Quando a vida virtual se torna real escrita por Júlia


Capítulo 1
Jogos Vorazes?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Bom, essa não é a primeira história que eu posto aqui, mas estou bastante animada com ela. Espero que gostem!



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Acorda. Vamos. Primeiro dia de aula. Vai. Acorda.

—Camila! Acorda! Vai se atrasar pra aula! – Gritou minha mãe da cozinha.

Abri meus olhos, lentamente e bocejando em seguida.

“Merda. Primeiro dia de aula. Adeus férias. Olá terceiro ano!”

—Camila! Não vou chamar de novo! Vou embora com ou sem você! Você tem 10 minutos!

—To indo mãe!

Me levantei, cambaleando de sono, e fui em direção ao banheiro. Escovei meus dentes, sem tempo para um banho, e corri para o quarto colocar o uniforme, meus jeans e meu Vans cinza.

Me sentei na penteadeira, escovei meus cabelos loiros e passei minha base (juntos com corretivo, lápis de olho e máscara de cílios).

—CAMILA!

Agarrei minha mochila e sai correndo para a garagem onde minha mãe me esperava no banco do motorista com o motor ligado.

—Que horas você foi dormir ontem? –Me perguntou assim que adentramos na rua.

—Cedo mãe. –Menti.

—Cedo, claro. Tem dinheiro pro lanche?

—Tenho R$2,00.

—Tem R$5,00 no porta-luvas. Vai querer que eu te busco?

—Não sei, eu te ligo qualquer coisa.

—Ok.

Chegamos na esquina do colégio, onde minha mãe sempre me deixava, pois fica no caminho pro trabalho dela (produtora de eventos).

—Tchau, boa aula, até mais tarde

—Até mãe, obrigada. Bom dia e manda um beijo pra Carlinha.

Dei um beijo na minha mãe, peguei minha mochila, abri a porta e desci do carro.

Virei a esquina e desci até o portão principal do colégio. Colégio Marista.

“É, senti falta da escola.”

—Milla!!!!!!

— Amandita!!!!

Sim, somos duas retardadas que ficam gritando pela escola.

—Que saudade! Faz um século que não te vejo! –Ela me disse assim que parou de me sufocar no abraço.

—Eu sei! Tipo, a gente nem ficou acordadas até tarde sábado na rua!

—Né!

Risos de empestiar a escola.

Subi as escadas até minha classe e escolhi meu lugar (primeira carteira da fileira do meio, adoro irritar os professores). E quando eu digo irritar eu não quero dizer ficar enchendo o saco deles, mas irritar mesmo.

Por exemplo: meu professor de História, Tiago, tem 24 anos, novo né? Ele era nosso professor substituto, mas todos os alunos que tiveram aulas com ele melhoraram bastante as notes na matéria, então a diretora contratou ele. Enfim. Ele é o professor que mais sofre bullying na minha mão.

Eu tenho o terrível costume de me sentar na mesa dos professores (legais! Tiago- História, Pluto- Química, Júnior- Literatura, Fábia- Artes, Ricardo- Inglês, Matheus- Geografia, Renata- Física e Milena- Matemática) durante as aulas deles. Um dia, durante a aula do Tiago, ele estava passando a matéria pra gente copiar aí quando eu terminei eu fiquei sem nada pra fazer... Estava com os cadernos lotados de adesivos, nunca uso, canetas coloridas, tinha usado na aula de artes, e o “diário de classe” dele estava do meu lado. Bom, ele estava no fundo da sala conversando com meus colegas e eu lá sem fazer nada com todos esses materiais... Sim. Eu personalizei o diário de classe dele!

Quando a aula terminou eu voltei para o meu lugar como se nada tivesse acontecido e ele estava voltando para pegar suas coisas, ele ainda não tinha visto. Quando ele viu apenas sorriu pra mim e disse pra eu fazer o mesmo com o diário das outras classes. Sim, ele fez isso. Ele é tipo... O melhor professor do mundo!

Sempre que não tenho dinheiro pro lanche ele paga pra mim, ou quando passa perto de mim com um lanche intacto é roubado pela minha pessoa. Sim, faço isso com ele e não, ele não reclama. Tá bom... Ele reclama um pouco, mas eu corro dele, então...

Enfim, depois que coloquei minha mochila no meu lugar de sempre fui direto para a lousa.

Ano passado eu tive a ideia de escrever na lousa (Ou quadro-negro. Nunca entendi isso! Ou é verde, ou é branco... Nunca vi uma preta! Enfim...) “Lembre-se de quem é o inimigo.” A frase de “Em Chamas”, o segundo livro da série “Jogos Vorazes”. A gente tava no segundo ano, então meio que encaixou... Agora você pensa que eu parei por ai? Mas é claro que não!

Depois de terminar na minha sala eu fui para o primeiro ano, onde escrevi “E que a sorte esteja sempre ao seu favor.” De lá, fui para a sala do terceiro “A guerra é mais voraz que qualquer jogo.” Eu acho que super encaixou! Tipo, pensa...

No primeiro ano é meio que uma nova etapa da sua vida começa, você sobe um andar na vida (por assim dizer) então meio que a gente tem que desejar sorte para o pessoal que está indo pro primeiro.

No segundo ano você já tem que começar a ter uma ideia de que você está crescendo e tem que focar no colégio, ter uma ideia de faculdades, mas uma ideia reforçada no que você vai querer. No segundo colegial você não pode dar mole. Tem que ser firme.

E no terceiro... Preciso dizer? Guerra – Faculdade... Já é pra se ter uma ideia não é?

—“A guerra é mais voraz que qualquer jogo.” Bom dia Milla. –Disse Léo entrando na sala e me cumprimentando com um beijo no rosto.

—Bom dia Léo! Sono? –Perguntei observando que ele viera de pantufa na escola.

—Muito. To dormindo ainda. –Ele me respondeu e em seguida bocejou.

—É, percebi. Vai lançar uma nova moda? –Disse isso e apontei para suas pantufas.

—Mano! Eu to de pantufa! –Disse não acreditando no que via. – Ainda bem que eu lembrei de colocar a calça. –Não aguentei e soltei uma gargalhada que acordou ele.

—Vou na lousa do segundo ano e você vai pro primeiro okay?

—Okay Gus. (A culpa é das estrelas)

—Sem pulos hoje Camila? –Disse dona Cátia, diretora do colégio.

—Ah, bom dia dona Cátia. Hoje eu ainda não tive tempo, estava escrevendo nas lousas do colegial...

—Hahaha ah sim! Como sempre. –Sinal. – Enfim, hora de entrar na classe. Tenha um bom dia!

—Obrigada, a senhora também. – Disse isso e fui pra sala onde o Tiago já estava sentado na mesa, literalmente na mesa.

—Bom dia dona Camila!

—Bom dia professor Tiago!

—Senta aqui, eu peguei o diário das classes que vou dar aula esse ano pra você “personalizá-los” pra mim. Pode começar.

—Você sabe que eu vou começar a cobrar por isso né?

—Eu pago lanche pra você por um mês.

—Vou pegar os colantes.


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