It's You escrita por Malina


Capítulo 62
It's me


Notas iniciais do capítulo

É com um aperto no coração que digo: acabou. Choremos. Vou sentir falta de escrever It's You pra vocês, mas tamo junto. Logo logo eu apareço com alguma One Shot, ou Long fic... Agora paremos de chorar e leiamos o capítulo.

Boa leitura, espero que gostem.



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 Um ano se passou e poucas coisas mudaram, Jane e Maura agora eram madrinhas da pequena Helena, filha de Frost. Elas amavam mais que tudo aquele pequeno ser humano, ela era linda, tinha traços dos dois, os olhos de Amy e o tom de pele de Frost, todo fim de semana era uma bagunça quando todos se reuniam na casa das mulheres. Elas se encantaram com a alegria que uma criança trazia para o lar, e discutiram diversas vezes a possibilidade de uma criança pra chamarem de suas em suas vidas. Até que depois de muitas tentativas falhas de Maura engravidar, elas desistiram e estavam pensando seriamente em adoção. Todos apoiavam demais a decisão das duas, ficaram muito animados ao saber da possibilidade de uma criança chegando na família. 

Era uma típica sexta feira e tinham acabado de encerrar um caso, todos caminhavam até o Dirty Robber rindo e comemorando.

— À mais um assassino por trás das grades - disse Korsak brindando sua cerveja com a dos outros. 

Já era de costume agora Jane e Maura sentarem lado a lado com suas mãos entrelaçadas por debaixo da mesa. 

— E então? Como está indo agora que Helena aprendeu à andar? - Jane perguntou tentando fugir do assunto assassinato. Já estava cheia de falar sobre trabalho quando tinha um tempo fora dele. 

— Estressante porém divertido, ela adora explorar, ainda mais por debaixo do sofá. - ele disse cativando uma risada a todos. 

— E vocês? Alguma novidade sobre as fertilizações? - Korsak perguntou.

— Fizemos a segunda faz cinco semanas, mas não deu em nada, não é pra ser. - Jane disse com pesar.

— Vamos tentar a adoção. 

— Isso é ótimo! Estamos muito felizes por vocês meninas. 

— Querem mais algum coisa? - o garçom disse interrompendo a conversa.

— Mais uma pra mim - Jane disse - e um vinho rosé pra ela. 

— Não, não quero vinho hoje, não estou no humor. 

Ficaram jogando conversa fora e contando as novidades por mais um tempo, mas quando perceberam que era quase nove horas da noite, resolveram todos ir pra casa. 

Não demorou muito pra chegarem em suas casas, a viagem curta e silenciosa de Jane e Maura foi aproveitada, com olhares roubados como se estivessem no começo de seu relacionamento.

— Eu preciso sentar, assistir um filme com minha bela esposa, e então dormir... Mais ou menos - sorriu maliciosa.

— Apoio o filme - Maura disse indo à geladeira pegar uma cerveja e chocolate - a parte do mais ou menos a gente vê depois. 

A loira se sentou ao lado da esposa se deitando em seu peito e recebendo carinhos em seus cabelos. Jane tomava sua cerveja enquanto Maura procurava por um filme e comia um pedacinho de chocolate. 

— Maura, eu já te disse que não faz mal beber um vinho a noite, você mesma diz que é bom ou saudável, ou algo do tipo. 

— Eu sei, só não estou com humor pra beber vinho. 

— E desde quando existe isso? Você ta sempre no humor pra vinho.

— Vou fingir que não me ofendi com isso.

— Maura, a gente ta celebrando, e... Eu sei que você ainda acha que a inseminação vai funcionar, mas não vai, você pode voltar a beber vinho e voltar a fazer tudo que estava se privando de fazer. 

— Vai funcionar.

— Querida... - Jane segurou seu rosto delicadamente e suspirou - Eu não quero que se decepcione como da primeira vez que tentamos.

— Eu não vou me decepcionar.

A morena nada disse, mas a olhava com súplica para que não se deixasse iludir. Não queria ver sua Maura triste como da primeira vez, a loira tinha ficado tão pra baixo que aterrorizava Jane pensar em ver sua mulher desse jeito novamente. 

— Eu sei que vai funcionar.

— Minha mãe usou com você aquele negócio de ler mãos? Porque aquilo não funciona, você sabe né? 

— Não... Mas a cada dia me admiro mais com as crenças da sua mãe - disse curiosamente - Jane, o que eu estou querendo dizer é: eu fui no ginecologista hoje de manhã. Eu estou grávida. 

O coração de Jane parou por um segundo e voltou a bater como várias escolas de samba juntas, seus olhos pareciam fogos de artifícios de tão brilhantes. Ela estava sem palavras, sem reação, apenas por um sorriso involuntário que se formou em seu rosto e então sentiu seus olhos marejarem e o gosto salgado das lágrimas em seus lábios. 

— Vamos ser mães? - Jane perguntou querendo ter certeza de que ouviu corretamente.

Maura acenou com a cabeça veementemente, sentindo as lágrimas escaparem também. Um abraço apertado foi trocado entre elas, e milhões de selinhos um após o outro foram dados nos lábios da loira. 

— Vamos ser mães - Jane afirmou com certeza. 

Fim. 

Cena extra:

No fim de mais um plantão, Jane voltou para casa, ansiosa em ver sua esposa e seu filho de dois meses. Estacionou o carro, mas ficou ali por um tempo pensando no quanto sua vida tinha mudado mais e mais. Estava casada com a mulher que amava, sua melhor amiga, tinha um filho maravilhoso que amava incondicionalmente, menino esse que recebeu o nome de Arthur em homenagem ao pai de Maura que se não fosse por ele, Maura nunca teria tido a coragem de fugir de Londres. Jane continuava tendo o emprego dos seus sonhos, tinha tudo que sua mãe tinha imaginado para ela e então percebeu que o sonho de sua mãe era também o seu sonho o tempo todo, apesar de toda a negação. Saiu do carro e depois de muito procurar a chave correta da porta da frente, adentrou a casa podendo sentir o cheiro de comida caseira. Ouviu Maura caminhando até as escadas no segundo andar e dizendo:

— Jane? É você? 

Não respondeu, esperou a loira aparecer no topo da escada com seu filho no colo e sorriu de volta pra ela quando seus olhos se encontraram.

— Quando você vai aprender? Sou sempre eu, nunca vai ser outra pessoa. Sempre vai ser eu. 


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Notas finais do capítulo

Voltemos a chorar.



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