Entre beijos e paixões - Season 2 escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira


Capítulo 6
Minha medicação...


Notas iniciais do capítulo

Voltei com mais um cap inédito! Esse tá surpreendente hahaha
Espero que gostem, não se esqueçam de comentar! Boa leitura! :3
Ps: Quero agradecer a recomendação da Nutelleira, Obg mesmo sua fofa *-*



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– O que foi isso? – Perguntou Binho, assustado.

– Pareceu uma das meninas… – Reconheceu Bia, temerosa. Nessa hora, alguém adentrou na sala desesperado.

– Pessoal, rápido! – Exclamou, ofegante.

– O que aconteceu, quem deu esse grito? – Perguntou Bia.

– A Janu gritou. – Disse André.

– Por quê? – Perguntou Bia.

– É a Vivi… Ela… – André se enrolou. – Melhor virem comigo. – Pediu ainda nervoso.

***

Minutos antes…

Pov. Vivi

Não consigo descrever o que se passa comigo nesse momento, mas posso certificar de que nunca passei por isso antes. É como se agora tudo fizesse sentido, mesmo que nada tivesse sentido a minha volta. Vejo cores novas, mas nem ao menos sei como chamá-las, se é que são cores. O cheiro das coisas parecem estar mais vivos, e consigo sentir a vibração da música em meus ouvidos, como nunca. Minha visão está totalmente confusa, vejo Janu a minha frente e tento alcançá-la, mas, ela mesmo estando parada, parece se distanciar. Sua imagem se mexe como se estivesse submersa na água, ou seria apenas minha visão distorcida por culpa do ácido que tomei? Levo minha mãos até onde possa vê-las, e me certifico de que o problema realmente está em minha visão.

– No que você tá pensando, idiota? – Pergunta Janu, numa voz distante.

– Não me chama de idiota, idiota é você. – Digo eu, em minha defesa. Janu passa a rir. Eu me desequilibro e caio na grama, passo a rir também.

– Está vendo? – Pergunta Janu, apontando em direção a piscina.

– Sim estou… – Eu via luzes na água, era fascinante.

– O que aqueles cavalos fazem alí? – Pergunta Janu, curiosa. Era óbvio que ela não estava vendo o mesmo que eu. – Ah! Eles tão vindo pra cá! Corre! – Gritou ela. Mas, eu continuei onde estava, pois, não via nada além de luzes fascinantes. Janu correu na velocidade da luz, por uns 5 segundos, eu acho, depois caiu novamente no chão. Olhei novamente para as luzes na piscina, que se transformaram em borboletas, borboletas que passaram a me seguir. Então, com dificuldade me levantei e caminhei sobre as ondas de minha visão destorcida, até Janu, que olhava e sorria para o céu.

– Caralho, velho! – Exclamou. – Isso é mil vezes melhor que baseado… – Afirmou, alucinada. Eu sentei ao seu lado, nessa hora, a grama estava brilhante como glitter. Haviam luzes por todo lado. De repente Janu me encarou, seriamente. – Vivi…

– O quê? – Perguntei.

– Eu preciso te dizer algo… – Disse ela.

– O que você precisa me dizer? – Perguntei.

– Eu amo o André! – Revelou. Naquela hora, não sei o que me deu, mas senti a raiva me dominar. EU amo André, ele é meu namorado (na verdade ex agora… Mas, não interessa!), porque ela disse algo assim? – Mas eu também amo você. – Completou surpreendendo-me. Nesse momento, algo inesperado aconteceu, não sei como, nem porquê, só senti quando Janu uniu seus lábios com os meus. Aquilo foi realmente, MUITO estranho. Tentei empurrá-la, mas perdi as forças, então olhei para o lado, e fui surpreendida por alguém nos observando.

– Mãe?! – Exclamei assustada, me afastando de Janu. Como pode? Minha mãe havia morrido há anos, e agora estava alí, na minha frente, e pior, presenciando algo repugnante.

– Mãe de quem? – Perguntou Janu, que parecia nada ver.

– Mãe, você tá viva? – Perguntei inocentemente, enquanto me aproximava dela. Ela me lançou um olhar frio, senti um arrepio tomar conta de mim nessa hora.

