Entre beijos e paixões - Season 2 escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoal, tudo bem?
Bom, venho aqui lhes avisar que este capítulo será dividido em 3 partes, e pode acreditar, a coisa vai ficar bem tensa conforme a história for se prolongando. Vocês terão surpresas grandes, e preparem-se, pois o suspense dominará a fic nessa etapa da temporada, que será a passagem para a segunda fase da história. E então? Preparados?
Tenham uma boa leitura, e não se esqueçam de comentar!
Estava tudo muito confuso na cabeça dele aquela hora, entretanto, ele tinha uma certeza, era melhor estar morto do que continuar vivendo para vê-la sair de sua vida daquela forma. E se ele morresse com certeza seria eterno, na mente dela... Esse foi seu último pensamento, antes de se jogar do alto e cair contra o chão, no meio da multidão.
— O que aconteceu? - Ela perguntava, ao ouvir aqueles gritos, e a cara horrorizada das pessoas no meio da boate.
— Um garoto se jogou do segundo andar... - Respondeu uma desconhecida. - Acho que ele morreu. - Acrescentou.
Logo, ela foi em direção ao amontoado de gente que observava o corpo estirado do rapaz, pediu espaço para poder ver de quem se tratava.
— É melhor você não ver isso. - Disse alguém, tentando afastá-la do local.
— Por quê? Quem, foi que se jogou? - Perguntou ao notar que a pessoa conhecida chorava. - Eu quero ver!
— Vai por mim, não vai lá, por favor! - Insistiu a pessoa, pegando-a pelo braço.
— Me solta! Eu quero ver! - Disse ela, soltando-se, e empurrando a pessoa, que passou a chorar, temendo a reação da garota.
— NÃO!!! - Exclamou ela ao ver de quem se tratava, nesse momento a culpa subiu a sua cabeça, e um grito incessante ecoou pela sua garganta. Ela não conseguia pensar em mais nada, a não ser que ela mesma havia causado aquilo.
***
18 horas antes...
Manhã de sábado
Vivi conversava por mensagem de texto com Janu.
Mensagem on
Janu: Oi...
Vivi: Oi...
Janu: ...
Vivi: É hoje, né? O último dia...
Janu: Sim...
Vivi: E, você conseguiu o dinheiro?
Janu: Nem metade...
Vivi: E agora?
Janu: Não sei se vou conseguir até a hora da festa.
Vivi: Não pensa assim, você precisa ser positiva. Vai conseguir, tem que ter alguma forma.
Janu: É... Tem razão, Vivi.
Vivi: ^^
Janu: Tenho que sair... Tchau.
Vivi: Tchau.
Mensagem off
Vivi respirou fundo, estava bastante preocupada com a situação da amiga. E preocupação trazia outra coisa a tona, seu vício. Logo, a garota foi até a frente de casa, sentou-se na calçada e acendeu um cigarro. Não tinha perigo de seu pai ou Shirley pegarem ela no flagra, pois ambos haviam ido passar o fim de semana com o bebê na casa da mãe de Shirley, em uma outra cidade.
— Não acredito que você tá fumando de novo. - Disse Tati, aparecendo no portão. - E em frente de casa... Que cara de pau. - Afirmou, irritada.
— Não enche Tati. - Disse Vivi, despreocupada, expelindo a fumaça do cigarro.
— Tomara que algum vizinho conte! - Desejou Tati. - Saindo de casa, a garota estava bem arrumada e perfumada.
— Pera, onde você vai tão arrumada? - Perguntou Vivi.
— Te interessa? - Perguntou Tati.
— Claro. - Disse Vivi.
— Vou no orfanato. - Contou Tati. - Falar com a Teca.
— Com a Teca? - Perguntou Vivi. - Você já voltou a ser amiga daquela ladra? - Acrescentou, irritada.
— Não... - Disse Tati. - É que a Cris me falou que o Fábio terminou tudo com a Teca, e ela tá super mal. - Explicou. - Acho bobeira continuar brigada com ela por causa de um anel idiota.
— Meu anel, que ela roubou! - Lembrou Vivi.
— Mas devolveu. - Lembrou Tati.
— Só porque foi pega! - Afirmou Vivi.
— Aff... Convenhamos Vivi, você faz coisa muito pior. - Disse Tati. - Agora dá licença que eu não quero perder o ônibus. - Finalizou, tomando seu rumo.
