Um mês de desespero escrita por Leon Yorunaki


Capítulo 12
XI: Mind Reader


Notas iniciais do capítulo

E mais uma vez temos um capítulo grande. Parece que estou me habituando a escrever mais em cada capítulo.
Imagino que isso seja bom, não?

Pois bem, Himiko saiu do ginásio cheia de dúvidas. O que irá acontecer com ela você vê aqui embaixo...



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— Você o QUÊ?!

James pulou da cadeira, em um misto de surpresa, alegria e incredulidade. Ele e Himiko encontravam-se conversando despreocupadamente pelos últimos dez minutos no saguão do Centro Pokémon, enquanto a garota aguardava pela recuperação de seus Pokémon, em especial o Swellow. O veneno das garras do Anorith não havia causado nenhum dano mais sério, mas ainda assim era necessário um cuidado especial.

— Se controle, James! — Himiko irritou-se com a falta de discrição do colega. — Desse jeito Rustboro inteira vai ficar sabendo!

— Oh, desculpe. Não consegui me controlar. — respondeu ele, meio sem graça, enquanto se sentava novamente. — E então, o que você fez depois?

— Ora, eu corri para cá. Não queria correr o risco de acontecer alguma coisa com o Swellow…

— Hum… Eu prefiro acreditar que isso é uma história mirabolante da sua cabeça… — o entusiasmo de James dava espaço à inquietação. — Digo, se isso tudo for verdade, quer dizer que a Prof. Roxanne está…

James parou, subitamente. Ele finalmente entendera o que isso significava ao olhar a expressão séria da garota. Ela se encontrava igualmente inquieta com a situação.

O que foi que eu fiz?

Himiko abraçou-o. Ambos soluçavam. Ela percebia o quanto Roxanne deveria ser querida para James, enquanto tentava confortá-lo. Por outro lado, consumia-se pelo sentimento de culpa por terem atacado Bugynus, ainda que Futa tivesse agido em legítima defesa. Himiko sabia que ele não tomaria esse tipo de iniciativa se ela não tivesse dado o gatilho.

— Com licença…

A treinadora foi a primeira a olhar. Uma das enfermeiras estava parada a sua frente.

— Vim lhe avisar que seu Pokémon já está bem. — continuou ela, estendendo-lhe a pokébola. — Não houve nenhum dano grave, mas um pouco mais de repouso vai fazer bem ao Swellow.

— Muito obrigada por tudo. — a expressão de Himiko dava uma deixa de que não estava muito interessada na companhia da enfermeira. Tendo entendido ou não, ela logo virou as costas, deixando os dois a sós novamente, que por algum motivo decidiram se olhar em silêncio, enquanto digeriam os acontecimentos. James parecia perceber que a garota ficara sem graça com a intromissão.

O barulho de um relógio anunciando as cinco horas daquela tarde quebrou o clima fúnebre que fora criado, fazendo com que a treinadora se lembrasse do compromisso que havia assumido naquela manhã; o qual, devido a todos os transtornos que ocorreram durante o dia, havia sido a menor das preocupações.

O Sr. Stone já deve estar me esperando a essa altura…

— Então… — disse ela. — eu ainda tenho mais uma coisa pra resolver hoje…

— Pra falar a verdade, eu também tenho que ir. — completou ele, para o alívio da garota. Ela não queria ser mal-educada. — Não fui em casa desde que saí da aula, minha mãe deve estar louca atrás de mim a essa altura…

Himiko levantou-se, mas foi interrompida quando virava as costas.

— Escuta… — James tomou a palavra. — Não sei quais seus planos, mas talvez seja a última vez que a gente se veja, não?

Ela parou, ainda sem virar de volta.

— Você está na sua jornada, eu ainda não. Imagino que você esteja partindo, então… — James corou ao dizer essa última frase. — Tenha uma boa viagem e… se cuide!

Por que eu estou me sentindo tão desconfortável com isso?

Himiko não sentia ter se apegado ao colega, ainda que um tivesse ajudado o outro em situações diferentes. Mesmo com seus motivos para a viagem, algo lhe incomodava em ter que partir daquela forma.

A garota virou de volta, dando um último abraço em seu colega antes de partir.

