Forgive Me escrita por Aline Silva, Aline Eurich


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

"Se não é capaz de lutar, não é também capaz de amar. Porque amar é ter uma luta diária do coração contra a razão."
— Aline Eurich da Silva



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Quando acordo estou em um ambiente bem familiar, minha mesa no NCIS. Mas o lugar está vazio, como se a agência estivesse fechada. É quando eu vejo uma mulher, quando ela chega mais perto, eu reconheço que é Kate.
– Kate?
– Olá Tony.
– O que está fazendo aqui? Eu estou morto?
– Eu vim falar com você. E não, você não está. A não ser que desista.
– Eu não quero desistir!
– Não quer? Então porque ainda não voltou para eles? Porque não voltou a para sua mulher e filha?
– Eu apenas não estou conseguindo Kate.
– Mas você precisa voltar Tony, elas precisam de você.
– Eu sei disso. Kate sentimos tanto a sua falta, você não deveria ter morrido.
– Não devia, mas morri. Ari me matou, e Ziva matou o Ari, matou o irmão para salvar Gibbs. É por isso que ele confia tanto nela!
– Ziva é uma boa pessoa, mesmo com todo o peso do seu passado!
– Eu sei Tony, foi por isso que você se apaixonou por ela. Você viu que mesmo com os assassinatos, e a aparente frieza, no fundo ela era apenas uma garota com medo de amar, assim como você.
– Eu amo Ziva, mais do que possa imaginar. Com ela eu tive uma filha, uma garotinha linda, com um gênio terrível.- disse brincando.
– Elisa é igual a mãe! Tony você não é mais o cara imaturo que eu conheci, você agora é pai e tem responsabilidades. Você precisa voltar Tony, precisa aproveitar sua família.- Kate disse e despareceu.

Voltei para minha mesa e encontrei Jenny sentada na mesa que era de Ziva.
– Jenny! Parece que hoje é o dia de falar com todos os mortos, aliás logo eu posso me juntar a vocês.
– Não seja rude, Tony.
– Que belo conselho veio me dar?
– Que não deixe a Ziva fugir dessa vez, não deixe que ela vá embora!
– Eu fui atrás dela várias vezes, Jenny. Eu a amo. Mas você sabe, é a Ziva, se ela mesmo depois de tudo ainda quiser ir embora eu não vou ter o que fazer.
– Dessa vez é diferente, a única coisa que precisa para que ela não vá embora é que você acorde, dessa vez quem precisa voltar é você!
– Jenny eu quero voltar, eu vou. Eu amo Elisa, não posso deixa-la órfã de pai.
– E Ziva? Sabe, todo mundo sempre percebeu que ela se importava demais com você, todo mundo já via antes que ela sequer imaginasse. E com você não foi diferente. Lembra de como se sentiu quando pensou que ela estava morta? Quando foi atrás de vingança na Somália? E ao vê-la viva? Vocês só demoraram a assumir o que sentiam um pelo outro!
Jenny andou até a minha mesa e pegou a foto de Elisa.
– Sua filha é tão linda Tony! Vocês vão formar uma linda família!
– Já somos uma família, apenas não estamos juntos.
– Quer ter mais um Tony?
– Ziva não quer, o parto foi difícil.
– Mas você pode convencê-lá. - Jenny brincou- Não é tarde para formar uma família, para recomeçar.
Foi a vez de Jenny sumir.

– Tony você disse que não era a Ziva. - Paula Cassidy disse atrás dele.
– E não era, mas acabou sendo. Eu a amo!
– Eu imaginei que fosse acontecer. O jeito que ela te olhava, dava para ver.
– Demorou muito tempo depois daquilo Paula.
– E você disse que a ama?
– Disse, pouco antes de mandar ela fugir.
– E ela tem certeza disso?
– Tem sim.
– E você tem certeza que quer viver o resto da sua vida com ela?
– Tenho.
– Então para quê você ainda não acordou?
Cassidy desaparece tão rápido quanto morreu.
Vou até o elevador que se abre revelando alguém que eu não via a mais de 40 anos.
– Mãe?
– Júnior...
– Mãe faz tanto tempo que você se foi.
– Eu sei filho.
– Mãe eu te amo tanto.
– Eu também te amo Júnior. Lembra de quando íamos assistir filmes juntos?
– Claro, foi com a senhora que aprendi a amar filmes.
– Ir ao cinema era ótimo mesmo. Filho é bom te ver, mas você não pode ficar, não é a sua hora. Você precisa voltar para minha neta. Você não pode deixar sua filha, como eu te deixei. E Ziva, ela te ama, eu posso ver. Esse não é o seu lugar, não ainda filho. Você tem a vida toda pela frente!
– Mãe e seu eu falhar com elas? E se eu não for um bom pai ou um bom marido.
– Você vai ser um bom marido, e já é um bom pai! Apenas volte para eles filho!
– Eu vou voltar mãe! Eu te amo!
– Eu também te amo filho.
Foi quando eu me vi sozinho novamente, sem mais ninguém para me pedir para voltar. Era o que eu precisava fazer, voltar para minha família e seguir em frente.


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