— Tchau. - Disse Vivi, dando mais um trago em seu cigarro.
No orfanato...
Maria falava ao telefone, na sala.
— Eu já te disse Ferrugem, é claro que eu vou! - Dizia a garota, rindo. Neco ia passando mesmo na hora. - Se eu vou levar minhas amigas? É óbvio, né? Promessa é promessa! - Completou, chamando a atenção de Neco. - Todas elas vão! - Acrescentou de propósito ao perceber a presença de Neco. - Me diz o endereço... Hum... Boate Beija Eu? - Maria soltou uma gargalhada. - Nossa que nome interessante pra uma boate hein? - Nessa hora, Neco aproximou-se e sentou perto de Maria, não sabia disfarçar sua curiosidade. - Hum, Boate "Beija Eu, avenida del Monte, depois da estrada do pântano... às 21 horas. - A garota dizia anotando tudo num pedaço de papel. - Okay Ferrugem, tá manda um beijo pro Erick também. Até a festa, tchau! - Finalizou, desligando o celular. Nessa hora, virou para Neco que a encarava.
— Vai a uma festa? - Perguntou o garoto.
— É, eu e as meninas. - Respondeu Maria. - Por quê? - Perguntou.
— A Lúcia também vai? - Perguntou o garoto, irritando Maria. Era incrível como ele sempre estragava as coisas desse jeito. Maria o encarou e respirou fundo para não xingá-lo ou meter-lhe um soco na cara.
— Claro que vai! Eu disse que eu e as meninas vamos! Quando falo isso, é porque também tô incluindo ela! - Respondeu a garota.
— Ah! - Compreendeu Neco. - Eu posso ir também? - Perguntou.
— Por que você quer ir? Nem sequer foi convidado. - Lançou Maria, dando a real para Neco. - Bem, vou ligar pras meninas confirmando tudo, goodbye Neco. - Concluiu, saindo em direção ao pátio.
— Tá. - Falou Neco, suspirando.
A campainha tocou, assustando Neco.
— Vish! Já vai! - Disse o garoto, indo abrir a porta.
— Oi Neco! - Exclamou Tati, na porta de entrada.
— Ah, oi Tati! Tudo bem? - Cumprimentou.
— Tudo sim. - Respondeu a garota. - É... A Teca tá aí? - Perguntou, entrando no orfanato.
— Acho que tá, a Cris tava dizendo hoje no café da manhã que ela nem quis sair do quarto. - Contou o garoto.
— Ah... Nossa. - Disse Tati. - Eu vou lá falar com ela então. - Concluiu.
— Beleza, vai lá. - Disse Neco. Logo, Tati foi em direção as escadas, e subiu, indo até o quarto das meninas.
Ao chegar a porta do quarto, Tati se deparou com Cris, que havia acabado de sair de lá.
— Tati! - Exclamou Cris. - Que bom que veio! - Afirmou, abraçando a garota.
— Oi Cris! - Cumprimentou Tati. - Como ela tá?
— Do mesmo jeito, no quarto direto, sem querer comer. - Contou Cris. - Eu até pensei em falar com o Fábio, mas ela não deixou, disse que pararia de falar comigo se eu entrasse em contato com ele. - Completou.
— Nossa... Parece que a coisa foi feia então. - Notou Tati.
— Pois é... - Concordou Cris. - Você vai entrar, né? Pra falar com ela... - Perguntou.
— É, eu vou... - Afirmou Tati.
— Boa sorte. - Falou Cris, saindo.
Ao entrar no quarto, Tati encontrou Teca ainda deitada, coberta pelos lençóis.
— Já falei pra me deixar sozinha, Cris. - Falou a garota, descobrindo o rosto, ao fazer isso, notou que não era Cris quem estava no quarto.
— Oi... - Cumprimentou Tati.
— Tati? - Perguntou Teca.
— Eu mesma... - Disse Tati.
— O que faz aqui? - Perguntou Teca, surpresa.
— A Cris me contou o que aconteceu. - Disse Tati. - Vim ver como você está.
— Ah. - Disse Teca, com indiferença. - Você veio por pena.
— Não seja rude. - Disse Tati. - Vim porque me importo com você. - Revelou.
