Uma nova Vida escrita por Jamal


Capítulo 1
Outro Rumo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Era fim de tarde, estava em casa estudando e pensando em seu amor. Sabia o quanto fora injusto e um completo babaca em como a havia tratado, mas, agora não adiantava chorar pelo leite derramado, estava sem ela e não podia fazer nada. Afinal, na última vez que ele lhe ligara, ela fora extremamente grossa, o que fizera entender que ela não o queria mais, afinal ela havia fugido de casa com DC não era, então, desejava mais que fossem felizes mesmo.

Acessando o computador, entrou em um site que vê algo lhe chamar a atenção, um campeonato de games na cidade do Limoeiro. Já que não poderia ficar com a Mônica mesmo, então nada melhor do que distrair a cabeça com outros assuntos, resolveu se inscrever. Dessa vez não seria um campeonato de robôs de verdade, então, não tinha nenhum problema em participar achava.

Fez a inscrição e super animado foi dormir, pois nos dias seguintes teria de treinar duro para o grande evento e também teria várias provas difíceis na escola e não poderia deixar uma coisa atrapalhar a outra. Dormiu como uma pedra naquele dia, mas teve um sonho do qual jamais iria se esquecer.

Estava em um lugar onde nunca estivera antes, parecia ser uma floresta, estava sozinho e em todos os lugares que olhava, só via árvores. Estava perdido e sabia que também não estava, sabia para onde devia ir apenas por instinto. De repente, ouve uma voz vinda de algum lugar.

Quem é você? - Dizia a voz vinda do nada.

Cebola.- Respondia para o vento e emendou. - Onde você está?

Estou aqui - A voz veio de traz dele o fazendo ficar todo arrepiado com o sussurro.

Ao se virar para olhar, Cebola apenas sorriu com a imagem da garota que viu. Uma garota da pele tão branca quanto a neve e longos cabelos negros que iam até a cintura, amarrado em rabo de cavalo. Olhos que lhe pediam súplica e ao mesmo tempo penetrantes além de lábios convidativos. Era uma bela garota, vestia calça jeans não muito colada e blusa regata preta com um desenho que não sabia identificar, mas não lhe importava.

Ouvia ela mexendo os lábios conversando com ele mas não entendia nada do que ela dizia, ele também falava algo inaudível a ela. Quando ela se virou para ir embora, ele a chamou, mas acordou de repente suado e ofegante.

Ficou um pouco na cama pensando no sonho que aos poucos sumia de sua memória, levantou, fez sua higiene matinal e foi para a cozinha tomar café. Saiu apressado para a escola, chegando a sala, viu Mônica e DC um pouco afastados, não achou estranho pois a mesma estava conversando com as amigas, quando o viu, o olhou com um pouco de indiferença mas ele não se incomodou tanto quanto achava que poderia acontecer, afinal, ela ainda deveria estar brava com ele por algo que não fazia ideia.

Cumprimentou a garota e todos os amigos e foi se sentar em uma cadeira um pouco mais afastado. O tempo foi passando e a acabando a aula, Cebola foi o primeiro a sair apressado para se preparar para o campeonato de games. Antes de ir, Cascão o chama para saber onde ele iria e o mesmo apenas diz que iria para casa treinar para o campeonato que iria acontecer dentro de alguns dias.

Em um outro local, uma garota treinava para o mesmo campeonato, estava super empolgada assim como vários competidores, pois o prêmio seria o valor de R$5000,00 reais para o primeiro colocado mais uma viagem com tudo pago para o maior evento de games do país, não podia perder essa chance de forma alguma. Estudava na escola do Limoeiro também, mas, como era tímida, ninguém a notava a não ser por suas notas exemplares, fora isso, era uma total desconhecida de todos. Ouvia música enquanto jogava e nem reparou as horas passando.

Em outra casa, duas pessoas treinavam juntas para o mesmo campeonato também, um casal de irmãos que sempre se divertiam jogando juntos, também iriam disputar.

Os requisitos para a disputa, era entender de tecnologia, pois os mesmos deveriam invadir os computadores de outros participantes e impedi-los de fazer suas jogadas a todo custo, como eles usariam uma rede interna, então não haveria problemas para ninguém, era um ambiente seguro e só seria permitido atacar os computadores que fizessem parte da rede montada.

Essa modalidade era interessante, pois havia algo mais em disputa, algo que não havia sido informado aos competidores e eles saberiam apenas na hora da disputa. Essa regra que só deveria ser contada na hora do campeonato, todos tentavam imaginar o que poderia ser e se preparavam para tudo.

