Doce Pecado escrita por Ximena Évora


Capítulo 6
Amarga Surra ... Indo embora de casa


Notas iniciais do capítulo

Gente quero pedir mil desculpas por a demora e quero dizer que adoro cada comentario de voces .. Não fiz revisão :|



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/616088/chapter/6

Maria já havia dito a Otavio que não aturaria suas vagabundas debaixo do mesmo teto que ela e agora trazer uma para seu quarto, sua cama. Era demais para a paciência da Morena.

–O que você ainda ta fazendo aqui piranha? Se manda sua vagabunda!

Disse Maria recolhendo as roupas da mulher do chão e jogando contra ela a mulher recolheu suas sandálias que também estavam perdidas em algum canto do quarto e saiu ainda nua.

–Eu to cansada disso tudo!

Gritou Maria indo até seu guarda-roupa e pegando uma pequena mala.

–O que você esta fazendo?

Perguntou Otavio se levantando e vestindo sua boxer preta.

–Eu to indo embora dessa casa.

Ela disse enquanto colocava algumas peças de roupa na mala.

–Não você não esta.

Ele disse depois de retirar as roupas da mulher da mala e jogá-las no chão.

–E você espera que eu faça o que? Que eu continue morando com você e seja conivente com tudo isso? Pois saiba que não vai ser assim eu não passo nem mais um dia debaixo do mesmo teto que você, Eu cansei!!

Gritou Maria enquanto recolocava as roupas na mala.

–Eu não quero saber se você esta ou não cansada de tudo isso eu já disse que você não vai.

Disse Otavio segurando forte o braço da mulher.

–ME LARGA SEU ANIMAL!

Berrou Maria enquanto tentava se soltar do aperto do marido que continuava a segurá-la forte.

–Você é um cretino, vagabundo e covarde!

Gritou Maria enquanto sentia o braço começar a doer, mas segundos depois foi seu rosto que ardeu com o tapa que recebeu do marido que tinha o rosto distorcido pela raiva.

–Quem você pensa que é para me insultar dessa maneira!

Gritou o marido ainda segurando Maria pelo braço.

–Toda essa coragem é por que aquele vagabundo do seu irmão esta na cidade? Pois saiba que se eu descobrir que você contou alguma coisa pra ele, eu mando matá-lo no mesmo instante.

Disse Otavio aproximando o corpo da morena de seu próprio corpo.

–Só não se esqueça que você não é o único que tem dinheiro para mandar matar alguém, encoste um dedo em meu irmão e eu mesma mando matá-lo seu miserável.

O rosto de Maria foi golpeado mais uma vez e Otavio a empurrou contra a penteadeira, Maria sentiu o gosto de sangue e viu que havia cortado o lábio inferior, mas a mulher não demonstrava a dor que sentia, ela não seria fraca, dessa vez ela enfrentaria Otavio e não importa quantos tapas tivesse que levar.

–Você pode me bater o quanto você quiser eu não vou voltar atrás, eu não vou deixar você controlar minha vida.

Disse Maria enquanto limpava o sangue de sua boca com o dorso da mão, mas Otavio logo a agarrou novamente pelos braços enquanto a prensava contra a parede. Maria sentia a dor que as mãos de Otavio estavam causando nela, mas não ousou reclamar.

–Você não vai sair daqui.

Otavio disse baixo, mas com a voz ameaçadora.

–Você não vai mais controlar minha vida!

Disse a mulher se debatendo para tentar se soltar, mas o ato só lhe causava mais dor.

–Eu odeio você!!

A mulher gritou e Otavio reagiu socando seu rosto. Maria caiu no chão sentindo o rosto latejar de dor.

–Imbecil.

Outra vez Otavio socou-lhe o rosto, as lágrimas já rolavam pelo rosto de Maria, mas não eram de dor e sim pela raiva crescente que sentia do marido

–O que você acha que sua mãe vai pensar quando souber que você foi embora.

Ele disse apelando para os sentimentos que Maria tinha pela mãe. A Morena parou por um instante e viu o rosto de sua mãe, mais lagrimas rolaram pelo rosto da mulher, as duas já não estavam bem e quando Sue descobrisse que Maria havia saído de casa nunca mais iria querer ver a filha. O coração de Maria se apertou, mas ela não podia mais fazer nada, não iria passar mais nenhum dia naquela casa.