— Tá falando sério? - Perguntou Teca. - Mesmo depois do que fiz? - Perguntou.
— Nossa amizade é mais importante que um anel, né? - Afirmou Tati. - E eu pensei bem, fui dura com você.
— Então você me desculpou? - Perguntou Teca. Tati fez uma cara de suspense antes de responder.
— Desculpei! - Revelou, com um sorriso no rosto. Teca sorriu de volta e a abraçou.
— Ai amiga, eu senti tanto sua falta! - Afirmou, chorando. - Não sabe o quanto eu tava precisando de você.
— Também senti sua falta. - Disse Tati. - Agora me conta, o que aconteceu? Por que o Fábio terminou com você? - Perguntou. Teca respirou fundo, então decidiu que não esconderia nada da amiga.
— Okay... - Iniciou.
***
Na casa de Ana
Mensagem On
Ana foi adicionada ao grupo: Festa hoje na Boate Beija Eu.
com: Maria, Dani, Lúcia, Cris, Teca, Tati, Bia...
Maria: OIIIIII MENINAS!
Dani: Aff, já fez um grupo? ¬¬
Maria: O que é que tem?
Lúcia: KKKKK
Ana: ?
Dani: Que horas vai ser essa festa?
Maria: 21 horas o/
Lúcia: Tem certeza que pode entrar menor de idade nessa boate?
Maria: Não kkkkk Mas nós vamos mesmo assim, tá alugada pelo primo do Érick.
Bia: Vocês tão falando da festa do Caio?
Maria: Que Caio? O da banda do Paçoca?
Bia: É, a festa dele é nessa boate aí, os meninos vão até tocar umas músicas.
Maria: Nossa então ele que é o primo do meu amigo kkkkkkk
Ana: Gente que festa é essa?
Dani: A festa que vai bombar hoje mais tarde! Você vai né?
Ana: Eu? Não sei...
Maria: Você tem que ir Ana!!!
Ana: É que eu tô ocupada com umas coisas...
Dani: Aff...
Lúcia: Ei, qual o endereço de lá mesmo?
Maria: O Ferrugem me deu, pera...
Lúcia: Tá. Se for muito longe não vou...
Dani: Você vai sim!!!
Maria: Avenida del monte, depois da estrada do pântano.
Dani: Eu sei onde fica, não é muito longe não.
Ana: Vocês disseram estrada do pântano? Essa estrada tem um pântano?
Dani: kkkkk É uma lagoa cheia de plantas, porque, ta com medinho Ana?
Maria: kkkk
Ana: Não Dani. Eu tava pensando aqui, acho que vou a essa festa.
Maria: AEEEEEE!!!!!
Lúcia: uhuuu!
Dani: Ei gente vou chegar atrasada, porque vou com a Carol buscar a Mili no aeroporto e...
Ana saiu do grupo
Mensagem off
— Só pode ser muita coincidência mesmo... - Disse Ana, sem acreditar.
— O que foi? - Perguntou a garota fantasma, sentada ao seu lado.
— Eu acho que acabei de descobrir onde fica o pântano que você disse. - Afirmou Ana, com um sorriso determinado.
De volta ao orfanato...
— Eu não tô acreditando que ele fez isso! - Exclamou Tati, furiosa.
— Fala baixo! - Pediu Teca. - Não quero que os outros saibam, principalmente a Cris... - Afirmou.
— Eu devia contar! O Thiago tá merecendo uma lição... - Disse Tati.
— Ela vai ficar mau se souber... - Disse Teca.
— Okay, mas isso não pode ficar assim! - Afirmou Tati.
— É, ele tá destruindo a felicidade de muita gente ultimamente... Primeiro a da Ana, depois a da Cris, e agora a minha. - Disse Teca. - Isso não vai ficar assim. - Concluiu num tom ameaçador.
No quarto dos meninos
Binho falava sobre a festa.
— Aí eles vão tocar umas músicas, e depois vai ser só dj e eletrônica, vai ser da hora! - Contava.
— E que horas vai ser? - Perguntou Thiago.
— A Bia vem me buscar de taxi com o Carlos, umas 21 horas. - Disse. - Só tem espaço pra mais uma pessoa ir.
— E vai ser eu, óbvio! - Afirmou Thiago.
— Claro que não! Quem vai sou eu! - Disse Rafa. - Tô precisando descontar o atraso.
