Runaway escrita por Grace


Capítulo 12
Conversations


Notas iniciais do capítulo

Oi mores! Espero que gostem desse capítulo! Altos babados! hahahahah
Ah, e essa semana é minha semana de provas ft entrega de trabalhos e eu estou correndo contra o tempo. Se eu não postar, não fiquem com raiva (vou tentar postar, juro)
Beijos e boa leitura



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Tris

Eu me encaminhava para o estúdio de tatuagens o mais rápido possível. Eu precisava falar com Tori urgentemente. Eu tinha certeza que ela nos ajudaria. Ela esperava por uma chance de vingar o assassinato do irmão dela até hoje, e era exatamente isso eu ia oferecer a ela.

Ao mesmo tempo que andava apressada, eu andava destraída, e acabei esbarrando em alguém.

— Tris, oi — Olhei pra frente. Al estava bloqueando meu caminho. Segurei um suspiro. Eu estava com pressa.

— Oi, Ai — Eu disse, esperando ele sair da minha frente, o que não aconteceu. Eu também teria que falar com ele, para ver se ele me ajudaria, mas não ia fazer isso no meio do corredor, dentro da Audácia. E outra, eu pretendia falar com ele e com os outros ao mesmo tempo.

— Não te vi hoje. Nem no café da manhã e nem no almoço — Ele disse, puxando assunto.

— Eu acabei perdendo a hora — Eu disse, dando de ombros.

— Quatro também não apareceu — Ele disse, quase em tom de acusação — Para nenhum dos dois — Eu revirei os olhos.

— Ele me disse que também acabou perdendo a hora — Era a coisa mais fácil que eu podia dizer agora. Eu não ia explicar tudo o que tinha acontecido — Fomos dormir tarde ontem.

— Por quê? — Ele perguntou. Al estava estranho. Ele me parecia irritado com alguma coisa, e em geral, ele não era assim.

— Ontem foi o dia da caça a bandeira — Eu disse, novamente dando de ombros — Tivemos um pequeno problema, que acabou atrasando tudo e fomos dormir bem tarde. Acabamos dispensando os Iniciados pela manhã, para que todos nós tivéssemos a chance de descansar.

— Ah — Ele responde apenas, me parecendo um pouco menos irritado — Mas você não tinha que estar com os Iniciados agora?

— Fomos visitar a cerca, e com amanhã é o dia de visitação, decidimos dispensá-los para que eles possam se preparar — Eu dei de ombros. Eu não queria ser mal educada nem nada assim, mas eu realmente precisava falar com Tori — Al, eu realmente estou com pressa e preciso…

— Tris, espera só um momento, por favor — Ele disse, respirando fundo — Eu preciso falar com você — Ele fez uma pausa, o que me deixou mais impaciente ainda — Ando querendo fazer isso a um bom tempo, mas nunca consigo falar com você a sós. Você sempre está acompanhada de alguém e… — Ele deixou a frase morrer.

— Pode falar, Al — Quanto mais rápido ele falasse, mais rápido eu chegaria até o estúdio de tatuagem.

— Tris… Caramba. Eu não sei como falar isso. Não sei nem por onde começar, para falar a verdade.

— Começar pelo começo geralmente é uma boa ideia — Eu disse, batendo o pé de leve no chão, impacientemente.

— Sim — Ele limpou a garganta — É que bem, nós somos amigos a dois anos já, certo?

— Certo — Eu respondi, apressadamente.

— E eu… Deixa pra lá — Ele deu de ombros e eu respirei fundo.

— Al, se você for falar alguma coisa, fala agora, porque eu realmente estou com pressa — Eu quase explodi.

— Tris, eu amo você.

O QUÊ? Foi o que eu quis gritar. Eu ainda estava esperando ele desmentir isso, corrigir a frase ou dizer que eu tinha entendido errado. Era só o que me faltava. Isso não podia ser verdade. Eu gostava de Al, mas como amigo, e só isso. Nunca tinha olhado para ele de outra maneira, e acho que nunca olharia.

— Al, eu… — Eu nem sabia o que dizer.

— Tris, eu te amo desde o dia que você tomou meu lugar quando Eric ia fazer Quatro atirar facas em mim. Você me defendeu. Eu te amo pela sua coragem, esperteza… pelo jeito que você trata as pessoas. Te amo até pelo seu cinismo.

— Al, eu fico realmente lisonjeada de ouvir isso, mas… — Ele então se aproximou de mim e tocou meu rosto. Dei um passo para trás instintivamente. Eu não estava acostumada com as pessoas se declarando para mim e muito menos encostando a mão no meu rosto. As mãos de Al eram muito diferentes das mãos de Quatro. E eu também não queria dar nenhum motivo para ele achar que eu retribuía o sentimento.

— Você… você não me ama, não é verdade? — Ele perguntou, e eu me afastei um pouco mais.

