It's You escrita por Malina


Capítulo 28
Why did you run?


Notas iniciais do capítulo

OI!! Voltei pra destruir sentimentos. Demorei? Sim, mas eu queria que o capítulo ficasse bem bom, e acredito que ficou na medida.

+18



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— É você – Maura disse perdendo o ar – O que faz aqui?

— Me despedindo – Jane disse dando um passo à frente.

Ela agarrou a nuca da loira e lhe roubou um beijo demorado e fogoso.

Maura se assustou com o ato abrupto da morena, mas não pôde não corresponder, pôs suas mãos na cintura de Jane e em passos desajeitados entraram na casa, a loira fechou a porta com o pé antes de ser prensada na mesma por Jane, que desceu seus beijos para o pescoço de Maura e mordiscava levemente sua orelha, arrancando suspiros da loira. Jane parou os beijos e olhou profundamente nos olhos da legista, quando viu a concordância em seus olhos, voltou a beijá-la ainda mais apaixonadamente. As duas caminharam em passos atrapalhados para a cozinha, pararam quando Maura sentiu o balcão gelado encostar suas costas, Jane a beijou a clavícula e laçou seus braços na cintura da loira, procurou o zíper de seu vestido e o abriu o mais rápido que pôde, logo depois Maura tirou o casaco da outra e desabotoou sua blusa, sem tirá-la.

— Quarto – Maura disse ofegante.

Jane concordou com a cabeça, e Maura foi na frente guiando para o cômodo, nas escadas Jane via que a loira rebolava para provoca-la, e estava conseguindo, enquanto subiam Jane passou a mão nas costas de Maura causando um arrepio na mesma, seu vestido aberto, porém não retirado lhe dava a visão das costas pálidas e sardentas da loira. No quarto elas não perderam tempo, Jane agarrou Maura pela bunda e a levantou, a loira abraçou a cintura da morena com as pernas, beijos ávidos eram trocados, todos com um gosto de quero mais. Cambalearam até a cama onde caíram, Jane retirou o vestido da loira, a encontrando com lingerie preta com detalhes em renda. Engatinhou na cama até Maura, e atacou seu pescoço com beijos e mordidas, desceu a caricia para o vale dos seios, barriga, e voltou para a boca da legista, que assim que conseguiu trocou as posições e se pôs encima de Jane. Arrancou sua blusa de uma vez, e logo depois suas calças, quando as duas estavam apenas de calcinha e sutiã, Jane virou novamente as posições, ficando por cima da legista. O olhar penetrante que elas trocavam era algo único, e de repente todo aquele desejo por sexo tornara desejo por amor. Jane beijou suavemente os lábios carnudos em sua frente, tocou no fecho do sutiã da loira e o retirou com cuidado, ela apreciou a vista que tinha, os seios fartos de Maura em sua frente, tão convidativos.

— Você é linda – ela disse antes de beijar a pequena cicatriz no peito de Maura.

O toque trouxe uma onda de choque no corpo da loira, mas ela não queria fugir daquilo, não queria perder esse momento único antes de dizer adeus. Jane beijou os seios de Maura com sutileza, sugou os mamilos rígidos com toda paixão que tinha, enquanto massageava o outro, os gemidos de Maura a encorajava a continuar. Beijou seu estomago, suas mãos deslizavam pelas curvas do corpo da loira, cada toque deixando Maura ainda mais excitada, Jane enganchou com o dedo o cós da calcinha da outra, não precisou olhar para a loira em busca de consentimento, o suspiro que a outra soltara já havia lhe dado a permissão que queria. Apreciou novamente a vista, Maura agora completamente nua na cama, seus cabelos dourados espalhados e bagunçados na cama, suas mãos segurando o lençol pelo momento intenso que a lubrificava. Jane beijou Maura novamente, o beijo que almejava por tempos, a loira aproveitou o momento e se desfez do sutiã da morena, elas estavam agora uma encima da outra entre beijos, seus mamilos rijos encostando um no outro, causando uma onda de calor enorme no corpo das duas. Jane desceu novamente, e passou as mãos acariciando as coxas de Maura, que sentiu um leve desconforto quando sentiu o toque da morena em suas cicatrizes, ela recuou um pouco.

— Está tudo bem – Jane disse beijando cada cicatriz.

