Um mês de desespero escrita por Leon Yorunaki


Capítulo 46
XLV: Nasty Plot


Notas iniciais do capítulo

Bem, ouvi falar que esse campo de notas pode desaparecer a qualquer momento, então me permita aproveitá-lo enquanto posso.

Primeiro, para agradecer quem me aguentou até aqui. Entramos na reta final, o que significa que em poucos capítulos essa longa jornada encontrará seu fim.

Segundo, para comemorar os quatro anos do início da postagem dessa história. É, faz todo esse tempo que eu comecei, motivo pelo qual a história talvez tenha tomado rumos um pouco diferentes do que eu previa inicialmente (inclusive em termos de prazo)

E, finalmente, para pedir que não se assustem com o ritmo acelerado que a história pode vir a tomar. Serão muitas coisas acontecendo em pouco tempo que devem ter o seu fechamento daqui para o fim da história (o que me lembra que o prólogo até agora não foi devidamente explicado - e se você está esperando por uma explicação minuciosa... sinto desapontá-lo)



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Lembranças vagas restavam da batalha presenciada por Himiko no instituto espacial, um embate iniciado quando o Aggron conseguiu vencer a força magnética que o empurrava para trás e partiu para cima do Metagross que surgia como adversário.

Parte do motivo para a relativa ausência de detalhes sobre a luta foi sua duração reduzida, sendo Steven um combatente em muito superior em comparação àquele que tentava se passar por ele.

Não se lembrar de como tudo terminara era inconveniente, mas não tanto quanto a ausência de recordação a respeito de como saíra de lá, tampouco para onde fora levada. Via-se jogada em uma poltrona, parte de uma sala sem qualquer decoração, um ambiente tão sóbrio a lhe dar uma sensação estranha, por mais que fosse arejado e confortável demais para que pudesse ser um tipo de prisão. A ausência de vida naquela sala era desconfortante, lhe colocando em estado de alerta como se algo ou alguém fosse surgir de surpresa através da porta a sua frente.

Ela localizou-se através da visão além de uma das janelas; ao longe, pôde perceber a torre metálica pertencente ao centro de pesquisas espaciais de onde fora levada, prova definitiva de que estava ainda em Mossdeep. Pensou na possibilidade de fugir assim que percebeu sua mochila jogada a um canto, mas descartou a ideia após conferir seus pertences. Não eram as respostas que a mantinham ali, mas a ausência de cada uma de suas pokébolas; do contrário ela sairia daquele cômodo através da janela sem qualquer dificuldade.

O princípio de revolta se desfez ao ouvir um resmungo baixo através da parede às suas costas; prova o suficiente de que não estava sozinha ali. Uma pesada porta negra se camuflava dividindo os dois cômodos, possivelmente feita de mármore; era o que a separava de suas dúvidas e de seus pokémon, por mais que só estivesse interessada neste último.

Com certa curiosidade a respeito do que encontraria do outro lado, Himiko empurrou lentamente a porta, deslizando-a lateralmente através de sua corrediça; não foi com muita surpresa que encontrou Steven sentado em uma das duas mesas daquela sala, rodeado de documentos por todos os lados.

Não podia dizer o mesmo a respeito de quais documentos ele analisava, como as caixas coloridas dos arquivos α jogadas ao chão denunciavam.

— Com licença…

Nem a voz da garota ou o atrito da porta ao ser deslizada pela corrediça foram capazes de tirar a atenção do homem nos papéis. O olhar fixo e os lábios enrijecidos sinalizavam seu grande interesse no conteúdo daqueles documentos, sem muita garantia de que ele compreendia os detalhes ali escritos e ilustrados.

— Onde estão minhas pokébolas?

Outra vez as palavras dela não encontraram reação além do movimento de uma caneta contra um papel; anotações que ele fazia em uma folha separada.

Somente quando ele terminou de escrever, deixando os objetos sobre a mesa, que ele se virou para a visitante, mostrando um tom de voz mais seco que o demonstrado na última conversa entre eles, se é que fosse possível.

— Sente-se. — Steven apontava com o olhar para uma cadeira metálica colocada a um canto, a qual definitivamente não pertencia àquele cômodo, a julgar por toda a mobília da sala em mármore ou couro.

Fora o poder de intimidação dele o único motivo para que ela obedecesse à ordem.

— É sua casa? — Himiko perguntou, em uma tentativa de aliviar um pouco o tom da discussão, pesado antes mesmo dela se iniciar. — Muito bonita.

— Eu faço as perguntas. — Steven ignorou o elogio. — Você apenas responde.

— Entendi — soluçou ela.

— Para começarmos… quero que me diga até onde você está envolvida com o projeto Alfa.

