Um mês de desespero escrita por Leon Yorunaki


Capítulo 37
XXXVI: Counter


Notas iniciais do capítulo

Olha só, eu consegui voltar dentro do prazo! *respira ofegante*
Não sei se gostaram do capítulo anterior, o que me deixou perdido entre fantasmas. Pelo sim, pelo não, melhor voltar ao ponto de vista da Himiko. Até porque muitas coisas importantes acontecem daqui para a frente. Incluindo situações desagradáveis, como já dei uma dica alguns capítulos antes. Aviso isso para prepará-los psicologicamente; muito em breve serei obrigado a iniciar essas notas do capítulo com um grande e gordo trigger warning...

Sem mais delongas, vamos ao que interessa!



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Os primeiros raios de sol refletiam pela janela sobre a face de Himiko, despertando-a de seu estado de leve sonolência. Já era difícil o bastante para ela relaxar em condições ideais, uma tarefa tornada impossível naquele local inóspito. O piso gelado, composto apenas de cimento misturado a um pigmento vermilion; os ruídos ritmados causados pelo Pinsir em seu sono profundo; o medo de serem surpreendidos por algum pokémon selvagem. Elementos mais que suficientes para não a deixar descansar.

Mesmo tudo isso junto não lhe roubava o sono tanto quanto as palavras de Nicholas na noite anterior.

Haveria de ser confortante ver que um pokémon selvagem decidisse por acompanhá-la sem segundas intenções, como ficara claro durante aquela noite. Mais do que isso, Nick se mostrara um excelente ouvinte. Mais do que Ikazuchi. Mais até do que Rejane.

Somente não o colocava em um patamar superior ao de Futa por conta das vantagens naturais de um pokémon psíquico, enfatizadas pelo vínculo que tinham, capaz de tornar mesmo as palavras desnecessárias para que se fizessem entender. Não fosse isso, contudo, a vivência do Pinsir o faria o melhor conselheiro.

Algo naquele pokémon lhe inspirava confiança, como se já houvesse intimidade entre ambos. Himiko sentia como se já o conhecesse havia tempos; por mais que apenas o tivesse encontrado pela manhã; era como se ele já fosse parte do time por um bom tempo.

Foi assim que, rendida pela dificuldade para dormir, desabafou suas preocupações recentes com o inseto assim que este sentou-se ao seu lado na escadaria, apenas minutos depois de ela mesma se posicionar lá ao desistir de suas tentativas de descansar.

— Põe isso pra fora, menina! — Nick dizia, em uma das pausas do relato da treinadora. — A mágoa age igual aos esporos de um Shroomish; quanto mais você tenta abafar, mais cresce. Mas se os atiramos ao vento, logo se desfaz!

— Falando assim parece fácil…

— Eu não disse que era. Dói. Machuca. É normal ter raiva. Faz bem até. Mas ela só vai até onde estiver escuro e abafado.

— O que quer dizer?

— Sinta raiva, ódio, nojo, não importa. Mas deixe-a sair pela boca. Coloque isso para fora, fale, grite, chore, e ela nunca vai chegar aí em cima! — O pokémon a tocava suavemente na nuca. — Deixe que o vento leve tudo isso embora e seus sentimentos não poderão te controlar.

— É tudo muito bonito quando você fala, mas é só eu me lembrar daquele…

— Ele é só mais um! — Nick a impediu de concluir a frase. — Alguém que tem problemas como os seus. Esse peso é dele, deixe que o carregue, não precisa fazer isso por ele. Em vez disso, olhe para você. Aposto que seus sonhos estão voando por aí, deixe que entrem!

Himiko olhou para o Pinsir, tentando se controlar para não chorar.

— Eles precisam de espaço — continuou ele —, esse ódio precisa sair para que os sonhos entrem de volta.

Ela cedeu às lágrimas. Era impossível não o fazer ao mentalizar a única coisa que a confortava, a pessoa por quem todo aquele sofrimento valeria a pena. Cedo ou tarde iria rever April; com cada passo de Himiko nessa única direção, o reencontro era cada vez mais palpável.

E mesmo cercada de problemas, bastava-lhe a lembrança das duas brincando no quintal de casa para lhe trazer um pouco de vida.

Um ruído súbito lhe trouxe de volta à realidade, vindo dos fundos da cabana.

