Eros escrita por Malina Endou, Kokoro Tsuki
Notas iniciais do capítulo
Oie, olha eu aqui depois de tanto tempo XD Desculpem a minha ausência, vou tentar estar mais presente. Enfim, espero que gostem desse capítulo ♥
Capítulo IV
Serena
Eu estava realtivamente preocupada, nunca a via dessa maneira. Sinceramente? Malina havia se metido na pior roubada da vida dela.
***
Não sei por quanto tempo a ruiva ficou apertando o tecido verde de seu vestido, sobre a área da barriga, com certeza intrigada com a possibilidade, deixando um silêncio completamente desconfortável entre nós duas.
Abri os lábios para dizer qualquer coisa. Sei lá, algo que a confortasse, sorrir e falar que estava brincando, mas aquela situação era séria demais. Tipo, muito séria mesmo. Tentei, realmente tentei não me desesperar, porque o desespero dela também é o meu desespero. Ruiva irresponsável.
Respirei fundo, tentando pensar em algo, e tudo que conseguir fazer foi sentar ao seu lado e abraça-la pelos ombros, num gesto simples de conforto, mas que foi a única coisa que se passou pela minha cabeça. Mas claro, Malina jamais deixaria sua teimosia de lado.
— Grávida? Eu? Serena, do que você está falando? É claro que eu não estou grávida! — disse sorrindo, e se levantou de uma vez, tendo outro acesso de tontura. Se eu não fosse rápida e a tivesse segurado, ela teria caído no chão. — Ah, obrigada.
— Não precisa agradecer, é a minha melhor amiga. — respondi, a ajudando a ficar em pé novamente, enquanto novamente o silêncio se instaurava entre nós duas.
A pisciana tornou a olhar para o chão, sem dizer mais nenhuma palavra, enquanto pessoas e mais pessoas passavam ao nosso redor, sem sequer nos notar. Onde estavam o Goenji e o idiota do primo dela nessas horas? Como assim me deixam aqui sozinha?
— Serena?
— Diz.
— Acha mesmo que eu posso estar...? — murmurou, porém sua voz morreu antes que terminasse a frase. Suspirei, me aproximando dela e erguendo seu rosto para que me encarasse.
— O que eu acho é que você tem de fazer um teste para descobrir... Contar ao seus pais, ao Goenji-kun...
— Não! Eu não posso fazer isso! — se existe alguma coisa parecida com um grito e um sussurro ao mesmo tempo, foi isso que ouvi vindo de Malino, fazendo meu coração se apertar dentro do peito. — M-meus pais não podem saber! Muito menos o Goenji, não sei como reagiriam, e... — mais uma vez ela não terminou, tornou a passar mal e parou por ali.
***
Não consegui me concentrar na aula depois do que havia acontecido no corredor da faculdade, nem sei o que respondi na minha prova de reprodução humana, isso porque tinha uma grávida — ou só talvez — muito perto de mim.
Mas olha o lado bom, eu ia ter um sobrinho ou sobrinha!
Bem, na verdade isso não é nada bom, só que não vem ao caso agora. É impossível se concentrar com sua melhor amiga com certeza se sentindo mal numa aula prática de educação física. Ainda não estou acreditando que ela me convenceu a deixá-la ir.
Vi o Goenji se levantar e entregar a prova, em seguida saindo da sala. Encarei o papel cheio de rabiscos na minha frente — e quase sem respostas — e fiz o mesmo que ele, indo a passos rápidos atrás do louro.
— Goenji-kun! — gritei, chamando sua atenção para mim.
— Sim, D. Saint-san? — como sempre formal demais.
Passei uma mecha de meus cachos sem cor por trás da orelha, e nervosa me aproximei mais dele, visando ter uma conversinha sobre bebês e paternidade. No entanto, antes que dissesse qualquer coisa, as palavras de Malina me voltaram a mente. Ela não queria que eu contasse.
