Missão: 6 Esquadrão escrita por kulilinehfoda


Capítulo 20
Capítulo 20 - O Garoto Amaldiçoado - Parte II




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            Shimo está sem sua arma andando em um ponto da cidade, com um pequeno rádio transmissor no ouvido.

            -E então, alguma novidade? –diz a voz de Z no comunicador.

            -Não, nada suspeito. –diz a voz de Takashi.

            -Há muitas pessoas, Z-sensei. É como procurar uma agulha no palheiro... –diz Shimo.

            A imagem muda para Z, em outro ponto da cidade.

            -Paciência Shimo. É do perfil desses tipos não ficarem muito tempo sem fazer nada. Fiquem de olho em qualquer movimento. –diz Z.

            -Se ao menos Baku estivesse ajudando a procurar... –diz a voz de Shimo no comunicador de Z.

-Baku e as garotas estão cuidando dos garotos. Algum dos moradores que acreditam na maldição pode querer feri-lo. –diz Z.

A imagem muda para onde Takashi está, uma zona um pouco menos movimentada. Takashi também está sem sua arma.

-Além disso, Baku não sabe ser discreto. É capaz de ele sair gritando na rua o nome do justiceiro. –diz Takashi.

-Mantenham-se atentos vocês dois. Qualquer pista ou movimento estranho, me avisem. Câmbio desligo. –diz a voz de Z.

A imagem volta para Shimo.

-Que saco ter que ficar procurando por algo que nem sei o que é... –resmunga enquanto anda.

Shimo então avista o homem com quem havia trombado quando chegaram à cidade.

-Ei, senhor! –grita Shimo para o homem.

O homem pára e olha atravessado para Shimo.

-Você é o garoto mal educado do refrigerante... -diz o homem.

-É sobre isso mesmo que eu queria falar. –diz Shimo em tom sério.

 

            Em um acampamento fora da cidade estão Tomoyo, Hakeshi e Baku, além do garoto que Z resgatou, que ainda dormia.

            -O garoto ainda está dormindo... Estou ficando preocupada. –diz Hakeshi.

            -Assim você sabe como ficamos quando você foi parar no hospital... –diz Tomoyo.

            -Gomen, não tive culpa... –diz Hakeshi.

            -Tudo bem, estou só brincando! –diz Tomoyo sorrindo.

Baku olhava o garoto com certo ar de preocupação.

-Olhe pra ele, ele é só uma criança assustada... Provavelmente passou por maus momentos com o preconceito das pessoas da cidade que acreditam nessa tal maldição. –diz Hakeshi.

            -Maldição... Não gosto disso... –diz Baku.

            -O que foi, Baku? –diz Tomoyo.

            -Na minha vila havia muitas histórias sobre pessoas amaldiçoadas... O final delas nunca é bom... –diz Baku.

            Tomoyo ri

-Quer dizer que o grande e poderoso Baku está com medo de um garoto de seis anos? –diz Tomoyo.

-NÃO ESTOU COM MEDO! Só estou... preocupado... –diz Baku.

Tomoyo e Hakeshi riem.

 

Baku sai da barraca chateado. Tomoyo sai com ele.

-Não gosto que riam de mim... –diz Baku.

-Estamos brincando, não precisa se aborrecer. –diz Tomoyo.

-Para você é fácil, aposto que nunca ninguém riu de você. –diz Baku.

-Porque diz isso, Baku? –diz Tomoyo.

-Bem, você é bonita... e eu sou grandão e desajeitado. –diz Baku um pouco envergonhado.

-Baku, vou te contar um segredo. –diz Tomoyo.

-O que é? –diz Baku.

-As garotas adoram os caras grandões. –diz Tomoyo piscando o olho para Baku, que fica muito vermelho.

 

Dentro da barraca, o garoto abre os olhos.

-Oi, que bom que você acordou! –diz Hakeshi.

O garoto fica assustado.

-Calma, não precisa se assustar. Vamos cuidar de você. –diz Hakeshi.

-Quem é você? –diz o garoto.

-Uma amiga. Meu nome é Hakeshi. Qual o seu nome?

-Meu nome é Chiisai. –diz o garoto.

-Está se sentindo bem? –pergunta Hakeshi.

-Hai. –diz o garoto.

-Você estava numa casa em chamas, e foi salvo pelo nosso taichou. –diz Hakeshi.

