mal assim?!

Quem?!

O protetor, ora bolas!

Na verdade, não é o mal que ele causou, e sim o mal que pode ser causado sem ele.

Vá a uma praia com um grupo de meninos e meninas que conhece há tempos e fique lá durante cinco horas. Depois dessas cinco horas, o que você pode afirmar ter acontecido?

Azaração? Pode ser.

Pegação? Quem sabe?

Zoação? Tenho certeza que sim.

Mais o quê? Não está se esquecendo de nada?

Iupi! Ponto para você que acertou!

Você estará provavelmente queimado de sol por ter ficado tanto tempo exposto a altas temperaturas.

E isso não é bom.

Ele tentava alcançar as costas e a parte posterior dos ombros, mas a situação estava no mínimo complicada. Além do mais, mal conseguia mover os braços devido a atividade intensa que havia praticado no dia anterior.

O motivo era uma aposta que Ash tinha perdido para Gary. Quem perdesse tinha de ficar um dia inteiro a serviço do Brad, madeireiro amigo dos dois há tempos que havia concordado em participar da brincadeira.

Gary armou de tudo para que seu amigo perdesse, e perdeu. Era seu aniversário de dezessete anos e ele queria dar um ‘presente’ à altura.

E foi nisso que deu: todo o corpo parecendo que caiu de um penhasco.

Não, não. Muito exagerado, não é?

Ok, todo o corpo fadigado seria melhor. E é melhor. Enfim...

Não conseguia cobrir integralmente a pele nessa parte do corpo, tentava, tentava, mas falhava. Também, todo doído do jeito que estava.

Tenho certeza de que até você não conseguiria.

Ash suspirou e desabou na areia abaixo do guarda sol, que para sua sorte fazia uma ótima sombrinha e o protegia de ser ‘torrado’ pelo astro rei.

Aí você me pergunta:

Mas por que ele não desiste logo de uma vez? Vai logo e deixa de frescura, cara! Não é não?

Não

Isso não é besteira, pera lá!

Lembrou-se do fatídico dia em que ficou tão queimado que sentia até a alma ferver, como num caldeirão. Tadinho, só sabia passar creme hidratante que na certa tinha validade vencida, porque nunca funcionava.

Que #$%¨& !!

Opa, Ash. Sem palavras de baixo calão, por favor.

Vamos aos fatos do porquê dele não se jogar de cabeça e o resto que se dane:

1º Algumas horinhas de exposição ao sol sem proteção eram o inferno na Terra para ele. Sua pele é mais sensível que as demais, o que a faz ficar mais queimada facilmente. O mais importante deles, sem dúvidas. Não é necessariamente uma frescura, pois envolve sua saúde.

Apresento-lhes os outros quatro motivos considerados por muitos ‘banais’, coisa de ‘mulherzinha’.

2º Quando ficava por um tempo virado de um lado, enjoava e queria virar-se para o outro, mas nunca conseguia.

3º Absolutamente odiava ficar empastado de creme hidratante. Que pegajoso! Mas pelo menos ele não podia se queixar sobre duas coisas;

3.1. o cheiro do creme da sua mãe não era ruim no final das contas.

3.2. esse subponto vocês vão conhecer mais a frente, mas se assemelha ao o que 99,99% da população sabe neste momento.

4º Não dormia direito, pois alguns movimentos eram quase que proibidos.

5º Passou por várias situações embaraçosas, coisas que prefere não relembrar. (N.A. use sua imaginação!)

Aí você junta todos esses fatos a estar totalmente quebrado.

Entende agora porque não entra? Notoriamente sim.

Isso não é desculpa de ‘mulherzinha’.

Chega de dor, ó céus!

Eu podia pedir para os outros me ajudarem, mas ‘tá todo mundo dentro dágua, não quero atrapalhar. Quando saírem, talvez.

Sobre a canga estava sentado em uma posição semelhante a uma flor de lótus e parecia suspirar a cada segundo.

Uma ideia, no entanto, veio à cabeça.

Olhou para os lados a procura de Pikachu, que ele sabia que estava fora da água e podia ajuda-lo.

Porém não sentia nenhum sinal dele muito menos Togepi, que Misty havia deixado com tomando conta.

– Cadê eles? – perguntou para si mesmo.

Misty andava preocupada pelas quentes areias da praia. Procurara para cima e para baixo por Togepi, mas não o encontrava de jeito nenhum.

Estava tendo um ataque de nervos! Togepi é muito importante para ela, não poderia imaginar nada de mau acontecendo ao seu pequeno amiguinho.

Pikachu não estava cuidando dele? Onde é que eles foram?

Ela vê Ash sentado na areia num dos guarda-sóis do grupo e decide avisa-lo, afinal, Pikachu também estava sumido. Seu treinador deve saber.

– Ash – ela chama.

Ash a cumprimenta e chega para o lado para que Misty também pudesse sentar.

– Onde estão Togepi e Pikachu? Eles sumiram completamente – disse aflita.

Misty aperta com força o braço de Ash, que imediatamente estremece de dor. Ela lhe pede desculpas.

– Não sei. Mas fica calma, se o Pikachu ‘tá com ele pode ter certeza de que o Togepi está bem – Ash sorri confortando-a – ele é uma boa babá.

Misty olha para baixo, dando um pequeno sorrisinho em agradecimento

– Por que você está aqui nessa areia quente? Vamos tomar um banho de mar... – ela puxa suas mãos.

Ash suspira, deita de costas e lhe conta toda a situação que insistia em encher o saco. Mas faz acidentalmente um movimento que estava na lista de movimentos proibidos.

O resultado?

Dor.

– Deixa eu te ajudar então. Aí a gente procura junto – se ajoelha atrás dele.