– Minha filha… – Disse. – Esse não é o caminho certo. – Completou. Vi quando uma lágrima escorreu por seus olhos. Aquilo me deixou em choque, lançando-me num poço de tristeza. Fechei os olhos e os apertei com força, esperando que a alucinação passasse, porém, ao abri-los novamente, percebi que ela continuava alí. De repente, seus olhos, antes castanhos, se tornaram totalmente negros, aquilo estava me aterrorizando. – Você sempre estraga tudo! – Disse ela, me empurrando. Logo, percebi que aquela não era mais minha mãe, ela diminuiu de tamanho, e idade, se tratava de Tati. – Só tem amor a si mesma! – Gritou, com dentes afiados e uma voz monstruosa. Estava irreconhecível. Eu a encarava caída na grama, tentando me afastar aos poucos, mas a grama passou a crescer, envolvendo meus pés e minha mãos. Tati passou a rir, tornando-se um ser de capa preta.

– Socorro! Alguém me ajuda! – Gritei. Janu havia sumido.

– Chegou a hora da sua morte Viviane! – Disse o ser.

– Sai daqui! – Gritei. A paisagem em minha volta mudou como um filme, e me levou a um lugar sombrio e gélido. – Onde eu tô? – Perguntei. – Onde eu tô?! – Gritei. – Eu quero voltar pra mansão! Eu quero voltar ao normal! – Implorei.

“Não tem mais volta! Nunca voltará ao normal, nunca mais verá sua família, nunca mais sairá daqui...” Sussurravam vozes. Logo tornei a ver as mesmas borboletas de antes, que voaram sobre minha cabeça, transformando-se em insetos repugnantes.

– Saiam!!! – Exclamei, chorando. Logo, me levantei e passei a correr, não via para onde estava indo, o breu total tomou dê conta de meus olhos, me fazendo cair. Foi quando ouvi um grito próximo de mim, e apaguei.

Pov. Autora

Horas depois…

Vivi encontrava-se deitada em uma cama, num quarto de hospital. No mesmo quarto estavam Bia e Tati, aguardando o despertar da garota.

– Ela tá acordando… – Disse Bia, ao perceber a garota se mexendo. Então Vivi abriu os olhos, assustando-se.

– Me tira daqui! Onde eu tô?! – Alterou-se. Nessa hora a enfermeira que estava ali presente, preparou uma seringa para aplicá-la. – O que é isso?! – Perguntou, olhando para a seringa.

– Calma Vivi… – Pediu Bia.

– Um calmante. – Respondeu a enfermeira, aplicando o remédio em sua veia. Em seguida a mesma, mediu sua pressão, anotou algo e saiu. Houve silêncio nessa hora, principalmente quando Vivi encarou Tati, que estava sentada numa cadeira no canto do quarto, esta a retribuiu com um olhar desaprovador.

– Por que eu tô aqui gente? – Perguntou novamente.

– Você passou mau na festa. – Contou Bia. – Desmaiou, e veio pra cá.

– Não consigo lembrar de nada… – Disse a garota.

– Claro! Você tava drogada, como lembraria?! – Perguntou Tati, alterada.

– Tati, por favor… – Pediu Bia. Vivi continuou a encarando, em silêncio. No mesmo momento, Fernando, o médico, entrou no quarto.

– Como é que tá a Vivi? – Perguntou. – Ah, já acordou! – Disse ao ver a garota desperta.

– Melhor a gente sair. – Disse Bia, segurando Tati pelo ombro.

– Tem mais alguém com vocês? – Perguntou Vivi.

– O André… E o papai. – Respondeu Tati, a encarando. – E ele já sabe de tudo. – Alertou, saindo pela porta seguida de Bia. Vivi ficou tensa ao saber que seu pai se encontrava no hospital.

– Como você tá se sentindo, Vivi? – Perguntou Fernando.

– Sei lá, tô um pouco zonza, e meio cansada. – Disse a garota. – A quanto tempo eu tô aqui? – Perguntou.

– Há umas 5 horas. – Respondeu o médico. – Vivi, eu preciso que me responda algumas perguntas. – Afirmou, mudando de assunto.

– Quais? – Perguntou Vivi.

– Quando você chegou aqui, você apresentava sudorese, taquicardia e aumento da pressão arterial… – Iniciou. – Seus amigos também contaram que você estava com uma amiga, que apresentava alucinações, na hora em que você desmaiou.

– Hã? – Vivi não entendeu quase nada do que Fernando explicou.

– A questão é que a maioria das vezes, os pacientes que apresentam esses sintomas, estão sob o efeito de substâncias químicas pesadas. – Explicou Fernando.

– Tá… Mas, como assim? – Perguntou Vivi, ainda sem entender.

