Higure Kaminari escrita por Lailla


Capítulo 9
Capítulo especial: Como tudo começou! Parte II


Notas iniciais do capítulo

Meus lindos, estou pondo a segunda parte agora, porque achei maldade fazê-los esperar 'kkk Vou postar a última parte amanhã para voltar com a Kaminari no sábado. Aiii!!!! Por favor, não me odeiem por amanhã *-----*

*Leiam as notas finais depois ;)



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Manae acordava. Sua visão ainda estava turva, mas aos poucos ficou nítida. Ela levantou assustada, não estava mais na caverna. Analisou o lugar, parecia um quarto. Quando olhou para baixo viu que não estava mais usando suas roupas, mas uma calça e blusa simples.

– O que... – Ela ficou nervosa, olhando para todos os lados.

– Acordou? – Kori disse, entrando no quarto e fechando a porta. Ele segurava um prato e um copo – Bom dia. Na verdade, boa tarde. – Ele sorriu.

– Onde estamos?

Ele hesitou, mas contou.

– Na aldeia.

Sua aldeia?

Ele confirmou com a cabeça.

– Mas...

– Eu te trouxe escondida. – Ele disse calmamente dando de ombros.

– Como?

– Com ajuda. – Ele disse hesitante.

Ele fez careta e Manae sorriu. Kori olhou para ela sorrindo, com certo brilho no olhar e uma pitada de vergonha.

– Mas... Se eu devia ter morrido... Quem te ajudou?

– Acho que fui eu. – Shyio apareceu na porta.

Shyio deu uma tapa em Kori quando chegou perto dele. Manae se assustou.

– Já pedi aos meninos para fazer o genjutsu, “Baka-sama”. – Ela olhou Manae em seguida, que se assustou – Ela é bonita. E esses olhos... Entendi porque não a matou.

Manae ficou boquiaberta e corada.

– Bem... Eu vou indo. Vim ver se você estava bem.

– Ahm... – Ela gaguejou.

– Kori me pediu para ajudá-la.

Manae arregalou os olhos e tirou a coberta de cima da sua perna para ver seu estado. Não havia mais nada. Ela passou a mão para ver se era aquilo mesmo que estava vendo. Olhou para Shyia e sorriu, admirada.

– Obrigada... Etto...

– Shyia.

– Shyia-sama.

Kori sorriu. Shyia virou e sorriu para ele indo em direção à porta.

– Não esqueça que seu irmão vai voltar em alguns dias, Baka-sama. – Ela disse com as mãos para trás, sem olhar para ele.

– Hai. – Ele disse de cabeça baixa.

Shyia saiu do quarto e fechou a porta. Kori olhou para Manae, ela se cobria, parecia embaraçada.

– O que foi?

– Quem me trocou?

Ele sorriu, ela corou.

– Não fui eu.

Ela se jogou na cama aliviada, com as mãos apertando a coberta contra o peito. Virou a cabeça e o olhou.

– Que genjutsu?

– Para esconder a aldeia. Não basta ela ficar no meio da floresta.

– Ah... Verdade. – Ela não havia pensado nisso – O que tem seu irmão?

Kori sorriu. A curiosidade acentuada de Manae o fazia querer saber mais e mais a respeito dela.

– Ele... Não gosta muito de humanos.

– Mas vocês também são pessoas.

– É metade, metade. Mas mesmo o clã surgindo de uma miscigenação, ele acha que somos sangue puro.

– Ah... O que ele vai fazer comigo?

– Com certeza... – Ele se sentou no pé da cama – Querer te matar.

Ela ficou nervosa.

– Mas... – Ele a fez se sentar, gentilmente – Eu não vou deixar.

Kori pôs o copo e o prato do lado da cama e acariciou o cabelo dela. Ele gostava da cor. Passou para sua bochecha e a beijou de novo, deitando-a na cama. Ele se deitou ao lado dela. Ficaram frente a frente. Ela olhava aqueles olhos amarelos e ele olhava seus olhos azuis cristalinos. Acariciou seu rosto. Ela o observava, admirada.

– Acho que eu tenho que voltar pra casa.

Ele entristeceu a expressão.

– Mas... Não quero.