-Você... não tem medo de mim? –diz Chiisai.

-Por que eu teria? Você é um garoto meigo. –diz Hakeshi.

-As pessoas têm medo de mim. Elas sempre correm quando me vêem. –diz Chiisai querendo chorar.

-Eu não tenho medo de você, viu? Agora, vou chamar meus amigos para que conheça. –diz Hakeshi.

Chiisai balança a cabeça. Hakeshi sai da barraca.

-Ei, o garoto acordou... Baku, o que aconteceu? Você está parecendo um tomate maduro! –diz Hakeshi.

-Bem, você disse que ele acordou? Vou lá falar com ele. –diz Tomoyo.

-Você não vai, Baku? –diz Hakeshi.

-Eu... já vou... –diz Baku.

-Não me diga que está com medo da maldição? –diz Hakeshi.

Baku não responde.

-Deixe ele aí. Vamos lá, Hakeshi. –diz Tomoyo.

 

O homem encara Shimo.

-O que quer agora, garoto? –diz o homem.

-Eu queria pedir desculpas... –diz Shimo.

O homem parece surpreso.

-Estávamos com pressa, eu não estou acostumado com muita gente como aqui na cidade, por isso fui mal educado. Desculpe-me. –diz Shimo.

O homem fica calado.

Nisso Takashi chama no comunicador.

-Z-sensei, Shimo, estão ouvindo? –diz Takashi.

-Estou. –diz Shimo.

-Encontrou algo, Takashi? –pergunta Z.

-Não, é por isso que chamei. É impossível achá-lo assim, temos que pensar em um plano. –diz Takashi.

-Bem, também estou cansado de procurar... Vamos voltar e pensar em algo. –diz Z.

-Entendido. –diz Shimo desligando.

-Bem como eu ia dizend... –Shimo interrompe a frase.

Shimo olha para os lados, mas o homem desapareceu.

-Pra onde ele foi? Ele nem disse se me desculpou... –diz Shimo. –Bem, isso não importa. Vamos ver o plano de Takashi.

-Ei, garoto, isso é seu! –grita um vendedor em uma barraca, com uma lata de refrigerante na mão.

-O que é isso? –pergunta Shimo.

-Um senhor pagou e mandou lhe entregar. –diz o vendedor.

Shimo sorri.

 

No acampamento, Hakeshi e Tomoyo estão conversando com o garoto, que parece um pouco mais à vontade.

-Então Chiisai, onde estão seus pais? –pergunta Tomoyo.

Chiisai não responde.

-Acho melhor não perguntarmos nada a ele ainda, ele está assustado... –Hakeshi cochicha para Tomoyo, que concorda.

-Bem, você ainda não conheceu o Baku, vou lá chamar ele. –diz Hakeshi.

-Você ainda trem que conhecer o irmão da Hakeshi-san, Takashi-san, o Shimo-kun e o Z-taichou, a pessoa que te salvou. –diz Tomoyo.

-Vocês são legais. Nunca ninguém é legal comigo... –diz Chiisai.

-Agora as coisas vão mudar. –diz Tomoyo sorrindo.

Nisso Baku e Hakeshi se aproximam da barraca. Hakeshi entra primeiro, e chama Baku. Baku é alto e forte, e mal passa pela pequena entrada da barraca. Chiisai ao vê-lo se assusta.

-Não se assuste, ele é nosso amigo! –diz Tomoyo.

Chiisai recua assustado. Baku também está com medo da “maldição” do garoto, e permanece na entrada da barraca.

-Acho que ele não gostou de mim... –diz Baku.

-Pare de ter medo e entre logo! –diz Hakeshi.

Hakeshi puxa Baku para dentro. Nisso Chiisai se assusta e sem querer cria um pequeno raio de fogo que começa a queimar o canto da barraca.

-Cuidado! –diz Hakeshi.

-A maldição! –grita Baku.

Baku corre pra fora puxando Hakeshi, Tomoyo segura o garoto e corre pra fora. A barraca se queima.

Baku fica olhando assustado para o garoto. Tomoyo tenta acalmá-lo.

-Calma, já acabou. Vai ficar tudo bem. –diz Tomoyo ao garoto.

-A maldição... existe mesmo... –diz Baku.

-Não seja idiota, esse negócio de maldição não existe! –diz Tomoyo.

-Então, como explica isso? –diz Hakeshi olhando a barraca em chamas.

 


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