I'm happy escrita por Thaís Romes


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Então, essa one foi um pedido especial da minha amiguinha Catarina, e bom, como ela me pede chorando e eu faço sorrindo ai está a fic. Cat, espero que seja no minimo um pouquinho do que esperava, e que se divirta com a leitura, de verdade.
E galera, espero que vocês também gostem, teria mais coisas que poderiam entrar, mas temos até outubro para criar nossas histórias, mais virão!
Boa leitura.



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COAST CITY

FELICITY SMOAK

Era algo perto das oito horas da noite, e nós ainda dirigíamos, bom, Oliver dirigia, eu tagarelava. No fundo tudo é tão perfeito, tão surreal, que fico esperando que algo aconteça, que o telefone toque, e nos obrigue a dar meia volta. Oliver parece perceber minha apreensão, pois coloca sua mão direita sobre a minha, e acaricia de leve, com seus olhos na estrada, mas um sorriso permanente nos lábios. Ele estava feliz, isso me faz ainda mais feliz.

-Vamos parar em um hotel, acho melhor continuar a seguir viajem amanhã. –ele diz.

-Acho sensato, com a nossa sorte pode ser que o carro derrape. –solto por impulso e escuto um risada o escapar.

-Não posso discordar disso.

Por mim poderíamos ficar em um hotel de beira de estrada, não estaria mais segura em qualquer outro lugar no mundo, mas Oliver insiste em algo mais “decente” palavras dele. Sinceramente, pouco me importa, só o que penso é na sensação de acordar a seu lado. Não consegui dormir na noite anterior, o que foi bom, pois consegui adiantar o que era preciso para Ray, e entregar meu cargo sem nenhuma pendência, depois liguei para minha mãe, apreensiva para lhe contar o desfecho da minha história, ou parte dele. Claro que a apreensão foi completamente em vão, ela deu um grito do qual até agora consigo escutar o eco, e disse que sabia que o escolheria, depois perguntou quanto de gordura corporal Oliver tem no corpo, foi quando percebi que já era hora de dar tchau.

Encontramos uma pousada ainda aberta, ela era charmosa, preciso confessar. Estacionamos e Oliver se adianta para abrir a porta do passageiro para mim. Aceito sua mão estendida em minha direção e saio do carro sorrindo, realmente, ele se tornou algo novo, e melhorado.

-Devemos usar nomes falsos? –pergunto enquanto ele pegava nossas malas.

-Felicity, estamos começando uma vida, não fugindo. –diz dando dois passos em direção a pousada, mas não consigo sair do meu lugar.

Okay, eu sei que toda a idéia é baseada nisso, mas o ouvir dizer essa frase com tanta naturalidade, fez meu coração bater acelerado. Ele deixa as duas malas no chão e volta em minha direção, acho que meus queixo ainda estava caído, ou meus olhos esbugalhados, pois ele dá risada assim que me vê. Sinto suas mãos em meu rosto, ele acaricia como se fosse frágil demais, precioso demais, acho que vou acabar chorando se continuar assim.

-Está assustada? –pergunta erguendo uma sobrancelha, apenas nego balançando minha cabeça, com o sorriso bobo que ele sempre me desperta. –Cansada? –maneio a cabeça em duvida, não sei direito o que um sim me faria perder. –Está feliz?

-Como nunca estive antes. –a resposta sai depois de um longo suspiro, seus olhos brilham e o vejo se inclinar em minha direção.

Fecho meus olhos antecipando o beijo, mas seus lábios tocam minha testa, depois os dois lados do meu rosto, a ponta do meu nariz, e por fim um selinho carinhoso em meus lábios. –É tudo o que sempre quis para você. –repete o que disse no casamento dos Diggles, mas dessa vez não tinha nenhuma dor contida em sua voz, o sorriso não era para me agradar, o meu não era para agradá-lo. –Está pronta, ou precisa de mais um minuto?

-Não vacilei por não estar pronta para entrar, te ver sem camisa ainda é meu passa tempo preferido. –okay, foi mais informação do que deveria nessa frase. Fecho meus olhos constrangida, passando a mão por meus cabelos, mas acho que Oliver não se abala mais com minhas declarações. –O que quero dizer, é que foi a primeira vez que disse com todas as letras que estamos começando uma vida. –ele me olha com o mesmo sorriso bobo que se tornou permanente em seu rosto.