Ela espreme o tubinho e espalha por toda costa e ombros.

Que mãos macias.

– Ai – Ash exclama.

– Desculpe. Forte demais – ela ri – sua pele é sensível, né?

Misty desce suas mãos até a parte inferior e vai subindo lentamente com movimentos circulares.

– É um saco isso – ele suspira em resposta à massagem

Que sensacional.

Eu não me importaria de ficar mais um pouquinho...

– Você tem certeza que passou isso direito? ‘Tá mal passado, Ash – um pequeno riso escapa dos lábios dela.

Misty dessa vez fica de frente e espreme mais um punhado. Ela vai espalhando por toda área do peitoral, fazendo o mesmo de anteriormente.

– E-Eu acho que posso fazer isso sozinho. O-Obrigado pela ajuda – Ash cora cinco tons de vermelho.

Não era a massagem em si que o fazia ficar vermelho, mas sim a proximidade. Estava muito além da sua área de conforto.

Misty o encara por alguns segundos. Ash engole em seco e sente seu coração parar.

Ela sorri e o ignora.

Claro que no bom sentido.

O que ela está fazendo? Eu acho que posso fazer isso sozinho.

– Er...

Ele finalmente percebe a situação na frente. Meio tarde demais para desfazer, mas percebe.

Isso não era mal depois de tudo.

Que enormes.....

Ele só faltava babar.

À medida que se aproximava, peitos enormes aproximavam-se do seu rosto. Eles balançavam de um lado para o outro com os movimentos realizados por Misty e seriamente atraiam sua atenção.

Ash podia ver as gotinhas d’água que pingavam uma por uma da parte de cima do biquíni azul e em como os seios suados roçavam uns nos outros delicadamente.

Mordeu os lábios e fez o máximo para não olhar. Ele virou o rosto para o lado tentando não ser tão pervertido, mas novamente foi capturado pelos ‘melões’.

Eram gigantes...

Oh meu Arceus!

‘Tô nem aí...

Uma vozinha falava ao fundo. Efeitos de som profundos.

GRANDES...... PONHONHOEM

GRANDES...... PONHONHOEM

GRANDES...... PONHONHOEM

E ENORMES...... PLOFT PLOTF PLOFT

ENORMES...... PLOFT PLOFT PLOFT

ENORMES..................................................................................................................

........ OH YEAH

........ OH YEAH

......... OH YEAH

–ENORMES?!

– AHHHHHHHH MAMÃE??!!

– O que é ENORME, Ash Ketchum?!

– AHHHHHHHHHH EU NÃO QUERO MORRERRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR. SOCORROOOOOOOO!

– ASH!!!!!

– Socorro, socorro!

– Minha mãe!

– A Misty!

– Eu!

– ENORMES!!!

Ash se levanta em um solavanco respirando loucamente. Olha ao redor e vê todos o encarando confusos.

As meninas haviam descido, Misty e May, e estavam acompanhadas de Dawn, que encontraram por acaso e pararam para bater papo.

‘Tá aí o motivo da demora.

E os caras -- Drew, Max e Brock – olhavam-o torto.

Pikachu gargalhava ali ao lado e não se aguentava em pé e Togepi se contagiou com a alegria do rato amarelo.

Gotas escorriam pela face de Ash.

– O que que é grande, Ash Ketchum? – Misty sorriu, cruzando os braços desafiadoramente – ouvi meu nome, sabe...

– Né nada não... – riu sem graça e coçando a cabeça.

– Sei não...., eu não acredito – Max pôs os óculos na cabeça.

– Também não. Fala o que é, Ash – Brock argumentou.

– Conta – Dawn se intrometeu – conta, conta, conta, conta...!

– Sem zorra – May advertiu.

– Como se você fosse exemplo pra alguma coisa – Drew mexeu no cabelo.

– Cala a boca, senhor rosa – ela aumentou a voz.

– Ei, falem mais baixo – Brock tentou apaziguar o pessoal.

– Não meta o nariz onde não é chamado – May levantou as sobrancelhas.

– Que grosseria. Não fale assim com ele. – Dawn defendeu.

– É, concordo – Misty disse.

– Também – Drew aderiu só para irrita-la.

– Mas eu nem disse nada de mais. Eu só disse que...

– Gente!

– Não tem perdão – Misty sorriu.

Era claro que estava todo mundo apenas brincando.

– GENTE!

– Sem mas – Dawn disse.

– Tinha que ser a May... – Drew disse.

– Olha aqui, Drew, eu juro que vou...

– GENTE!!!

– O QUE?? – gritaram em uníssimo.

– Até que enfim, hein?! – Max se recompôs – deixaram o Ash fugir. Cadê o Ash??

Quando o nome Ash saiu da boca dele, prestaram atenção e perceberam que o malandrinho escapuliu de fininho.

Já era tarde demais, Ash já estava a milhas de distância:

Mas é claro! Nunca que contaria a eles aquele sonho doido, ou melhor, pesadelo doido: uma mistura do que vira uma vez, suas fantasias malucas, uma história que mais parecia a realidade e sua mãe querendo bater nele.

Caramba, era tão real que ele sentia que estava numa praia, tinha pele sensível – o que é mentira - e que tudo aquilo aconteceu, até trabalhar no dia do seu aniversário e ficar todo quebrado.

O real acontecido foi que um dia ele viu uma cena parecida a do sonho e soltou que faria isso na Misty perto de Pikachu, por isso ele sabia.

Era tudo mentira, mas bem que podia ser verdade...

Ó que vida cruel...!

Será que ele ainda tentará uma coisa dessas novamente?


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler até aqui, até a próxima!



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