Por Trás da Seriedade escrita por Lilly Belmount


Capítulo 9
Capítulo 8 - Parte II




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Mellody desta vez saira vitoriosa de seus planos sordido. Já era de se esperar que toda aquela luta não seria em vão. Conquistaria Jared de alguma forma. Logo o jardim foi ficando vazio, não restava a menor esperança de que alguém mais pudesse surgir por ali. Quanto mais pensava em dar um fim na sua vida, mas Cindy não poderia mostrar para Mellody o quanto se sentia péssima.

Tranquilamente Cindy retornava para sua sala, se sentiu pequena diante dos olhares de Mellody para consigo. Sentou-se em seu lugar e esperou Roberta retornar para a sala.

— O que aconteceu? Não era para você ficar triste amiga! — Brincava Roberta.

— Só estou pensando em algumas coisas.

Roberta deu de ombros. Cindy tinha seus momentos solitária e respeitava isso.

— Roberta? — Chamava Cindy baixo.

— Fala.

— Você acha que alguém teria coragem de me usar e falaria mal de mim pelas costas? — Perguntou ela preocupada.

— Por que essa pergunta, Cindy? — Perguntou Roberta surpresa.

— Me responde — Implorou a jovem.

— Aquela vaca foi te encher o saco, não é?

Aquela pergunta tinha um sentido enorme para Roberta. Ninguém poderia mexer com sua amiga e sair vitorioso. Prometera a si mesma sempre cuidar e ajudar sua amiga, ainda mais quando sabia identificar quando havia algum problema e esse problema viesse da pessoa mais enjoada de todo universo.

— Não! — Mentiu ela — É apenas uma pergunta.

— Sei. — Fez cara de desconfiada,que fez a garota sorrir de leve — Bom... se eu fosse homem... o que eu não sou, eu não teria coragem de fazer uma besteira dessa. Você tem muito mais valor do que essas garotas que vivem de saltos e maquiagens. Mesmo o seu humor sendo limitado, faz a vida das outras pessoas serem mais alegres. Ao seu lado as pessoas não têm medo de serem quem elas realmente são, porque você traz a confiança da qual precisam. As fazem se sentirem especiais e amadas.

— Por isso que eu te amo! — Disse ela indo abraçar Roberta — Seria bom se você fosse um garoto. Seria o melhor de todos.

— Meu pai também queria!

Permaneceram em silêncio durante o resto da aula. Era engraçado como Roberta conseguia fazer a amiga se despreocupar de alguns assuntos. Podia se dizer que era muito mais que amiga. Esperar mais duas horas para ir para casa tornava tudo muito cansativo. Queria logo ir para casa e tirar todo aquele peso de sua cabeça. Esquecer das idiotices que ouvira durante o dia. Por que o tempo vai mais devagar, quando desejam que tudo seja mais rápido?

Tudo o que Cindy mais desejava naquele momento era possuir alguns poderes para agilizar o tempo e esquecer as palavras de Mellody. Voltaria para o dia em que a sua tia a fora visitar. Não havia nada melhor do que aquele dia. Ver toda a sua familia sorrindo e se divertindo a enchia de orgulho.

Faltava apenas alguns minutos para que a última aula acabasse. Um alivio e tanto. Alguns estudantes que tinham uma certa mania de saírem mais cedo, comentavam dentre os corredores que Jared estava na rua esperando por alguém. Saber daquela noticia, mexeu totalmente com Cindy. Ficou com medo de sair de sua carteira em rumo à sua casa. Depois que Mellody lhe disse todas aquelas barbaridades ficou um tanto pensativa, não queria que fosse verdade, mas seu principal medo era os seus pais. Aquela garota idiota teve a maldita coragem de envolver os pais de Cindy e temia por eles. Não queria que nada de mal acontecese com seus pais, mesmo com as broncas que levava Cindy os amava incondicionalmente.

— Vamos? — Perguntou Roberta animada.

— Pra onde? — Perguntou ela fingindo estar distraída.

— Falar com o Jared e ir pra casa.

— Ah... — Lembrava-se falsamente — Eu tenho que passar na biblioteca e procurar por alguns livros e acho que eu demoro.

— Livros? — Estranhou Roberta.

— Sim

— Você tem um monte deles na sua casa e quer os do colégio também?

Ela assentiu com a cabeça.

— Pode me dizer porque esse medo agora? — Insistiu Roberta.