– Bom, onde eu quero chegar com isso é… Vivi, você usou drogas essa noite? – Perguntou, diretamente. Vivi surpreendeu-se com a pergunta, ficando bastante nervosa com a mesma. – Você sabe que independente do que você responda, nós saberemos disso nos resultados dos seus exames, não sabe? – Perguntou Fernando. – Então é melhor que você seja sincera e abra logo o jogo. – Aconselhou.

– Tá. – Concordou Vivi. – E-Eu… Fumei um baseado mais cedo! Só disso que eu me lembro. – Mentiu. Fernando a encarou desconfiado.

– Ok. – Disse, não crendo muito na afirmação da garota. – Só isso mesmo. – Concluiu. – Vou chamar a enfermeira, e dizer que seu pai já pode vir lhe ver.

– Não! – Exclamou Vivi. – Meu pai não Fernando, por favor… – Implorou a garota. – Ele vai me encher a cabeça de perguntas, e eu tô mau pra aguentar isso agora. – Afirmou.

– Tudo bem. – Disse Fernando. – Eu vou dizer que você voltou a dormir. – Completou, Vivi agradeceu.

Minutos depois…

– Eu sabia que você não tava dormindo. – Disse André, invadindo o quarto.

– O que você tá fazendo aqui? – Perguntou Vivi, que havia se assustado com a entrada inesperada do garoto.

– Vim ver como você tá. – Disse o garoto.

– Por que? – Perguntou Vivi.

– Por que eu tava preocupado. – Disse o garoto.

– Não precisava. – Disse Vivi. – Afinal, nem namoramos mais. – Lembrou.

– Fala sério Vivi. – Disse o garoto. – Não importa quantas vezes terminemos, você sempre acaba voltando pra mim. – Falou confiante.

– Dessa vez vai ser diferente. – Disse a garota.

– Ah é? – Perguntou André. – Então me diz, com quem você vai ficar, se não for comigo? – Perguntou. Vivi ficou em silêncio.

– Dane-se. – Disse Vivi, irritada. – Pensei que você tivesse aqui por estar preocupado, e não pra discutir sobre nosso EX relacionamento. – Afirmou, fazendo André sorrir, pois o mesmo sabia que Vivi ainda se importava com ele.

– Você nos deu um susto e tanto… – Disse o garoto. – Coitada da sua irmã, quando te viu desmaiada, ela chorou pra caramba. – Contou. Vivi surpreendeu-se com a afirmação, pois achava que Tati não tinha dado a mínima pra situação.

– Sério? – Perguntou Vivi. – Nossa… E o pior é que eu nem consigo lembrar de nada. – Afirmou. – Só lembro de tá conversando de com a Janu e… Falar nisso onde ela tá? – Perguntou.

– Ela ficou na mansão, a Mili e as outras meninas ficaram cuidando dela com a Julieta. – Respondeu André. – Tava doidona. – Afirmou.

– Hum… – Concluiu Vivi, um tanto tensa. De repente um flashback lhe veio em mente, porém, tinha dúvidas se aquilo havia sido real, ou apenas fruto de sua imaginação.

– O que foi? – Perguntou André.

– Nada não… – Disse a garota.

– O que vocês usaram? – Perguntou André, diretamente.

– O que você tá insinuando? – Perguntou Vivi.

– Não tô insinuando nada. Tá na cara – Afirmou André. – A Janu doidona e alucinada. Você desmaiada suando frio. É óbvio que usaram alguma coisa. – Afirmou.

– A gente só fumou um baseado. – Mentiu Vivi.

– Um baseado não faz isso tudo, eu sei muito bem. – Disse André. – Vocês usaram algo mais forte. – Afirmou. – Foi o quê? Pedra? Pó? – Palpitou.

– Não viaja André! – Exclamou Vivi.

– Ácido? – Deduziu mais uma vez. Vivi ficou em silêncio. – Foi ácido, não foi? – André arqueou uma das sobrancelhas.

– N-Não… – Mentiu Vivi.

– Você alterou o tom da voz… – Percebeu o garoto.

– Eu vou chamar a enfermeira se você não parar. – Ameaçou Vivi.

– Mas eu só quer…

– ENFERMEIRA!!! – Gritou Vivi.

– Tá! Para, não precisa disso. – Disse André. Nessa hora a enfermeira entrou no quarto.

– O que tá acontecendo aqui? – Perguntou a enfermeira.

– Nada. – Disse André, tomando a frente. – Eu já tava indo embora. – Concluiu, encarando Vivi, e saindo pela porta.

Enquanto isso, na mansão Almeida Campos…

No quarto de Mili...

Bel e Julieta conversavam com Mili, enquanto Janu dormia na cama da mesma.