— Mas eu falei primeiro! Eu quero ir pra essa festa! - Disse Thiago.
— Festa? Vocês tão falando da festa na boate que a Maria tava dizendo? - Perguntou Neco, entrando no quarto.
— É a festa do Caio. - Disse Binho.
— Na boate "Beija eu". - Completou Rafa.
— Essa mesma! A Maria vai com as meninas! - Disse Neco.
— Tava demorando. - Bufou Thiago. - A gente também vai.
— Eu posso ir também? - Perguntou Neco.
— Só se for de ônibus com o Rafa! - Disse Thiago.
— Ei! Eu disse que quem vai no taxi sou eu! - Disse Rafa.
— Quer saber, acho que vou levar o Neco no taxi. - Disse Binho. - Vocês dois vão de ônibus. - Concluiu, deixando os amigos com cara de tacho, e Neco vitorioso.
— Culpa sua!!! - Disseram Thiago e Rafa em uníssono, passando a discutir.
***
10 horas antes
Tarde de sábado
Na casa de Bia.
Bia estava no celular, quando a campainha tocou.
— Deixa que eu atendo! - Disse Carlos, indo atender a porta. Era Julieta.
— Oi meu linduxo! - Exclamou a garota com sorriso meigo.
— Oi minha linduxa! - Disse Carlos, abraçando a namorada. - Entra aí.
— Quanto açúcar... - Disse Bia.
— O quê? - Perguntaram Carlos e Julieta.
— Ah! Esse biscoito que tô comendo... Tem muito açúcar... - Disfarçou. Carlos a encarou com cara de tacho, Julieta riu.
— Bia, a Julieta vai ficar aqui pra ir com você e o Binho no táxi. - Contou Carlos. - Mudança de planos e eu vou ter que ir antes com os garotos pra resolver umas coisas e dar mais uma ensaiada.
— Ah, tá beleza. - Concordou Bia.
— Eu vou saindo agora, a gente se ver mais tarde. - Despediu-se, dando um selinho em Julieta e um beijo no rosto de Bia.
— Tchau. - Disse Bia.
— Já tô com saudades! - Afirmou Julieta. Bia deu um breve riso. Houve um silêncio momentâneo.
— Você tá bem Bia? - Perguntou Julieta. - O Carlos me contou que você foi no hospital esses dias, tá melhor?
— Tô. - Respondeu Bia.
— O que você tinha? - Perguntou Julieta.
— Nada demais, só uma anemia. - Disse Bia.
— Nossa, tem que ter cuidado! Tá se alimentando direito? - Perguntou Julieta preocupada.
— Tô. - Disse Bia, desconfortável com a conversa.
— Come bastante fruta, e legumes, e toma suco de beterraba e espinafre! - Aconselhou Julieta. Bia ficou apática.
— Dá licença Julieta, eu vou por comida pra Felina... - Disse Bia, encerrando o assunto.
— Aproveita e toma caldo de feijão! - Disse Julieta. Bia a ignorou, saindo da sala. Nessa hora Felina apareceu e pulou no sofá, deitando-se ao lado de Julieta. - Ué... Se ela foi por comida pra você Felina, por que você tá aqui? Será que a Bia não gosta de mim? - Perguntou a si mesma, com um semblante tristonho.
Na casa de Janu
A garota escutava música quando recebeu uma mensagem, era Maurício.
Mensagem on
Maurício: Tic tac...
Janu: O que você quer?
Maurício: Você sabe muito bem! A foto ou a grana!
Janu: Eu já te disse que não peguei essa foto!
Maurício: Claro que pegou! Você foi a única que mexeu no meu caderno!
Janu: O que tem de tão especial nessa foto?
Maurício: Como se atreve? Sua vagabunda! Quer saber? Mudei de ideia quero a foto e o dinheiro! Os dois, ou sua vida tá perdida!
Mensagem off
— Merda!!! - Exclamou a garota, se vendo num beco sem saída. - Eu não tenho a droga dessa foto, mas preciso arrumar a grana, quando ele ver essa grana vai ter que me deixar em paz. - Pensou alto. - Mas como vou conseguir esse dinheiro... - Perguntou-se. - Tem que ter um jeito, pensa Janu, pensa! - Gritou a si mesma. Mas não havia nenhuma solução aparente.
