Hurricane escrita por Moriah


Capítulo 5
5. It's Time


Notas iniciais do capítulo

Demorei? Muito.

Por quê? Tenho várias desculpas cabíveis, mas a mais sincera é falta de vontade.

E agora? Eu espero que vocês consigam me perdoar, eu sei que isso não é legal.

A partir de agora? Vou dar o melhor de mim para não deixar vocês na mão.

Os leitores? Bem, pela minha demora imagino que perdi boa parte.

Aos que ainda estão aqui? Eu amo vocês de todo o meu pequeno e inútil coração ♥

Sobre o capítulo? Admito que não é muito TCHAM, mas o próximo vai ser melhor.

O próximo capítulo? Bem, vai ser o jantar da America com toda a familia de Maxon.

E agora nesse exato momento? Eu vou deixar vocês em paz para lerem enfim o capítulo.

Ah! A música do capítulo? It's Time - Imagine Dragons



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617639/chapter/5

— Garoto idiota olha o que você fez! — America grita irritada, não dá para acreditar que aquilo está acontecendo com ela. — Você é cego? Não olha por onde anda? Seu imbecil!

— Olha aqui tia, como eu ia saber que ‘ce tava entrando no mesmo lugar que eu? Nunca te vi aqui! Deve ser a nova empregadinha sem respeito! — Ahren fala puto de raiva e preocupação, Maxon ia matá-lo.

—_________________________________

Alguns minutos antes:

America estaciona na frente da § — Sanity of Schreave (o que é um tantinho irônico já que é uma empresa de bebida alcoólica, mas deixemos isso em off) — extremamente nervosa.

Entrou pelas portas e respirou fundo antes de andar para uma das secretárias.

— Oi, bom dia. — America fala gentilmente, já havia trabalhado de secretária para pagar a faculdade e odiava pessoas mal-humoradas, então sempre trata secretárias e atendentes com um sorriso. — Poderia me dizer qual o andar do Sr. Schreave?

— Bom dia. — a secretária responde sorrindo. — Poderia me dizer quem deseja? É a primeira coisa que a secretária de lá vai perguntar. — ela se justifica.

— É... — America começa, mas é interrompida por uma voz que vinha de trás dela.

— A ruiva, você seria America Slinger? Ginger? Singler? Como é mesmo...? — Clara se enrola.

— Singer. — America responde se virando surpresa.

— Como ele não reparou nisso? — Carla murmura mais para si mesma do que para America.

— Oi? — America pergunta fingindo não ter ouvido.

— Olá, sou Carla Luca, secretária titular e secretária oficial de todos os Schreave, apesar deles terem secretárias pessoais, eu sei de tudo, eu vejo tudo e eu ouço tudo. — Carla estende a mão e meio receosa America aperta.

— Bem, sou apenas America Singer. — America dá de ombros envergonhada.

— Não por muito tempo, Maxon não está, porém ele mandou eu lhe dar o endereço de onde ele se encontra exatamente agora. — ela fala formalmente, tirando a parte em que chamou o Maxon de Maxon, como se não fosse o chefe e sim um amigo.

America pensou que talvez eles se pegassem, já ouvi falar muito da fama do Schreave. É, talvez. Afinal do que importa mesmo?

— E esse endereço é exatamente o quê? — America pergunta pegando o pedaço de papel onde um endereço estava rabiscado que Carla a alcançava.

— É endereço da casa do Sr. Schreave e na Sra. Schreave. Pais de Maxon. — Carla explica.

— Ok e ele acha que eu vou à casa dos pais dele? Brincadeira... — America esbraveja encarando o pedacinho de papel.

— Exatamente. — Carla fala piscando. — Venha, vou te explicar algumas coisinhas sobre a família Schreave.

Carla começa a andar balançando seus cabelos de um ruivo não natural, mas que combinava muito com ela, mas parou de repente e se virou para a secretária que tinha atendido America.

— Ei, Lyssa, America pode entrar direto para o meu andar sem precisar de autorização, certo? — Carla pergunta.

— Claro.

— Não esqueça dela. — Carla avisa.

— Como esquecer uma ruiva dessas? — Lyssa pergunta encarando America.

— Agora eu fiquei com ciúmes. — Carla fala fingindo estar magoada.

America permanecia quieta tentando assimilar tudo aquilo.

— Sabe que você mora no meu coração. — Lyssa pisca.

