Death And All His Friends escrita por fukkk


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

As coisas estão esquentando rs



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"Você não percebeu a burrada que cometeu? Onde estava com a cabeça! Você tem noção de que estamos hospedando o passado da Rose? Eles vieram atrás dela - de mim! Não pensou nem por um momento o que isso significaria para mim?". Quando chegamos em Wessex, com os nossos ilustres convidados, fui direto ao meu quarto, nem cumprimentei os empregados e não beijei Charlotte. Eu estava tomada pela fúria e não estava nem um pouco contente com o que estava acontecendo, subi as escadas com força e William me seguiu. Eu estava gritando com ele, tentando colocar em sua cabeça fria a burrada que ele havia cometido. "Você quer me matar, não é? Ou me estabilizar? Isto é uma vingança por que adotei Charlotte? Não, não... não tem nenhuma explicação. NENHUMA!", o que me deixava mais brava era o fato de que apesar da minha gritaria e fúria, William se mantinha calmo e reflexivo. "Para de gritar, minha querida. Vai assustar os nossos convidados". "Eu só queria saber o porquê", eu perguntei. "Simples", ele disse, "você nunca soube que é melhor deixar o inimigo por perto?"."Eles não são inimigos", eu disse. "Talvez você tenha razão, minha querida. Mas... bem, se eles não forem de fato inimigos, eles podem nos ajudar". Sem mais delongas, ele se levantou para sair do quarto e disse: "Quero que se arrume hoje, desça e jante conosco. Faça o seu melhor". E saiu do quarto.

Vá à merda, eu pensei. Daqui eu podia ouvir o barulho deles, cochichando sobre o que poderia ter acontecido comigo, sobre o luxo em que eu vivia e como escapariam dessa. Da janela podia ver os dez guardiões espalhados no jardim, Dimitri estava lá, por mais que William deixasse claro que era para ele dormir na casa. Ele estava tão bonito, tão distante com aquela pose de guardião que quase tive a vontade de ir até lá e o beijá-lo. Quase. Ao invés disto, fui em minha penteadeira, acendi um cigarro e comecei a escrever uma carta para um de nossos caseiros na Grécia, um escape se algo acontecesse. Eu lhe escrevia para deixar a casa preparada, e o preparada era realmente preparada. Depois de assiná-la, fui levá-la até o Sr. Ludville e não me aguentando de saudades fui até Charlotte.

Minha menininha loirinha vinha correndo no jardim, e sua babá e tutora correndo atrás, ela havia me visto e corria ainda mais, seus bracinhos vindo em minha direção. "Maman, maman", ela dizia. Quando finalmente a peguei nos braços, ali mesmo no jardim, ela pegou meus cabelos e os cheirou (algo que tinha costume). "Oh, minha preciosa garotinha, senti tanto sua falta", disse beijando-lhe suas bochechas rosadas. "Eu também senti, maman". "Agora eu quero que seja sincera. Como está seu francês?", sem olhar para a tutora, esperei sua resposta. "Regard grand, maman", ela disse orgulhosa e pomposa. "Se demander!", eu respondi ainda mais orgulhosa do meu pequeno prodígio. "Maman, quem são aqueles homens de preto? São maus?", disse apontando os dedinhos gordos em direção aos guardiões. "Não, meu amor. Eles são nossos convidados".

POV: Lissa

Nem por um milhão de anos eu poderia imaginar que isso acontecesse. Depois de sete anos procurando por todos os tipos de respostas, finalmente obtivemos uma. Agora, nesta casa, pude perceber que de fato havíamos perdido Rose e encontrado Margot.

O luxo em que ela vivia era maior do que o meu e a realidade totalmente diferente do que teria sido se ela tivesse permanecido conosco. Ela estava diferente, não era mais selvagem, não era bruta e hostil; era elegante, educada, delicada, uma verdadeira dama. Mas algo ainda estava igual: o seu olhar. Assustador, lindo e forte. Ela não havia trocado uma palavra conosco deste o ocorrido na Espanha, estava visivelmente frustada e aborrecida. Ela conhecia todos os empregados, cada canto da propriedade e de fato se sentia em casa. Empunha respeito aos subordinados, mas ao mesmo tempo esbanjava simplicidade e elegância.

Quando cheguei no quarto que me fora resignado, majestoso como todo o conjunto, podia ouvir seus gritos com o marido dizendo que aquilo que ele fizera, tendo nos convidado, era uma burrice. Marido, ainda não conseguia me acostumar com isto. Estava na cara de que este não era um casamento de fato, já que Sebastian era claramente seu amante; e William sabia disso. "Amor, você realmente acha prudente continuar aqui?", Christian disse entrando no quarto. "Claro que sim. Agora que a encontramos não podemos deixá-la escapar!". "Eu sei, mas... você está muito longe da corte, não sabe os perigos que podemos enfrentar aqui", ele disse receoso. "Temos guardiões o suficiente para nos proteger e te garanto que a corte está à salvo com Ariana Szelsky na regência. Ela é de confiança, você sabe". "Bom, você sabe que faço de tudo para te agradar. Mas se algo der errado, não vou hesitar em te tirar daqui", ele disse me beijando.