— Medo? Eu não estou com medo!!!

Simplesmente não dava para esconder as coisas de Roberta por muito tempo. Tudo seria mais fácil se conseguisse pelo menos dizer o básico, mas não possuia tamanha coragem para assim fazer a sua vontade. A questão mais importante não tratava-se de Cindy se sentir bem ou não, era a segurança de seus pais. Era como estar diante de um tiroteio, não há para onde correr.

Quando as duas já se encontravam do lado de fora do colégio, muitas pessoas as encaravam, Roberta gostou de ser observada, mas Cindy ficou vermelha com todos aqueles olhares. Roberta estava um tanto que na frente, quase perto da onde ele se encontrava. Uma garota de sua turma chamou Cindy para tirar uma dúvida de uma matéria, o que servia de uma boa desculpa para não ir até ele, já que Mellody mesmo de longe a encarava furiosamente. Roberta estava animada como sempre, gesticulava tantos movimentos com as mãos que dava pra ficar louco. Pela expressão do rosto dele, dava pra se notar que não estava nem um pouco feliz, estava mais sério do que nunca.

O que acontecia co Jared que sempre mudava tão rapidamente de humor? Bastava ficar horas longe e uma nuvem negra pairava sobre ele. Observava atentamente as expressões de Cindy. Ela encarava muito o chão e isso o incomodava demais.

— Porque a Cindy não veio com você? — Quis saber ele.

— Não sei...vquer que eu chame ela?

— Não precisa, eu vou lá.

Jared saiu andando a passos largos sendo observado por todos que ali se encontravam, ao aproximar-se, a garota que conversava com Cindy logo teve um ataque de fanatismo e o abraçou de uma maneira sem igual, que fez Cindy rir, por contragosto. A garota gritava desesperadamente e abraçava Jared a ponto dele ficar vermelho.

— Tudo bem, tudo bem — Ele tentava se desvencilhar — Acho que já pode me soltar.

As tentativas de Jared eram em vão, pois parecia que a garota havia passado uma boa quantidade de cola, estava muito impossível de se soltar. Vendo o sufoco que ele estava passando, Cindy convence a garota de que deveria soltá-lo. Triste a garota obedece. Amor de fã nunca morre.

— Ufa! — Respirou ele aliviado — Pensei que ia morrer com uma fã me agarrando.

Ele estava fazendo piadinhas, uma novidade para Cindy. Ele ergueu a sobrancelha, meio perdido no que poderia dizer. Fez um sinal com a cabeça que logo Cindy entendeu, andaram lado a lado. Ele sentiu vontade de segurar-lhe a mão, mas ela colocou-as no bolso de sua jaqueta, precisava evitar transtornos. Toda aquela situação acabaria deixando-a louca. Ser invisivel melhoraria a sua vida.

Ele parou no meio do caminho e encarou-a.

— Tudo bem com você?

— Sim...

— Estou te achando... distante.

— Acho que é a preocupação com as matérias.

— Ah sim. Não fica preocupada, você vai se sair bem. Acredite.

Essa foi por pouco, guardar aquilo dentro de si estava matando Cindy aos poucos. Iria distrair a mente assim que fosse possivel.

Seguiram para perto do carro, permanecendo por pouco tempo aos olhares de curiosos que não entendiam nada. Logo saíram do colégio, mas o silêncio era interminável entre os três jovens que ali estavam. Por que tudo de repente parecia mais complicado? Por que esse medo insignificante aumentava a cada batida de seu coração? Tinha de confiar em Jared, ele a fizera se sentir melhor, a compreendia melhor do que ninguém.

Elas acreditavam que iriam direto pra casa, mas infelizmente o percurso escolhido foi outro. Roberta mais do que nunca ficava animada, por reconhecer o lugar para onde estavam indo, que logo começou a fazer gracinhas para Cindy rir, mas ainda não estava dando certo. Deixava-a preocupada, principalmente Jared, que não fazia a menor ideia do porque de estar agindo assim. Olhava de um lado para o outro ainda confusa. Não queria passar a imagem de quem não estava satisfeita, nem tampouco de que havia problemas. Ainda bem que não estavam indo para um hospital. Só precisava ficar quieta no seu canto sem que ninguém lhe perguntasse o que sentia no momento.

Jared colocava um óculos bem escuro antes de sair do carro. A aquela altura do dia a sorveteria poderia estar cheia. Caminharam para dentro da sorveteria tranquilamente.