— Futa? — Ela virou-se para trás, surpresa ao ver o Gardevoir de pé, completamente desperto. — Algum problema?

— Eu pensei ter visto algo… mas acho que me enganei. Desculpe pelo susto.

Ela ficou observando seu pokémon se posicionar novamente, sentado em uma posição que a jovem julgou desconfortável porém funcional, a julgar pelo transe quase instantâneo no qual ele entrara.

— É melhor eu voltar a dormir também. — Nick afirmou, após um leve carinho nos ombros da treinadora. — Você devia tentar fazer o mesmo.

— Eu não sei se consigo…

— Mas vale tentar. Amanhã vai ser um dia tão longo quanto hoje, é bom que esteja descansada.

— Tem razão… daqui a pouco eu vou…

— Só te peço uma coisa: nunca se esqueça do que eu te falei. A raiva sai, os sonhos entram. Mente arejada.

A última frase continuava ecoando na cabeça de Himiko mesmo após ela se levantar, sendo ela incapaz de relaxar como deveria. Eram preocupações demais em sua mente, impossíveis de serem ignoradas.

Não importava. Logo já estava caminhando em direção a Fortree, sua concentração na viagem a faria distrair-se desses problemas. O foco se alternava entre a grama alta em seu caminho, os desvios que precisava fazer para evitá-la, os ruídos que pudessem sinalizar algum perigo e, principalmente, os dois pokémon que insistiam em lhe acompanhar.

O silêncio entre ambos era muito mais perturbador do que ela dava crédito.

Futa estava mais calado do que era de costume, um feito considerável quando se leva em conta seu silêncio habitual por ter Himiko como principal companhia; em sinal de respeito entre ambos, bem como por conta do vínculo mental lhe possibilitando perceber como ela se sentia, as palavras eram exceção e não regra.

Nick tampouco se encaixava nesse perfil silencioso. A treinadora jamais poderia afirmar conhecê-lo a ponto de definir sua personalidade, porém o curto período de convivência já deixava claro o quanto gostava de interagir com aqueles que lhe eram próximos.

Algo persistia no ar entre os dois pokémon, mantendo-os completamente calados, mesmo em comparação ao dia anterior. O fato era evidenciado pelas constantes trocas de olhares entre ambos, cheias de significado. Himiko acreditava que Nick não se sentia muito à vontade quando próximo do Gardevoir; a recíproca era uma certeza, evidenciada pelos sentimentos transmitidos por ele de forma telepática, traduzidos em uma curta expressão. Não fui com a cara dele.

Faltava um motivo para toda essa aversão, e foi com isso que se ocupou em descobrir durante a caminhada quase entediante. Pouco se recordava do dia anterior, aonde provavelmente estaria o elemento que culminou nessa antipatia. Recordava-se apenas de fragmentos da viagem, em especial o momento em que invadiram por acidente o esconderijo de um Ursaring. O local era pouco usual para a espécie, a qual normalmente se abriga nas copas de grandes árvores ao invés de cavernas escuras como aquela; Himiko não analisava este fato, mas sim o modo como Futa e Nick trocaram farpas entre si após terem escapado do local.

Não foi aí… tem alguma coisa antes disso…

Os lapsos em sua memória começaram a incomodar. Não conseguia se lembrar do momento exato em que o Pinsir se juntou a eles, tampouco os motivos que levaram a isso. Ele a havia expulsado da árvore na qual ela se encontrava descansando, momento no qual ela decidiu por seguir viagem… e sua lembrança seguinte já o incluía caminhando com a treinadora. Forçava-se a fazer uma ponte entre as recordações, em busca das respostas que procurava.

Uma tarefa interrompida quando Futa quebrou o silêncio:

— Acho que ouvi alguma coisa! — Com um gesto, sinalizou para que parassem de caminhar.

— Não escutei nada! — Nick ignorou o apelo. — Vamos em frente!

— Estou falando sério! Posso sentir alguém se aproximando! — Futa insistiu, colocando-se em uma posição defensiva e virando-se para o lado.

— Já te falei que não tem nada aqui… mas vamos fazer do seu jeito!

O pokémon inseto se posicionou em oposição à Himiko, protegendo sua retaguarda, aguardando por um ataque e procurando por qualquer vestígio de movimento.

Felizmente era um alarme falso; Nick fez questão de esfregar o erro na cara de Futa na primeira oportunidade.