— Sei, sei. A propósito, ‘tá gatona hoje. — Carla fala piscando.

— Ui, ui. — Lyssa brinca. — Você também Carla.

Carla ri e para de frente para America, a analisando minuciosamente com seus olhos verdes esmeraldas.

— Você também ‘tá gatona. — Carla fala e America ri sem graça. — Me siga.

***

Maxon estaciona e conta os carros que ali estavam, falta apenas um, onde havia se metido Ahren?

Sem pensar duas vezes Maxon pega o celular no bolso e liga para o filho.

— Em que caralho você se meteu, Ahren?

— Calma ai Maxon, eu to no caminho, só que peguei uma hora de pique.

— Hora de pique? HORA DE PIQUE? Você quer me enlouquecer?! Eu quero você daqui a vinte minutos estacionando a merda do seu carro nessa garagem, você entendeu?

— Agora eu estou com medo, o que houve? Você ‘tá muito estressado, relaxa velho.

— Eu vou matar você! O que aconteceu? Você apenas... Apenas... Apenas... Arg! A Leah? Sério? Ahren ela nem era bonita! O que eu faço com você? Adivinha quem vai ter que achar uma babá para seus irmãos?

— A Clara.

— Não, seu imbecil, eu! EU! EU MAXON SCHREAVE VOU TER QUE ARRANJAR UMA BABÁ PARA SEUS IRMÃOS! Por sua culpa, você que devia passar por isso.

— Pega um loirinha peituda dessa vez pai. — Ahren fala para irritar o pai.

— Eu vou pegar é um homem!

— Não faz isso comigo...

— Você ainda tem 10 minutos.

Maxon desliga o telefone e respira fundo, precisava se acalmar, talvez a ruivinha aceitasse o emprego. Mas e se não aceitasse?

— Olha, não que eu me importe, mas o que você está fazendo aqui fora? — Kenna pergunta para Maxon, parando ao seu lado. — Mamãe achava que você não ia vir, mas papai disse que se você não viesse ia te buscar pela orelha.

— Ele está aqui? — Maxon pergunta para a irmã.

— Está, com um incrível bom humor. — Kenna murmura. — Fiquei sabendo o que houve com Leah e o Ahren, sei que boa parte da culpa é minha, então eu queria me desculpar. — ela dá de ombros. — Eu odeio que você fique bravo comigo. Percebe como nós estamos distantes? Fala sério eu era a princesinha e você era meu guarda costas pessoal, ninguém se aproximava de mim, nem um garoto sequer. Eu gostava disso. Eu dizia que não, eu dizia que te odiava, lembra? Deus, a gente brigava por qualquer coisinha mínima. Hoje nossas conversas não passam de “Oi”. Seus filhos estão convivendo como estranhos na própria casa. Ahren simplesmente odeia a irmã gêmea. Eadlyn tomou o papel de mãe para si. Papai é quem faz o papel de pai para os seus filhos. Seus filhos se odeiam, é como se eles fossem simples colegas e não irmãos.

— Kenna... — Maxon começa suspirando.

— E a culpa é nossa. — Kenna o interrompe. — Minha. Sua. Da mamãe e do papai. De Eloise. Todos nós somos culpados. Mas seu filho tem 18 anos. 18 anos, Maxon.

— Estou tentando me acalmar, então, por favor. — Maxon pede murmurando.

— Maxon porque você não procura alguém? — Kenna pergunta carinhosamente.

Maxon olha para o chão.

— Olha para mim Max. — Kenna fala seriamente. — Você é incrível, quando quer ser é claro, tem dinheiro, filhos lindos, uma família enorme. — ela brinca o fazendo rir minimamente. — Tem um senso de humor um pouco baixo.

Ele continua em silêncio e então Kenna continua:

— Eu conheço o meu irmão mais velho, o que brincava comigo, me tirava da areia e me jogava no mar, lembra? Eu me lembro dele. Lembro das minhas amigas suspirando por ele, lembro de como ele sempre foi o assunto mais falado no banheiro feminino, lembro de pegar várias mesas com o nome dele escrito e vários corações desenhados em volta, eu lembro, lembro de verdade, lembro de como o achava lindo e por ter a grande sorte de conviver com alguém tão incrível. Você é rico, lindo e sexy, fora que lá no fundo tem um coração de ouro, só tem que ser polido sabe. Que mulher não gosta disso? Acho que no fundo todas sonhamos em encontrar um cara que seja incrível e lindo, mas que não saiba disso, sério, é o sonho de toda a garota, conhecer alguém que não faz idéia de quão maravilho é.