As horas foram se passando...
E passando...
Até que finalmente chegou a hora da festa.
Noite de sábado
5 horas antes...
No orfanato, todos se aprontavam animados para a festa, principalmente os garotos. Não era todo dia que tinham a oportunidade de ir a uma boate mesmo sendo menor de idade.
— Nem acredito que a gente vai pra boate! - Dizia Thiago animado. - Eu vou arrasar no meu breakdance!
— Aff, fala sério, você tá entusiasmado em dançar? - Zombou Rada. - Eu vou mesmo é pelas garotas! - Afirmou, perfumando-se.
— Com esse exagero de perfume vai pegar ninguém. - Disse Thiago. - E tem mais, as mina pira no meu breakdance. - Afirmou fazendo uma passo de break.
— Se eu fosse vocês se apressavam logo pra pegar o ônibus. - Disse Binho. - Por que se não, só vão chegar no fim da festa! - Afirmou rindo.
— Binho, o táxi chegou! - Afirmou Neco na porta apressado.
— Beleza! - Disse Binho animado.
— Falou aê galera! Espero que cheguem ao menos na hora dos parabéns! - Provocou Neco, saindo com Binho aos risos.
— Vamo logo, cara. - Chamou Rafa com cara de tacho.
— Tá, pera que vou ligar pro Tatu, ele também vai com a gente. - Lembrou Thiago.
Enquanto isso...
Algumas das garotas também já estavam saindo.
— Se vocês quiserem esperar, a Dani vai vir aqui lá pras 22 horas. - Disse Maria.
— É que eu já combinei com a Bel, a gente vai de ônibus mesmo. - Disse Cris.
— Por isso que a gente tá indo mais cedo. - Falou Bel. - Se não só vamos chegar meia noite. - Completou.
— Credo, é tão longe assim? - Perguntou Teca.
— Um pouco. - Disse Bel. Os garotos estavam descendo as escadas e ouviram o fim da conversa.
— Vocês vão de ônibus também? - Perguntou Thiago. Cris e Bel se entreolharam tensas.
— Como assim também? - Perguntou Bel.
— É que o Thiago e o Rafael também vão! - Disse Neco.
— Prevejo clima tenso... - Falou Binho, enquanto saia seguido por Neco ao táxi, onde Bia esperava com Julieta.
— O que é aquilo? A Bel e a Cris, com o Thiago e o Rafael? - Reparou Bia pela janela do carro.
— Pois é... Por ironia do destino eles vão juntos de ônibus. - Disse Binho.
Fora do carro...
— A gente vai chamar o Tatu, vocês vem? - Perguntou Thiago.
— Acho que é melhor a gente ir pra parada de ônibus logo. - Disse Bel.
— Beleza. - Concordou Rafa.
— Melhor mesmo. - Disse Cris, desviando o olhar dos garotos.
— Também acho. - Disse Thiago.
Porém, acabaram pegando o mesmo ônibus do mesmo jeito, pois, quando chegaram com Tatu, as meninas ainda aguardavam na parada.
— Oi garotas! - Cumprimentou Tatu.
— Oi Tatu! - Responderam amigáveis.
— Nenhum ônibus passou? - Perguntou Thiago.
— É óbvio, se não a gente já tinha ido. - Disse Cris.
— Mal humorada. - Murmurou Thiago. Cris revirou os olhos. E foi assim, até que o ônibus chegasse.
No aeroporto...
Dani aguardava, junto de Carol e Junior. A garota batia o pé, impaciente.
— Que horas esse povo vai chegar? - Perguntava Dani, pela décima vez.
— Tem calma Daniela, eles já devem ter descido do avião. - Disse Carol.
— Por que essa impaciência, Dani? - Perguntou Junior.
— Eu marquei de ir buscar as meninas 22 horas pra dormirem lá em casa. - Lembrou Dani.
— Mas acabou de dar 21 horas, da tempo. - Disse Carol.
— Tomara... - Bufou Dani. Carol a encarou desconfiada.
— Dani, porque tá tão estressada se vocês vão ficar só em casa vendo filme? - Perguntou.
— Por nada Carol, aff. - Disse Dani.
— Não ta me escondendo nada, né? - Insistiu.