Kori a beijou de novo, um beijo mais intenso. Pegou em sua cintura e a fez chegar mais perto dele. Ele começou a levantar sua blusa, mas ela o impediu pondo a mão em seu peito e parando o beijo. Abaixou a cabeça com vergonha. Ele beijou sua testa.

– Eu tenho medo. E vergonha...

– Mas... Você quer que seja comigo? – Ele perguntou hesitante, com medo da resposta.

Ela riu envergonhada, apertou a blusa dele.

– Quero.

Ele sorriu sem que ela visse.

– Eu posso esperar.

Ela sorriu.

Kori se levantou e deu o copo e o prato para Manae. Ela se sentou e começou a comer. Ele deitou ao seu lado, observando-a e sorrindo.

Os dias foram passando e Manae continuava na aldeia. Shyia deu a ela um vestido, que ela amarrou uma corda de duas cores na cintura, dando várias voltas. Kori a levou para caminhar pela aldeia. Todos olhavam os dois, mas não diziam nada. Manae achou isso estranho. Mas a razão era que todos sabiam que ela não era da aldeia.

Kori possuía o cabelo branco. Mesmo tendo um irmão, ele não tinha o mesmo cabelo, pelo contrário, eram negros. Mas os olhos eram os mesmo. Os Ookami ningen normalmente possuíam os cabelos castanhos ou negros, e olhos castanhos. Manae era exótica com seus cabelos e olhos.

Ele a levou no parque improvisado para as crianças. Era feito de madeira. Elas se encantaram pelos olhos e cabelos de Manae. Ele sorria ao vê-las brincando com os cabelos dela. Ela sorria e a cada minuto se assustava, mas logo sorria de novo. As crianças viravam pequenos lobos e corriam pelo parque brincando de pega-pega.

Dois dias depois, Kori a levou ao Vale das Cerejeiras. Era um lugar há mais de cem quilômetros da aldeia dos lobos. E pouquíssimas pessoas conheciam a entrada: uma caverna escondida entre rochas há 15 metros de altura. Além do longo caminho, quem não conhecesse a caverna ficaria perdido por muito tempo. Kori precisou fazer suas mãos virarem patas e escalar a parede com Manae em suas costas. Quando chegaram ao Vale, ela ficou maravilhada. Era um lugar com a grama bem verde e várias árvores de cerejeiras. A grama ficava coberta pelas pétalas das cerejeiras.

– É tão... Lindo! – Ela disse com as mãos na boca.

Ele sorria, com as mãos nos bolsos. Cada vez mais se apaixonava por ela.

– Quase ninguém conhece esse lugar.

Ela estava maravilhada demais para dizer algo mais. Ele sorriu e pegou em sua mão, direcionando-a pelo caminho. Ficaram horas lá. Conversaram e caminharam. Ele pegava as flores e as colocava no cabelo dela. Sentaram na grama coberta pelas pétalas. Ela fez uma coroa de flores, ele a pegou e pôs na cabeça dela.

Apenas se conheciam há alguns dias, mas aos poucos ela se apaixonava por ele. Kori a machucou, mas a ajudou. Além de transformar uma pequena parte de sua vida em um paraíso de repleta felicidade. Manae achava que ele era um sonho, que tinha sido desmaiada pelo lobo branco e começou a sonhar com um rapaz de cabelos da cor da neve. Ela se esqueceu de que deveria voltar.

Os dois voltaram para casa de Kori. Manae então percebeu como ela era. De madeira, aberta e arejada, as janelas tinham vidros com vários desenhos diferentes esculpidos. Ele a pegou no colo e foi para o quarto. Ficaram se beijando na cama.

– Nee...

– Hum? – Ele sorriu começando a beijar seu pescoço e cheirá-la.

– Você me acha uma pessoa má?

– Por quê? – Ele perguntou confuso, parando de beijá-la.

– Eu desapareci. Eles devem estar me procurando.

– Seus pais?

Ela balançou a cabeça.

– Meus pais morreram há três anos. Meus amigos.

– Por que você seria má? – Ele não entendeu.

– Porque... Eu desapareci e não quero voltar pra casa.

Ele acariciou a cabeça dela.

– Você... É a pessoa mais bondosa que já conheci. Nunca pensei que alguém de fora faria o que você fez quando me viu virar pessoa.

– O que eu fiz?

– Não teve medo.

Os olhos dela brilharam, mas uma curiosidade lhe ocorreu.

