Death And All His Friends escrita por fukkk


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Desculpe-me a demora! Esse final de semana foi a comemoração do dia dos solteiros, entoa sabem como é hahahahahahaha boa leitura.



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“Virá o dia em que vou transformá-lo em cinzas e jogar seus restos no esgoto”, dizia isso para mim mesma pois não tinha coragem de dizer para ele. Ele era o meu maior medo, e até agora ainda não sei como consegui fugir com ele. Por meses fui enganada, obrigada a fazer coisas que nem o pior dos monstros faria, fui até o inferno e voltei. Estava apaixonada por algo sobrenatural, algo que sugava a minha alma. Até o dia em que eu descobri e o trai. Eu sabia das coisas que ele era capaz de fazer, mas não tinha a noção de que ele faria tão rápido. Antes do pôr do sol, antes que ele pudesse me ver, eu corri; corri o mais rápido que podia. Usei a minha beleza e o que tinha aprendido com ele e peguei um navio ilegal de carga e fui para a Europa. Eu pensei que estaria um pouco mais segura, pois estava muito longe dele; mas me enganei. O demônio é ardiloso, rápido, nunca tente o enganar e eu falhei com isso.

Agora pensando que tinha deixado isso para trás, junto de Rose, surge a vingança. Por mais que eu temesse o que isso poderia dar, era a coisa que eu mais desejava no mundo. E aqui, nesta biblioteca eu decidi que iria até os confins do mundo para matá-lo.

“Margot”, William chamou-me a atenção, “o jantar está servido”. Eu o segui até a sala de jantar, estava com fome e achei que a ideia de substituir o sangue por alimento humano, era uma escapatória para os meus crimes. A mesa era enorme e estava lotada, William sentou em uma ponta da mesa e eu na outra. Lacaios nos serviam vinho e comida, para que não pudéssemos ter nenhum trabalho em levantar da mesa para nos servir. William conversava comigo sobre algum assunto que referia a suas propriedades e de como seu pai se orgulharia de seu trabalho, mas enquanto conversava mexia no seu prato como se estivesse comendo e eu pensei em fazer o mesmo; afinal, a comida estava com um cheiro extraordinário. Quando fui colocar o garfo em minha boca, William me olhou com advertência. Não o obedeci e coloquei a comida na boca. De fato, estava magnifica e comi tudo que estava no prato.

Quando terminamos, fomos em direção à sala de estar onde ficava um piano ao centro. “Vamos, você tem que aprender a tocar com maestria. Vou te ensinar, sente ao meu lado”, disse sentando-se no banco e deixando um lugar para mim. “Irei tocar um trecho e logo em seguida você fará o mesmo. Será tão fácil como as línguas, depois de hoje poderá ser comparada ao próprio Chopin”. Dito isso, ele tocou uma pequena ária e pediu para que eu repetisse. Se fosse a algum tempo atrás, acharia uma loucura; nunca iria aprender a tocar desse jeito. Mas hoje a melodia que foi tocada se decodificou em minha mente, como se eu já a soubesse de cor a muito tempo. Toquei como ele, sem deixar faltar uma nota sequer. Em duas horas fomos de Schubert à Mozart, e tudo com a maior facilidade do mundo.

Depois do nosso momento "musical", fomos até a biblioteca fumar um dos charutos de Cuba de William. Eu nunca gostei de fumar, mas agora, bem, eu não iria morrer de câncer ou nada do tipo; então, por que não? O cheiro do charuto era horrível, mas o gosto era totalmente diferente e gostoso com um toque amadeirado e doce. Enquanto ele lia um livro e fumava seu charuto, algo muito estranho começou a acontecer comigo. Meu estômago estava em chamas, se contorcendo e dilatando... uma dor horrível! Antes que o enjoo pudesse me devorar, William me olhou com aquele cara de deboche, como quem queria dizer "bem feito, eu te avisei". Antes que eu pudesse retrucar, eu vomitei todo o jantar no carpete. "Me desculpa," eu disse depois de ter vomitado praticamente todo o meu estômago, "eu deveria saber que o meu senso de comida mudou". Ele não me respondeu, apenas ria da minha ignorância e inocência. "Agora você aprendeu que comidas humanas não são digeridas pelo nosso organismo", disse calmamente, "Sim, mas então por que os empregados servem todo aquele banquete se não comemos?", perguntei. Agora pude perceber o que William fizera no jantar: ele falava, falava e falava e enquanto isso mexia na comida, de modo que podia fingir que estava comendo. "Ora, acho que é óbvio não é? Eles não sabem de nada!", disse William, "já que você colocou tudo para fora, podemos jantar de verdade", continuou.

POV: Jill

Meses se passaram desde que chegamos no Reino Unido. Estávamos todos em um hotel em Belfast, na Irlanda do Norte, e procurávamos pistas sobre Rose todos os dias; e nada. Abe trabalhava duro com os seus parceiros e espiões atrás de respostas, Adrian tentava a todo custo contatá-la por sonho, Dimitri e seus dois amigos (Lievin e Robbie) conseguiram o contato de todas as Academias da Europa e pediram para que todos rastreassem Rose à pedido da Rainha. Todos nós tentávamos contatá-la de algum jeito, juntos ou separados, mas estávamos falhando.

A frustração de (quase) todos era visível, viemos até aqui com esperança de que, pelo menos, conseguiríamos mais alguma pista sobre ela. Mas Dimitri, bem, ele não mostrava nenhuma reação, não se frustrava, não ficava bravo, apenas mantinha o semblante de guardião; era impossível de saber o que se passava na cabeça dele.

Assim decidimos partir para a Inglaterra, pois já era óbvio de que ela não estava na Irlanda do Norte. Mas antes de irmos, algo nos impediu: Abe. Um dia antes de partimos, ele nos pediu para que acompanhássemos ele até o restaurante do hotel, pois tinha algo para nos mostrar. Ele não nos disse sobre o que se tratava até chegar no local, mas ele estava nervoso e muito, muito bravo. Quando chegamos no restaurante, havia três pessoas em uma mesa: dois guardiões de Abe e no meio um cara gordo e careca. O gordo estava vermelho, com a cara prestes a explodir e, com certeza, ele tinha sido muito pressionado a estar naquele lugar. "Sentem-se, por favor", disse Abe, "ele tem algo a nos falar" apontando pro cara (que estava tremendo). "Na ver... na verda... de...", o coitado tentava dizer mas nada saía de sua boca e antes que algum dos guardiões de Abe o ameaçassem mais, Adrian usou o espírito. "Diga", disse, "diga tudo o que sabe". Como um passe de mágica, o gordo se acalmou e parou de suar, e então falou: "Sei que vocês estão procurando por Rosemarie Hathaway. E bom, há alguns meses atrás eu estava em Wessex na Inglaterra, e um cliente meu de muitos anos..." com a pausa deu para perceber que ele estava com medo, não da gente, mas do suposto cliente. "Bom, ele...", continuou, "ele me pediu para que eu falsificasse alguns documentos, ou melhor, para fazer com que a pessoa documentava nunca tivesse existido, se assim posso dizer. E, eu tenho quase certeza de que essa pessoa era Rosemarie Hathaway".


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Notas finais do capítulo

É isso pessoal, prometo que amanhã postarei mais um capítulo. Gente, se estão de fato gostando da história, favoritem ou recomendem! Estou gostando tanto da história que não queria abandoná-la. Está apenas no começo, poxa. É isso, espero que gostem, beijos.



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