— Não! - Mentiu Dani. Carol continuaria a insistir, porém, Dani foi salva, quando Junior avistou Mili, Mosca e Pata vindo na direção deles de longe.
Logo, eles foram ao encontro dos mesmos e os receberam de braços abertos.
— Pata! - Exclamou Carol. - Nossa como você tá diferente! - Notou.
— Oi Carol! - Cumprimentou a garota, a abraçando. - Pois é...
— Oi Pata, nossa, você tá mais alta que eu! - Disse Júnior rindo.
— E mais alta que eu. - Disse Mosca, com cara de tacho. Todos passaram a rir, menos Dani que vinha emburrada logo atrás.
— Que cara é essa Dani? - Perguntou Mili.
— Nada. - Disse Dani.
— Oi pra você também Dani. - Disse Pata.
— Oi Pata. - Respondeu a garota, sem dar muita atenção. - E então, a gente vai embora ou não? - Apressou a garota.
— Nossa, quanta impaciência. - Reparou Mili. Dani revirou os olhos, e seguiu sozinha em frente.
Não demorou muito até que chegassem ao carro. Junior e Mosca ficaram encarregados de levar as malas maiores, e as garotas levaram as malas menores.
— Bem que nós podíamos ir Jantar num restaurante depois daqui, aposto que vocês estão com fome. - Sugeriu Junior.
— Com certeza! - Disseram os três em uníssono.
— Ah não, era só o que faltava! - Interrompeu Dani.
— Que é isso Dani? - Perguntou Carol. - Eu acho sim uma ótima ideia. - Afirmou.
— Pois eu não! Eu quero ir pra casa! - Ordenou.
— Deixa de birra Daniela! - Pediu Junior, de pulso firme.
— Birra? - Perguntou Dani irritada. - Eu tenho 12 anos e não 8!
— Por isso mesmo! - Disse Mili.
— Aff! - Bufou a garota. - Olha, só me deixem em casa, ok? E depois vão jantar! - Sugeriu a garota. - Eu marquei de ver um filme com as minhas amigas e não posso furar.
— Por que não convida elas pra jantar também? - Perguntou Pata.
— Porque é uma noite só de amigas! - Explicou. - Melhores amigas. - Especificou. Vendo que a garota não iria mudar de ideia, Carol e Junior cederam. Então, deixaram-na em casa e em seguida foram jantar, com Pata, Mili e Mosca. Isso era tudo o que Dani queria, uma oportunidade de ficar sozinha em casa, pois assim seria bem mais fácil de fugir para a boate.
Após chegar na mansão, a garota pediu ao chofer que a levasse até o orfanato, para que buscasse suas amigas. Chegando no orfanato avistou as garotas, que já aguardavam impacientes na calçada.
— Cheguei! - Anunciou Dani.
— Finalmente! - Bufou Teca.
— Já era hora, minha filha! - Afirmou Maria.
— Cadê a Lúcia? - Perguntou Dani.
— Tá ali falando com a vó dela. - Maria apontou para a casa próxima ao orfanato, onde Lúcia morava. Lá a garota conversava com a vó, que lhe entregava uma mochila, e várias vasilha de comida.
— Colocou tudo na mochila? - Perguntava a senhora.
— Sim vó. - Respondia Lúcia.
— Toalha? Casacos? Calcinhas? - Insistiu, para ver se a neta não havia esquecido nada.
— Vó!!! - Exclamou Lúcia. - Tá tudo aqui. - Confirmou.
— Está bem. - Disse a mulher. - Na vasilha tem bolo de fubá, biscoitos, e leite desnatado.
— Tá bom vó, obrigada. - Disse Lúcia. - Tchau! - Despediu-se da vó com um beijo no rosto.
— Tome cuidado! E me ligue antes de dormir! - Ordenou a mulher.
— Tá bem! - Disse Lúcia, enquanto caminhava em direção as garotas que já entravam no carro.
— Nossa, pra quê tanta coisa? - Perguntou Teca.
— Sabe como é minha vó. - Disse Lúcia.
— Ela te deu até comida? - Perguntou Dani. - Ela acha que lá na minha casa a gente passa fome é? - Perguntou irritada.
— Não é isso... É que ela não gosta que eu coma fora de casa. - Explicou Lúcia.