— — —

A caminhada de Himiko até o prédio da Devon Corporações ocorreu em um silêncio que chegava a ser inquietante. Não sabia exatamente o que lhe perturbava mais. Ela estava incomodada com inúmeras coisas naquele dia. E algo lhe fazia sentir que ainda não seria tudo.

Talvez fosse a maneira com que Rochard Stone lhe olhava durante o encontro da manhã que a deixasse inquieta. O misto de compaixão e interesse que ele demonstrara não passara despercebido, mas a mente da garota estava muito mais absorta nos dias anteriores do que ocorria naquele escritório.

Ao pensar que ela estava prestes a reencontrá-lo, surpreendeu-se ao notar o quão diferente se considerava.

Tão estranho. Parece que envelheci uns dois anos só hoje...

O dia atribulado realmente fazia com que Himiko não se reconhecesse. E o fato foi notado por um inquieto Sr. Stone, o qual tomava um café gelado em uma mesa externa, em uma lanchonete visível do local em que ela deveria aguardá-lo.

— Até pensei que você não viria, Himiko.

A garota olhou para ele, reconhecendo o sorriso que a recepcionara à saída do hospital naquela manhã. Ver o importante Sr. Stone (ainda com o terno em risca de giz que usava de manhã) naquela lanchonete, rodeado pelo público jovem que a frequentava, estranhamente não o fazia parecer deslocado. Pelo contrário, era como se ele tivesse rejuvenescido por conta do ambiente.

A treinadora procurou alguma maneira para responder, sem conseguir pensar em nada que não fosse presunçoso ou que não pudesse ofender. Conformou-se em apenas sorrir de volta, ao que ele gesticulou para que ela sentasse, continuando.

— Ora, ora, você parece até outra pessoa… mais determinada… Encontrou o que estava procurando?

— Imagino que sim. — respondeu ela, ainda tentando concatenar os pensamentos, tentando entender a que exatamente ele se referia.

— E como está se sentindo? — indagou ele, com genuína curiosidade.

— Hum… — Himiko não sabia bem como responder. Não havia parado para refletir sobre o que sentia até aquele momento. Supôs que ele se referia ao fato de Futa a ter atacado, como haviam concluído naquela manhã. — Acredito que tenha sido para o meu bem, afinal…

Ambos ficaram se olhando, sem realmente ter coragem de quebrar o silêncio que se formou. Ele parecia analisar os trejeitos da garota, que agora começava a ficar sem graça ao ser encarada. Ficaram assim por alguns segundos, que a ela parecera mais de meia hora, até que tomou a coragem para perguntar algo que lhe incomodava:

— Então… Afinal, porque você decidiu me resgatar?

O Sr. Stone começou a beberricar de seu café, como quem ocupava a boca para evitar ter de responder à pergunta. Talvez ele tivesse se incomodado com o questionamento, mas não chegou a demonstrar.

— Você preferia que eu tivesse deixado você jogada lá? — ele riu, tentando quebrar um pouco o clima. Obviamente não conseguiu. — Quando eu estava passando por lá, notei o quão estranha era a cena e achei por bem de tentar fazer alguma coisa.

— Mas… e quanto ao hospital? Me disseram que você pagou…

— Calma, não precisa se preocupar. — ele ponderou, frente a esperada surpresa da garota. — Você viu meu escritório, deve ter formado uma imagem sobre mim, claro…

Ele fez uma pausa calculada, como quem tentava provocar uma reação na garota.

— Você é jovem ainda, talvez não entenda o que eu vá dizer agora. — ele voltou a beber um pouco mais do café. — Em certo momento de sua vida, talvez você perceba que quanto dinheiro você tem não faz mais diferença. Então quanto a isso, não precisa se preocupar.

Aí tem coisa, pensou ela. Tinha certeza que algo ruim estava para vir.

— Porém, há coisas muito mais valiosas que o dinheiro… — O Sr. Stone pegara a sua maleta, procurando por alguma coisa, enquanto continuava. — tenho certeza que você vai poder me fornecê-las como pagamento… — Ele atirou um envelope pardo em direção à garota, enquanto anunciava a última palavra. — Segredos.

A garota, confusa, ficou olhando para o pacote que pousava a sua frente. Não teve coragem de abri-lo, fazendo com que ele insistisse com um gesto.