— Você está tenso demais, deixe que eu darei os alertas daqui em diante!

— Calma lá, Nick! Prefiro pecar pelo excesso!

— Eu que peço calma… pra um pokémon tão sentimental, você se exalta muito fácil!

— Dá licença, mas da minha vida cuido eu!

— Ei, vocês dois! — Himiko se viu obrigada a intervir, virando-se para eles. — Que tal pararem de discutir?

— Eu só estou respondendo… — Futa argumentou, ao que foi interrompido.

— Francamente! Vocês dois parecem crianças! Maturidade passou longe aqui…

Se o Gardevoir externalizasse os seus pensamentos, certamente a confusão seria muito maior. Para ele Himiko estava longe de ser um exemplo de maturidade, e Nick provavelmente concordaria nesse aspecto se a conhecesse melhor. Para evitar que a situação saísse do controle, contudo, o psíquico optou por silenciar sua mente, ignorando o comentário da treinadora.

A jovem se viu surpresa, inclusive, ao ver que a quietude entre eles não mais incomodava. Não seria uma tarefa fácil, mas ao ver como ambos reagiam, percebeu que cedo ou tarde eles se entenderiam como bons colegas.

Não tão cedo, na verdade…

Eles tinham seus atritos, mas Himiko já os conseguia ver como companheiros. Tal como Ikazuchi e Nagrev, uma dupla que tinha muitas arestas a serem trabalhadas, mas que se entendiam muito bem caso fosse necessário trabalharem juntos. Não demoraria para que Futa e Nick agissem de forma parecida.

Pois ela apenas aguardava pelo momento em que ele pediria para se tornar parte do time, estranhando o fato de ele não o ter feito até então. Ou pelo menos não se recordava. Fora assim com Rejane, que ignorou as negativas de Himiko até que ela cedesse.

Seria muito mais fácil considerar essas hipóteses caso o silêncio tivesse sido mais duradouro.

— Eu ouvi de novo! — O alerta de Futa gerou uma reação irritada do Pinsir.

— Já vai começar?

— Quieto, Nick! Tem um pokémon se aproximando!

— Esquece isso, cara! Não tem nada…

O pokémon besouro se viu ignorado, com o Gardevoir lhe dando às costas antes de terminar a frase, atirando-se contra Himiko e a levando ao chão, uma esfera luminosa na cor púrpura rodeando a ambos servindo para amortecer o impacto da queda.

Os dois não foram os únicos a colidir com o solo. O espécime de pelagem branca se mostrou visível ao ser repelido pelo orbe de proteção evocado por Futa, sendo atirado a certa distância, deixando um rastro em seu impacto com a terra.

Não fosse o instinto do Gardevoir, a criatura teria sucesso em seu bote silencioso contra a treinadora, atingindo-a pelas costas.

— Confia em mim! — Futa gritou, sem perder a oportunidade de criticar o pokémon inseto.

— Deixa esse comigo! — Nick respondeu, sem se deixar levar pela provocação. — Se protejam vocês, pode ter mais deles por aqui!

As palavras do Pinsir foram o suficiente para colocar a dupla em alerta, colocando-se a uma distância segura da grama alta que crescia por ali e, por consequência, de outro ataque surpresa. Mesmo se não o fosse, certamente iriam fazê-lo ao ouvir o estrepitar causado pelo choque das pinças do besouro contra as garras da criatura bípede, prontamente recuperada do choque inicial. Tudo levava a crer que o Vigoroth que os confrontava era o único espécime selvagem nas redondezas, agarrando-se contra Nick de modo a evitar de ser golpeado por este, por mais que sua posição também o impedisse de atacá-lo.

No instante seguinte, o inseto se viu surpreendido com o salto dado por seu oponente, súbito ao ponto de quase levá-lo ao chão por conta da perda de equilíbrio. Sua impressão fora errônea, como percebeu no momento em que o pokémon preguiça atingiu o solo com a cabeça em um baque seco.

Nick imediatamente entendeu como aquilo havia acontecido.

— Não preciso da sua ajuda! Cuida da Himiko que eu dou conta desse aqui sozinho!

— Tá bom, não vou te atrapalhar!

— Pare, Futa! — Himiko exclamou, ralhando com seu pokémon. — Não precisa provocar!