–Eu já fiz a minha escolha Otavio e não importa o que minha mãe pensa ou deixa de pensar eu não irei voltar atrás.

Disse Maria indo para o banheiro pegar alguns objetos pessoais. Otavio andava de um lado para o outro no quarto sem saber o que fazer, a Morena já estava decidida a não ficar mais em casa.

–Se você não se importa com o que sua mãe vai pensar ou fazer isso quer dizer que eu posso ligar pra ela pra contar?

Disse Otavio entrando na frente de Maria impedindo-a de continuar a juntar suas coisas.

–Pode, mas agora sai da minha frente!

Disse Maria empurrando Otavio com a mão que estava livre e despejando seus pertences na pequena mala e logo depois a fechando.

–E você vai jogar cinco anos de caOtavioento no lixo assim como se não fossem nada?

Perguntou Otavio alterado.

–Isso não é e nunca foi um caOtavioento isso era apenas uma prisão da qual eu acabei de me libertar.

Maria pegou sua mala e rumou para a porta do quarto.

–Se você sair dessa casa eu vou usar tudo que eu tenho pra destruir sua vida.

Otavio a ameaçou impedindo que Maria passasse pela porta.

–Então a guerra esta declarada.

Disse a mulher empurrando o homem com toda a força que tinha para que ele saísse de seu caminho.

–Senhora Fernandes para onde vai?

Perguntou Sarah ao ver a patroa passar pela sala carregando uma mala.

–Pra bem longe daqui Sarah.

Sarah não disse mais nada apenas sorriu feliz pela patroa finalmente ter tomado a decisão de deixar o marido.

Maria desceu até a garagem e entrou em seu carro jogando a mala no banco traseiro do veiculo e partiu. Ela ainda pode ver Otavio na varanda de seu quarto a observá-la, enquanto dirigia Maria permitiu-se chorar, ela estava feliz por estar livre do marido, mas ela sabia que estava comprando uma briga feia com ele e ainda havia sua mãe, como Dona Consuelo reagiria ao saber que a filha havia se separado do marido.

Ainda dirigindo Maria pegou o celular e ligou para o irmão, ela passaria a noite no apartamento de Carlos e no outro dia procuraria um apartamento para ela.

Maria ouviu a voz irritante da mulher informando que o celular de Carlos estava desligado ou fora de área, praguejou e discou mais uma vez, mas não obteve resultados.

–Carlos seu inútil!

Gritou a mulher enquanto esmurrava o volante, mas então Maria se lembrou que havia marcado de se encontrar com Estevão então fez o caminho até o prédio onde o ele morava, mas ao estacionar o carro em frente ao prédio que residia Estevão, Maria percebeu o quanto estúpida fora sua idéia. Maria olhou-se no espelho retrovisor e viu o quanto estava com o rosto machucado e agora que seu sangue já havia esfriado já sentia a dor em vários pontos de seu corpo, marcas vermelhas que estavam começando a ficarem roxas estavam espalhadas pelo seu braço como ela explicaria para ele o motivo de todos aqueles hematomas.

Maria já estava pronta para dar partida no carro e seguir para um hotel quando uma voz a assustou.

–Maria.

A Morena deu um salto no banco do carro com o susto, mas logo abriu o vidro do carro dando de cara com Estevão que estava segurando uma garrafa de vinho na mão.

–Estevão.

–O que aconteceu com você?!

Disse Estevão preocupado ao perceber o quão machucada estava Maria.

–Não foi nada de mais, mas foi bom te encontrar aqui eu só vim mesmo para dizer que não poderemos nos encontrar hoje.

Disse Maria rapidamente enquanto tentava esconder o rosto, mas o Moreno foi mais rápido e segurou o rosto da mulher o virando para ele.

–Quem fez isso a você?

Ele perguntou visivelmente alterado.

–Ninguém eu sou uma desastrada e acabei caindo no banheiro.

Ela disse enquanto colocava uma mecha de cabelo atrás da orelha.

–Você menti muito mal.

Disse sério enquanto abria a porta do carro dela e estendia a mão livre para que ela saísse do carro.

–Vamos subir.

Ele disse se encaminhando para a entrada do prédio acompanhado por Maria.

* * *

–Agora você vai me dizer o que realmente aconteceu com você.

Disse Estevão ao entrarem no apartamento. Maria ponderou se deveria ou não dizer a verdade a Estevão, mas ela não tinha nada a perder então resolveu dizer a verdade.