Havia uma foto dentro do envelope, que parecia bastante familiar à treinadora. Ela ilustrava uma garota (estranhamente familiar a Himiko), deitada aos pés de uma árvore. Ela tinha cabelos castanho-escuros presos em dois coques, um em cada lado da cabeça, na qual se destacavam os lábios arroxeados em seu rosto bastante alvo. Era uma foto que poderia ser considerada poética ou assustadora, dependendo do ponto de vista; uma mancha de sangue na altura do peito mostrava que ela havia sido esfaqueada, de modo a lhe tirar a vida.

Himiko olhou de volta para o Sr. Stone, sem entender o que estava acontecendo. Sua expressão séria mostrava o quão compenetrado ele estava em discutir o assunto.

— Eu sei que você pode me esclarecer umas pontas soltas com relação a esse… problema.

— Desculpe-me, mas… eu não sei do que está falando… — Himiko mostrou-se surpresa, não reconhecendo a pessoa na foto; ele parecia perceber isso no semblante da garota.

— Me permite refrescar sua memória? — interviu ele. — Roxanne Felsen, agora ex-professora da Escola de Treinadores de Rustboro. Algo me diz que você ou o seu Ralts estejam envolvidos com o desaparecimento dela.

Foi então que a ficha de Himiko caiu. Ele está se referindo ao sonho!

Mas… Como ele sabe que eu sonhei com isso?

Levou alguns segundos para que ela pudesse se recompor. De fato, só podia ser ela a garota com quem sonhara, analisando pela foto. Não conseguia se recordar dos detalhes, mas sabia que a pessoa responsável pelo crime era Bugynus, o treinador que ela deixou desacordado no ginásio.

Só que Himiko não poderia provar nada. Para qualquer outra pessoa, seria apenas um devaneio; qualquer acusação soaria leviana. Mas o Sr. Stone… Ele também deve uma explicação.

— E por que você pensa isso?

— Sua expressão não mente. — respondeu ele. — Você sabe mais do que quer me dizer…

— Sem querer soar ofensiva, mas você também não falou tudo. — argumentou a garota. — Quer dizer, se ela está desaparecida, como você conseguiu essa foto?

— O Ralts. — explicou ele. — Não sei se você se lembra, mas eu passei os últimos três dias com seu Pokémon. Eu tomei a liberdade de fazer umas pesquisas com ele e, entre outras, essa imagem foi extraída da amostra de linfa psíquica dele. O que, simplificando, significa que ele presenciou essa cena e ela ficou gravada em sua memória.

Himiko perdeu o pouco de cor que tinha. Não havia como escapar ilesa dessa situação. Decidiu por contar sobre o sonho que tivera naquela noite em Petalburg, ou pelo menos os detalhes de que se lembrava. Ela teve esperança de que o Sr. Stone pudesse compreender que ela não tinha culpa na situação.

— Muito interessante. — respondeu ele, em um tom monótono. — Em condições normais, eu duvidaria de você, mas… — ele hesitou por um momento, abaixando a cabeça. — algo me diz que tudo o que falou é verdade.

A garota respondeu com o silêncio.

— Nesse caso, eu tenho uma proposta a lhe fazer. — o Sr. Stone voltou a olhar para a treinadora. — Vou lhe dar duas opções; você escolhe a que lhe for mais conveniente. A primeira delas é eu lhe levar até a delegacia; você ficaria presa até que as investigações fossem concluídas. Se você for inocente como alega, vai ser liberada em alguns dias.

Himiko fez uma cara feia, como era de se esperar.

— A outra opção é eu lhe levar de volta para a Devon, aonde você pode passar essa noite. Porém, caso você concorde com isso, irei fazer um outro exame, no qual irei precisar tanto de você como do Ralts. Se tudo correr bem, você pode ir embora amanhã de manhã.

A garota encarou-o por alguns instantes. Era a segunda vez que eles se encontravam, e também a segunda na qual ele a deixava sem escolha.

— — —

Seria uma longa noite para a treinadora. Apesar de ter se alimentado bem, por cortesia de seu anfitrião, sabia que teria dificuldades para dormir durante aquela noite, apesar do cansaço acumulado daquele dia, por conta do aparato que havia sido montado em seu entorno. A cama até que não era desconfortável, o que compensava os eletrodos que foram ligados à sua cabeça — quatro, para ser mais exato. Futa havia sido acomodado em uma pequena redoma ao seu lado, também ligado por eletrodos a um computador central. O Sr. Stone cuidava pessoalmente dos preparativos (É pra garantir seu sigilo, dizia ele), o que não foi o suficiente para que ela se acalmasse.

