Tales of the Supernatural escrita por Sr Mistério


Capítulo 2
Caso I — Chegando à Magnólia


Notas iniciais do capítulo

Bem, como prometido, aqui está o segundo capítulo!!!!! Fico realmente contente que estejam gostando da fanfic =D E muito feliz com os comentários tb xD Bom, o segundo capítulo não ficou tão grande como eu queria ... mas, mesmo assim! Acho que os outros serão maiores.
Ah, chega de papo, leiam!!



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12h00min – Mansão da família Heartfilia.

Lá estava ela, sentada numa cadeira, com seus longos cabelos loiros agitados por causa do vento. Seus olhos estavam vidrados na grama verde, fitando os insetos que ali passavam. Abaixou sua mão para perto de uma de uma flor, onde uma joaninha pousara agora. Ela o pegou e ficou brincando com ele, o entrelaçando entre seus dedos.

Quando uma de suas empregas sai correndo de sua mansão, em direção ao quintal, que é onde Lucy estava, chamando a loira.

— Senhorita Lucy! – era Cordélia, uma de suas empregadas mais prestativas – Um telegrama para a senhora! – ela entrega a carta á Lucy.

“Senhorita Lucy, é um prazer falar com a senhorita, mesmo que seja através de uma simples carta. Gostaríamos de estar requisitando os seus serviços como detetive. Se o que dizem sobre você é verdade, então você é uma detetive realmente incrível! Há alguns dias, um corpo foi encontrado em um dos becos da cidade de Magnólia. Um assassinato, sem dúvida. Então é pra isso que eu estou lhe enviando este telegrama. Se aceitar o convite, estaremos enviando uma carruagem para buscar a senhorita imediatamente.

Assinado – Prefeito da cidade de Magnólia, Makarov”.

— Um caso... – a loira reflete. Estava indecisa se deveria ou não aceitar aquele caso. Pensou bem. Iria aceitar – Cordélia arrume minhas malas. Irei para a cidade de Magnólia.

— Para a cidade de Magnólia? – pergunta a empregada confusa.

— Eu por acaso falei grego? Sim, a cidade de Magnólia! – ela respondeu com um pouco de ignorância – Eu acabei de pegar um caso.

A empregada, afoita, sai correndo para dentro da mansão para arrumar as malas de sua senhorita. É nessa hora que Erza, irmã mais velha de Lucy aparece na porta do quintal, chamando a mais nova.

— O que quer, querida irmã? – pergunta Lucy á outra.

— O que está fazendo? Por acaso irá aceitar outro caso? – a ruiva parecia estar meio nervosa. A menor apenas balançou a cabeça afirmando – Você prometeu ao papai antes de morrer!

— Eu sei que eu prometi que iria parar de investigar – ela suspira – mas precisam de mim! E eu não irei ignorar o pedido deles – a menor resolve ignorar Erza, andando em direção á sala esbarrando na ruiva.

“Lucy...”— pensa Erza.

12h30min p.m – Cidade de Magnólia.

O prefeito estava ansioso. Lucy já havia respondido o telegrama e ele já havia enviado uma carruagem para pegá-la. Estava na entrada da cidade, esperando a garota chegar. Quando avista uma carruagem ao longe.

— É ela! – Makarov se anima. A carruagem para na frente da entrada da cidade. Uma figura loira com um longo vestido negro, luvas da mesma cor e um chapéu sai dela, além de outra figura ruiva com uma roupa parecida com a da primeira, só que branca.

O prefeito fica feliz por ela finalmente ter chegado. Porém, não sabia ao certo quem era a figura ruiva ao seu lado. Talvez fosse sua irmã, ou prima.

— Senhorita Lucy! Finalmente chegou! – o prefeito corre para cumprimentar e ajudá-la – Que prazer finalmente te conhecer! – ele a cumprimenta dando um beijo em sua mão.

— O prazer é meu, prefeito. Estava ansiosa para finalmente sair da monotonia que se tornou minha vida – a loira também cumprimenta o prefeito.

A ruiva, que até então estava quieta, finge uma tosse. Talvez quisesse ser apresentada para o prefeito também.

— Essa é minha irmã, Erza Heartiflia – Lucy apresenta a irmã.

— Estou encantada por poder finalmente conhecer a cidade de Magnólia – Erza estende a mão para que o prefeito a beije.

— Prazer em conhecê-la! – ele beija a mão da garota.

— Então vamos deixar de baboseiras – Lucy interrompe o pequeno dialogo que estava rolando ali.