— Me desculpe, mas eu não faço ideia do que se trate…

— Não tente mentir para mim! Diego, Ravena, Larissa e Michel. Você esteve envolvida com cada um dos quatro membros mais influentes desse projeto. É literalmente impossível que você não saiba de nada!

— Caso você esteja desinformado, os três primeiros tentaram me matar… e eu nunca ouvi falar desse último aí!

— Você estava com ele no instituto mais cedo, não tem nem uma hora!

— Ótimo, então são quatro. Cada um deles tentou se livrar de mim!

— Bem, isso é meio óbvio, não? Você foi tratar de assuntos com eles pessoalmente. Petalburg, Verdanturf, Mauville e agora aqui em Mossdeep. O que você queria com eles?

— Eu estava em jornada pela liga pokémon, coletando as insígnias nos ginásios, não tenho culpa se eles estavam interferindo…

— Só um idiota completo acreditaria nessa historinha besta. Eu ped pra você me falar a verdade!

Himiko logo percebeu que não tinha muita saída. Não havia mentido, mas o modo com que ele a cortara era sinal de que ele não aceitaria nada diferente do que ele mesmo já acreditava.

— Me permita um palpite. — Steven continuou. — Foi o Norman que te mandou, não é?

— Bem, eu estou sim procurando por ele, como v…

— Como eu sabia que ele era o chefe do esquema? Eu não tinha certeza, mas obrigado por confirmar as minhas suspeitas…

— Dá pra me explicar do que caralhos você está falando?

— Não suba esse tom de voz comigo, mocinha! Não é porque ele é seu pai que isso te dá o direito de…

— Eu não tenho notícias daquele filho da puta tem quatro anos, e agora você tá querendo me dizer que eu tou nessa merda por causa dele?

— Eu já te mandei baixar esse tom!

— Não vou baixar! — Himiko se levantou, já aos berros. — Nem ele me tratava desse jeito, e não vai ser um estranho que eu vou deixar…

— Você vai se sentar agora! — Agora era Steven quem se levantava, dando um tapa em uma das pilhas de papel sobre a mesa que reverberou pela sala. — E você vai me respeitar sim, porque não tenho culpa se seu pai não te deu educação em casa!

Doeria menos se o tapa tivesse sido em sua cara. Himiko sentou-se, cabisbaixa, percebendo enfim que havia ido longe demais. Controlava o ímpeto em seu peito, quase capaz de fazê-la partir para a violência contra seu anfitrião; consciente de que não era uma boa opção, contudo, engoliu a vontade de revidar em seco, com um certo ruído em sua garganta.

— Você já deixou bem claro que não gosta de mim — Steven retomou, com a voz mais leve apesar de ainda tenso —, mas vamos tentar de novo, sem se exaltar dessa vez. O que você quer com esse tipo de gente?

— Eu já te falei, eles estavam interferindo nos ginásios bem no meio da minha jornada.

— Pode contar essa história direito. Saindo em jornada só agora?

— O que quer dizer com “só agora”?

— Você tem o quê, dezoito, dezenove anos? Normalmente os treinadores começam com treze, às vezes menos, principalmente quando são filhos de líderes de ginásio!

— Ele me largou em Johto quando veio pra cá, então o fato de eu ser filha dele é irrelevante pra minha jornada. Aliás, é por isso mesmo que estou tentando encontrá-lo.

Steven analisava cada palavra dita por Himiko, julgando sua reação tanto quanto o relato dela.

— Vou te dar o benefício da dúvida nessa se conseguir me explicar como e porquê você se meteu nessa confusão…

Não foi com muita animação que ela começou um relato resumido de sua jornada, desde o primeiro encontro com Ravena no ginásio de Petalburg, ainda no segundo dia de viagem. Incluiu nele todas as confusões em que se metera, inclusive a respeito do ginásio de Rustboro e de como acidentalmente matara o líder substituto, algo que considerava alheio a toda aquela confusão.

— Não vou dizer que acredito em você. — Steven pontuou, após cerca de quarenta minutos de explicação da garota. — Mas o que você narrou faz algum sentido. Digo, você alguma vez se identificou como filha do Norman?

— Nunca, mas acho que não fez muita diferença, parece que todo mundo sabe só de olhar pra minha cara…

— Você é mais parecida com ele do que pensa… mas me explique sobre hoje então, o que te levou até o instituto?

— Na verdade, essa foi por sua causa

— Como é que é?

— Eu vi aquele homem de longe, ele estava indo para lá. Pensava que fosse você, por isso o segui, queria pedir desculpas por aquele outro dia, mas quando percebi o meu engano já era tarde demais…

— Francamente, mocinha, você precisa de um bom par de óculos…

— Ah, claro, me desculpe por não ter uma visão perfeita capaz de reconhecer alguém de costas a cinquenta metros de distância…

— Já vai começar com gracinha outra vez? — Steven ameaçou, fazendo a garota se ajeitar na cadeira.