Pois o Pinsir logo tratou de mostrar do que era capaz, justificando seu pedido ao tomar certa distância antes de se atirar contra o adversário em um salto, impedindo-o de se levantar por completo. Ele aproveitou a oportunidade para prender suas pernas em uma espécie de tesoura contra o pescoço do Vigoroth, usando de seu impulso para apoiar os braços ao chão, de modo a completar o golpe ao libertar o oponente no último instante, atirando-o outra vez contra o solo.

— Olha aqui, Futa! — O grito de Nick ecoou, atraindo a atenção do Gardevoir, que olhava em direção oposta ao combate, possivelmente para ter a certeza de não haver outro pokémon por ali. — Eu falei pra você que consigo lutar sozi…

—Cuidado!

O grito de Himiko veio tarde demais. O Pinsir cometera o erro cruel de dar às costas ao seu oponente antes de ter a certeza do nocaute. O Vigoroth, posto mais uma vez em pé mesmo após o violento golpe do pokémon besouro, brilhava em uma aura avermelhada, aproveitando a brecha para cravar suas garras nas costas do inseto, perfurando seu exoesqueleto sem dificuldade.

A reação de Futa foi rápida. Um raio de energia púrpura irradiou de sua garra direita, apontada na direção do pokémon preguiça, logo o atingindo em sua face. O impacto fora o suficiente para levar a criatura pela última vez ao chão, enfim fora de combate. Permanentemente.

O destino de Nick, que caiu de joelhos após o golpe, ejetando em um espasmo uma considerável quantidade de fluido de cor amarelada, seria o mesmo.

— Vão embora! — Gemeu ele, consciente de seu estado. — Acabou!

— Não! — Himiko gritou, correndo até o Pinsir enquanto buscava uma pokébola vazia entre seus pertences. — Ainda tem um jeito!

— Esquece isso! — A ordem do pokémon veio junto com um toque no braço da garota, dissuadindo-a de sua tentativa de capturá-lo. — É tarde demais. E mesmo que não fosse, não valeria a pena…

Mais um espasmo, causando que o fluido amarelado se espalhasse no entorno do inseto, o forte odor causando uma leve náusea à jovem.

— Lembre-se do que eu te falei. Mente arejada! — Nick sussurrou, sabendo que seriam suas últimas palavras. — Não deixe… que te controle!

E então desabou, seu impacto contra o solo sendo seu último movimento.

Himiko sentia uma grande vontade de imitá-lo, atirando-se ao chão para não mais sair dali; as energias negativas que carregava sendo potencializadas pela morte do colega. Tanto sofrimento lhe tirava as forças, roubando-lhe a reação.

— Vamos, Himiko! — Futa sugeriu, em uma voz calma apesar do tom ligeiramente afetado. — Não é seguro ficar!

— Me deixa!

— Não vou deixar! Eu prometi cuidar de você até o fim!

— Acabou, Futa! Não tem mais para onde ir!

— Pare com isso! — A firmeza do Gardevoir impactou a treinadora, que finalmente olhou para ele. — Você não lutou contra todo mundo para desistir agora! Tente se lembrar do porquê veio até aqui!

As palavras de Futa lhe atingiam como um tapa em sua face. Doloridas, sim, porém necessárias. Era talvez insensível da parte dele lhe fazer se lembrar de mais sofrimento, mas o argumento era irrefutável. Nick fora um grande conselheiro, com o qual criara um vínculo com facilidade. Comparado à perda de April, no entanto, tal dor tinha um significado quase ínfimo.

E se o contraste não diminuiu a angústia que sentia, ao menos foi capaz de lhe devolver a sanidade, dando à Himiko forças para se levantar. Futa já estava ao seu lado, segurando umas poucas flores arrancadas do mato que crescia em volta, entregando-as para a treinadora na primeira oportunidade.

— É o que podemos fazer…

Ficaram por ali apenas mais um instante, no qual ela depositou o buquê sobre o ferimento aberto nas costas do Pinsir, cobrindo a região na qual ele fora perfurado.

E partiram em silêncio. Não apenas as palavras eram desnecessárias, como também doloridas. Pois a voz de Nick insistia em se manter viva na mente de Himiko; não apenas os conselhos dados por ele na noite anterior, como também a repetição, sussurrada em seus últimos suspiros. Mente arejada.

