Eros escrita por Malina Endou, Kokoro Tsuki


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, tudo bem? Bem, para quem ainda não me conhece, aqui é a Kokoro Tsuki, dona da personagem Serena D. Saint, que narra este capítulo XD Ele está bem calminho e sem muita ação ou confusão, espero que compreendam >.
Enfim, espero que gostem! Ah, antes que eu me esqueça, Eros, na mitologia grega, é tipo o cupido da mitologia romana ^^



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Capítulo II

Serena.

Sinceramente eu não sei quantas vezes chamei pelo nome da Malina ou até mesmo o gritei, esperando por alguma resposta antes de finalmente desligar, ouvindo um ou ouvtro vizinho reclamar. 'Menina barulhente!' é o que diziam. Tentei não me irritar, afinal, eles não sabem o que se passa. nem eu sei o que se passa.

Joguei o celular em da cama, quando minha realmente vontade era tacá-lo contra a parede. Bufeio nervosa e preocupada com aquela ruiva inconsequente, imaginando o porquê do barulho feito do outro lado da linha. Eu precisava descobrir, ou então não conseguiria cair no sono. E no dia seguinte havia uma exaustiva aula de anatomia.

O restaurante dos pais dela ficava à quatro ou cinco quadras de distância do meu apartamento, por isso não me importei em trocar de roupa. Agora, imagine a cena, uma britânica com os cabelos todos desarrumados, os olhos cheios de remelas, os óculos pendurados na gola da camisola, um casaquinho que mais parecia da vó e pra completar com pantufas de gatinho correndo pelas movimentadas ruas japonesas. Parecia trote de universidade. Mas bem, pra ajudar uma amiga a gente nunca se importa com essas coisas.

Apertei o passos o máximo que pude e, ao ultrapassar uma livraria voltei de ré, parando para conferir se aquele moreno era mesmo ele. E pior que era! Mamoru Endou, primo da Malina e melhor amigo do Goenji — carinhosamente apelidade por mim de irresponsável. Porque ele é. —. Suspirei com a constatação que precisava dele.

Entrei no estabelecimento, arrastando-o para fora sem fazer qualquer cerimônia, o que o deixou meio assustado, já que nós nunca trocamos mais que um ou outro 'Bom dia.' ou 'Tudo bem?'. Ele, na verdade, nem precisou dizer algo para me exigir explicações, eu via o pedido em seus olhar.

Dei de ombros, o japonês precisava saber de qualquer forma.

— Eu estou preocupada com a Malina, ela parou de falar ao telefone de repente. — disse baixo, enquanto voltava a correr, tendo-o em meu encalço, provavelmente compartilhando do mesmo sentimento que fazia meu coração disparar. — E sabe, estou meio que proibida de chegar perto dela.

— Por quê? — não podia vê-lo por estar à frente, mas sabia que havia arqueado uma sobrancelha, uma mania dele que Malina me contara tempos antes.

— Porque a irresponsável da sua prima passou uma noite na casa do irresponsável do seu melhor amigo sem avisar os irresponsáveis do seus tios acham que eu acobertei tudo! — joguei os braços para cima, aliás, como sempre faço quando indignada com algo. Poxa, eu não tive nada a ver com isso! Nem sabia onde ela estava! Não sou obrigada!

E, por algum motivo que desconheço o rapaz atrás de mim começou a rir enquanto eu parava, completamente confusa. Ele simplesmente não ia dizer nada? Ia só rir da situação? Ah, japoneses!

— Não pode negar que teve sua parcela de culpa nisso tudo. — Endou começou a falar com um sorrisinho de canto, como se zombasse de mim. Mas hein? Eu tive culpa? — Podia, sei lá, ter ligado pra Malina por algum motivo.

— Como se eu fosse advinhar! — bradei, voltando minhas costas para o abusado. Okay, legal, agora culpa é da Serena. Mereço. — Vamos logo, não estou afim de chegar e encontrar minha amiguinha do peito morta. — sim, eu sou um doce de pessoa.

O moreno mais uma vez deixou risadas escaparem por entre os lábios brancos. Idiota.

Quando dei por mim, no entanto, estava na frente do restaurante dos pais da Malina, dando passagem para que o moreno entrasse, enquanto eu apenas esperava do lado de fora, encostada no portão do estabelecimento. E torcendo para que os pais da minha amiga não aparecessem, ou podiam desconfiar de algo.

Mais do que eu já estava desconfiada, claro.

Perdi a noção de quanto tempo fiquei ali, parada, vendo o movimento das pessoas nas ruas. Como tanta gente assim saia de casa no meio da noite? Ou fui criada numa baita bolha, ou essas pessoas não batem bem da cabeça. Nunca vou entender esses orientais, começando pela ruiva irresponsável.

Suspirei quando ouvi Endou sair, se despedindo dela animadamente, de forma que chegava a parecer que nada havia acontecido. Ao vê-lo, ergui uma sobrancelha, confusa. Como se perguntasse os detalhes de tudo.

— A Malina apenas passou mal. Nada demais. — me explicou dando de ombros. Não pude evitar uma pontada de indignação.

Apenas? Nada demais? Você não se preocupa com sua prima? — perguntei cruzando os braços. Essa família realmente é muito confusa.

— Por isso mesmo que disso que não é nada de demais. Eu conheço bem a minha família, não é um pouco de vômito que vai derruba-lá.

— Espera! Vômito? — sim, eu estava tremendamente espantada com aquilo. Tentava aos poucos juntas as peças, mas eram muitas informações para uma garota que tinha uma prova no dia seguinte. E que ainda por cima tinha que ligar para o pai e mentir dizendo que vai para a faculdade de administração. — Diga-me, Endou, o que mais aconteceu?

— Deixe de ser tão afobada, mulher! Nada além disso, só umas dores de estômago... — e continuou a falar, sem ter minha atenção.

Nem sei ao certo em que ponto parei de ouvir, só que as informações se confundiam em minha mente. Um mês... Vômito... Dores estomacais... Aquilo... Não! Devia ser coisa da minha cabeça. Afinal, a estudante de Educação Física não é tão irresponsável, Goenji também não... Então estou imaginando coisas!

É, está imaginando, pronto e acabou. Entendeu Serena? Não, a Serena não entendeu.

E, como se notasse o quão absorta fiquei em meus pensamentos, o mais alto parou de falar, me encarando com as duas avelãs que chamava por olhos. Claro que, de primeira, não notei. Qunato me voltei novamente para ele, contudo, nossa visão se cruzou por longos segundos, levando ambos a desviar o olhar com um certo rubor no rosto.

Murmurei algumas palavras em minha lingua natal, como sempre faço quando encabulda. Depois, levantei a face novamente, me obrigando a encarar o rapaz. Sorri, levantando uma mão para acenar e, pelo menos por agora, me despedir.

— Bem, acho que é melhor ir, falo com a Malina na faculdade. Até amanhã, Mamoru-kun. — sequer percebi a forma que o chamei, muito menos esperei para ver sua reação. Apenas sai correndo pelas iluminadas e movimentadas ruas de Inazuma, em direção ao meu singelo lar, com o coração batendo um pouco mais forte.

Só espero que Eros não esteja mirando em mim.


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Notas finais do capítulo

Ficou curtinho, mas espero que tenham gostado >.<
Reviews? :p
Postado 18/05/15



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