Leu em pensamento. "Posso tudo ao seu lado."

Os dias que se sucederam foram aparentemente normais, a loja estava em seus últimos preparos para a grande inauguração e Austin se preparava para lançar seu novo CD, que seria feito na Sonic Boom.

Hoje era o primeiro dia do ano e Ally tinha a certeza que o ano que vinha seria o melhor de sua vida.

–Filha. -Chamou Lester na escada. -Preciso ir até a loja. Você irá fica bem? -Perguntou.

–Sim. -Ela não escutava direito o que seu pai falava, estava a escrever em seu diário. Ali tinha tudo de seus pensamentos mais segredos até histórias fantasiosas.

O relógio marcava as horas que passavam e a tarde se fez presente, Ally desceu e sem demora Austin apareceu.

–Vim direto da gravação. -Avisou caindo no sofá.

–E como está lá? -Perguntou afagando do cabelo dele.

–Está muito bom, mas falta algo. -Ele a olhou nos olhos dela.

Ele não sabia o motivo, mas o olhar dela mexia com ele. Era como se o hipnotizasse rapidamente e o obrigava a fazer tudo que ela desejasse.

–Tipo o que? -Ela perguntou curiosa.

–Não sei, alguma coisa mais a minha cara.

–Tipo uma música? -Ela sugeriu.

–Acho que sim. -Mexeu os ombros. -Não sei.

–Vou pega algo para comermos e conversamos mais. -Ela levantou indo para cozinha deixando um certo loiro passando os canais na televisão.

Não demorou muito para voltar e vê-lo vidrado na tela. Seu time de futebol americano favorito estava a jogar.

Ela o chamou diversas vezes, mas recebia um silêncio como resposta. Ela teve uma ideia, se aproximou dele e com o controle remoto em mãos, desligou a Tv.

Demorou um milésimo de segundo para que percebesse o que havia ocorrido, ele se virou para ela e a repreendeu, recebendo em troca um olhar desafiador sem hesitar ele correu atrás dela que por ser mais leve tinha maior facilidade em desviar dos objetos.

Ela correu até o jardim dos fundo de sua casa na esperança de despistá-lo, vendo que ele estava próximo ela correu e acabou por tropeçar no próprio chinelo, mas Austin a segurou e trouxe para perto fazendo os corpos se chocarem, a prendeu em seus braços para que que não fugisse.

–Peguei. -Ele sussurrou com a voz cortada, a respiração descompassada só contribuía para isso.

Eles não sabiam como, nem importava, mas as testas de apoiavam. Os olhos fechados impediam que as emoções pudessem ser vistas pelo olhar.

–Austin. -Ela cochichou.

Ele gemeu de manha em resposta.

–Isso está mesmo acontecendo? -Os rostos se roçavam devagar. O toque era degustado por ambos.

Austin afirmou, mas se forçou a falar: -Só se você quiser.

Ela sorriu e ele entendeu.

Os lábios finalmente se encontraram. Ambos almejavam por isso. As mãos encontravam os loiros fios dele cravando ali enquanto sua cintura era pressionada para colar cada vez mais ao corpo do loiro, isso arrancou um sorriso dela que era acompanhado por ele. Foi quando sentiu uma das mais subir de encontro com a sua nuca.

Era a melhor sensação sentir o gosto doce dos lábios dela.

Era como só existissem eles ali, o infinito e as pessoas sumissem sem deixar rastros.

Foi quando a chuva se fez presente, fazendo-os se separar, se encararam e o sorriso estampou em ambos.

–Acho que você perdeu o final do jogo. -Só agora percebeu o quanto estava corada.

Ele sorriu e a puxou em seu braços, agora fazia sentido o que sua mãe havia dito. Ele tinha realmente achado a mulher ideal.