– Ainda bem que a Janu dormiu… – Disse Julieta. – Ela tava exausta, e confusa. – Lembrou. – Não dizia nada com nada… – Relembrou. Bel e Mili apenas se entreolharam. – O que vocês acham que pode ter causado isso? – Perguntou. – Será que elas tomaram bebida alcoólica? – Deduziu.

– Acho que o lance vai bem mais além que isso Julieta… – Disse Bel.

– Como assim? Não entendi… – Julieta não conseguiu captar o que Bel quis dizer, era muito ingênua pra isso.

– O que a Bel tá querendo dizer Julieta, é que há uma certa possibilidade de que, o que tenha causado isso nas meninas, não seja bebida alcoólica. – Disse Mili, de uma forma sutil.

– Vocês tão achando que elas… Usaram drogas? – Perguntou Julieta. Houve um silêncio momentâneo. Então Mili assentiu. – Não… – Negou Julieta. – Minha prima é louca, mas não a ponto de fazer algo assim… – Afirmou.

– A Vivi, também não era… – Lembrou Mili.

– E tem mais, eu estive com elas o tempo todo! Saberia se eles tivessem com drogas… – Afirmou a garota.

– Você tem certeza? – Perguntou Bel.

– Bom… Tá, elas me deixaram de lado por um momento ou outro na festa, e tavam meio estranhas, sorridentes demais, eu confesso… – Lembrou Julieta.

– Falando coisas pensar. – Acrescentou Mili.

– É, isso também… – Concordou Julieta. – Mas o álcool causa isso, não é mesmo? – Perguntou, com uma última esperança.

– Julieta, não adianta… – Disse Bel. – Eu sei que você tá a pouco tempo na casa da sua prima, e que provavelmente não sabe nem metade das coisas que ela costuma fazer, mas, tá na hora de você se alertar. – Iniciou. – Já faz um tempo que a Janu consome drogas. – Revelou causando um impacto em Julieta. – Eu me lembro bem quando ela começou, ela tentou induzir todos os amigos a usar, e quando viu que ninguém queria seguir o mesmo caminho, ficou com raiva e colocou maconha na pizza, fazendo todo mundo ficar chapado e dar vexame. – Contou.

– Não… Isso é loucura… – Afirmou Julieta.

– Depois disso, ela nunca mais parou de consumir. E a Vivi, que é influenciável pra caralho, acabou indo pelo mesmo caminho. – Concluiu Bel.

– Meu Deus… Como eu não consegui perceber isso antes? – Perguntou-se Julieta. – Sou uma tonta mesmo. – Afirmou. – Mas o tipo de droga que ela usam, é só maconha, né?

– Eu também pensava que sim, até ver o estado da Janu, e o desmaio da Vivi hoje de madrugada. – Afirmou Bel. – Por mais que seja droga, só a maconha não faz isso tudo, principalmente com quem tem costume como elas. Eu tenho quase certeza que alí foi consequência de uma droga pesada. – Deduziu.

– Ai meu Deus! Isso é muito grave! – Lamentou Julieta. – Eu ainda não consigo acreditar que a minha prima foi capaz disso… – Completou olhando para Janu, que continuava a dormir.

– Sei o que você tá sentindo… – Disse Mili. – Não sou tão amiga da Janu, mas a Vivi sempre foi como uma irmã pra mim, ver a vida delas duas decaindo assim, é mesmo de cortar o coração… – Afirmou.

– Falar na Vivi, será que ela melhorou? – Perguntou Bel.

– Espero que sim... – Disse Mili. – A Bia ficou de ligar assim que soubesse de alguma coisa.

Depois…

No hospital

Como os resultados de Vivi só sairiam ao fim da tarde, e a garota teria que ficar no hospital se recuperando, Tati e seu pai foram para casa, junto de Bia, a fim de voltar mais tarde. André também já havia ido há um tempo.

Quando os resultados dos exames finalmente saíram, Fernando decidiu falar diretamente com a garota.

– E então Viviane, como se sente? – Perguntou o médico, ao entrar na sala.

– Bem, eu acho. – Respondeu a garota. – Quando vou poder tirar essa coisa da minha veia? – Perguntou, apontando para o medicamento injetado em seu punho.

– Logo, logo. – Respondeu Fernando. – Vivi, o resultado dos seus exames já saíram, e estão aqui. – Anunciou Fernando.

– Já? – Perguntou Vivi. Fernando assentiu.

– E nele ficou claro que você fez uso da substância química LSD. – Advertiu. Vivi engoliu seco.