— Em resumo, enquanto vocês dormem, esse equipamento vai poder analisar as ondas cerebrais de vocês dois. — explicava ele. — Desse modo, acredito que seja possível recuperar as imagens desse sonho, supondo que tenha sido só isso…

Himiko pigarreou, interrompendo o Sr. Stone. Ele logo percebeu que o comentário havia sido desnecessário.

— Desculpe, não vou mais incomodar. Qualquer coisa de errado, basta levantar os braços, ok?

Himiko olhou uma última vez para Futa antes de as luzes serem apagadas. Ele já dormia suavemente. A garota pensou que iria demorar a adormecer, porém logo acabou igualmente derrotada pelo cansaço daquele longo dia.

— — —

A noite passou; a manhã que se sucedeu não parecia palpável o suficiente para Himiko, devido ao sono conturbado que não lhe permitira ao menos sonhar. O cansaço do dia anterior, juntamente com as condições desfavoráveis em que dormira, fez com que a garota não se sentisse recuperada ao acordar. Felizmente o mesmo não poderia ser dito de seu Pokémon, que parecia animado enquanto seus eletrodos eram retirados por um sonolento Sr. Stone.

— Bom dia, Himiko. Teve uma noite tranquila? — questionou ele, ao perceber que a garota havia acordado.

— Suponho ter sido melhor que a sua… — ela respondeu, tentando fazer graça da situação, sem ser correspondida. — Não foi tão desconfortável quanto pensei que seria…

Ele se absteve de fazer qualquer comentário, deixando a garota inquieta. Afinal, havia um motivo realmente sério para ela ter se submetido a tal situação. Por isso, decidiu mudar de abordagem:

— Conseguiu chegar a alguma conclusão?

Himiko não havia sido informada dos detalhes a respeito do monitoramento que fora realizado, o que contribuía para sua insegurança. E a expressão com a qual ele lhe olhava acabava por contribuir com sua preocupação.

— Mais do que eu precisava saber, na verdade. Se arrume, vamos tomar um café.

Ele gesticulou para um biombo que havia sido improvisado no laboratório. Ao notar a surpresa da treinadora, ele continuou.

— Prefiro que seja no meu escritório e, convenhamos, seria estranho se você fosse até lá de pijama… — riu.

Bela tentativa de quebrar o gelo, pensou a garota, ainda preocupada, enquanto vestia novamente suas roupas de viagem que usava na véspera, incrivelmente ainda limpas e sem odor.

De fato, a caminhada silenciosa que se sucedeu fez com que a garota voltasse a se preocupar. Na verdade, sentia-se como em um dejà vú, por ter passado pela mesma experiência no dia anterior. Tanto que a visão daquele escritório em tons amadeirados fez com que ela se sentisse mais uma vez um certo desconforto, dessa vez aliviado pelo cheiro de café que se espalhava pela sala, cortesia de uma bandeja com duas xícaras estrategicamente posicionada sobre a mesa, além de pratos com comida humana e ração para Pokémon. Himiko pensava em como o Sr. Stone havia planejado cada detalhe antes mesmo que ela acordasse.

— Por um lado — começou a dizer o Sr. Stone, assim que ambos se encontravam já acomodados. — tive a certeza de que você não teve nada a ver com o caso Roxanne.

Ele fez uma pausa, meio como se saboreasse a expressão que Himiko fazia ao ouvir as palavras. Ela preferia saborear a fatia de bolo de Nanab Berry que estava em seu prato.

— Lógico que não poderia usar esse tipo de informação a seu favor; esse tipo de estudo que fiz ainda não é muito bem aceito.

— Afinal, o que foi esse teste? — perguntou ela, após engolir forçadamente o pedaço de bolo em sua boca.

— Como eu lhe falei ontem, eu monitorei suas ondas cerebrais durante o sono, assim como as de seu Ralts. É uma tecnologia já desenvolvida para Pokémon, criada por uma cientista de Unova, mas o uso em humanos é um pouco… controverso.

— Eu nunca consenti com isso! — irrompeu a garota. — Isso não é invasão de privacidade?

— É o que se discute… Mas sem esse tipo de informação, eu não poderia lhe ajudar!