Ela respirava fundo, soltando o ar com força a cada passo que dava; uma tentativa de colocar para fora toda a tristeza e a raiva que sentia.

Ao mesmo tempo, observava a expressão de Futa; o pokémon se mostrava fechado, a seriedade no olhar lhe dava um ar talvez carrancudo; não havia como ter certeza, mas considerando o silêncio de seu pokémon e os fatos recentes, percebeu na fisionomia dele os mesmos sentimentos que ela mesma carregava quando se perdia em sua mente, batalhando contra suas próprias emoções.

Certamente o pokémon se ocupava com o que pensava. Talvez se culpasse pela morte de Nick, sendo ele próprio a causa da distração que custou a vida do Pinsir. Ou estaria ele, lá no fundo de sua alma, aliviado pelo acontecido? Himiko havia percebido nele uma espécie de medo durante a única frase que pronunciara no meio da noite. Futa podia tentar esconder, mas Himiko sabia que o Gardevoir temia que Nick pudesse lhe fazer algum mal.

Não deve ser… Ele é muito bom em perceber as emoções, não se enganaria desse modo…

— Estamos chegando! — A voz de Futa cortava o silêncio dos pensamentos da treinadora, contudo sem dissipar suas preocupações. O telhado vermelho visto ao horizonte era certamente um centro pokémon, porém o verde que os acompanhara por todo o percurso se negava a dar lugar ao cinza esperado pela proximidade do centro urbano que imaginava ser Fortree.

— Finalmente! — Himiko não conseguiu pronunciar outra coisa, suas necessidades fisiológicas falando mais alto. Demorou a entender porque sentia tanta fome, notando que já caminhava por algumas horas desde o ataque do Vigoroth; o sol já se aproximava do ápice de sua trajetória, a treinadora desejava por qualquer alimento que não fosse uma de suas barras de cereal. Assim como os pacotes de ração pokémon, já estavam em quantidade reduzida na mochila.

Apertou então o passo, logo recolhendo o Gardevoir de volta para a pokébola e a colocando junto às outras, preparando-se para entregá-las à enfermeira do centro assim que tivesse oportunidade.

E o fez no momento em que chegou ao local, ignorando o quão verde era a cidade de Fortree, incapaz de remeter a jovem ao conceito de cidade que ela tinha.

Pois depois de colocar seus pokémon sob os cuidados médicos, direcionou-se de imediato ao refeitório, surpresa com a quantidade de treinadores ali presentes Eram até poucos quando comparava ao movimento que vira em Mauville, porém o espaço reduzido do local criava uma sensação de lotação inesperada para a jovem.

E, distraída como sempre, não foi ela a notar a presença de um rosto conhecido no meio da pequena multidão que aguardava pelo almoço a ser servido; pelo contrário, ele se aproximou sem que a jovem o notasse, pegando-a de surpresa.

— Himiko?

Ela olhou para trás, desejando que o sorriso em sua face fosse natural o suficiente. Pela reação do rapaz, no entanto, teve a certeza de seu fracasso.

— Nossa, você está acabada! O que aconteceu?

Nem mesmo a presença de Brendan lhe dava alegria o bastante. Um claro sinal do quão destroçada Himiko estava.


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Notas finais do capítulo

Ouch!
Me perdoem, não sei o que colocar aqui sem quebrar o clima do final desse capítulo...

Notas do in-game:
Acreditem se quiser, a morte do Nick me afetou de certa forma, justamente pela forma que ocorreu. A descrição da história foi uma das mais fiéis da fanfic, na verdade. Nunca pensei que um Vigoroth (de um treinador, não selvagem) pudesse aguentar um Submission com STAB mesmo estando três níveis abaixo...
(Antes que perguntem, ele virou Bug/Fighting nessa versão, sob a desculpa de ficar mais parecido com o Heracross. Desnecessário.)
Claro que o Counter me pegou completamente desprevenido...

Status do time:
Pokémon: 4
Futakosei (Gardevoir) Lv. 55; Bold, Synchronize.
Ikazuchi (Manectric), Lv.55, Serious, Lightning Rod
Nagrev (Charizard), Lv.54, Naive, Blaze
Rejane (Lombre), Lv.54, Bold, Swift Swim

Mortes: 7 +1 = 8
Nicholas (Pinsir), Lv.32~51, Docile, Hyper Cutter



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