Capítulo 8: Conversas

Jake’s POV

Eu andei pela praia, sozinho encarando o mar, hoje havia muita gente na praia, vários adolescentes de Forks e Port Angeles estavam aqui...

Eu vi dois carros parados à pequena distância da praia.

Três garotas tiravam uma foto de si mesmas sorrindo.

A terceira garota suspirou e se sentou no capô do carro preto.

- Eles vão demorar muito? Eu to com fome. – Pam disse rindo

- Acho que não... Aliás, espero que não Pam eu to com fome também.

- Lex, você e Pam são mortas de fome por acaso? 

- Não, nós ainda estamos vivas! – A segunda garota disse

Meus pés já me levavam até lá.

Ela estava de costas pra mim, mas as outras me encaravam confusas e intrigadas,

- Pam? – Chamei quando já estava perto

Ela se virou pra mim e sorriu fraco.

- Oi Jake.

- Eu achei que... – Comecei, mas ela me interrompeu

- Mas eu vim. – Ela disse mais séria

Nos encaramos por um momento.

As outras duas continuavam a olhar-nos intrigadas

- Te vejo por ai. – Eu disse e me virei

Ouvi ela suspirar, então sua voz cortou o vento até mim.
- Jake. – Ela me chamou
Eu me virei lentamente

- Sim?

Ela suspirou novamente e andou até mim

- Eu posso conversar com você? – Ela pediu mordendo o lábio inferior

Eu encarei suas amigas que nos olhavam intrigadas.

- Claro. Mas pare de se morder. – Eu disse sorrindo e puxando seu lábio com minha mão direita

Eu me virei para a praia e comecei a caminhar, ela me seguiu.

- Desculpe por cortar você. – Ela disse quando me alcançou

- Tanto faz.

- Eu não quero que você fique com raiva de mim. – Ela murmurou

- Eu não estou com raiva de você. – Disse encarando-a

- Mas parece.

- As aparências enganam. – Eu disse olhando para o mar, já tão perto de nós.

Eu me sentei na areia com os joelhos dobrados e os braços apoiados neles, ela me encarou por um longo momento e se sentou a meu lado.

- Você ainda quer ser meu amigo? – Ela perguntou olhando pra mim

Eu sorri, ela não tinha entendido droga nenhuma ontem.

- Quero Pam, você ainda não percebeu que eu amo você mais que um humano normal pode te amar não é? Admito que seja um amor um pouco mais egoísta, mas eu não ligo muito, o que importa no momento não é ter você... Se você ficar perto de mim eu fico... Feliz, acho.

Eu encarei seus olhos por um segundo, ela estava triste, seus olhos me analisavam e eu soube que ela refletia sobre o que eu tinha lhe dito.

- Isso não te machuca? – Ela perguntou voltando a morder o lábio

- O que?

- Me ter por perto.

- Não... Na verdade é bom o suficiente, a maioria não consegue resistir ao grau de amor e adoração, então te ter por perto me da mais chances de você ficar comigo um dia. – Respondi

Ela mordeu o lábio ainda mais forte.

Levei minha mão ao seu queixo e o puxei de leve.

- Pare de se morder. – Reclamei e ela riu

Voltei a olhar pro mar por algum tempo, até que senti sua cabeça pousar em meu ombro, eu olhei pra ela por um momento e então passei o braço direito
por sua cintura.

Nós ficamos um tempo meio abraçados, até que ela se pronunciou.

- Você sabe que é um idiota não sabe? – Ela perguntou rindo

- Não... Por que eu sou um idiota? – Perguntei rindo

- Porque você me beijou. – Ela disse ainda rindo

- Isso demonstra sinal de inteligência pra mim.

- Beijar alguém a força não é inteligência.

- Dependendo das circunstâncias é. – Eu disse rindo

Ela levantou a cabeça de meu ombro.

- Além de tudo você é babaca também... Acho que eu nunca vou querer você Jake. – Ela disse rindo

- Eu tenho vários outros defeitos. – Eu avisei rindo – Mas tem até algumas qualidades que me salvam.

- Quais? Inteligência e modéstia?

- São duas delas. – Eu garanti sorrindo

Seu rosto estava muito perto do meu de novo.

- Acho que você está me forçando a ser idiota. – Eu reclamei

- Por quê? – Ela perguntou confusa

- É você que deixa a sua boca perto. – Eu disse fazendo careta

- É só pra testar sua força de vontade. 

- Não vai conseguir bons resultados desse jeito. – Eu lhe garanti sorrindo

- Acho que eu já percebi. – Ela disse rindo e virando o rosto

Alguém a chamava, mas ela não pareceu perceber.

Estava absorta em seus pensamentos e eu estava prestando atenção nela.

Ela encostou a cabeça no meu ombro novamente e encarou meu joelho, colocou sua mão sobre minha outra mão, parecia prestar atenção em alguma coisa, alguma coisa que eu não via muito sentido.

Ela voltou a morder o lábio e eu ri, sua mão escorregou até meu pulso quando eu coloquei a mão em seu rosto, ela fechou os olhos e deixou o lábio escorregar antes de eu puxá-lo.

Meus dedos acariciaram sua bochecha.

- Suponho que eu não possa me morder. – Ela murmurou com a voz um pouco rouca

- Não, não pode. – Eu respondi rindo

Ela abriu os olhos e me encarou.