— Então não provoque!

— Olha aqui, mocinha, você já arrumou confusão o suficiente pra passar o resto da sua vida na cadeia, e tratar desse jeito uma pessoa que está disposta a ajudar não é nem um pouco sensato!

— Se é esse tipo de ajuda que você está dando, eu dispenso!

— E se eu te disser o que eu sei sobre o Norman?

Steven falou a palavra mágica, arrancando Himiko da cadeira em meio segundo.

— Você está blefando! Se soubesse mesmo sobre ele, já teria falado alguma coisa!

— Achei que você fosse um pouco mais esperta… Por que eu falaria o que sei sobre um criminoso para alguém que eu pensava que fosse comparsa dele?

— Se você sabe tanto assim, por que ele não está preso então?

— Fique sentada. — Steven esticou o braço, apontando para a cadeira. — Já parou pra pensar que eu deveria ter te levado para a cadeia, mas em vez disso te trouxe para a minha própria casa?

Himiko abriu a boca, o impulso de dar uma resposta grosseira mais rápido que o seu raciocínio. Dessa vez, entretanto, foi capaz de parar a tempo, percebendo que ele tinha toda aquela conversa planejada desde o início, por mais que ele não tivesse ouvido o que esperava. Ela acabou se jogando de volta na cadeira, já imaginando os motivos que ele teria para protegê-la até então.

— Se a sua ideia é me usar de isca, caiu da Ponyta. Norman fugiu de Petalburg no mesmo dia que eu cheguei, acha mesmo que ele se importa comigo?

— Não se superestime, mocinha. Tenho certeza que ele tinha uma corda muito maior no pescoço. Até porque, se fosse por sua causa ele não se daria ao trabalho de te mandar um pacote antes. O que era?

Himiko levou alguns segundos para responder, tentando se recordar dos acontecimentos daquele dia. E, se Steven sabia sobre o pacote, era porque estava vigiando Norman desde então.

— Suponho que seja algo muito importante, ou ele teria te passado através da Ravena em vez de contratar um serviço de entregas…

— Era só uma Pokédex…

— Ela está com você ainda?

— Na minha mochila.

— Mostre-me. Eu tenho um palpite interessante sobre isso…

Himiko levou quase dois minutos para pegar o objeto, por mais que tivesse dado de cara com ele quando abriu o zíper de sua mochila. Era uma tentativa de ganhar um pouco de tempo e organizar suas ideias, em especial a forte insinuação de que Norman estivesse envolvido em toda a confusão na qual ela se metera. E o pior: acreditava que Steven estava certo.

Aliás, bastaram outros dois minutos para que mais um palpite dele se mostrasse exato:

— Veja só isso, garota. — Ele a chamara para a outra mesa, livre da bagunça de papéis, mas igualmente desarrumada; a maior parte do espaço estava tomada por equipamentos eletrônicos. — Como eu imaginava, ele colocou um rastreador aqui, estava te monitorando esse tempo todo!

— Mas que filho da…

— Isso na verdade é muito bom — interrompeu Steven, antes que a garota terminasse com seu palavreado chulo. —, porque eu tenho como ver para onde o sinal está sendo enviado.

— Você está dizendo que dá pra rastrear a outra ponta desse rastreador?

— Não parece ser muito complicado, mas vou te pedir pra ficar calada agora… preciso me concentrar…

O silêncio que se formou era pesado, como se uma barreira física tivesse se formado entre eles; uma sensação exacerbada pelos ruídos de Steven enquanto ele digitava ferozmente no teclado de um notebook que ele tirara de uma das gavetas, ao qual ele ligara o rastreador através de uma fiação improvisada, nada agradável ao olhar.

Nada disso preocupava a ela, mas sim os resultados daquela análise. Himiko formulava diversas teorias sobre Norman, tentando entender no que ele estava envolvido e de quais motivos ele teria para rastreá-la daquele modo.

Isto é, supondo que tivesse sido mesmo ele a colocar o dispositivo em sua Pokédex. Era o palpite mais provável, mas não o único, tendo em vista que outras pessoas tiveram acesso ao objeto na ausência dela. As possibilidades variavam desde Gabrielle e Tyler, a dupla de jornalistas para quem ela dera uma entrevista no começo da manhã, até mesmo Rochard Stone, o agora falecido pai de Steven, que a resgatara após ela ter sido colocada fora de combate por Futa no início de sua jornada.

Mas, qualquer fosse a resposta, ela viria através de uma coordenada em um mapa.

— Consegui! — Steven gritou, sua voz murchando tão rápido quanto o surto inicial de empolgação quando do resultado. — Quer dizer, eu acho…

— O que você conseguiu?

