Death And All His Friends escrita por fukkk


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Geeeeente, mil desculpas pela demora! Peguei exame da faculdade e estou estudando muito ): Muito obrigada pelos comentários deixados. Espero que gostem do capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617469/chapter/7

POV: Lissa

"É inaceitável que uma rainha fique tanto tempo afastada de seu reino! Se você realmente for, há o risco de uma revolta do congresso e do povo, resultando na sua deposição. E eu não acho que isso honraria sua família, Majestade". Tudo o que Abe disse, infelizmente, estava correto. Meu reinado ainda era muito recente, sem fortes alianças e com uma estrutura ainda não solidificada. Por mais que eu tivesse apoio do povo, eu ainda tinha muitos inimigos na corte e Rose ainda mais; e quando soubessem que eu não tinha partido para uma viagem oficial e sim para procura-la, eles se revoltariam. "Ele tem razão, Lissa. Você tem que ficar aqui, não há nada que você possa fazer", disse Christian. Estava eu, Christian, Abe, Janine, Dimitri, Jill, Eddie, Adrian e Sydney em meus aposentos discutindo sobre a busca por Rose. Eddie e Jill haviam descoberto que Rose fora vista por último em Antrim, na Irlanda do Norte. Mas isso já havia quatro meses e não sabíamos se ela continuava lá. "Se ela não estiver mais lá, não acho que está muito longe... Quatro meses é bastante tempo para quem tem recursos para se locomover, e pelo que sabemos, ela não tinha nada", disse Sydney, "E além do mais", continuou: "Por que ela estaria fugindo tão desesperadamente? Se ela queria fugir de nós ou até mesmo de strigois, ela estaria bem protegida na Irlanda por pelo menos um ano". Por mais que a ideia de que ela havia fugido de nós e de seus deveres estivesse se acalmando em minha mente, eu ainda não conseguia enxergar o motivo da sua fuga e como Sydney disse, ela de fato estava bem escondida; demoramos dois malditos anos para ter uma pista dela e mesmo assim, ainda não sabíamos se esta era confiável. "Nós ainda não sabemos se essa informação é útil. Mas infelizmente, não podemos sentar aqui mais dois anos esperando que uma pista mais "séria" caía do céu, temos que agir depressa", disse Eddie e Abe continuou: "Concordo, inclusive já tenho homens no Reino Unido à procura. Mas ainda não recebi nenhum feedback, o que é um problema. De fato, temos que agir rápido antes que ela vá para Coreia do Norte ou para a Ilha das Bermudas", disse sarcástico.

Uma explosão de vozes se deu à seguir, todos concordando e planejando como iriam e o que iriam fazer. Menos Dimitri. Desde que começou a reunião, ele não abriu a boca para nada, estava sentado na poltrona de canto, quieto e observador. Ele não havia dito nada, até agora: "Rose é esperta, ela evitaria qualquer chance para deixar uma pista. Mas... eu não acho que ela esteja fugindo de nós, ela está nos protegendo de alguma coisa maior do que ela. Partimos amanhã... Lissa e Chistrian vocês ficarão aqui por motivos óbvios e estratégicos, nos enviarão mantimentos e informações de tempos em tempos. Tirando eles, vamos todos e mais uns amigos meus que podem nos ajudar".

POV: Rose/Margot

Já estávamos à caminho de Wessex há um dia e doze horas. Poderíamos ter feito a viagem em menos de uma hora, apenas correndo, mas William decidiu que iríamos fazer uma viagem como humanos, na velocidade normal. No caminho, William fora me contando sobre como as coisas funcionariam daqui em diante: ele tinha várias propriedades pela Inglaterra, França, Espanha e Itália e trocaríamos de residência a cada três meses; ele tinha dinheiro o suficiente para nos sustentar por 1000 anos, e o dinheiro estava dividido em três bancos: Belfast, Suíça e Polônia; eu teria uma parte desta fortuna e ele iria abrir uma conta em separado da dele, mas eu não teria acesso à conta principal; falsificaríamos uma certidão de nascimento para mim e uma certidão de casamento para nós. Eu costumava ser chamada de Margot Lyncon e depois do "casamento" me tornara a senhora Lancaster; e por último: eu teria que renovar meu guarda roupa (renovar mesmo, já que possuía apenas um vestido): eu teria que ser mais elegante, andar na moda e me vestir adequadamente à minha posição social. Tinha que me portar como uma herdeira da nobreza (já que William se vangloriou dizendo que quando humano costumava ser chamado de Duque de Gloucester; me perguntara há quanto tempo fora isso), aprender a tocar piano, aprender montaria, etiqueta e tudo o que era imposto para um nobre do século XVI.