— Isso é bolo de fubá? - Perguntou Maria. Lúcia assentiu. - Posso comer? - Perguntou, tomando a vasilha das mãos de Lúcia, que riu.
— Vai em frente. - Disse a garota. Logo, o chofer deu partida no carro.
Não muito longe dalí, a caminho da festa...
— Ô motorista! - Exclamou Thiago, irritado. - Será que dá pra ir mais rápido por favor? - Pediu, emburrado. O motorista do ônibus o ignorou completamente.
— Devia se conformar, a gente vai chegar na festa só depois das onze. - Disse Rafa. - E a culpa foi sua, por brigar comigo. Se tivesse aceitado que eu era quem ia no carro, eu já estava curtindo na festa numa hora dessas. - Afirmou. Thiago o olhou com cara de tacho.
— Eu era quem ia no carro! - Berrou, chamando a atenção de todos no ônibus.
— Vocês querem parar? - Perguntou Tatu, sentado na cadeira ao lado. - Tá todo mundo olhando. - Reparou.
— Tô nem aí. - Disse Thiago, sem dar importância.
— Nossa... Esses meninos não crescem. - Reclamou Bel, sentada ao lado de Cris um pouco longe dos garotos.
— Pois é, ninguém merece. - Disse Cris. - Nem sei como podemos namorar eles um dia. - Lamentou.
— Nem me lembre disso. - Pediu Bel. De repente o ônibus parou.
— Aff... - Bufou Thiago. - Deviam inventar um ônibus que não parasse nunca! - Reclamou.
— Se o ônibus não parasse, como a gente ia subir? Idiota! - Perguntou Rafa, revirando os olhos.
— Eu sei lá. - Thiago deu de ombros. Tatu revirou os olhos.
De repente, Cris reconheceu a pessoa que subiu na parte de trás do ônibus.
— Ai meu Deus, era só o que faltava... - Disse a garota, tensa.
— O quê... - Ao virar-se para trás, Bel viu o motivo da aflição de Cris. Era Ana, quem havia acabado de subir ao ônibus. - Putz...
Ao passar na catraca do ônibus, Ana passou a caminhar, esta já tinha avistado as garotas.
— Oi. - Cumprimentou, sem dar muita importância.
— Oi... - Responderam, sem jeito. Ana continuou a caminhar, em direção ao único assento vazio do ônibus. A cadeira ao lado de Tatu. Nessa hora a ruiva também avistou Rafa e Thiago, porém decidiu ignora-los.
— Thiago... - Cutucou Rafa.
— Que foi? - Perguntou o garoto, que antes olhava pela janela.
— Olha pro lado... - Pediu Rafa, então, Thiago assim o fez, dando de cara com Ana. Ao vê-la, os olhos do garoto saltaram.
— Puta merda... Puta merda... - Disse, encolhendo-se na cadeira.
— Oi Ana... - Cumprimentou Tatu, ao ver que a garota se aproximava para sentar ao seu lado.
— Oi Tatu. - Respondeu a mesma, sorridente, sentando-se. - Quanto tempo!
— Né! Muito tempo. - Afirmou o garoto.
— Você também vai a festa, Ana? - Perguntou Rafa, do outro lado, chamando a atenção da garota.
— Sim. - Confirmou Ana. - Eu vou. - Acrescentou, desviando o olhar. Logo, Rafa percebeu que a garota não estava para conversa, então, decidiu não perturbá-la mais.
— Quem são aqueles garotos? - Perguntou a garota fantasma, de pé ao lado de Ana.
— Uns idiotas sem importância. - Respondeu Ana, num tom quase inaudível.
— Você falou algo? - Perguntou Tatu, ouvindo o murmúrio da garota.
— Ah, eu? - Perguntou Ana. - Não, tava aqui pensando. - Explicou.
— Hum... - Estranhou Tatu. Nessa hora, Ana encarou a fantasma dando a entender que não a fizesse falar, pois, assim achariam que ela era louca.
— Ah é... - lembrou a fantasma. - Esqueci que ninguém me vê além de você. - Completou, aos risos.
Enquanto isso
Na boate...
Os convidados estão chegando...
A boate está ficando cheia...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Pois é... Enquanto uns estão a caminho da festa, outros estão a caminho do perigo... Quem será que vai se dar mau nessa festa? Será que vocês tem alguma ideia?
Beijos e até a próxima.