– Você... Já tinha feito isso antes?

– Não.

Ela de certa forma ficou aliviada.

– Normalmente quem passa por aqui são homens que escutaram lendas sobre os Ookami ningen. E querem nos matar para descobrir o segredo.

– Segredo? – Ela falava docemente.

Ele não pensava mais se aquilo era certo ou errado, apreciava a curiosidade dela e a atendia sem pensar duas vezes. Kori durante os dias que se seguiram, contou a ela sobre a grande força, o controle perfeito do chakra e a ameaça que os outros países sentiam a respeito deles. Ela nunca ouvira falar daquele Kekkei Genkai. Ele contou que quando nasceu, a grande caça aos Ookami ningen já durava anos. Os humanos queriam saber como eles possuíam aquela força e aquele controle perfeito do chakra. Caçavam todos eles com seus jutsus, e a grande força que possuíam não se comparava aos animais gigantes que os humanos invocavam. Kori descobriu quando pequeno que usava o Raiton, porém um tipo diferente. Ele não precisava dos selos das mãos, apenas emanava seu chakra ao redor do corpo e os grandes raios surgiam.

Quando ele tinha 7 anos, seus pais foram assassinados pelos humanos. Shyia, que era amiga de seus pais, ajudou a criar os dois depois da dispersão, protegendo-os. Seu irmão, ao atingir a idade adulta, queria reunir um exército dos que sobraram e atacar a todos por vingança, mas Kori decidiu que a melhor opção seria salvar e proteger os que sobraram, já que não foram muitos. Seu irmão não aceitou e os dois brigaram. Ambos se transformaram totalmente em lobos e a luta mais brutal jamais vista entre os Ookami ningen começou. Kori era um lobo grande e branco e seu irmão, mesmo sendo mais velho, era um pouco menor que ele, sendo chamado de lobo negro pela coloração de seus pêlos.

Kori ganhou a luta, deixando seu irmão um pouco machucado. Ele ficou conhecido como “O Grande Lobo Branco”. Todos se refugiaram num local seguro nas montanhas. Permaneceram lá, deixando sua existência desaparecer para o resto do mundo. Como restavam poucos, não demorou para os humanos pensarem que eles estavam extintos. Quando a guerra cessou eles reapareceram, porém como nômades. Sempre mudando de lugar e com o risco de serem descobertos e atacados de novo, se instalaram na floresta, entre o País do Trovão e do Som. Eventualmente saíam para buscar comida, roupas ou o que necessitavam. Aos poucos ergueram uma Aldeia, a “Aldeia dos Lobos”, e usavam um Genjutsu poderoso para confundir quem se aproximava e não encontrar a Aldeia. Kori se tornou o líder por escolha do povo. Ele deu o título de Capitão da guarda ao seu irmão, para proteger a Aldeia.

– Você chegou muito perto da Aldeia, o Genjutsu se tornou inútil. – Ele disse a Manae – Quando isso acontece, devemos matar o intruso.

– Mas por quê? Por que matar?

– Porque a Aldeia não está em nenhum mapa. Ninguém a conhece ou sabe que existe. Se descobrirem, os outros países podem querer nos caçar de novo.

– Mas as pessoas mudaram. Isso foi há anos. As coisas estão diferentes.

– Manae. Você viu as crianças brincando no parque?

– Claro. – Ela sorriu – Brincaram comigo.

– As pessoas mudaram porque nós desaparecemos. Se descobrirem, se eu pensar que todos lá de fora são bons e com boas intenções, elas talvez sejam assassinadas.

Manae se espantou.

– Isso pelo simples fato de virarem lobos para brincar de pega-pega. Na minha infância, vi muito amigos morrerem enquanto fugiam. Eles não tinham piedade nem com as crianças. Não posso fazer isso. Estamos em paz... Talvez seja melhor deixar assim.

Ela abaixou o olhar. Sabia que ele tinha razão. Havia muitas pessoas boas, mas também ruins.

– Se... Eu escolhesse ir embora. Você me mataria?

Ele olhou para ela.

– Não...

– Mas eu não seria um perigo?

– Não.

– Por quê? Eu sei de tudo.

Ele sorriu, carinhosamente.

– Mas você não é má. Você entende as coisas. Não contaria a ninguém.