O prefeito toma a frente das duas, para guiá-las pela cidade, já que não a conheciam ainda. Foram andando por várias ruas da cidade, até chegar ao beco em questão. Ao chegar, Erza sente o cheiro de carne podre e quase vomita.

— Que nojo! – a ruiva reclama – Como pode feder tanto? Há quanto tempo está ai? – perguntou se referindo ao cadáver.

— Desde ontem de noite – Makarov respondeu – Não é muito tempo. Não sei por que está fedendo tanto.

— Normal – Lucy tomou a frente e começou a explicar – Pessoas mortas devem feder, certo? – a loira perguntou sarcástica.

— Mas ele não está ai há muito tempo! – Makarov reclama.

— Calma, meu caro prefeito. Irei resolver esse caso – a garota era realmente confiante.

Depois de tudo isso, Makarov decidiu que era melhor esperar um pouco para resolver aquele caso e continuou a apresentar a cidade para as garotas. Eles foram direto para a prefeitura, onde havia um rapaz esperando os três. O rapaz em questão possuía cabelos de uma coloração um pouco... diferente.

— Natsu! – Makarov parecia feliz em vê-lo.

— Olá, meu pai! – o cumprimentou – Ela já chegou? – perguntou se referindo á Lucy.

— Sim... – foi interrompido.

— Sim, eu já cheguei – Lucy responde – E você quem é?

— Meu nome é Natsu. Natsu Dragneel, senhora Lucy – ele beijou a mão da moça.

— Senhora não. Senhorita, se não se importa.

Erza, que percebeu que Lucy não estava dando a mínima atenção á ela, resolveu ela mesma se apresentar. Tomou a frente e empurrou Lucy, colocando a mão para Natsu beijar.

— Olá, sou Erza. Erza Heartifilia, como deve saber – se apresenta.

— Prazer em conhecer as duas!

— Bom, agora que já acabamos as apresentações, que tal tomarmos um chá? – pergunta o prefeito.

— Perfeito! – os três respondem em uníssono.

Os quatro subiram para o “salão principal”, que era onde ficavam as mesas e os sofás para se sentarem e tomar chá. Lucy, que estava subindo as escadas muito devagar, sentiu uma tontura e quase desmaiou na escada. Se não fosse por Natsu, que havia a segurado, ela teria caído.

Makarov perguntou se ela estava bem. A moça apenas assente com a cabeça, e diz que só estava meio tonta, que não deveriam se preocupar com nada. Mas, na verdade, nem ela sabia o motivo daquilo. Era como se alguém tivesse dado-lhe um tapa em sua testa, fazendo a sentir tontura e quase cair escada á baixo.

Assim que chegaram ao salão principal, um dos empregados de Makarov perguntou o que eles iriam tomar. O prefeito respondeu que eles iriam tomar chá, e o empregado foi correndo buscar. Quando chegou, serviu chá aos convidados e se retirou os deixando á sós no grande salão.

Bem, vamos falar sobre o caso? – pergunta Erza – Prefeito me diga, do que você acha que se trata?

— Eu realmente não sei... Nunca havia visto isso antes. Vocês o viram: estava com seu pescoço rasgado, a barriga aberta e as tripas arrancadas – ele sente um pouco de nojo ao descrever a cena.

— Ora... Talvez tenha sido só um vândalo. Um adolescente com sérios problemas mentais. Um doente – explica Lucy.

— Não... – Natsu se pronuncia – não é nada disso. Estamos lidando com forças muito além de nossa compreensão.

— Do que está falando, senhor Natsu? – Lucy parecia ficar cada vez mais curiosa.

— Do sobrenatural, é claro – o garoto explica, arrancando uma gargalhada da loira logo em seguida.

— Sobrenatural? Bobagens. Eu não creio nessas coisas. Meu ceticismo é muito forte para crer em algo assim.

— Mas é verdade! Você nunca havia visto nada assim, não é? Isso é novo, até mesmo para você – o rapaz parecia estar convencido de que estava certo.

A loira não sabia o que dizer sobre o comentário do rosado. Realmente nunca havia visto nada assim antes. Era sua primeira vez. Mas de uma coisa ela sabia: não se tratava de nada sobrenatural.

— Você é louco! – ela disparou – Está falando besteiras! Prefeito controle seu filho, por favor!

— Lucy! – Erza a repreende.

Makarov ficou apenas observando aquela cena. Não sabia em quem acreditar. Seu filho poderia estar certo. Mas rezava mentalmente para que não.

Lucy, que ainda discutia com Erza, novamente sente aquela tontura. Sua vista começou a ficar embaçada e sua cabeça começou a doer.