— Meninas, fiquem a vontade! Sintam-se como verdadeiras crianças nesse lugar.

Roberta sorriu alegremente para Cindy.

— É uma pena! Terei que tomar todo o sorvete da Cindy! Ela está tão desanimada.

— Não estou desanimada, Rô. Apenas preocupada. — Explicou Cindy

— Não quero ver nenhuma de vocês tistes, desanimadas ou sequer preocupadas. Curtam o dia como nunca na vida de vocês. — Aconselhava Jared.

Os funcionários logo trataram de atender o pedido das garotas, prncipalmente o da Roberta, pois ela fazia com que o s eu pedido fosse bem caprichado. Jared segurava a mão de Cindy, ela não esperava ter aquele tratamento. Um abraço breve os uniu por um instante. Era tudo o que Cindy mais precisava naquele momento. Um ombro que fosse capaz de colher todas as dores e dúvidas. Jared a conduziu para uma mesa e ali ficou a sós com Cindy. A garota estava aninhada em seu peito sentindo o seu doce perfume tentando esquecer as atrocidades do seu caotico dia. Mesmo que a sua razão lhe dizia para não se entregar o seu coração não conseguia obedecer as ordens.

Roberta ao se direcionar para a mesa se sentiu tocada com o que presenciara, ela estava conhecendo esse novo lado de Jared. Cindy sempre falou a respeito desse lado carinhoso dele, mas Roberta preferiu acreditar apenas na teoria de que ele era um rockstar que não possuia algum tipo de sentimento. Ali diante daquele momento encantador o amor reinava, uma demonstração não esperada para aquela garota.

— Desculpa atrapalhar os pombinhos! — Disse ela animada ao se aproximar — Aqui está o sorvete!

— Que exagero Roberta! — Exclamou Cindy espantada — Onde vai parar todo esse sorvete?

Roberta riu.

— Nem te conto amiga.

Jared riu.

As duas garotas se entreolharam. O dia não poderia estar sendo diferente em relação a estes jovens. Para Jared rir realmente tinha de ser algo muito bom, no minimo ele sempre esboçaria um leve sorriso, mas não riria da mesma forma como estava fazendo.

— Está tudo bem Jared? — Perguntou Roberta estranhamente

— Nunca estive tão bem em toda a minha vida. — Declarou ele.

— Então tá.

Logo estavam todos no carro prontos para irem para sus devidas casas. Ficaram um bom tempo na sorveteria brincando, rindo e conversando. Haveria algo mais que poderiam desejar para as suas vidas do que a amizade que se fortalecia? Viviam uma outra realidade da qual estavam habituados, principalmente Jared. Nunca encontrara pessoas que se importassem com o que ele de fato era, enxergavam apenas o astro do rock que era e toda aquela mudança se tornava bem vinda para ele.

Sentiria falta dessa convivência enquanto estiver realizando alguns shows pelo mundo? Apenas iria viver o momento em que se encontrava.

Tomar muito sorvete deixou Roberta muito agitada. Controlá-la era uma missão impossivel. Ela não se importava com o tamanho da sua loucura ou o que iriam achar, não fingia ser alguém que não era só para agradar as pessoas. Gostassem dela como realmente era.

— Roberta! Você vai ficar lá em casa? — Perguntou Cindy de repente.

— Gostaria, mas... mas eu tenho algumas coisas pra resolver. — Ela olhou para o Jared através do retrovisor — Talvez o Jared possa ficar com você até a hora dele ir pegar estrada. O que você acha Jared?

— Por mim, tudo bem.

Era engraçado como as coisas andavam rápidas demais. Cindy não poderia culpar a atitude da amiga, pois mal ela sabia do que havia acontecido em sua ausência. Roberta apenas gostava de ajudar Cindy. Quanto mais tempo passasse ao lado dele, o coração de Cindy batia mais forte e se obrigava a dizer que seria como uma relação de amizade entre eles. Tinha de esforçar-se ao máximo para não estragar tudo que já haviam costruido.

Aquele sentimento estava sendo reprimido por ela mesmo. O pouco tempo que ficaram na sorveteria foi o suficiente para que trocassem olhares e, alguns suspiros muito bem disfarçados. Jared levou Roberta até em casa. Cindy foi forçada a sentar no banco do passageiro, suas mãos tremiam, suava frio. Temia que ele pudesse lhe fazer perguntas que acabassem levando-a a revelar toda aquela preocupação. Tudo seria mais fácil se ele fosse apenas um amigo ou até mesmo que qualquer outro tipo de relacionamento entre eles existissem e que fosse mais fácil o convívio ou até mesmo uma simples conversa.