– Você já mostrou esse exame pro meu pai? – Peguntou Vivi, preocupada.

– Ainda não, ele foi pra casa. Mas assim que ele chegar, vai ter esse exame em mãos. – Afirmou Fernando.

– Não Fernando, por favor! – Implorou Vivi. – Ele vai me matar quando souber! – Dramatizou.

– Olha Vivi, infelizmente ele vai ter que saber, porque é uma situação delicada, e o consumo desse tipo droga é sério. – Disse o doutor.

– Eu sei … Mas eu só usei uma vez, Fernando eu te juro! Eu nunca mais vou usar! – Afirmou Vivi. – E se o meu pai souber, vai tudo por água a baixo, ele já tem tanta coisa pra se preocupar… – Lamentou. Fernando a encarou sem saber o que dizer. – Foi só um deslize da minha parte, não precisa o meu pai saber, porque nunca mais vai se repetir. – Insistiu.

– Não sei não Vivi… – Disse o médico. – Mesmo que eu quisesse ajudar, não poderia, não posso esconder o resultado do seu exame, do seu pai.

– E se você mudasse o exame? – Sugeriu Vivi.

– Isso é crime, e é complicado. – Disse Fernando, em meio a pigarros.

– Só é crime se alguém descobrir. – Disse Vivi.

– Não posso Vivi. – Persistiu Fernando.

– Aposto que se eu tivesse dinheiro pra te pagar você faria. – Provocou Vivi.

– Assim você me ofende, garota. – Disse o médico.

– O que eu tenho que fazer, pra que você não mostre o exame real ao meu pai? – Perguntou a garota, aproximando-se do médico, encarando-o com um olhar provocante. Fernando ficou um tanto nervoso com a aproximação da garota, que tinha metade da sua idade.

– Como assim? – Perguntou Fernando.

– É isso mesmo que você ouviu, um favor em troca de outro. – Falou a garota, aproximando cada vez mais do médico. Fernando tentou resistir, porém, a tentação foi maior. Vivi era uma bela garota, com o corpo já formado, seria mentira se dissesse que já não havia reparado nisso, como essas garotas crescem rápido… Ao ver tamanha provocação direcionada a sua pessoa, Fernando nem pensou duas vezes, e cedeu aos encantos da “lolita”, envolvendo seus lábios com os dela, e dando início a um beijo, o qual Vivi identificou como um beijo experiente, de um cara experiente. E assim, o acordo fechado. O exame seria trocado, e era como se nada daquilo houvesse acontecido.

***

Depois que o falso exame foi entregue nas mãos de Cícero, Vivi teve alta, e todos foram para casa.

Na hora do jantar...

– Tem alguma coisa errada nisso… – Disse Tati inconformada.

– A única coisa errada aqui é a sua opinião sobre mim! – Afirmou Vivi, dando um gole no seu suco.

– Mas todo mundo viu que você tava doidona na festa! – Afirmou Tati.

– Mentirosa! – Acusou Vivi.

– Tá bom Tati. – Disse Cícero. – Ficou bem claro nos resultados dos exames, que sua irmã tá com anemia, por isso desmaiou.

– Mas e o aumento de pressão? – Insistiu Tati.

– Ansiedade! – Afirmou Vivi. – Eu tava muito ansiosa com a virada do ano, já aconteceu antes. – Argumentou.

– Ainda não me conformo! – Disse Tati.

– Deixa sua irmã, Tati, acho que ela não esconderia da gente se tivesse feito coisa errada, né Vivi? – Perguntou Shirley, olhando nos olhos da enteada.

– Claro que não. – Mentiu Vivi. – Sou um livro aberto. – Afirmou. – Agora licença, vou dormir, que amanhã é outro dia.

– Vai lá, boa noite minha filha. – Disse Cícero.

– Boa noite. – Respondeu Vivi.

– Boa noite Vivi. – Disse Shirley.

– Boa, Shirley. – Respondeu novamente. – Boa noite Tati. – Desejou, sorrindo para a irmã;

– Boa. – Respondeu Tati a encarando friamente. Então Vivi foi em direção ao quarto. Lá conectou os fones de ouvido em seu smarthfone, e passou a ouvir uma de suas músicas favoritas, que a fez lembrar de todo ocorrido naquele dia que passou. Até adormecer.

Música tema Vivi


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Notas finais do capítulo

Uou!!! Queen, por essa eu não esperava! - Algum leitor.
HAHAHA E aí o que acharam? Comentem! Favoritem! Recomendem!
Beijos e até o próximo CAP :*