Ela sorriu, seus olhos começaram a marejar.

– É...

O silêncio se instalou por alguns minutos até que Kori ficou em dúvida. Abaixou o olhar, entristecido.

– Você... Quer ir embora?

Manae olhava para ele.

– Não. – Ela respondeu sem hesitar. Ele a olhou, surpreso.

– Por quê?

– Porque... Eu amo o líder da Aldeia dos Lobos.

Ele arregalou os olhos, não esperava isso.

– Kori-kun – Ela brincou – Quero ficar com você. Quero ficar aqui. Quero... Ser a mãe dos seus filhos. – Ela disse corando, olhando para baixo.

Ele pegou em seu queixo e a fez olhá-lo. Aqueles olhos a fitaram.

– Manae... Quer casar comigo?

Ela o olhava, maravilhada. Um sorriso surgiu.

– Quero.

Ele começou a rir e a pegou no colo, beijando-a.

...

No parque, sentado num banco, Gai estava cabisbaixo pensativo.

– Gai-kun?

Ele virou a cabeça.

– Hum... Kurenai-chan.

Ela se aproximou e sentou ao lado dele. Não sabia o que dizer.

– Quase um mês... – Ele murmurava – Ela desapareceu.

Ela olhou para ele, triste.

– Sabe, às vezes eu passo na frente da casa dela. E às vezes pareço escutar ela pulando nos telhados. Nem parece que ela se foi.

Ele balançou a cabeça, concordando.

– Eu não consigo aceitar isso. – Ele disse, indignado – Ela simplesmente sumiu, sem deixar rastros. Ninguém a encontrou, nem os melhores ninjas! Ela é uma das shinobis mais habilidosas. Como isso aconteceu?

Kurenai preferiu não dizer em voz alta o que ela achava. Gai já estava abatido demais para ficar imaginando o que Manae teoricamente havia passado. Gai levantou e foi embora com a cabeça baixa e as mãos nos bolsos. Kurenai olhou para o céu, preferindo achar que a amiga estava bem, em algum lugar.

...

Mais três dias se passaram. Manae acordava na cama de Kori. Ela passou a mão do seu lado, ele não estava. Ela estava debaixo das cobertas e nua. Olhou para cima sorrindo, relembrando da noite anterior.

Eles estavam se beijando, ela já estava pronta para dormir. Ele ia dormir no chão, como estava fazendo nos últimos dias. Por um momento ela não sentiu mais medo, apenas o queria. Olhou para ele, pedindo com o olhar. Ele não entendeu no começo, arregalou os olhos perguntando a ela se tinha certeza daquilo. Eles se casariam no próximo mês. Ela confirmou com a cabeça tirando sua blusa, envergonhada. Quando seu sutiã ficou à mostra, ela o cobriu com o cobertor. Ele ficou um pouco nervoso de vê-la daquele jeito, mas lentamente pôs as mãos nas costas dela e tirou o sutiã. Ela corou mais ainda. Ele a deitou na cama beijando sua bochecha e aos poucos seu pescoço, ela estava ofegante. Tirou sua blusa e voltou à beijá-la. Ele foi calmo, paciente e carinhoso. Fizeram amor naquela noite. Quando terminaram e ela já havia adormecido, ele a olhava sorrindo, tirando alguns fios rosa da frente de seu rosto.

Ohayô. – Ele disse entrando no quarto, despertando-a de seus pensamentos.

– Oi... – Ela sorriu sentando na cama. Cobria os seios com o cobertor.

Ele sentou ao seu lado, beijando-a.

– Dormiu bem?

– Hai. – Ela disse um pouco corada, ele sorriu – Onde estava?

– Shyia-sama me chamou. Ela ia perguntar a data para confirmar, mas nos viu na cama. Me acordou e me mandou ir para o outro cômodo. Era pra bater na minha cabeça. – Ele riu coçando a bochecha – Me chamou de “garoto irresponsável e apressado”.

Manae sorriu com ele. De repente escutaram o bater da porta. Kori olhou para a porta sério, parecendo saber o que passaria por ela.

– Kori! – Alguém com a voz muito irritada o chamou entrando no quarto.

Manae exclamou muda e assustada, e se escondeu atrás de Kori, cobrindo-se mais ainda.

– Então é verdade, bakayaro! Você trouxe uma humana para a aldeia?!