Ela desceu do carro e abriu a porta da casa. Olhou para trás para certificar que Jared a estava acompanhando. Ele sempre seguia atrás dela com um sorriso misterioso que preenchia seus lábios.

— Fique à vontade. — Disse ela ao entrar em casa.

Foi tudo o que ela disse antes de subir para o quarto para guardar a mochila. Não demorou para que ela retornasse para a sala. Não sabia como se comportar perto dele, afinal todas as suas impressões e expectativas haviam sidos superadas.

— O que iremos fazer? — Perguntou ele quebrando o silêncio.

— Eu não sei...

Cindy não queria lhe impor nada, mas sempre ficava assistindo a filmes e séries enquanto se deliciava com guloseimas. Ela aproximou-se da estante e se pôs a procurar algum filme que lhe agradasse. Não havia como prever o que poderia acontecer no tempo em que estariam juntos.

O filme havia começado e permaneceram lado a lado em silêncio, por mais que tentasse, Jared queria conversar com ela, mas não sabia como começar. Cindy surpreendia-se olhando para Jared por todo e qualquer motivo. Sem motivo também. Ele possuia um magnetismo inexplicável. Nunca haveriam palavras a serem descritas a respeito do que Jared lhe causava apenas com o olhar.

— Quer alguma coisa da cozinha?

— Não precisa se preocupar comigo! — Disse ele por fim — Estou bem assim.

Cindy levantou-se e Jared a acompanhou com o olhar, mesmo com a roupa do colégio no corpo estava linda. A beleza natural era um presente vindo dos céus. Seu celular insistia em tocar desesperadamente, mas ele ignorava. Colocou o mesmo no modo silêncioso, pois Evan parecia não entender que ele não desejava falar com ninguém. Por um momento seu celular deixou de tocar, mas logo as mensagens começaram a irritá-lo. Decidiu ler uma das várias mensagens que Evan havia lhe mandado. Talvez se tivesse ignorado não ficasse tão nervoso. Quando voltasse para a sua própria casa teria uma conversa muito séria com Evan. Largou o celular no sofá e foi para a cozinha, precisava distrair a cabeça.

Cindy estava toda distraída cantarolando, enquanto preparava os lanches. Não percebeu quando ele entrou.

— Quer ajuda? — Perguntou ele indo para perto da bancada.

— Não precisa. Já estou terminando.

Não haviam maneiras de evitar uma encarada profunda para Cindy. Era assim a todo momento. Cindy procurava algo no armário. Não conseguindo se controlar Jared a abraçou pelas costas. Um arrepio intenso percorria a espinha dela. Ela se virou para melhor observá-lo, mas foi quando o beijo aconteceu. Um beijo leve e quente permitia que ambos se libertassem. O tempo ia passando e o calor do corpo de Jared próximo ao dela provocava sensações inexplicaveis.

— Desculpa — Desculpava-se ela afastando-se.

— Pelo o quê?

— Por isso, por tudo...por estar agindo feito uma louca.

— Você não está agindo feito uma louca...só um pouquinho estranha...diferente de ontem quando estávamos sozinhos.

Ele sabia que algo de errado estava acontecendo. Mas caso ele a interrogasse, como poderia respondê-lo? Emoções contraditórias se apoderam de Cindy.Não sabia mais o que dizer,nem o que fazer.Sabia ,porém,que Jared estava caminhando em sua direção e lia em seus olhos a preocupação.

— O que está te preocupando? — Perguntou ele cruzando os braços.

— Nada demais... problemas do colégio.

Foi tudo o que ela conseguiu dizer. O silêncio reinava entre eles. Cindy retornou para a sala e Jared a acompanhou tomando o seu posto de antes. Mesmo que estivesse prestando atenção no filme, os pensamentos de Cindy a pertubavam completamente. Assim que o filme terminou Jared a ajudou a deixar a cozinha organizada.

