It's You escrita por Malina


Capítulo 50
She did what?!


Notas iniciais do capítulo

Hey hey hey, look who's here! Então, quatro da manhã e eu postando capítulo novo, sendo que tenho que acordar às nove... Sou uma ótima amiga ou não sou?

Acho que vocês vão gostar desse capítulo, mas né...



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— Muito serviço? - ouço a voz da Cassie.

— Sim... Bastante... - olho ao redor tentando achar de onde sua voz vinha - Onde você ta?

— Estou colocando meu pijama, acabei de sair do banho.

Olho para a porta do banheiro e está entreaberta posso ver a luz acesa. Olho o relógio e noto que são 19:00, teria que estar na casa de Maura às 20:00.

— Advinha? 

— O que? - ela pergunta ainda no banheiro.

— Vamos sair mais tarde, jantar na casa da minha mãe às oito.

— Temos uma hora ainda. Não vamos sair agora. Agora você vai se sentar e descansar um pouco.

— Nunca concordei tanto.

Deixo meu distintivo e coldre com a arma no balcão da cozinha e me sento no sofá fechando os olhos e relaxando meu corpo.

— Sabia que você me chamou de namorada hoje? – sinto suas mãos massageando meus ombros.

Me assusto com o toque súbito, e aos poucos relaxo nos seus toques.

— Chamei? - me faço de desentendida.

— Sim. E se somos namoradas eu quero ser uma namorada inesquecível.

— Ta bom... – Sinto suas mãos saírem de meus ombros, bufo em frustração, abro os olhos para pedir por mais, mas... - O que...?

Perco a fala quando ela aparece em minha frente utilizando um espartilho vermelho com detalhes em preto e lingerie combinando. Um controle que reconhecia como o do rádio em sua mão.

— Esse não é seu pijama... 

— Já sei por que você é detetive – ela diz brincando e aperta o botão de play.

Uma batida sexy preenche o quarto e ela começa a dançar lentamente no ritmo da música. Cassie rebolava vagarosamente me provocando, era sempre assim entre nós, um jogo de provocação e uma briga por domínio. Ela senta em meu colo fazendo um lap dance que me deixa em uma situação nada favorável, passo as mãos em sua coxa, mas recebo um tapa nas mesmas.

— Nada de tocar – ela cochicha em meu ouvido numa voz autoritária, porém aveludada.

Ela vira seu corpo ficando de costas pra mim, mas ainda sentada em meu colo e faz movimentos com seu quadril que não faço ideia como qualquer ser vertebrado conseguiria fazer. Sinto meu centro latejar e se umidificar, passo a língua nos meus lábios observando a bela cena, fecho os olhos apreciando a sensação e quando os abro novamente levo um susto quando os cabelos castanhos de Cassie de repente se transformaram em belas ondas douradas, ela se levanta abruptamente e vira de frente para mim. Acho que estou ficando louca, porque a pessoa que vejo em minha frente não é Cassie, e sim Maura. Sem piscar eu a fito dos pés à cabeça, meu coração dispara quando vejo seu rosto angelical transformado em algo tão... excitante, ela mordia o lábio descendo até o chão, logo depois apoiou suas mãos no sofá, cada mão ao lado do meu rosto, ela se inclinou ainda rebolando nossos rostos estavam pertos, nossas bocas à um centímetro de se encontrar, mas ela recua e volta a dançar. Me irrito com a provocação e enquanto ela está de costas, grudo meu corpo ao dela dando beijos em seu pescoço, minhas mãos apertavam firmemente sua cintura, ouço um gemido escapar de sua boca e é assim que acordo da grande ilusão, aquela não era Maura, aquele gemido não era o gemido que me deixava excitada apenas de soar, aquela era Cassie, a mulher que tem alimentado meus desejos sexuais pelos últimos meses, a mulher que estava apaixonada por mim e não merecia meu apenas gostar. Ela merecia alguém que a amasse, e eu merecia Maura, mas não quero machucar ninguém, não quero decepcionar ninguém. Estou perdida nas minhas palavras, não sei o que fazer, o que pensar ou até mesmo o que sentir.

— Está tudo bem? – Cassandra me pergunta virando para mim e beijando minha clavícula.

— Está sim...

Dou graças quando ouço meu celular tocando, não queria ir para a cama com uma mulher enquanto pensava em outra, não era justo, não era o que eu queria. Ouço ela suspirar em desanimo e eu rio da sua reação aliviando o clima, dou um beijo em sua bochecha e vou até meu celular.