Na academia de artes marciais, Mônica, DC, Magali e Cascão treinavam junto com outros alunos que após a apresentação semanas antes no colégio. Muitos alunos começaram a se interessar em aprender com base em tudo que viram os alunos mais experientes fazendo. Todos notaram a falta do Cebola ao treino, mas, já estava começando a ficar rotineiro, afinal, ele desistira de treinar após o ataque do robô a escola.

- Sensei, o Cebola não vai mais vir mesmo? Perguntava Cascão.

- Não, o que é uma pena, pois aquele garoto tinha um grande futuro nas artes marciais, mas ele desistiu após o ataque do robô do amigo inventor de vocês a escola. Dizia o sensei.

- Mas a culpa foi dele mesmo, foi ele quem provocou o ataque do robô só pra impressionar a Mônica. DC falou com desdém.

Mônica ficou com raiva por ele dizer isso e o repreendeu, pois dessa vez tinha certeza que Cebola não tinha culpa do atentado.

- Você sabe muito bem que quem construiu aquele robô foi o Franja, eu me lembro dele ter dito que o robô foi infectado por um vírus e pelo menos eu pude aprender com o Cebola que qualquer pessoa pode usar um vírus de computador, não necessariamente só quem os sabe fazer, então senhor Do Contra, como que eu posso saber que quem não o usou foi você somente para incriminá-lo?

Ninguém quis dizer mais nada a respeito depois disso, pois o clima estava tenso e a qualquer momento uma bomba poderia ser estourada ali.

Os dias foram passando até que finalmente chegou o dia do campeonato. Todos os competidores foram distribuídos pelas cadeiras de modo que cada um ficasse com um computador para si. Cebola foi olhando um a um os competidores e não se sentia confiante como em outras vezes, apenas iria fazer o seu melhor, mas dessa vez sentia uma pontada de insegurança.

Gostaria que a Mônica estivesse ali para torcer por ele, mas no mesmo instante se repreendeu por estar pensando nela naquele momento, definitivamente, não era a melhor hora pra isso. Se concentrou, sentou na cadeira e pos o jogo para iniciar. Olhou uma dos competidores e ficou ali imaginando se já a tinha visto em algum lugar, parou de pensar nisso e foi ao jogo.

O jogo era em ambiente virtual, simulando várias batalhas dentro de um campo de treinamento do exército, mas o que achou mais interessante, os lutadores não eram do exército, mas sim homens comuns que cada um tinha de desvendar o tipo de poder que ele tinha. Cada um possuia uma habilidade em especial, alguns soltavam raios pelas mãos, outros voavam, outros já possuiam super inteligencia que os permitia construir diversos tipos de dispositivos que poderiam matar um personagem ou somente paralisá-los.

Ao todo eram 200 participantes que estavam logados na mesma rede, sendo que passadas duas horas de torneio, somente 63 ainda continuavam. Alguns do participantes já haviam descoberto brechas para ataques aos outros computadores da rede, mas não fizeram nenhum ataque ainda pois poderiam falhar sem os vírus certos para atacá-los.

Em determinado momento, um dos organizadores chamou a atenção de todos, ninguém poderia fazer nenhum movimento enquanto ele falava, pois poderiam ser desclassificados se o fizessem. Ele então mostrou qual era a surpresa guardada para o evento, disse que um link seria aberto para que enquanto jogassem, um vírus poderia ser baixado e instalado e que serviria para atacar outros computadores, mas o que todos notavam eram três androides que estavam parados ao lado do apresentador como se estivessem sendo carregados as baterias, pois os mesmos estavam conectados em algo, pela distancia, não dava para saber ao certo.

Cinco participantes, incluindo Cebola, tiveram a ideia de usar esses androides para atrapalhar os demais adversários, assim que os vírus foram baiados e configurados, eles procuraram pelos ips de todas as máquinas daquela sala, logo acharam aqueles que queriam.

O tempo foi passando e os androides sendo usados para atrapalhar a todos os concorrentes. No fim, somente os cinco que encontraram os ips dos robôs ficaram e assim, o coordenador do evento deu o campeonato por encerrado e declarou os cinco finalistas que seria disputado no próximo dia.

Cebola não deixou de ficar contente, mas reparou que a garota que o havia intrigado estava entre os cinco finalistas. Todos os cinco se cumprimentaram e foram para suas casas, o dia seguinte seria o melhor dia de suas vidas.

Naquele dia não haveria aula, estava esperando dar o horário para a fase final do campeonato. Chegou ao local e viu que fora o primeiro a chegar. Logo chegou outro participante. Um jovem “japonês”, usando óculos, na mesma estatura física que Cebola chegou para conversar.

- Preparado para a grande final?

- Eu sinceramente achava que não chegasse tão longe, ontem eu estava muito nervoso.

- Qual seu nome?

- Cebola, e o seu?