Jare pensava que poderia ser algo que ele havia feito para se manterem tanto tempo em silêncio. Cindy o acompanhou até a porta, esperou até que ele estivesse bem distante para fechar a porta, estranhou ao vê-lo retornando. Tocou o rosto da mesma com delicadeza, não havia como resiritr as provocações dele. Jared sabia o que fazia para deixar Cindy maluca com os seus toques. Um beijo se iniciou entre eles, calmo e preciso, lento e sensual.

À medida que ela tentava se afastar, ele a segurava mais forte contra si. Suas pernas começaram a ficar moles. Com a respiração falha,ela conseguiu dizer por fim:

— É melhor você ir.

E ele seguiu para casa sentindo-se melhor do que antes. Cindy estava confusa. Queria ter ele ao seu lado, mas queria que tudo fosse mais calmo e que pudesse resolver tudo sem que tivesse de ser ameaçada por Mellody. Ela sim, a deixava mais assustada.

Subiu para o quarto e ali ficou por um bom tempo, refletindo sobre quais seriam os seus próximos passos. O tempo que Jared ficou na casa de Cindy, foi mais que suficiente para que ela perdesse completamente os sentidos.

Brenda havia chegado em casa poucos minutos depois que Jared havaia saido da casa dosHattman's. Era de costume, Brenda chegar em casa e dar aquela arrumada, principalmente na sala. Seu lugar favorito de toda a casa. Em meio as almofadas a senhora encontrou o celular que pertencia a Jared. Subiu até o quarto da filha,para entregar-lhe o celular.

— Filha,seu celular estava lá no sofá. — Disse a senhora mostrando o aparelho.

— Mas o meu...

Na verdade o celular de Cindy estava na sua mesa de cabeceira, sabia que pertencia a ele, no entanto não hesitou em pegar.

Não poderia ficar com algo que não era de seu pertence. Analisava o aparelho em sua mão como quem analisava uma jóia preciosa e única. Tinha de devolver o celular dele o quanto antes. Desceu as escadas disposta a ir para casa de Jared.

Estranhou quando chegou de frente a porta de entrada, havia uma discussão muito forte e intenda entre os irmãos. Ficou parada diante à porta, sabia que ouvir a conversa de outras pessoas era errado, mas estranhou principalmente quando ouviu Evan envolver o nome da jovem.

O espanto e a curiosidade estavam do lado dela. Aos poucos tornavam-se mais sérias as ofensas.

— ... a Cindy é só mais uma na minha lista, Evan! Não acrescenta ou sequer diminui nada na minha vida. Sempre foi assim e assim sempre vai ser.

— Até parece que você mudaria por alguma garota! — Exclamava Evan furioso.

— Não! Eu não sou assim. Você me conhece melhor do que ninguém. Tenho uma lista imensa que cresce a cada dia que se passa. — Reforçava Jared — A Cindy é só mais uma.

Como poderia ser tão tola a ponto de acreditar em que as pessoas poderiam mudar? Ela não o merecia. Tudo não passara de um simples engano. Seus olhos ardiam. Mesmo diante de tanta demonstração de sentimentos e afeição, acreditou em tudo o que ele lhe contava. Imaginou uma relação única com ele, mas Jared conseguiu acabar com cada um de seus sonhos. Tocou a campainha apressadamente, queria logo entregar o aparelho e sumir dali. Evan foi quem atendeu a porta.

— Cindy? — Cumprimentou ele alto em espanto.

— Por que o espanto? — Questionou ela irônica.

— Por nada! Quer entrar?

— Não, obrigado. Só vim entregar o celular do seu irmão. Ele esqueceu na sala.

Jared apareceu na porta empurrando Evan pra dentro. Cindy engoliu em seco ao vê-lo. Como ele poderia ter dito aquilo sobre ela? Era inadmissível acreditar que ele estava sendo diferente do que esperava. Fora iludida da pior forma.

— O que houve? — Perguntou ele preocupado.

— Vim entregar seu celular.

— Fica um pouco?

— Não posso... até qualquer dia.

Ele a observou sair como quem tivesse visto algo assombroso. Correu para o seu quarto, Cindy jogou-se na cama tentando tirar da cabeça o que havia ouvido. Lágrimas formavam-se prontas para escorrer pelo seu rosto e secar. Ficou ali durante horas e adormeceu. Dormiu a noite inteira.Quanto menos pensasse nele, mais fácil seria apagar da mente o que havia escutado.


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Notas finais do capítulo

Para quem acompanha, por favor deixe um recadinho só para dizer o que gostam, sugerem...FIQUEM À VONTADE



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