-Disse isso ontem, na frente de todos os nossos amigos, um inimigo e seu ex namorado.

-E sua esposa! –o lembro ele solta uma risada, olhando para o céu estrelado sobre nós. –Mas foi diferente. –mordo meu lábio. –Sabe que foi. –Oliver beija novamente meu rosto, próximo a meu ouvido.

-Preciso te levar para dentro, agora. –sussurra fazendo todo meu corpo arrepiar em resposta a sua voz rouca.

Fecho o carro e ele coloca sua mala de alça em seus ombros e arrasta a minha, que era de rodinhas, para me dar a outra mão que estava livre. Fazemos check-in com nossos nomes reais, como um casal, de verdade mesmo. Nada de planos, seringas, pessoas perigosas a nossa procura, apenas nós dois. O quarto era lindo, com paredes de um amarelo claro, uma cama satisfatoriamente grande, um banheiro simples, mas quem se importa? E uma porta dupla que dava para uma pequena sacada, com uma mesa redonda de madeira branca.

Escuto a porta se fechar e olho em direção a Oliver que agora não tinha reservas na forma que me fitava. Algo que descobri a pouco tempo, meu novo namorado aparentemente é o homem mais controlado do mundo, ao menos quando está em publico. Me sinto nua sob seus olhos, fixos nos meus, aquilo era diferente do olhar cheio de amor em seu rosto, esse que ele não se importa mais em esconder a um longo tempo. Agora não era todo esse amor apenas, era desejo, paixão, e mais coisas que não consigo definir.

Ele me puxa para si com seu braço em minha cintura, o outro emaranhado em meus cabelos, soltando a parte que estava presa. Deslizo as minhas mãos por seus ombros e ele me solta para que possa tirar sua jaqueta. Nos livramos de nossas roupas com uma pressa contida. Queríamos fazer amor como um casal normal que se ama quase de forma rotineira, e não mais como um casal que se ama, mas precisa se separar.

Não deu certo. Não chegamos nem perto de alcançar a cama. Acho que tudo o que contemos por todos esses anos explodiu de uma só vez, e foi ainda melhor do que a despedida em Nanda Parbat. Por que agora éramos apenas nós, começando uma vida.

-Você estava se segurando, da primeira vez. –penso alto, com a voz ofegante, quando deixamos nossos corpos caírem lado a lado no chão onde estávamos. Escuto sua risada baixa e ele puxa minha cabeça para seu ombro, tentando me deixar confortável.

-Você também. –responde tão esbaforido quanto eu, depois se vira para me olhar, afastando uma mecha de cabelo do meu rosto. –Me parece um bom começo. –beija meus lábios com carinho.

-Sexo de despedida é muito bom, mas sexo de começo é ainda melhor. –depois respiro fundo me dando conta do que acabei de dizer em voz alta. –Não era para ter soado dessa forma. –acrescento alarmada, mas ele apenas me olhava encantado.

-Adoro isso. –me beija e começa a se levantar, conseguindo arrancar um gemido de protesto meu. –Vou pedir algo para comer. –esclarece me dando mais um beijo, e dessa vez o deixo ir.

Comida está no meu top five de prioridades da vida, entre não ter nenhum compromisso as quita-feiras à tarde (quando Oliver costuma treinar na escalada de salmão), e sempre ter uma desculpa para não ter compromissos nesse dia. Enquanto esperava o serviço de quarto, resolvo tomar um banho. O que Oliver resolve fazer logo em seguida. Recebo o serviço de quarto e arrumo nosso jantar na mesa da sacada, estava enchendo duas taças com vinho, quando o vejo chegar vestindo calças de moletom e camisa branca.

-Pijama legal. –caçoa da minha calça do Patolino preta, e camiseta branca que usava, mas seus olhos me secam da mesma forma que fizeram horas antes.

-Tenho uma porção deles, se você fosse do tipo que faz piadas, teria material para a vida toda. –conto o fazendo dar risada. Pego minha taça de vinho e o estendo a dele em sua direção. De repente Oliver fica muito sério, ele estende sua mão e pega minha taça no lugar da dele.

-Você primeiro. –fala sem expressão indicando a taça que seria dele em minha mão.