— Eu... Bem... — droga! Gagejando agora não Serena! — Sobre a Malina... — continuei, desviando o olhar. Uma parte de mim dizia que eu deveria falar sim, pois se ela estivesse mesmo grávida, o louro seria o pai. E outra parte de mim dizia que eu estaria traindo minha amiga.
— Ela passou mal outra vez? — me perguntou, arqueando uma sobrancelha e eu me vi sem chão em sem saída. Essa é uma das poucas vezes que fico sem saber o que fazer.
Cheguei a abrir a boca para responder, mas antes que lhe dissesse qualquer coisa a ruiva e seu primo apareceram.
Acho que você vai ser papai., foi o que ficou preso em minha garganta.
***
— O que você estava falando com o Goenji na hora que Mamoru e eu chegamos?
Quase cuspi fora fora o suco que estava tomando com a pergunta. Não deveria ter achado que Malina deixaria aquilo passar sem me questionar sobre nada.
— Sobre a prova. Deve ter sido bem fácil para ele, terminou rápido e saiu da sala. — menti, não tive coragem para dizer que quase traira sua confiança.
— Então acho que foi fácil para você também. Ele me disse que sairam praticamente juntos. — perguntou novamente, e eu me esqueci complatamente de esconder o fato de não ter respondido aquela porcaria.
— Nem respondi direito. — dei de ombros, e subtamente lembrei desse detalhe. Puta merda!
— E por que não? Serena, você é louca? — a ruiva gritou, quase me deixando surda e chamando a atenção para todos que estavam na cafeteria naquela tarde. Ruborizamos e ela pediu desculpas, voltando sua voz ao tom normal. — E quando as notas forem para sua casa? Seu pai vai te matar.
— Ele já vai me matar quando souber que não faço Administração, Mailna. — suspirei, já tinha perdido completamente a vontade de tomar o suco de morango ou de comer minhas batatas só de pensar no meu pai. — Passou mal na aula?
— Está mudando de assunto?
— Estou. — e por algum motivo desconhecido as duas idiotas riram disso, para só depois xontinuar a falar. — Agora é sério, ficou bem?
— Até que sim. — agora foi a vez dela dar de ombros. — Só que continuo indisposta a comer.
— Percebi. — falei apontando para o sanduíche que Malina mal havia tocado. Na verdade, nem tirado do plástico. — Vai acabar morrendo de fome.
— Melhor que morrer de vomitar.
— Não me desafie.
— Pois eu desafio! — e arqueou uma sobrancelha, sorrindo.
Mas no fundo eu sabia o quão aquilo era falso.
***
Girei a chave no miolo da fechadura e empurrei a porta com um dos pés, deixando uma abertura para que Malina entrasse. Eu estava cheia de sacolas de compras, enquanto minha amiga trazia apenas duas e sequer me ajudava, porque segundo a lógica da japonesa 'quem comprou que carregue'. Não tenho culpo se quis esquecer a prova de hoje cedo gastando.
Fui com a ruiva até o quarto e joguei todas as bolsas de lojas no chão, sentando na cadeira giratória do meu computador enquanto a outra sentava em minha cama. Fitei o teto, pesativa, antes de dizer qualquer coisa.
— Quando vai contar a ele? — indaguei e girei na cadeira, sem obter um resposta na hora.
— Contar o que? A quem? — parei de girar na hora, incrédula com a maneira com que se fingia de desentendida.
— Sobre a gravidez para o seu namorado.
— Serena, eu não estou grávida!
A arfirmção continha tanta certeza quando medo, me fazendo suspirar e revirar os olhos com a teimosia dela. Me levantei e fui até uma das sacolas, tirando de lá um embrulho o jogando ao seu lado.
— O que é isso? — a oriental perguntou, confusa, e eu não pensei nem duas vezes antes de responder.
— É um teste de gravidez.
E ela me encarou sem acreditar.
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E então? O que acharam, queridinhos? :3