— Acontece que eu não sou. — Maxon murmura.

— Eu sei que vai aparecer alguém Maxon, alguém que vai ficar com você, para sempre e eu sei que você vai ser burro ao ponto de deixa ir embora como deixou todas as outras, por isso guarde bem esse favor que eu te devo para quando isso acontecer. Eu só espero que essa mulher não demore muito para chegar...

— O que deu em você, hein? — Maxon fala descontraidamente. — Quem é você e o que fez com a minha irmã que só se importa em gastar?

— Dói um pouquinho. — Kenna murmura. — Ser isso. Exatamente isso. Sabe, apenas a garotinha do papai que não cresceu e que só sabe esbanjar. Que não sabe nem fritar um ovo.

— Mas você sabe fritar um ovo. — Maxon fala confuso.

— Mas as pessoas não sabem disso. — Kenna murmura. — Elas me vêem como uma mulher que não cresceu. Uma adulta imatura.

— Eu vejo você como uma mulher... — Maxon começa. — Que cresceu, caiu e se machucou, e que ao contrário da maioria das pessoas ao invés de se tornar fria, resolveu se tornar alguém que simplesmente aceita o que vier, que acha o céu bonito em um dia de tempestade, que vai ver o lado bom da situação até quando alguém morrer na sua frente. Eu vejo uma mulher que sabe ser séria quando precisa, mas que lá no fundo entende que a vida é irônica demais para você não se permitir a pequenas loucuras. Eu vejo uma pessoa que mesmo tendo seus próprios problemas conseguiu manter a alma jovem intocada e segura, sempre viva. Eu vejo a minha princesa. Que se tornou uma rainha. E que é a inspiração para a minha filha. Então por favor, Kenna nunca deixe de ser você. Você é incrível por isso.

— Vou borrar minha maquiagem. — Kenna funga. — Eu amo você.

— Por mais inacreditável que isso possa parecer. Eu também amo você. — então ele a puxa para um abraço desajeitado.

— Eadlyn está se sentindo culpada. — Kenna murmura. — Está acontecendo alguma coisa e acho que está na hora de você ser pai dela. De verdade.

— Eu dou um jeito.

— Ela não é uma papelada ou um funcionário, você não pode dar um jeito. Ela é sua filha. Ela é como a mãe Maxon, Elayna nunca se abria tão facilmente, e convenhamos, sua filha não confia em você.

— Eu vou ajeitar isso, tá legal?

— Certo, venha. Eloise está contando umas historias engraçadas. — Kenna fala se soltando do irmão e indo em direção a casa.

Maxon fica um tempo olhando para o nada. Ele poderia jogar tudo para o alto e não ter problema algum, e parando para analisar os problemas dele são fúteis e insignificantes, mas ainda assim ele se sente sufocado, como se só conseguisse ver uma parte do problema e não todo ele. E ai está: ele odeia essa sensação.

***

Clara havia ajudado bastante America a entender mais um pouco mais sobre as ex-mulheres do seu futuro chefe. Assim que se decidiu de Lyssa e Clara, America entrou no carro e seguiu caminho em direção a casa dos pais de Maxon, quem ela estranhamente teria que chamar de Sr. Schreave. O caminho por incrível que pareça foi calmo e rápido, tudo ocorreu quase perfeitamente bem, até aquele projeto de Maxon Schreave versão playboy bater aquele carrão no pobre carrinho de America. A pior parte? Estavam no portão da casa dos avós dele. Ah, sim, Deus olhou lá de cima e pensou “hora de deixar isso mais divertido” e a fez bater em Ahren Schreave no portão da casa dos avós dele.

Aleluia.

Amém.

— Escuta aqui garoto, você me respeita! Nova empregadinha é sua vó! Respeito é algo que nunca sai de moda e adivinha? Eu gosto. — America liga o modo hardcore da estupidez e ironia.

— Ahren, o pai está vindo e cara, ele não está de bom humor. — um garoto entre 9 e 11 anos aparece no portão, com cabelos pretos mais comprido do que os garotos geralmente tem com olhos azuis reconhecidos de longe. — O que...?