-O que? –questiono ainda sem acreditar. –Acha que vou te dopar novamente? Oliver, só fiz aquilo por que não queria te deixar nas mãos de Ra’s! –ele permanece sério, apenas ergue uma sobrancelha esperando que eu beba do vinho. –Isso é ridículo. –reclamo virando toda a taça em seguida. –Feliz? –Oliver soltou uma gargalhada gostosa diante da minha expressão ofendida. Ele afastou minha cadeira para que me sentasse, ainda dando risada.

-E você disse que não conto piadas. –falou depois se sentando na cadeira a minha frente.

-Deveria ter achado aquele um ato romântico. –me defendo ainda contrariada com a situação, e ele enche novamente minha taça. –Quase uma declaração!

-Felicity você era a única pessoa que poderia me envenenar no mundo, eu nem mesmo me preocupei em certificar o cheiro do vinho que me deu. E isso é algo instintivo para mim. –sabia que ele estava tentando fazer com que me desculpasse, ou no mínimo sentisse um pouquinho de remorso por ter o enganado tão facilmente, bom, não estava conseguindo. –E depois fez novamente! –então não consegui mais conter o riso.

-Não acredito que caiu no seu próprio truque! –balanço a cabeça descrente.

-Não cai. –responde e o olho confusa. –Sabia que tentariam algo, mas não tinha certeza do que era, desistir sem lutar, simplesmente não faz parte do que somos. E quando você disse decidida que Maseo não te tocaria. –seus olhos encontram os meus e vejo um brilho de orgulho nele. -Primeiro, pela forma que você disse, eu que não iria discordar. –dou risada. –E não te subestimo Felicity, descobri há anos que pode não ter meu treinamento, a força de Diggle, ou o instinto de Roy. Mas você pode derrubar cada um de nós, sem precisar pegar em nenhuma arma.

-Quer dizer que sabia que eu era um cavalo de Tróia? –questiono divertida agora.

-Não exatamente, sabia que tentaria algo e que teriam apenas dois motivos para te levar ao posto de troca. Você tentar me trazer de volta da lavagem cerebral, ou terem te usado como uma forma de distração para mim.

-Te distraio? –não consigo evitar a pergunta, ele apenas sorri. –Assim, com que freqüência isso acontece exatamente? –semicerro meus olhos para ele.

-Pensei que fosse a primeira opção, por que você falou comigo, queria me trazer de volta. –ignora minha pergunta de forma proposital. –Mas vi que era a segunda no momento em que Lyla foi em sua direção.

-E por que não fez nada?

-Queria que lutassem, precisava provar minha lealdade a Ra’s, ser convincente. Sinto muito por isso. –fala com seriedade.

-Já disse isso dezenas de vezes. –digo dispensando suas desculpas, e Oliver bebe de seu vinho.

-Essa vai ser a ultima. –decreta, me fazendo sorrir.

-

-

TRÊS MESES DEPOIS

Nós compramos uma casa perto do litoral de Coast City, era pequena, simples, mas com cara de lar. Eu comecei meu próprio negocio, certo, não tenho um escritório fixo, mas passei a dar assistência a rede de toda a cidade, e já estava concorrida. Oliver passou a trabalhar como piloto de testes, para aviões da força aérea americana. Não posso reclamar, é o mínimo de adrenalina com a qual ele vive no momento, um grande avanço na verdade.

-Felicity, está em casa? –escuto sua voz a distancia. Estava no banheiro retocando minha raiz, o básico que é preciso para me manter loura, pretendia fazer isso em um salão, mas tenho a agenda cheia durante o resto da semana.

-Aqui! –grito em resposta.

-Trouxe o jantar. –sua voz se aproximava.

-Pensei que fossemos cozinhar hoje. -Segundos depois Oliver passa pela porta sorrindo, mas parece estranhamente constrangido ao ver o que estava fazendo, se virando de costas, como se estivesse nua, e ele nunca tivesse me visto nua.

-Oh, me desculpe, não sabia que... –fala tímido.

-Que eu estou pintando o cabelo? –pergunto dando risada de seu desconforto. –Eles não nascem dessa cor depois que os pinta a primeira vez. –ele se vira lentamente, com os olhos fixos no piso, o que me dava ainda mais vontade de rir. –Só mais dez minutos e posso tirar isso.

-Claro.

-Qual o problema com você? –questiono em meio ao riso.

-Uma coisa é saber que você não é loura, outra é te ver pintando o cabelo. –ele mesmo parece conter o riso agora. –Acho que no fundo não acreditava que fazia mesmo isso. –dá de ombros.