Quando Christian entrara no banho, fui em direção à janela que dava para o grande jardim. Dez guardiões estavam lá, e mais cinco estavam na entrada, incluindo Dimitri que insistira que tinha que me proteger. Por mais que ele não falasse sobre, eu sabia o quanto tudo isto estava sendo difícil para ele; encontrando sua antiga companheira em uma vida completamente diferente e, além de tudo, casada. Pelo jardim, uma menininha loura vinha correndo com duas mulheres atrás, ela segurava uma boneca de pano e seus pés descalços se enlabuzavam na grama molhada. Ela corria em direção de alguém, que era Rose. Rose a pegou no colo e a encheu de beijos e abraços e a menininha retribuindo-os; não era possível que aquela criança pudesse ser filha de Rose. Não, é claro que podia! Dhampirs podiam ter filhos com humanos e agora Rose é casada, podia ter muitos filhos se quisesse. Todos os guardiões pararam para ver aquela cena linda, Rose em si já era um espetáculo de se admirar, ainda mais sendo tão maternal como agora. Dimitri também olhou.

Como seria para ela tendo nós aqui? Ainda mais com seus pais e seus dois antigos namorados... e eu. Será que ela sentia falta? Apesar de tudo, eu acreditava que sim.

POV: Margot/Rose

Depois de passar a tarde brincando com Charlotte, fui até o meu quarto. Não iria descer para jantar, não me juntaria a esse plano estúpido do William e tentaria ao máximo não trocar olhares com eles. Eu simplesmente não podia. Eu estava sentindo falta de Bast e me encontraria para dormir com ele, como todos os dias. Oh, meu Bast. Ele parecia tão doente! Desde a sua última ida à Londres, ele voltara doente e fraco. Mas teimoso como ele, não nos deixou chamar um médico para o curá-lo, dizia que era apenas um resfriado como tantos outros. Isso havia sido há meses e ele continuava doente. Pensei que nossa viagem à Espanha pudesse ajudar na recuperação, mas com toda essa agitação temo que não tenha adiantado de nada; apenas piorado.

Na mesma casa, eu tinha os quatro homens da minha vida: Dimitri, Adrian, William e Sebastian. Mas será que todos eles importavam na mesma proporção? Era sabido que eu não amava Adrian e William; mas eu amava Sebastian e Dimitri. Sim, acho que eu ainda amo Dimitri, não Margot mas Rose. Isso era um erro, pois eu nada deveria sentir, já que tinha enterrado Rose há muito tempo... mas o ver havia despertado este sentimento infantil e nostálgico. Eu sabia que jamais seria dele novamente, só se o sol trocasse de lugar com a lua e o mar desse espaço para a terra. Será que ele está aqui só porquê Lissa o pediu? Eu pensei.

Às oito em ponto, William entrou em meu quarto me tirando do devaneio. "Não vai descer para o jantar?", ele perguntou. "Não vou compactuar com você, isso é patético", eu disse. "O que é patético, minha querida, é a dama da casa não se juntar à mesa. Que falta de cordialidade". Pus-me de costas a ele, olhando a janela e os guardiões ainda estavam lá. "Está procurando por Dimitri? Bem, eu insisti que ele se juntasse a nós no jantar". "Ótimo", eu disse, "mais um motivo para eu não descer". Olhando-me de maneira repreendedora, ele foi até meu closet e saiu de lá com um dos vestidos mais bonitos que eu tinha; era um vermelho magnífico. "Eu exijo que você se vista e desça! Quero que você fique mais bela do que nunca ficara antes, quero que arrume o cabelo, passe maquiagem e fique estonteante". Jogou o vestido em cima de mim e se foi.

Ele tinha razão, eu tinha que continuar com a cabeça erguida e mostrar que esta era minha casa e minhas regras. Me arrumei tal como ele queria, ainda mais, e me preparei para descer. Fui estonteante, confiante, flutuava que nem uma pluma e cheguei na sala de jantar. Eles já estavam sob a mesa e três guardiões ficaram em volta da sala. Cheguei de mansinho e esperei que todos me olhassem, não demorou nada. Todos ficaram de boca aberta com a minha beleza, inclusive William que disse: "Querida, estávamos a sua espera". Este seria um jantar e tanto.


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Notas finais do capítulo

Comentem, leitores! Preciso saber o que estão achando. Sugestões, elogios e críticas são sempre bem vindas. Beijos e até mais.



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