Mane ficou com medo. Era um homem alto, forte, de cabelos negros e estava extremamente irritado.

Ohayô, nii-san. – Kori disse calmamente.

O homem fitava Manae, escondida atrás do irmão.

– Já não bastava trazê-la aqui... – Ele rangia os dentes – Ainda dormiu com ela?!

Kori levantou calmamente e ficou frente a frente com o irmão, Manae se encolheu recuando um pouco.

– Nós vamos nos casar, nii-san.

– O que? – Ele disse gaguejando, indignado – Não vai se casar com um ningen! Eles são insetos miseráveis. Eu não vou permitir.

– Eu já me decidi e a data está próxima. Se não quiser ir, vá para a floresta e proteja os arredores como os outros. Afinal,... Foi para isso que eu dei a você o título de Capitão da guarda.

O homem ficou irritado.

– Devia tê-la matado...!

Urusei, Izukare! – Kori exclamou.

Manae o olhou, ele estava de costas e tenso. Era a primeira vez que o vira daquele jeito.

– Quanto a isso você não pode fazer nada. – Ele se acalmou aos poucos – Saia daqui, por favor, está deixando minha futura esposa envergonhada.

Izukare o fitou, ele estava furioso. Ele era submisso ao líder como todos os outros. Kori era gentil e amigável, principalmente com Manae, mas quando o desrespeitavam ou o desobedeciam, ele mudava e se tornava um líder rígido e sério.

– Ahou. – Izukare resmungou e se retirou, saindo em seguida da casa.

Manae estava nervosa. Kori se sentou ao seu lado novamente.

– Está tudo bem.

Ela assentiu com a cabeça.

– Será que ele fará algo?

– Se ele fizer, eu o mato. – Ele disse ficando sério novamente.

– Kori? – Ela pegou em sua mão e sorriu. Ele voltou ao normal e a beijou.

Os dois se casaram no mês seguinte e todos na aldeia comemoraram. Izukare os observava de longe, irritado. Manae foi bem-vinda na aldeia. Ela se tornou a esposa do líder, e além de ser bondosa com todos e ajudá-los, ela ficou conhecida como a “Cerejeira do Grande Lobo Branco.”. Todos sabiam quem ela era, e com sua beleza exótica não era difícil.

Manae passava muito tempo com Shyia, quando Kori precisava sair com os outros para caçar ou proteger os arredores. Raramente ele ia para muito longe, mas quando acontecia, Manae não parava em pé um momento pela preocupação.

– Nee, Manae-chan? – Shyia a chamou. Elas costuravam uma manta, juntas.

– Hai. – Ela sorriu.

– Kori-chan foi aonde?

Manae riu, ela achava graça por Shyia ainda chamá-lo como criança.

– Ele foi à grande tenda, discutir algo com o conselho.

– Ele ainda está tentando convencer o conselho de começar a nos mostrarmos?

– Está, mas com dificuldade. Ele diz que como a Grande Caça quase dizimou o clã, a maioria não permiti a decisão.

– Soka...

Elas se voltaram para a manta, mas Shyia a observava sorrindo.

– Nee, Manae-chan... Você mudou.

– Como assim?

Shyia se aproximou e pôs a mão na barriga de Manae, deixando o chakra fluir em sua mão.

– Etto... – Manae riu – O que a senhora está fazendo?

– Nee, Manae. Acho que chegará alguém logo. – Ela sorriu voltando a costurar.

Manae ficou a olhando, em dúvida. Pôs o cabelo atrás da orelha e começou a pensar. Percebeu que há alguns meses algo não vinha mais como de costume.


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Notas finais do capítulo

Meus amores, Manae ficou na aldeia com Kori porque o amava, e mesmo ele dizendo que ela guardaria segredo, que é o que faria mesmo, ela teve receio de que se voltasse os outros shinobis perguntariam a razão dela ter desaparecido, e a explicação disso englobava a aldeia dos lobos, já que não iriam engolir qualquer desculpa. E principalmente o fato de ela talvez nunca mais poder ver Kori. Não que ela não ligasse para os amigos ou a vila e tal, mas se ela voltasse para casa nunca mais veria Kori.

Não pus essa explicação porque daquele jeito ficou tipo mais romântico, aí coloquei aqui 'rs



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