— Al, eu amo você como um amigo. Um irmão, talvez. Mas não dessa maneira — Eu olhei nos olhos dele — Eu sinto muito, de verdade.

Pode ser que tenha sido impressão minha, mas eu achei que vi a expressão de Al mudar. Ele parecia outra pessoa. Era como se uma nuvem negra estivesse tomado conta de tudo ao redor dele, deixando-o com uma expressão sombria.

— Eu não devia ter dito nada — Ele disse — Me desculpe, Tris — Ele então saiu da minha frente e seguiu seu caminho.

Respirei fundo por alguns instantes. Al me pegara de surpresa. Eu mal sabia como reagir. Acho que ele havia ficado um pouco magoado, mas eu conversaria com ele depois. Era difícil isso de partir o coração de alguém, mas eu não queria brincar com os sentimentos dele, nem dar esperança. Eu amava Quatro e tinha certeza disso.

Segui rapidamente para o estúdio de tatuagens, apagando Al da minha cabeça.

— Oi, Tris — Tori me cumprimentou quando passei pela porta.

— Oi, Tori — Eu respondi, dando um sorriso.

— Veio fazer uma tatuagem? — Ela perguntou, ajeitando um enfeite que estava sobre o balção.

— É, acho que vim — Eu respondi.

— O que você vai fazer hoje? — Ela perguntou,

— Não tenho muita certeza ainda — Eu disse e Tori percebeu que eu queria conversar e não fazer nenhum desenho. Eu sempre sabia o que queria fazer quando se tratava de tatuagens.

— Vou te dar algumas ideias — Ela disse, sorrindo e indicando uma porta no fundo do estúdio — Me acompanhe, por favor.

Nós estramos na última porta a esquerda do corredor, ela trancou a porta assim que eu passei.

— No que posso ajuda, Tris? — Ela perguntou, se sentando em uma cadeira e indicando uma outra pra mim.

— Tori, há mais ou menos dois anos, você me disse que esperava por uma chance de vingar o assassinato de seu irmão, você se lembra?

— Foi quando eu te contei o que eles fazem com os Divergentes, não foi? — Ela perguntou, arqueando uma das sobrancelhas.

— Sim — Eu respondi.

— E o que isso tem a ver com essa nossa conversa de hoje, Tris? — Ela perguntou, ainda parecendo estar um pouco confusa.

— Eu vim te oferecer uma chance de vingança — Eu disse, encarando ela.

— O que você está querendo dizer com isso? — Ela perguntou, me encarando — O que está acontecendo?

— Os nossos líderes estão caçando os Divergentes — Eu disse — Vão caçá-los e mandá-los para a Erudição. Vamos virar cobaias, já que estão tentando desenvolver uma simulação que os controle. Nossos líderes estão totalmente de acordo com isso.

— Por que tudo isso agora? — Ela perguntou, parecendo chocada.

— E Erudição quer tomar o poder. Quer o governo — Eu disse, me levantando da cadeira — E para isso, eles precisam de um exército. Nós, da Audácia vamos ser o exército deles — Eu praticamente cuspi as palavras — Eles vão nos colocar em uma simulação, para lutarmos a favor deles — Fiz uma pausa, fazendo cara de nojo — Quem vai dar problema? — Perguntei, sem deixá-la responder — Os Divergentes. Max vai aplicar ele mesmo os testes da segunda fase nos Iniciados. Ele vai procurar Divergentes primeiramente lá, e ele vai achar.

— Tris — A cara de nojo de Tori era praticamente igual a minha — Isso é revoltante.

— É. E todos nós corremos perigo, de um jeito ou de outro. Cobaias ou fantoches. Não têm tanta diferença assim.

— O que você pensa em fazer? — Ela perguntou, também se colocando de pé.

— Nós queremos tomar o poder. Colocar como líder alguém que realmente vá dirigir a Audácia de acordo com as nossas leis, ideais e dignidade. Vamos nos livrar dos corruptos.

— Nós? — Ela perguntou.

— Quatro e eu — Eu respondi — E quem mais nos apoiar.

— Eu estou dentro — Ela disse, sorrindo — Conta comigo.

Eu praticamente comecei a rir de alívio.

— Vamos reunir todos os que conseguirmos amanhã — Eu a informei — Durante o horário de visitas dos familiares dos Iniciados. Vai ser na sala de treinamentos.

— Eu vou estar lá — Ela prometeu.

— Obrigada, Tori — Eu disse, de coração.

— Eu é que agradeço — Ela disse, destrancando a porta — Você está me dando a oportunidade de fazer algo que esperei e desejei por muito tempo. Vou ver quem mais eu consigo como ajuda.

Eu estava quase saindo da sala, quando me virei e disse:

— Sabe Tori, você seria uma boa líder.

— Você também, Tris — Ela respondeu, sorrindo — Pense nisso.


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Notas finais do capítulo

Gostaram????



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