— É que… essas coordenadas não fazem sentido. Deixe eu confirmar uma coisa…

Mais uma janela se abriu no computador do homem, mostrando algo que parecia um mapa aos olhos de Himiko, que observava tudo a uma curta distância.

— Ilha Bakhold… bem afastada da zona continental de Hoenn, inabitada… mas a coordenada é abaixo do nível do mar… seria uma caverna?

Steven não mais falava com Himiko, mas sim consigo mesmo. A fúria com que ele batia no teclado do notebook dava a entender que ele já deveria tê-lo danificado algumas vezes agindo daquele modo. E, se ele não entendia o que via na tela do dispositivo, muito menos a garota, que não apenas estava incapacitada de acompanhar as letras miúdas pela distância razoável que mantinha, como também não tinha nenhuma noção do conteúdo ali apresentado.

— Mas será possível? — Steven sussurrava para si mesmo, sendo entreouvido com um pouco de dificuldade pela treinadora. — Não existe nenhuma formação subterrânea nessa profundidade… será que a coordenada está errada?

Himiko ameaçou perguntar alguma coisa, mas percebeu que não era uma boa ideia. Na melhor das hipóteses, seria completamente ignorada por ele; havia acabado de presenciar como ele se comportava quando tentava entender algo fora de sua compreensão. Os músculos da face de Steven, quase todos contraídos; os olhos fixos em um modelo tridimensional e incompleto do mapa de Hoenn; os lábios avermelhados, quase sangrando de tanto que ele os mordia enquanto tentava cruzar as coordenadas com o diagrama na tela… todos os sintomas de que a mente de Steven não estava mais naquela sala.

E foi assim por longos minutos, com o homem em um estado de imersão completa até que ele se deu conta que o que havia de errado não eram as coordenadas, mas sim o mapa.

— Tem uma interferência absurda nessa região, não estou conseguindo abrir as imagens do satélite…

— Com licença… — Himiko finalmente se manifestou. — Qual a margem de erro dessas coordenadas?

— Não mais que quatrocentos metros, tenho certeza que o receptor está naquela ilha. Só que essa distorção de imagem não é normal, tem que ter alguma coisa lá que está interferindo com o…

Steven parou de falar sem aviso, incapaz de completar a frase. Seus olhos se arregalaram, a cor desapareceu de seu rosto. Himiko voltou a olhar para o computador, tentando ver o que lhe causara aquela reação. Não havia nada de diferente, à exceção de uma foto aérea com uma mancha desfocada aonde supostamente haveria uma pequena ilha no meio do oceano.

Quando ela se deu conta, o rapaz já estava de pé, com a Pokédex de Himiko remontada sem o dispositivo de rastreio em sua mão direita. Com a outra mão, ele buscava por algo em uma das gavetas, localizando um saco plástico com as cinco pokébolas pertencentes a ela, as quais foram quase que atiradas contra a treinadora.

— Aqui estão suas coisas, agora vai embora que tenho muito o que fazer!

— Você ficou louco?

Steven ignorou a garota, puxando um telefone de seu bolso enquanto fechava o notebook em sua mesa. A ligação foi tão rápida e rude quanto a ordem que ele acabara de dar para Himiko:

— Encontrei a fonte. Reúna todo mundo, temos que montar um plano. Chego em nove minutos.

E, tal como ele fizera com a garota, deixou as dúvidas penduradas do outro lado da linha, desligando sem chance de resposta.

Explicações que, a esse ponto, Himiko não se conformaria em abrir mão. Nem que para isso tivesse que se arriscar e comprar uma briga com Steven antes de ele sair.

E nem o grito que ele dera antes de literalmente empurrá-la para fora da casa a impediria de ir atrás delas.

— Tá esperando o quê? Cai fora!


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Notas finais do capítulo

É, essas aqui devem desaparecer em breve se a tal "reforma do Nyah" não for promessa de político.

Como eu disse nas notas iniciais: agora é o arco final. Todas as respostas que você precisa virão nos próximos e últimos capítulos. Então segure-se na cadeira que irei atualizar assim que puder!


Notas do in-game:
Nenhuma, pois vou ignorar praticamente todo o resto do jogo para o bom andamento da fanfic (o que inclui o último ginásio e a possível liga pokémon; entendam como quiserem)

Status do time:
Pokémon: 6
Futakosei (Gardevoir) Lv. 71; Bold, Synchronize.
Ikazuchi (Manectric), Lv.71, Serious, Lightning Rod
Nagrev (Charizard), Lv.71, Naive, Blaze
Rejane (Lombre), Lv.70, Bold, Swift Swim
Nolan (Gengar), Lv.71, Docile, Levitate
? (Swampert), Lv.70, Relaxed, Torrent

Mortes: 9 +0 = 9



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