— Rizzoli. – atendo.

— Jane, onde você está? Já são quase oito horas e só falta você.

Olho para meu relógio em desespero, eu estava atrasada.

— Arg, me desculpa ma, tive um... problema aqui... – Cassie ri enquanto troca de roupa, ela imaginava do que se tratava o assunto.

— Está tudo bem? Aconteceu algo?

— Não, não se preocupe, está tudo bem. Estou saindo agora mesmo. Até mais.

— Até.

Desligo e troco rapidamente de roupa, penso que talvez eu devesse tomar um banho, mas eu estava atrasada e não queria atrasar mais. Saímos do apartamento e fomos em direção à casa de Maura, o percurso todo foi feito com Cassie falando sobre seu dia. Quando finalmente chegamos ela me faz a pergunta que eu não sabia ao certo como responder.

— Afinal sobre o que é esse jantar?

— Er... É um jantar de boas-vindas...

— Boas-vindas? – ela perguntou estranhando, mas logo percebeu do que se tratava – É uma festa para Maura. Está me levando em uma festa para sua ex-namorada.

— Mais ou menos isso. Me desculpe não ter dito antes, mas eu realmente não sabia como te explicar.

— Tudo bem Jane, isso não é sobre mim, eu só fiquei preocupada caso você fique chateada no meio da janta, só isso. Eu sei o quão foi difícil para você esquecer ela, e agora ela chega do nada te lembrando de tudo o que passaram.

Estava sendo realmente difícil pensar nos motivos para eu terminar com ela.

Sorrio acariciando seu rosto, ela é tão boa comigo, eu não quero magoá-la.

— Muito obrigada por ser você – sorrimos, e lhe dou um beijo que não durou muito tempo.

Saímos do carro e fomos em direção à casa, batemos na porta e não demorou muito para que minha mãe atendesse nos convidando para dentro. Cumprimentamos todos lá, não tinha muita gente apenas Frost, Amélia, Korsak, Frankie, Courteney e Hope. O jantar ainda não tinha sido servido e Maura ainda não aparecera.

— Trouxe uma garrafa de vinho – eu entrego para minha mãe na cozinha enquanto todos estão na sala conversando.

— Por quê? – ela pergunta franzindo a testa em suspeita de que eu fosse pedir algo em troca.

— Porque é o que se faz quando você janta na casa das pessoas, você traz algo – ela pareceu não acreditar, nem eu acreditei realmente – E também porque Cassie insistiu.

— Ah, agora faz mais sentido. Falando nisso, por que se atrasaram?

— Você não quer realmente saber.

— Mas por qu... Ah... Não, não quero saber. – rio da sua reação e ela me dá um beliscão no braço.

— Ai! Qual a necessidade de me agredir? – ela ri. Esfrego o local que doía levemente – Onde está Maura?

— Ela chegou do trabalho às sete horas, e saiu antes dos convidados chegarem dizendo que ia comprar seu vinho favorito que segundo ela tinha acabado.

— E demora uma hora pra comprar um vinho?

Não fazia sentido e obviamente alguém estava mentindo. Minha mãe dá de ombros preferindo acreditar no que Maura dissera, vou até a pequena adega da loira e a primeira coisa que encontro são duas garrafas de Chardonnay e duas de Pinot noir no meio dos outros vinhos, os dois favoritos de Maura, fico ali em pé por um tempo pensando tentando descobrir onde ela poderia ter ido, mas nada vinha em mente. Subo de volta para a cozinha e encontro a não tão procurada loira entrando em casa, me agradeço mentalmente por ter subido naquele exato momento, ver Maura entrando em casa e vendo todos ali por ela foi algo único, aquele sorriso perfeito estampado em seu rosto, o sorriso mais perfeito que já existiu. Ela abraça todos com muita alegria, ela está bastante emocionada por ver todos ali, ela abraça até mesmo Cassie que a abraça de volta com a mesma intensidade, olho para a cena com um sorriso involuntário, a presença dela esquentava meu coração, me sentia eu mesma com ela por perto. Nossos olhares se cruzam e ela me lança um sorriso que eu jamais esquecerei, suas covinhas me faziam querer beijar essa linda falha genética, seus olhos ganharam um brilho que certamente os meus também ganharam, andamos calmamente em direção uma da outra sem perder o contato, quando finalmente nos encontramos trocamos um abraço que não durou muito tempo, mas que foi bastante significativo, a duração não foi longa por causa da pequena plateia que nos observava.

