Eu Desisto - Zeus e Hera escrita por Lizzy Di Angelo


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

~tirando as teias de aranha~

Oi oi pessoal, depois de tanto tempo: I'm back
Bom, em primeiro lugar, gostaria de me desculpar pelo sumiço, mas não estava conseguindo escrever, então tive que deixar essa historia em hiatus. Porem, estou de volta e estou reescrevendo essa historia (eu reli e bateu uma vergonha básica).

Espero que continuem gostando e acompanhando "Eu Desisto", mesmo com as mudanças que ocorreram.

Kissus, Lizzy Di Angelo ♥



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Estava entediada. Imortalmente entediada daquele conselho patético. Por que existia um conselho se Zeus sempre insistiria em fazer sua decisão prevalecer a de todos os demais? Estava prestes a enfiar pregos em seus ouvidos, e não havia duvidas que todos planejavam fazer o mesmo se escutassem mais um “eu sou Zeus, Deus dos deuses, rei do Olimpo”. Suspirou, mais alto do que esperava já que diversos pares de olhos se viraram para si.

−Gostaria de dizer algo, querida? –aqueles olhos azuis faiscantes a observavam de perto, sorriu fria para o venenoso “querida”.

−Sobre o que é esse conselho mesmo? –perguntou olhando para suas belas unhas, cuidadosamente pintadas de azul. –Parei de ouvir logo após o primeiro “eu sou Zeus”. –não existia mais paciência para aqueles apelidos venenosos, nem para as ameaças silenciosas, nem para nada.

−O conselho esta encerrado. –a ordem ecoou por toda a enorme estrutura, como um trovão, e mais rápido do que deveria ser possível, Hermes correu para fora. Deixou uma risada escapar, aqueles deuses que ela criara como se fossem seus próprios filhos jamais deixariam de impressioná-la. –Hera, queira me acompanhar.

−Sinto muito, querido, mas prometi para Adhara e Skiá que passaria minha tarde com eles. –respondeu cordial, embora aquele tom apenas disfarçasse a frieza de sua voz. Não sentia muito, não sentia absolutamente nada em relação a ele, apenas um seco amargor em sua boca.

−Não é um pedido. –quase bocejou, estava recebendo uma ordem do grande Zeus. Seguiu-o por entre os corredores que adentravam aquele salão, sua túnica da mais bela seda se mexia graciosamente, seguindo seus passos firmes. –O que deu em você?

Não gostava daquele escritório onde estavam. Era impessoal, e gelado, e de Zeus. As paredes cinzentas lhe faziam questionar se aquela sala não era um reflexo do deus, um reflexo menos áspero. Sentou-se na poltrona preta que ocupava o centro da sala, ainda que ele não houvesse lhe convidado a se sentar, e arqueou uma de suas perfeitas sobrancelhas castanhas. Só de pensar que estava perdendo uma adorável tarde com seus sobrinhos para falar com Zeus, sentia um pouco de seu paladar se perdendo, tinha certeza que nem mesmo o mais puro néctar seria tão saboroso ali.

−Em mim? –perguntou cinicamente. –Creio que absolutamente nada. –não havia percebido sua lenta transformação em todos os séculos em que transcorreu, não merecia suas respostas, nem mesmo a mais grosseira delas.

−Não seja impertinente, Hera. –brandiu novamente, cheio de fúria mal contida.

−Não estou sendo, Zeus. –ironia nunca fizera parte de si, ou de seu humor, mas às vezes a morena achava-a muito conveniente.

−Onde está sua coroa? –perguntou, parecendo só se dar conta daquela falta no momento.

“Eu não a uso faz uma semana”, Hera ouviu uma voz em sua mente gritar, mas ao invés disso, agiu como se nem se lembrasse daquela falta.

−Decidi não usá-la hoje. –comentou desinteressada, mexeu num anel de diamantes que ganhara de Hades em seu aniversário de dois bilhões de anos, onde todos se lembraram, menos o glorioso e ocupado deus dos céus.

−Por quê? Você gostava daquela coroa. –aquele comentário estúpido lhe rendeu um olhar gelado e um sorriso irritado.

−Tem razão, eu gostava dela. –disse cheia de convicção. −Não gosto mais.

Não queria aquela coroa, nem os vestidos que ele lhe dera no inicio do casamento (não que ainda os tivesse, queimara-os com fogo grego juntamente com o vestido que usou no fatídico dia em que se casara), e nem mesmo as jóias vindas dele. Já havia meses e meses que usava apenas as jóias que ganhara de seus irmãos e irmãs, de seus filhos e sobrinhos, e aquelas que escolhera por si só, sem interferências dele.

−Infelizmente, Zeus, cansei de todas as peças que parecem ser um certificado de estupidez. Desde aqueles vestidos que você teria dado para qualquer uma de suas amantes mortais, até aquelas jóias que eu sempre odiei, mas que pensava que você gostava. E então, aquela maldita coroa, que já me parece mais um par de chifres do que algo do qual deveria me orgulhar. –proclamou com a voz fina de fúria, se levantou tempestuosamente, os olhos cor de mel finalmente mostravam que ela era bem mais do que uma esposa ciumenta, era a poderosa deusa da vida. –Então, espero que tenha uma excelente tarde ajudando a povoar o lar dos semideuses.

E então sumiu. Desaparecera no ar, deixando para trás um perfume de rosas, que se aquele deus houvesse se importado, saberia ser sua flor favorita.


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Notas finais do capítulo

Atualizado em 04/01/2017



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