Desmaiou.

13h58min – Quarto da Lucy – Prefeitura.

A loira foi lentamente abrindo seus olhos. Olhou ao redor e não reconhecia o lugar onde estava. Parecia ser um quarto. Era bem grande. Estava deitada numa cama bem macia e coberta com uma coberta branca. “Como eu odeio branco” pensou enquanto tirava as cobertas.

“Onde estou?”— se perguntou mentalmente.

Olhou novamente ao redor e pôde ver uma penteadeira e um enorme guarda-roupa. Além de mesa de cabeceira ao lado da cama. Levantou-se e andou até a porta. Ainda se sentia meio tonta, e não sabia o porquê. Caminhou lentamente, enquanto sentia o piso de madeira sob seus pés descalços.

— Mas que diabos! – olhou para baixo e pôde ver que não estava com seu vestido. E aonde foram parar seus sapatos e suas luvas?

Resolveu ignorar o fato de estar quase pelada. Assim que colocou sua mão sobre a maçaneta para abri-la, sentiu algo a puxando para não o fazer. Essa mesma coisa a fez caminhar até o espelho e olhar atentamente para ele. Não viu nada, apenas seu reflexo nele. Porém, quando olhou novamente, pôde ver uma sombra com olhos vermelhos e enormes chifres. Balançou sua cabeça e ela havia sumido.

— Estou ficando maluca? – ela refletiu – Aquele tal de Natsu está me deixando maluca também. Onde já se viu? Sobrenatural... – e deu um muxoxo.

Deixou pra lá tudo isso e foi em direção ao salão principal. Talvez os outros estivessem por lá ainda. Abriu a porta e desceu correndo as escadas. Assim que chegou ao andar de baixo, pôde ver Natsu vindo em sua direção. Correu até ele.

— Muito bem! – a loira começou – Quem tirou minhas roupas? Onde está meu vestido e minhas luvas? E o meu chapéu? – ela deu um grito alto.

— Você grita muito alto, sabia? – o rosado havia tampado os ouvidos – Mas, já que está perguntando, suas roupas estão com as empregadas. Foram elas que te deixaram com essas roupas intimas, e não eu, se foi isso que pensou.

A loira na mesma hora corou. Havia reclamado com o rapaz e ele nem tinha culpa de nada.

— D-Desculpe... – a loira virou o rosto – Mas tem que admitir que você é meio suspeito! – gritou novamente.

— Não tenho que admitir nada – o rapaz reclamou – Dormiu bem? – perguntou sendo sarcástico.

— Calado! – gritou mais uma vez – E não te interessa como eu dormi. Agora eu tenho algo a investigar – a loira saiu correndo atrás das empregadas para pegar suas roupas e começar a investigar o caso.

“Lucy Heartfilia... Luce!”— ele pensou. Havia inventado um apelido para a loira esquentada.

14h12min – Beco ao lado da loja de itens para pescar.

Lá estava Lucy, analisando a cena. Olhou atentamente para os detalhes que a cercavam. O pescoço rasgado, a barriga aberta, as tripas arrancadas e os respingos de sangue na parede. Parece que a pessoa que o matou era muito doente, afinal.

— Quem foi o maluco que fez isso? – a loira parou para refletir – Será que aquele rapaz maluco tem razão? Não! – se repreendeu em voz alta. Não podia acreditar que aquilo era obra de uma criatura de outro mundo. Não devia!

— Lucy... – Erza chegou por trás e colocou a mão no ombro de Lucy – Descobriu algo? – a outra balançou a cabeça negativamente – Bom, estarei junto com os policiais e o prefeito, se não se incomoda. Sei o quanto gosta de trabalhar com silêncio e sem ninguém te atrapalhando – se retirou.

A loira se abaixou e analisou melhor os fatos. Olhou para o pescoço do cadáver e percebeu algo: havia marcas de garras ali. “Garras?” pensou. E também percebeu que o defunto tinha o braço decepado, e o membro estava do lado do cadáver. Olhou mais de perto e viu que ele segurava uma cruz. “Devia ser religioso” pensou novamente.

A moça parou e refletiu novamente. Poderia ter sido um animal que fez aquilo? Um lobo talvez. As marcas de garras no pescoço e nos braços batiam com a descrição do animal. Mas havia algo que não estava certo. Não existiam lobos pelos arredores da cidade, certo?

Continua...


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram do capítulo?? Então comentem! Ah, quanto á personalidade da Lucy ... gostaram?? Queria deixar ela um pouco mais cética.



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