-Falou o cara que apareceu no banco de trás do meu carro sangrando. –me viro novamente em direção ao espelho verificando se não deixei passar nada, e Oliver me abraça por trás. Beija a cicatriz em meu ombro, exposta pela alça fina da minha blusa.

-Como foi seu dia? –pergunta me distraindo com seus beijos que traçavam caminho para meu pescoço, suas mãos que passeavam em minha cintura e barriga.

-Montei um farewell novo na prefeitura da cidade. –começo a contar. –Acho que já posso dizer que sou uma hacker regenerada, todas aquelas informações ali a meu alcance e nem mesmo espiei! –falo cheia de orgulho de mim mesma, e Oliver me gira para ficar de frente para ele que parecia se divertir com meu relato.

-Eu te amo. –sussurra com a voz rouca. –Independente da cor de seu cabelo! –provoca e o empurro, claro que não o movi nem um centímetro. Estava ainda mais apaixonada por esse Oliver, cheio de sorrisos e brincadeiras bobas.

DOIS MESES DEPOIS

O STOPIM...

OLIVER

Hal insistiu para que fosse beber com ele depois do trabalho, mas o cara ficou desaparecido por meses e não serei eu a descobrir o motivo. Todos os meus instintos diziam que Jordan leva uma vida dupla, e foi difícil demais me livrar da minha para colocar tudo a perder. De toda forma ele é uma boa pessoa, fico feliz por saber que essa cidade tem quem cuide dela.

O único problema é a adrenalina, e falta que ela sempre faz. Tenho malhado como sempre, agora que não bato mais nas pessoas, tento não enferrujar. Às vezes me pego rezando para que tentem me assaltar na rua, ou algum brutamontes procure briga, mas pareço mais um repelente para essas coisas, é como se o que fui exalasse de meus poros. Sinto toda essa ânsia desaparecer assim que entro em casa e encontro Felicity deitada sobre o tapete da sala, fazendo seus cinco abdominais diários.

-Malho por duas horas seguidas, em barras, levantando peso e correndo. –falo me sentando no sofá a vendo sorrir com esforço. –E você consegue manter... Você. –sorrio sugestivo, olhando suas pernas perfeitas, expostas pelo shortinho de corrida que usava. –Com metade de uma série fraca de abdominais. –minha voz é cheia de indignação.

-Quatro... –conta com tamanho esforço que parece ser o centésimo. –Cinco... –dou risada assistindo a cena. Felicity deixa o corpo cair no tapete, sei que não existe possibilidade dela estar tão cansada quanto demonstra. –Eu corro trinta minutos, uma vez por mês! –se defende me estendendo a mão.

Eu a puxo sem nenhuma ajuda de sua parte, a trazendo para meu colo. Felicity descansa a cabeça em meu ombro, e sou cheio de um sentimento que só ela desperta, me sinto no lugar certo, com quem quero estar. Sinto seus braços delicados envolverem meu pescoço, estreito mais os meus envolta de sua cintura, e ficamos apenas abraçados, depois de um dia inteiro longe.

-Diggle contou que Sara soltou a primeira palavra dela hoje. –diz animada se afastando para ver meu rosto.

-Thea conseguiu fazer com que ela dissesse o nome dela? –pergunto me lembrando da obsessão que ela e Felicity desenvolveram com isso, sempre que conversamos com Thea por skype.

-Não, foi dodói. –conta com a voz infantil. –Mas fala como se fosse papai. –explica. -Acho que de tanto Dig chegar dolorido das rondas, e justificar para ela que o papai estava dodói, foi o que ela disse.

-Ele está bem? –questiono preocupado.

-Deveria ligar para ele Oliver, sei que sente sua falta tanto quanto você sente a dele. –respiro fundo sem querer prolongar mais o assunto, ela está certa, mas isso não torna nada mais fácil.

-Vou pensar a respeito. –beijo seus lábios a colocando sentada ao meu lado para que possa me levantar. Vou até a geladeira ansiando por algo para beber, mas a garrafa de suco está vazia, assim como a de leite. –Felicity o suco acabou. –conto frustrado.

-Acho que sim. –responde sem dar importância.

-E o leite. –acrescento.

-Provavelmente.

-Os dois estão vazios na geladeira.