A garota assentiu, ainda chateada, mas disposta a ouvir.

— Então, no seu caso, consegui perceber que se tratou de apenas um sonho ao analisar os dados. Ainda tenho curiosidade de saber o porquê desse tipo de coisa acontecer, mas foge e muito da minha alçada… — a cada instante, ele fazia uma pausa, como quem dava tempo para a garota digerir a informação. — Ainda falta descobrir quem é essa outra pessoa, creio que assim que a encontramos, solucionamos esse dilema.

Himiko manteve-se calada. Estava claro para a treinadora que ele se referia a Bugynus. Contudo, a escolha de palavras do Sr. Stone fez com que ela chegasse a conclusões que lhe agradavam a respeito da invasão de privacidade cometida por ele.

Ao breve instante de silêncio que se seguiu, ambos se encaravam. Nenhum dos dois parecia satisfeito com o acontecido, ainda que as coisas se esclarecessem.

— Mudando um pouco de assunto… — disse ele. — quais são seus planos?

— Como? — surpreendeu-se Himiko.

— Para onde está indo? Você enquanto treinadora deve estar disputando pelas insígnias da liga, não?

Himiko não respondeu. Questionava sua capacidade de seguir jornada depois do que havia presenciado no dia anterior, em especial sua “batalha de ginásio” contra Bugynus. A imagem dele desmaiado pelo ataque de Futa havia voltado à sua cabeça.

Com a ausência de resposta da garota, ele continuou.

— Eu tenho uma proposta para você. Eu preciso que você leve uma encomenda para Dewford. Imagino que seja o seu próximo destino a partir daqui, já que possui um ginásio sancionado… Quer dizer, não é como se o ginásio de Rustboro esteja em condições de receber desafiantes, não?

Himiko não sabia o que dizer, visto à contradição que percebera nas palavras do Sr. Stone. Considerando que este havia vasculhado seus sonhos na última noite, não seria impossível que ele soubesse o que ocorrera.

O Sr. Stone levantou-se, pegando duas pequenas caixas em uma estante antes de voltar para a mesa.

— Eu ficaria muito feliz se você se dispusesse a entregar esse pacote para um rapaz chamado Steven. — o senhor indicou para a garota a maior das duas caixas, ainda relativamente pequena. — Ele está fazendo um trabalho de restauração em Dewford, creio que não deve ser difícil encontrá-lo por lá.

Himiko analisou a situação, ainda insegura. E eu lá tenho outra opção?

— E o pacote menor? — perguntou Himiko, apontando para este.

— Ele é seu. É um navegador de viagem, creio que vai ser bastante útil para você. E também é um meio de mantermos contato, deixe eu lhe mostrar…

O Sr. Stone pegou então seu próprio navegador do bolso, dando uma breve explicação de como usá-lo para fazer ligações.

— Ele usa uma rede interna, você pode entrar em contato com qualquer outro PokéNav caso tenha o contato da pessoa adicionado. — explicava ele, até que foi interrompido pelo bater de um antigo relógio em uma das paredes, que indicava a oitava hora do dia. — E sem querer lhe expulsar nem nada, mas acho melhor você ir logo. Há uma balsa que sai daqui do porto às oito e meia, se você sair agora acho que ainda consegue chegar a tempo.

Himiko concordou. Se for pra fazer isso, quero resolver o quanto antes.

— A propósito… — completou ele, no momento em que ela se dirigia à porta. — Aproveite para ler o jornal na viagem.

A treinadora considerou o conselho um pouco estranho, mas não o questionou. Talvez o tivesse feito caso soubesse do que se tratava, mas só descobriu o motivo quando embarcou para a longa viagem, ao notar a manchete da capa.

“Assassinato no ginásio de Rustboro.”


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Notas finais do capítulo

Sem querer dizer nada, mas acho que Himiko está em apuros...

Notas do in-game: Nenhuma. Tanto que o Status do time continua idêntico ao capítulo passado.

Status do time:
Pokémon: 5
Ralts Lv. 17; Bold, Synchronize.
Bellsprout Lv. 18; Bold, Chlorophyll
Swellow, Lv.23; Mild, Guts
Hoppip, Lv.15, Lax, Chlorophyll
Igglybuff, Lv.16, Bashful, Cute Charm

Mortes: 3 +0 = 3



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