O garoto dá meia volta e vê America parada ali.

— Você está morto, Ahren. — o garoto murmura.

— Não! Sério? Me conta uma novidade agora, Osten! — Ahren exagera no sarcasmo.

— Osten! — uma voz grave soa ao longe. — Ahren?!

Logo a figura loira e alta de Maxon Schreave aparece ali na entrada.

— Que cheiro de fumaça...? — ele olha para os dois carros e então encontra os olhos de America.

Em um ato involuntário America levanta uma sobrancelha.

— Ruiva! — ele fala animado, como se America tivesse salvado seu dia. — Esse é o seu carro?

— Não. Isso é o que sobrou dele, porque seu filho em ataque de surto resolveu descontar as frustrações da vida no meu carro. Eu não quero nem saber como, mas você vai me dar um carro novo.

— O seguro cobre isso. — Maxon fala divertido.

— Acontece que nem eu, nem meu carro somos desse país, seu imbecil! Meu seguro não cobre algo que acontece em outro país que não o Brasil! — America explode.

— Pai, quem é ela? — Ahren pergunta para Maxon como se America não estivesse ali.

— ALGUÉM MUITO MAIS REPONSÁVEL QUE VOCÊ, SEU GAROTO IDIOTA! VOCÊ TEM IDADE PARA ESTAR DIRIGINDO? VOCÊ... VOCÊ... VOCÊ! — America grita para Ahren.

— Essa é America Singler, nova babá dos seus irmãos. — Maxon responde para o filho.

— Meu nome é Singer. Singer. Singer. Tente gravar ao menos isso!

— Caraca tia, você não tá em um bom dia, né não? — Ahren pergunta para America.

“Caraca”.

Deus, há quanto tempo America não escuta isso.

— Certo. — America respira fundo várias vezes.

— Eu realmente não a quero como minha babá. — Osten fala para o pai.

— E eu realmente não quero conviver com você e sua família esnobe. Mas quem disse que a vida se baseia no que a gente quer? — America fala se abaixando na altura de Osten.

— Você só tem 10 anos, Osten, quem escolhe quem vai ser sua babá sou eu não você. E Singer, espero o mínimo de respeito da sua parte quando se referir a minha família.

Respeito?! — America murmura sem acreditar.

— Você veio aqui para aceitar o emprego eu imagino.

“Não, vim te desejar um bom dia.” America pensa em responder.

— Era a intenção. — America concorda.

— Ainda vai aceitar? — Maxon pergunta tentando não soar desesperado.

— Vai me dar um carro? — America pergunta.

— Um carro? Você não vale tanto! Fala sério, é só mais uma babá. — Ahren fala para o pai.

— Tem razão, sou só mais uma babá. — America concorda. — Tudo o que posso desejar é boa sorte para você encontre alguém que realmente agrade todos os gostos da sua casa. — ela fala para Maxon. — Foi bom conhecer você Osten.

— Singer... — Maxon chama a ruiva assim que ela se vira. — Espera, eu... Droga, te dou um carro novo.

— Eu tenho dó de você. Façamos um trato: se aguentar um mês no meio dessas crianças e continuar no emprego, você me dá um carro. — America dá de ombros.

— Gostei disso. — Maxon fala concordando. — Temos um acordo.

— Otimo, começo hoje? — America pergunta olhando em volta.

— Mas especificamente agora. — Maxon fala. — Ahren, leve Osten. Vou explicar como funcionam as coisas por aqui para America.

Irritada Ahren pega Osten pelo braço de um jeito bruto e começa a arrastar o irmão para dentro do portão.

— É desnecessário. — America fala se virando para Maxon. — Clara já me explicou tudo.

— Ótimo, essa é a casa dos meus pai e estamos em um jantar, como babá das crianças você se sentará entre minha filha mais nova e Osten. Vou te apresentar meus pais e meus irmãos, ao menos tente esconder sua surpresa quando descobrir quão chatos e idiotas conseguem ser.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hey, como estão anjos?
Vim aqui para pedir desculpas pela demora e principalmente pelos erros de português e gramática que devem estar chovendo nessa capítulo, mas relevem já que eu acabei de terminar ele e postar, nem corrigi.

Twitter: https://twitter.com/Fubies

Ask: https://ask.fm/Fubies

Spirit: https://spiritfanfics.com/perfil/mr-bean