–Meu marido, ou melhor meu ex marido.

Disse Maria sem encarar ele. Estevão ficou estático, por um momento sentiu raiva por saber o quão covarde era o marido de Maria a ponto de lhe bater, mas um sentimento estranho tomou o seu corpo ao ouvir a mulher dizer “ex marido”.

–Como assim seu marido lhe fez isso, ele é louco? Você já o denunciou?

Ele perguntou depois de algum tempo assimilando as novas informações.

–Não eu não o denunciei e não sei se eu quero fazer isso.

Disse Maria rapidamente.

–Como assim não sabe se quer fazer isso?! Maria olha o seu estado.

Disse ele indignado apontando para Maria.

–Você tem que denunciá-lo.

–Ta ok, eu vejo isso depois.

Estevão não sentiu firmeza nas palavras de Maria e a puxou para se sentar no pequeno sofá com ele.

–É a primeira vez que ele te bate?

Algo dizia a ele que essa não era a primeira vez que Maria era agredida. Maria ficou em silencio olhando para o chão.

–Maria.

Estevão chamou-a esperando uma resposta.

–Não.

Disse apenas.

–Céus e você nunca o denunciou?!

Perguntou Estevão passando uma das mãos pelo cabelo.

–Você não entende.

Disse Maria sorrindo sem humor.

–O que eu não entendo?

Perguntou o Moreno tentando se acalmar.

–Otavio é um homem muito rico e de muita influencia, denunciá-lo não adiantaria nada e ele é muito vingativo, eu tenho medo do que ele possa fazer a mim ou a meu irmão.

–Maria ele não pode fazer isso e sair ileso, você tem que fazer alguma coisa.

Disse Estevão ainda indignado pela falta de ação da mulher. Maria respirou profundamente e sentiu todo seu auto controle se esvair, Maria olhou para o chão enquanto grossas lágrimas rolavam pelo seu rosto, a mulher levou as mãos aos olhos na tentativa de cessar as lágrimas, mas foi em vão.

Estevão não sabia o que fazer, nunca antes deparou-se com uma situação como essa, Estevão não sabia o que devia falar ou fazer e até se culpou por ter falado daquela forma com Maria, ela estava machucada não só fisicamente e ela não precisava de ninguém a repreendendo ou dizendo o que ela deveria ou não fazer, Maria precisava de apoio e alguém que a confortasse.

–Maria me perdoa, eu não deveria estar falando essas coisas com você agora.

Disse enquanto levantava o rosto de Maria para que pudesse olhar no fundo de seus olhos.

–Eu é que deveria te pedir desculpas Estevão, eu apareço aqui no seu apartamento nesse estado e agora eu to aqui chorando na sua frente, me desculpa eu não deveria ter vindo você já tem seus problemas e eu não quero ser mais um pra você, mas é que eu não consegui falar com meu irmão e acabei vindo pra cá.

Maria disse e se levantou para ir embora.

–Maria você não vai sair daqui assim.

Disse Estevão se levantando e segurando a mulher pela mão.

–Eu só preciso encontrar meu irmão Estevão e então eu vou para o apartamento dele, eu não preciso ficar aqui te incomodando.

–Você não incomoda.

Disse Estevão calmamente.

–E você já disse que não conseguiu falar com o seu irmão, você pode passar a noite aqui.

–Estevão não precisa se preocupar comigo.

–Claro que preciso, já esta decidido você passa a noite aqui e se você quiser amanhã você procura o seu irmão ta legal?

Maria queria negar, mas não podia ela realmente precisava de um lugar para passar a noite e não queria de forma alguma ficar sozinha nesse momento.

–Tudo bem, mas eu preciso pegar algumas coisas minhas que estão no carro.

Disse Maria indo em direção a porta novamente.

–Não, agora você vai tomar um banho, pode deixar que eu pego suas coisas.

Ele disse retirando as chaves do carro da mão de Maria.

–Obrigada.

Maria disse com um sorriso fraco nos lábios e seguiu para o banheiro enquanto Estevão descia até seu carro para pegar suas coisas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

HIII acho que esse capitulo ficou meio violento ne ? Mais olhe pelo lado bom agora Maria ficará com Estevão quem sabe ne? AHHH o próximo capitulo ta quase pronto a noite eu posto :) Beijos e até lá :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Doce Pecado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.