Maura relaxou novamente, se sentia segura com Jane, ela a fazia melhor, a fazia aceitar o que lhe aconteceu. A morena beijava a parte interna das coxas da loira, o cheiro inebriante que vinha da excitação do sexo de Maura fazia Jane delirar, não pensou duas vezes quando beijou o sexo húmido da loira, lhe arrancando um gemido. Jane estimulava Maura com a língua enquanto suas mãos viajavam pelo corpo dela, o som que a legista produzia era como música para os ouvidos da morena. Lentamente Jane inseriu um dedo dentro da loira, em um movimento de vai e vem constante, Maura soltou um gemido rouco quando sentiu um segundo dedo lhe penetrando, ela rebolava nas mãos de Jane enquanto murmurava seu nome, e então uma onda de prazer tomou conta dela e teve orgasmo arrebatador. Jane beijou o sexo pulsante de Maura, suas coxas, sua barriga, o vale dos seios, a clavícula, o pescoço, e a boca, como se fosse um caminho já conhecido por ela.

Maura se pôs por cima de Jane quando recuperou as forças, ela beijava o corpo da morena como se estivesse marcando território, beijava e sugava os seios da mulher com vontade, com saudade de um território que nunca tinha explorado, desceu seus beijos para o abdômen definido de Jane, onde deixou um leve chupão, passou as mãos pelas coxas torneadas da morena, sempre arrancando um gemido fraco ou um suspiro da outra. Maura retirou delicadamente a calcinha da detetive e fitou o corpo escultural por completo, quase perdeu o ar quando finalmente percebeu que aquilo estava mesmo acontecendo, não era um sonho nem uma ilusão, elas estavam ali e estavam fazendo aquilo. A loira com medo de que Jane desistisse, não esperou e alcançou o sexo da morena, massageando seu clitóris com a língua, os gemidos roucos e sôfregos que escapavam da boca da morena apenas incentivavam mais Maura à continuar. Uma de suas mãos alcançou o seio de Jane, o massageando lentamente, enquanto a outra mão descia para o sexo da detetive, lhe penetrando dois dedos de uma vez, parou seus movimentos com a língua e subiu para os lábios da mulher que gemia, abafando os sons deliciosos que hipnotizavam Maura. E então Jane atingiu o ápice do prazer, gozando nos dedos da loira, que os retirou lentamente de dentro da mulher. Maura então distribuiu beijos por todo o corpo de Jane, marcando que um dia a detetive fora completamente dela.

Jane com a respiração descompassada abraçou Maura com força beijando o topo de sua cabeça. Maura levantou o olhar para a detetive, os grandes olhos verdes agora escuros encarando Jane, ela queria dizer algo, mas não sabia o quê, e não queria estragar o momento perfeito que tivera, então se aconchegou nos braços da mulher que amava, ela não iria dormir agora, mas queria aproveitar enquanto tinha. Jane soltou um suspiro, e a legista não se conteve em perguntar, a curiosidade estava lhe matando por dentro.

— Por que você fugiu?

— O que? – Jane abaixou seu olhar para a loira. Sua mão acariciando os cabelos dourados.

— Do Dirty. Por que você saiu naquela hora?

 Jane tomou um minuto para pensar, então lembrou-se que não tinha motivo para esconder algo.

— Fui prender um cara.

— Você não estava de plantão – Maura a olhava com curiosidade.

— Foi meio que pessoal.

— Como assim?

— Eu prendi meu pai, Maura.

O coração da legista acelerara subitamente quando ouviu as palavras saírem da boca de sua amiga.

— O-o que? – gaguejou.

— Você deveria ter me contado Maura, deveria ter dito algo. Sam me contou tudo.

As duas agora se encontravam sentadas na cama.

— Eu... Eu estava com medo e... ele é seu pai, eu não podia estragar a imagem que você tinha dele.

— Maura, - ela pegou a mão da amiga – meu pai, ele mesmo já estragou tempos atrás a imagem que eu tinha dele, mas o que ele fez... Não tem desculpa, e ele não vai mais te incomodar.

— Eu sinto muito, por ter perdido a figura paterna que tinha.

— Ta tudo bem. – Jane aninhou Maura em seus braços. – Mas isso não vai te impedir de ir, vai?

— Não é seguro. Perto de você, eu... Frank arranjaria um jeito de impedir que fiquemos juntas, e eu não quero mais essa dor no meu peito. É difícil de mais ficar perto de você e não poder te ter.

Jane suspirou, não insistiria, não queria estragar o momento de paz que conseguiram.

— É uma pena, nós formamos um belo casal – elas riram.

Maura escondeu seu rosto na curva do pescoço de Jane, inspirou profundamente para guardar a essência que tanto amável – como se pudesse esquecer – Jane a abraçava e acariciava o braço da loira, fazendo movimentos em oito. E assim elas ficaram, sem nada falar, apenas apreciando o silencio, a companhia e o momento que acabaria ao amanhecer. Dormiram tranquilamente nos braços de quem amavam, nos braços uma da outra.