Quando finalmente chegamos na cidade, fomos direto em uma modista. Eu não tive nenhuma chance em palpitar no estilo, William e a modista, Senhora Stuart, escolheram tudo. Foram comprados chapéus, casacos, sapatos para corrida, para montaria, para a manhã, para à tarde, para a noite e para festas... um exagero. Os vestidos e as demais roupas, foram feitas sob metida na hora. Perguntei quantos dias tudo ficaria pronto e a Senhora Stuart disse que hoje mesmo, já que nenhum cliente era tão importante quanto o Senhor William Lancaster; e de fato quando nós chegamos ela havia expulsado todos os clientes da loja apenas para nos receber. Quando finalmente saímos com tantas sacolas que nem podíamos contar, havia uma multidão à nossa espera. "O que significa isso?", perguntei para ele e respondeu: "Todos vieram ver a minha nova esposa. Não sei se você sabe, mas sou o homem mais importante desta cidade. Agora vamos antes que eles nos devorem". A propriedade ficava meia hora de distância da cidade, mas era quatro vezes maior que a própria. Até maior que a Corte. A casa principal já podia ser vista da estrada e era maior do que qualquer coisa que eu já havia visto, era majestosa. William parecia conhecer todos os funcionários, já que cumprimentava qualquer um que passava pelo nome, conhecida cada esquina e cada árvore. Quando paramos em frente a casa principal, pude vê-la mais de perto e que beleza! A mansão era enorme, muito antiga mas muito bem cuidada e pela recepção que tivemos na entrada, havia muitos empregados para cuidar da casa. Um homem alto e velho veio nos cumprimentar, se apresentando à mim como o mordomo da casa, Senhor Ludville. Provavelmente William havia se comunicado com ele, pois todos já sabiam quem eu era e de minha posição e ficaram maravilhados em me ver, como se William nunca houvesse trazido outra pessoa para cá. Eu era a novidade do ano. "Senhora, deixe-me mostrar seus aposentos. Fizemos questão de preparar o melhor quarto para a senhora", disse o mordomo simpático. Havia um grande hall que dava acesso à sala de jogos, de visitas e a de jantar (além da cozinha, dos dormitórios dos empregados e do jardim); uma grande escada levava ao segundo andar onde ficava o escritório, a sala de estar e a biblioteca; e finalmente uma outra escada dava acesso aos dormitórios principais. Com a minha rapidez e inteligência, consegui contar seis quartos no caminho, e todos me pareciam enormes, mas não tanto quanto o meu. Acho que de fato este era o melhor quarto da propriedade, com uma pequena sala que dava acesso ao closet, ao quarto de dormir e ao banheiro. Tudo era enorme. O mordomo fora me guiando para dentro do quarto me mostrando cada detalhe e quando abriu a cortina percebi a magia do meu aposento: a vista. O aposento ficava de frente para as montanhas e campinas, podia se ver ao longe a casa dos trabalhadores que trabalhavam nas plantações e com os animais, podia se ver a cidade, a estrada, os cavalos repousando do treinamento, os cães de caça e as camponesas; podia se ver tudo. "Senhora, há uma porta que liga o seu aposento com o do senhor William. Ele me pediu para entregar a chave para a senhora que ficará encarregada dela. Eu a deixei na segunda gaveta do seu criado mudo. Se me der licença, lhe deixarei á sós". Antes que eu pudesse o olhar, ele já havia saído.

Apenas chegando aqui é que de fato a ficha caiu. Tudo seria muito diferente para mim, teria que me acostumar com essa nova vida, tinha que deixar tudo para trás. Decidi, então, sair em uma caminhada para conhecer melhor a propriedade. Não esperei os empregados chegarem com minhas roupas novas, inclusive a roupa de passeio, desci direto em direção ao jardim. Graças ao anel de prata em meu dedo, me protegi do sol que estava bem forte e segui meu caminho. Quando eu passava, todos me observavam encantados, como se eu fosse uma criatura de outro mundo e prestavam uma pequena reverência à mim. Enquanto andava podia observar o jardim no estilo inglês com árvores e flores circundando um grande chafariz, fui em direção à campina que estava vasta e colorida, passei pelas pequenas casas de tijolos, pelo estábulo, pelas plantações de milho e verduras, fui em direção ao bosque e lá encontrei um pequeno lago e sem pensar duas vezes tirei o vestido e dei um mergulho. Depois de me banhar, sai para me secar, não havia o risco de ninguém me ver nua já que estava distante da residência. Tudo estava calmo, até eu ouvir um barulho atrás da árvores. Cheiro humano. Não me dei ao trabalho de colocar o vestido e perguntei: "Sei que alguém está atrás da árvore, apareça imediatamente". Nada. "Já que é assim, farei questão de avisar William que sua mulher fora observada tomando banho no lago por um de seus empregados", antes que eu pudesse terminar, um homem alto, moreno e de olhos azuis apareceu por de trás da árvore. Por seu aspecto rústico, era de fato, um trabalhador e não devia ter passado dos 30 anos. Jovem e belo. O homem não conseguira se quer se mexer, olhava para mim perplexo, como se eu fosse um tesouro. "Vê algo que gosta?", perguntei assim como havia perguntado à Dimitri e o homem sem olhar mais em minha direção, partiu pelo bosque.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Comentem! Beijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Death And All His Friends" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.