                Quando o jantar finalmente foi servido, comemos em meio de muita conversa e risadas. Todos estavam aproveitando bastante a sexta feira à noite, estava tudo perfeito. Após o jantar ficamos na mesa conversando por bastante tempo, Hope e Korsak foram os primeiros a irem embora agradecendo profundamente o convite. Frankie, Courteney, Cassie e ma conversavam na cozinha, Amélia e Maura estavam na mesa conversando sobre maternidade e pré-natal. Frost e eu estávamos nos bancos do lado de fora da casa rindo de algumas piadas, mas então ele me chamou atenção, parecia nervoso.

— Eu preciso realmente que você me ajude com ideias pra propor a Amy em casamento. – ele diz sussurrando.

— Eu não faço ideia, nunca propus ninguém, e não sou o tipo que sabe dessas coisas.

— Ah Jane, vamos lá, você me contou daquele encontro no museu que você planejou. Aquilo foi bastante romântico, me arranja algo assim.

— Eu não sei Frost, eu só juntei as coisas sabe? Peguei o que eu sabia que Maura adorava, museus, e juntei com um favor que um cara me devia.

— O que eu devo fazer? Um flash mob de animais?

Rio com a imagem em minha cabeça e ele ri junto.

— Só porque ela é veterinária não quer dizer que ela queira estar cercada de animais o tempo todo.

— Eu sou o cara mais sem criatividade do mundo. Como você pediu a Maura em namoro?

— Não pedi ué.

— Não pediu?

— Não.

— Mas... okay, e como você pediu a Cassie em namoro?

— Também não pedi.

— Você tem que fazer um cursinho básico de como namorar.

— Muito engraçado, Frost – eu dou um empurrão no seu braço e ele ri.

— Vou pegar uma cerveja, vai querer?

— E você ainda pergunta.

*****

(POV Autor)

Frost se levanta e vai até a cozinha, desvia das pessoas em seu caminho e pega duas cervejas na geladeira, ele procura o abridor de garrafas, mas não o encontra. Só então ele vê o pequeno objeto na mesa de jantar. Indo até lá ele percebe Maura sentada sozinha na mesa e estranha.

— Onde está a Amy? – ele pergunta pegando o abridor abrindo as garrafas.

— Banheiro.

— Hey, posso te perguntar algo? – ele pergunta sentando rapidamente ao lado da loira.

— Claro – Maura sorri feliz por seu amigo procurar por ela para pedir informações.

— Quando você e Jane estavam juntas, você pensava em como gostaria de ser pedida em casamento? Porque todos nós pensávamos que vocês iam acabar em casamento.

Ela se assustou um pouco com a pergunta direta, olhou para os lados assegurando-se de que ninguém a ouvia e continuou.

— Eu... Eu não sei. Eu ia fazer o pedido de namoro como você sabe e me ajudou, então... Não se, Jane é bastante imprevisível e pode te surpreender facilmente quando se trata de romance.

— Mas como você gostaria de ser pedida em casamento?

— Frost... Não precisa ser algo muito grande, só precisa ser algo especial para vocês dois, algo que vocês lembrarão para sempre. Amy ama você, ela não se importará muito com o pedido, o que importa é que seja você quem fará o pedido.

O moreno sorri agradecido, e depois volta para o jardim, entregando a cerveja de Jane para a mesma.

— Por que demorou tanto?

— Estava pedindo ajuda à Maura.

— E o que descobriu?

— Que você pode ser imprevisível e que pode surpreender – ele ri tirando sarro da morena.

— Ela disse isso?

— Claro que disse – Frost disse – Quer dizer, ela realmente te ama sabe?

Frost já estava um pouco alterado da bebida, estava bebendo desde que chegou, e agora não sabia mais o que era certo ou errado falar.

— Você acha? – Jane pergunta.

— Eu tenho certeza, afinal, ela pulou na frente de uma bala por você.

— ELA O QUE?


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Notas finais do capítulo

Coisas legais estão por vir.

Quero dizer que me doeu bastante fazer aquela cena do começo, mas né... Agora bora pesquisar no google pedidos de casamento. Alguma sugestão?



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