*****

                No dia seguinte Jane acordou com o sol que vinha da janela batendo em seu rosto, piscou repetidamente tentando acostumar-se com a claridade, então lembrou-se da noite que teve e um sorriso gigante abriu sem que percebesse. Olhou para a cama a procura de Maura, mas a mesma não se encontrava mais ali, com pressa e preocupada ela vestiu sua calcinha e seu sutiã, mas por algum motivo não conseguiu achar sua camisa, olhou para o quarto e as malas que estavam no chão no dia anterior, já não estavam mais ali, desceu os degraus o mais rápido que pode, seu coração acelerado, olhou para o relógio em seu pulso e já passara do meio dia, ela dormira tempo de mais, eram 14:30hr, ela virou para a cozinha e soltou um suspiro de alívio quando viu Maura de frente ao fogão, preparando algo. Maura ouviu os barulhos e virou-se para ver de onde vinha os sons, e avistou uma Jane aliviada apoiada na no corrimão da escada.

— Ah, é você – Maura disse.

As duas abriram um sorriso enorme, o de Jane maior ainda ao ouvir as palavras que Maura sempre falava quando a encontrava.

— Eu estava me perguntando onde estava minha camisa – a morena sorriu quando viu a loira usando sua camisa e uma calcinha.

Andou até a cozinha e sentou no balcão, mas ao receber um olhar desaprovador, sentou no banco.

— Você dormiu bastante

— Você não foi embora.

— Não fui, e não vou. Eu tenho tudo aqui.

— Maur... eu... Mas você disse que estava com medo.

— Eu não posso viver com medo para sempre.

Jane sorriu ao ouvir Maura dizer aquilo. A loira voltou sua atenção no fogão, o cheiro que vinha dali fez o estomago de Jane reclamar de fome.

— O que está fazendo ai? – ela perguntou apontando para a panela no fogo.

— Almoço... atrasado – respondeu limitadamente, olhando para Jane por cima do ombro. Um sorriso encantador em seus lábios.

— Dona Angela não está em casa?

— Ela não voltou pra casa ontem.

— Como assim?

— Eu fui com ela até o Dirty Robber, mas ela não voltou comigo, e bem... Eu não a vi voltar.

— Entendi, talvez ela tenha ido com Frankie.

Jane levantou do banco e foi até Maura, desligando o fogão.

— A gente pode conversar? Eu queria falar sobre ontem.

— Claro... mas quem sabe você poderia... er, colocar uma roupa – as bochechas da loira começaram a corar.

— Você também poderia pôr uma calça, não? – cruzou os braços.

Sorrindo, elas subiram para trocar de roupa, tentando evitar olhares mais íntimos. Jane sentou na cama observando o quarto arrumado, ela estava de costas para a legista, dando um pouco de privacidade, ela estranhou, já que já vira a mulher nua, mas mesmo assim respeitou a privacidade de Maura.

A loira sentou ao lado da amiga depois de pôr um vestido azul. Nenhuma delas sabia como começar a conversa, Jane esfregava as cicatrizes da mão, demonstrando nervosismo. Maura sem perceber fazia o mesmo, porém com as da coxa, a morena percebeu o ato e segurou as mãos da loira em suas mãos.

— Ontem... – a detetive começou a falar, mas não conseguiu terminar a frase.

— Jane, eu quero muito tentar algo com você, eu cansei de fugir dos meus sentimentos e de você.

— Eu acho que deveríamos esquecer o que aconteceu ontem.

As lágrimas nos olhos de Maura começaram a surgir, suas mãos tremiam, mas tentava se controlar.

— C-como assim?

— Não, não foi isso que eu quis dizer – Jane bateu em sua própria testa e abraçou a amiga – Deixe-me reformular isso, certo? – Ela desvinculou do abraço e segurou novamente as mãos de Maura – Quando eu disse esquecer, eu não quis dizer “esquece, não quero mais” Eu quis dizer que... Bem, pode soar bastante estranho, mas enfim... Você é muito especial Maura, e se a gente vai tentar começar algo, quero começar do jeito certo, você merece algo melhor, nós merecemos.

Maura sorriu conhecendo essa parte romântica da amiga.

— O que sugere?

— Um encontro. Vamos ser bem clichês, vou te levar em um bom restaurante, com um bom vinho, uma boa comida, e claro, uma boa companhia, eu. Vou te deixar em casa antes da meia noite e no outro dia a gente vê o que acontece.

Elas sorriram com a ideia de Jane. Maura olhou para suas mãos unidas com a da amiga, e suspirou alegre ao ver que tudo agora iria mudar.

— Você aceita? – Jane perguntou olhando nos olhos verdes.

— Aceito.


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Notas finais do capítulo

Eu ia ser bem Shondanas nesse capítulo, mas eu vi que elas já sofreram de mais, vocês já sofreram de mais, e eu tava com preguiça de fazer treta kkkkk
Espero que tenham gostado ^^