- Marcos Tamashiko. Muito prazer.

- Igualmente

Passados poucos minutos, chegaram os três últimos integrantes juntos. Os cumprimentaram e entraram na conversa.

- Ontem a gente mal conversou, poderíamos pelo menos ter nos apresentado. Dizia uma das garotas divertida.

- Bom, nós já nos apresentamos, mas, podemos fazer de novo. Esse é o Cebola e eu sou Marcos.

- Muito prazer, esses são meu irmão Carlos, minha amiga Mikaela e eu me chamo Yasmim.

Novamente bateu uma sensação dentro do Cebola que havia visto a garota em algum lugar, mas não se lembrava de onde. Resolveu perguntar.

- Ééééérrr, por acaso eu não a conheço de algum lugar? Falou olhando nos olhos dela.

- Eu estou com a mesma sensação desde ontem. Eu poderia até dizer que era do colégio, afinal, todos estudamos no colégio Limoeiro, mas com exceção de vocês dois, nunca conversamos e eu estou com impressão que não foi lá que já conversamos antes.

Quando ia responder, alguém os chamou para entrar, foram em silencio até uma sala que lhes foram ordenados até que um dos organizadores do dia anterior veio falar com eles e pediu que esperassem em uma sala até que outra pessoa chegou.

- Boa tarde a todos, bom, meu nome é Bruno, venho aqui em nome da corporação lhes parabenizar pelo excelente torneio disputado ontem. Não terá final, mas sim algo que quero que me respondam. Vocês cinco mostraram habilidades que nossa empresa está em busca hoje no mercado profissional e eu gostaria de saber se vocês gostariam de fazer parte da nossa equipe como membros juniores, ficarão aprendendo nossa rotina de trabalho e nos ajudarão a manter principalmente nossas redes cada vez mais seguras para os usuários.

Todos foram pegos de surpresa, ninguém imaginava que um simples campeonato pudesse estar camuflando vagas para entrar em uma empresa de tecnologia. Nenhum deles quis pensar duas vezes, todos aceitaram logo de cara. O organizador explicou mais alguns detalhes e disse que os iria pegar na escola tal dia para irem juntos conhecer a empresa.

Eles puderam ficar ali mais algum tempo para se divertirem com os androides, entretanto, em meio as conversas, resolveram brincar com os androides. Cada um controlava a sua maneira cada um dos androides. Até que uma falha grave faz com que um dos Androides perca o controle e parte para cima da Magali, Cascão e Mônica que acabavam de chegar ao local do campeonato. Cebola só tem tempo de gritar para eles.

- CUIDADO....

Mônica foi acertada pela androide em cheio, indo parar direto na parede. Cebola correu até o androide e conseguiu desligá-lo antes que mais coisas acontecessem. Magali e Cascão foram ajudar a garota a se levantar.

- Mas que droga é essa Cebola? Está tentando me matar é?

- Calma Mônica, foi um acidente, não era pra ele ter ido pra cima de vocês. Foi mal.

- Espero que não seja mais um desses seus planos infalíveis pra me reconquistar.

- Não se preocupe Mônica, eu não vou tentar mais, você já deixou bastante claro pra mim que não existe mais nós. Então vou seguir com minha vida assim como você seguiu com a sua.

Com a discussão já a mil, os outros quatro integrantes se juntaram a todos. Foram se apresentar aos recém chegados.

- É... então, me desculpa Mônica, a culpa foi minha, fui eu quem coloquei um vírus no androide que fez ele ficar daquele jeito. Não foi culpa do Cebola.

- Tudo bem, o importante é que não foi nada demais.

Aos poucos todos já iam ficando mais amigos, foi então que Cascão resolveu perguntar a dúvida deles ao chegarem ali.

- Cebola, nós viemos aqui para a final torcer por você, mas pelo visto já acabou né?

- Sim, já acabou. De repente foram interrompidos por Bruno.

- Olá para vocês, acho que ainda não nos conhecemos. Disse se referindo aos amigos do Cebola.

- Não, nós acabamos de chegar, viemos torcer pelo Cebola, mas viemos tarde demais, pois chegamos depois de acabar a final do torneio de games.

- A sim, quanto a isso, não teve final, eu decidi que os cinco foram campeões, por falar nisso, vim para avisar que vou precisar que seus pais assinem toda essa documentação para o ingresso de vocês na empresa e também que preencham esse outro aqui pois irei levar vocês para conhecer a filial, vocês irão ficar por lá durante duas semanas.

Nisso Yasmim se agarra no pescoço do Cebola e diz para todos ouvirem.

- Vai ser um prazer passar todo esse tempo junto com você Cebola, principalmente agora que eu sei que você não tem namorada.


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Notas finais do capítulo

E então?



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