Death And All His Friends escrita por fukkk


Capítulo 15
Capítulo 15




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Depois do ocorrido ontem, pensei que seria melhor descansar o corpo e alma para o que estava por vir. Não que Dimitri tivesse aceitado a proposta, até porquê eu ainda não tinha a feito, ele saiu em disparada da biblioteca poucos segundos depois. Mas eu sabia que isso tinha mexido com ele e com certeza ele estava intrigado. Ele não desistiria. Com o sexo de ontem, pensei que talvez a faísca que ainda sentia por ele virasse chamas; mas não virou. E eu estava feliz com isso, pois eu jamais faria o que tem que ser feito se o sentimento ainda fosse forte. Bom, não que ele não me atraísse fisicamente, de fato ele me atraia, mas era trivial.

Já era tarde do dia seguinte, eu não tinha saído do meu quarto desde então; muito menos para manter as aparências e almoçar. Eu não queria ficar no quarto, queria diversão. Fazia um tempinho que não via Bast, estava na hora de ir procurá-lo. Tomei um banho e me arrumei, gostava de me sentir bonita perto dele e para ele. Desci as escadas e fui em direção ao hall, William e o resto do "esquadrão moroi" estavam na sala de visitas. Ele levantou a vista para mim e perguntou aonde eu iria. "Atrás de diversão", eu disse. Não sei qual era o plano dele, mas estava dando certo. Eles estavam criando confiança nele. Ardiloso.

Fui até a casa de Sebastian, que ficava logo depois da campina, não precisei bater na porta; ela estava aberta, como se ele soubesse que eu estava por vir. De fato ele sabia. Estava sentado em sua escrivaninha, fumando um baseado e rabiscando um papel. "É dos bons?", fui em sua direção e peguei o baseado da sua mão. "Sim", eu disse depois de alguns tragos, "é muito bom. Mas não o suficiente para o que quero fazer hoje". Sentei em seu colo e o beijei, logo o volume da sua calça aumentou. "Devagar, rapaz. Ainda não". "Pensei que viesse ontem", ele disse. "Eu vinha, mas o William queria que eu ficasse para o jantar ridículo dele, não consegui escapar". Ele me deu um beijo e disse: "Você sempre dá um jeito. Poderia ter dado ontem também". Ah, não. Crise de ciúmes? Tudo o que eu menos queria no momento. "Sim, mas apenas quando somos eu e ele. Com esses convidados malditos, tenho que me manter na linha", mordi-lhe a orelha, "mas estou aqui, não estou?". Saí de seu colo e liguei o som, estava tocando Kashmir do Led Zeppelin; comecei a dançar e a tirar a roupa. "Você ama essa música", ele disse. Quando estava quase nua, o chamei mais para perto. "Sim, mas gosto mais de você". Fizemos amor quase a tarde toda, não parávamos nem por um instante. Tínhamos fôlego o suficiente para transar por três dias inteiros. O nosso sexo era sensacional, excitante e perigoso; e isso foi um dos motivos pelo qual me prendi à ele.

Quando estava me vestindo, e ele na cama com a posição mais sensual de todos os tempos, decidi que queria ficar louca. Droga vazia muito mal para os humanos, mas para mim mal me afetava. Os efeitos até se ampliavam para mim, mas não me prejudicavam. Fui engatinhando em sua direção e o olhei com a cara mais pidona do mundo. "O que quer?", ele perguntou. "Ficar louca", eu respondi. "Tenho algumas balas para a gente, podemos curtir a noite e depois fazer amor sob a lua". Ele me puxou para si, de modo que eu ficasse embaixo dele. "Ficaremos loucos em Wessex?", ele riu. "Claro que não! Vamos para Londres, para uma balada ou pub. Ou para a ponte, podemos ficar pelados e nadar até os pulmões cansarem". "Como você quer ir para Londres agora? Esqueceu que tem convidados em casa?", ele questionou minha loucura e eu assenti. "Que vão para o inferno, todos. Quero me divertir com você e o quero agora".

Chegando na casa, fui para o meu quaro me trocar. Coloquei um vestido preto com o decote até um pouco antes do umbigo, ele era bem curto então coloquei uma bota de cano alto, que ia até acima do joelho. Coloquei um colete de pele da mesma cor, passei um batom vermelho na boca e alisei os cabelos. Peguei as chaves do Porsche, que corria mais, e fui em direção à garagem. Mas antes que eu pudesse chegar, Dimitri estava à minha frente. "Aonde vai?", ele me perguntou sério. Olhei em seu olhos e dei um sorriso sarcástico: "E por acaso lhe interessa?". Beijei-lhe as bochechas e saí gargalhando em direção ao carro.

Fomos à Londres em menos de duas horas. Wessex, que não era o reino e sim um cidadezinha com o mesmo nome, não era tão longe de Londres. Logo entramos no clube; a música alta corria pelo meu corpo, era um tremendo energético. Coloquei o comprimido no dedo e coloquei na boca de Bast e ele vez o mesmo comigo. O efeito veio logo, o som causou mais efeito, os olhos dilataram. As pessoas ao meu redor estavam turvas e derretidas, eu só via Bast em minha frente. Dançamos com os corpos colados, sentindo cada fibra um do outro. Estávamos em êxtase. Decidimos compartilhar uma garota, eu escolhi um loura e alta. Ela logo entendeu o recado e nos amamos, os três.

Assim ficamos toda a madrugada, dançando, bebendo e curtindo nossas vidas. Na hora de embora, fizemos amor no carro, com mais intensidade do que antes. Talvez pelo efeito da droga, ou pelo amor que irradiava da nossa pele. Mas antes que chegássemos ao clímax, coisa que sempre fazíamos juntos, Bast começou a tossir sem parar. Não era uma simples tosse, era doída, forte e isso já vinha se insistindo há algum tempo. Mas não deste jeito. "Bast! Bast?", ele tentava me responder, mas a tosse não o deixava. Quando ele conseguiu parar de tossir, algo que eu tinha visto me paralisou. Sangue. Ele estava tossindo sangue.


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