-Claro, você os deixou ai! –fala indo em direção ao banheiro, mas não sem antes me lançar um olhar cheio de significado. –Te disse que não vou mais ficar arrumando suas bagunças!

-São muitas restrições! –falo mais alto para que ela possa ouvir à distância. –Nada de café, nada de tirar garrafas vazias da geladeira... –ela coloca a cabeça para fora da porta do banheiro.

-Se continuar reclamando vai ser nada de outra coisa também! –ameaça me interrompendo. O mínimo sorriso surge em meu rosto, mas a discussão termina no mesmo instante.

-Em pensar que já lutei contra Malcom Merlin, um exercito cheio de homens com mirakuro, e derrotei Ra’s Al Ghul. –penso alto olhando para a porta fechada a minha frente.

Felicity sugeriu que fossemos ao mercado, algo que já se tornou parte de nossa rotina. E ai vem outra cosia que me deixa indignado, se pudesse se manteria de hambúrguer e refrigerante, e quando sentisse que estava demais mudaria para sushi. Mas com os dois trabalhos que mantinha antes, é um habito justificável. Andávamos de mãos dadas na seção de frios, quando ela se lembra que precisávamos de produtos de limpeza.

-Não sei o nome do que comprou a ultima vez. –comenta olhando as opções.

-TODO MUNDO PARA O CHÃO! –cinco caras vestindo máscaras de Sky entram no supermercado. –SE COLABORAREM NINGUEM VAI SE MACHUCAR!

Olho para Felicity alarmado a empurrando em direção as prateleiras, onde poderíamos ficar longe do campo de visão deles, perto do corredor de produtos esportivos. Meu primeiro instinto era enfrentá-los, mas agora somos apenas civis, precisávamos agir como civis. Ela parece pensar o mesmo, e sua mão vai instintivamente para dentro de sua bolsa, onde seu tablet estava.

-O que está fazendo? –sussurro a vendo tirar o aparelho. Torço para que ela esteja apenas planejando ligar para a policia.

-Ele está mirando em uma criança. –responde apontando para um homem acima do peso com o revolver apontado para uma garota de no maximo treze anos. Ela mexe no tablet por alguns segundos, seu rosto muda de expressão, ela mal piscava. –Estou dentro, congelei as câmeras de segurança e vou apagar as luzes no seu sinal.

-Tem certeza? –não estava falando da capacidade dela, e sim de querer mesmo fazer isso. Ela estende sua mão para uma prateleira com máscaras de Hockey e me entrega. –Só dessa vez. –dá de ombros, mas vejo a sombra de um sorriso em seu rosto.

-Não sai daqui. –digo rapidamente, dando um selinho em seus lábios antes de vestir a máscara, e pego um taco de hockey para usar como arma, teria que servir. –Agora. –As luzes se apagam imediatamente.

Sou tomado pela adrenalina que tanto me fazia falta, acerto o taco na cabeça do homem que mirava a garota, tentando fazer o mínimo possível de barulho, ele fica inconsciente e o seguro antes que cai no chão. Repito quase a mesma coisa com os outros, aquilo era melhor do que gosto de admitir.

Consigo desarmá-los sem nenhum esforço, e é muito mais rápido do que esperava. Depois de me certificar que estavam inconscientes, volto para junto de Felicity, guardo as mercadorias que peguei “emprestado” e ela religa as luzes e ligamos para a policia. Ninguém parece ter entendido o que aconteceu, as pessoas se olhavam confusas, outras diziam algo sobre um herói que tem uma luz verde que se transforma em diversas coisas saindo de um anel, e acreditavam que ele as salvara.

-Só dessa vez. –Felicity sussurra para mim quando saímos do local junto aos outros clientes, fingindo estar abalados, mas não sei se falava comigo, ou com ela mesma.

-Estávamos apenas no lugar errado, na hora certa. –acrescento passando meu braço por seus ombros.

-E foi por falta de opções, alguém poderia morrer. –concordo com um aceno.

-Uma criança poderia morrer. –enfatizo, também sem saber quem de nós estava querendo convencer.

-Exatamente! Hambúrguer ou Pizza? –propõe já que a idéia de cozinhar acabou sendo vetada.

-Pizza. –escolho. E fingimos que nada de diferente aconteceu.


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Notas finais do capítulo

Não deixem de me contar o que acharam okay, vou adorar saber!
Cat, espero que tenha gostado de sua fic! hahaha
Bjnhos