As Cold as a Black Widow escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 5
Do you believe in love?


Notas iniciais do capítulo

Então gente, fiquei bem satisfeita pelos comentários no capítulo passado. REPITAM A DOSE rs.
PS: vou escrever o nome dos capítulos em inglês na maioria porque eu acho que fica mais legal, mas alguns vão ser em português.



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— Do que precisa? — indaguei, preocupada.

— Acho que minha família está em risco. Preciso de um favorzão seu.

— O quê? Como assim em risco? Precisa que eu elimine alguém?

— Dois atacaram minha casa. Eles eram mutantes, eu acho. Pareceram mutantes. Usavam capas pretas e eram poderosos. Vieram à minha procura, mas poderiam ter destruído minha família para chegar até mim. Laura está furiosa.

“Mutantes”... Aquela palavra martelou na mina cabeça, e deduzi que o mesmo grupo de aprimorados que havia nos atacado mais cedo, atacara Clint. Isso me deixou nervosa.

— Mas por que precisa de mim? Não consigo acabar com eles sozinha. Na verdade, tenho a séria impressão de que o mesmo bando está atrás de mim e dos outros vingadores.

— Deve ser um sentimento anti-vingadores então. — ele argumentou. — Preciso que venha até aqui, porque preciso resolver umas coisinhas, e não quero deixá-los sozinhos.

— Clint, estou com cara de babá? — debochei. — E que coisinhas são essas?

— Tasha, sabe que eu contaria se pudesse... Mas você precisa fazer isso por mim. — eu entendi. Eu e Clint éramos grandes amigos, e muitas vezes prestávamos favores um ao outro sem questionar o motivo, porque confiávamos um no outro.

Eu precisava acreditar que ele sabia o que estava fazendo, mas eu me preocupava com sua segurança, e não queria que ele fizesse nada para prejudica-la, no entanto, aceitei.

— Estarei aí assim que puder. Mas não posso garantir que outros vingadores não venham comigo, afinal estamos no meio de uma crise. — ele ponderou sobre o assunto. Apesar de que mais heróis atrairiam mais atenção, seríamos melhores em proteger sua família também.

— Combinado. Obrigado. — ele desligou sem mais delongas. Corri para avisar os outros.

Todos concordaram que não seria inteligente mandar todos nós para lá, então apenas eu, Steve e Wanda iríamos. Mas antes de nos deixar ir, Tony tinha que fazer uma piada:

— Então, picolé, você não perde tempo hein?! — todos começaram a rir, olhando de mim para Steve. Ele corou imediatamente, e me senti ofendida por não entender a brincadeira. Só então me toquei: eu ainda usava sua camiseta.

— Não é o que vocês estão pensando! — eu exclamei, mas eles não paravam de caçoar e deixar Steve cada vez mais vermelho.

Tony nos emprestou um dos carros dele, que chamaria atenção em qualquer estrada, e eu dirigi. Não era muito longe, ainda sim Steve se ofereceu várias vezes para tomar o volante se eu precisasse descansar. Wanda seguiu quieta até demais, e estranhei seu comportamento. Ela ainda não conhecia a casa, e ficou abismada ao perceber que ele morava no interior.

Logo que estacionamos, duas crianças correram ao nosso encontro. A filha de Clint, Sarah, abraçou minha cintura com força.

— Tia Nat! Senti sua falta!

— Eu também senti a sua, meu bem. — afaguei seus cabelos negros e a levei no colo de volta a casa.

O garoto, Lewis, encarava Steve, curioso. Laura segurava o bebê, Nathaniel (nome em minha homenagem), mas nos cumprimentou educadamente. Clint já não estava lá. Laura havia preparado um lanche para todos nós, e ao nos sentarmos à mesa, um silêncio pairou sobre nós. Apenas as crianças falavam de vez em quando, mas até elas pareciam constrangidas. Eu percebi que ela estava triste pela breve partida de Clint. Senti pena dela. Não devia ser fácil cuidar de tudo isso sozinha, especialmente com um bebê.

— Então, Natasha — Laura quebrou o silêncio. — Você se importa de dividir o quarto com ela? — ela apontou para Wanda, e eu neguei com a cabeça.

— Tudo bem. — eu sorri. Wanda não pareceu empolgada com a ideia, e me perguntei se eu tinha feito algo errado.

Assim que terminamos de comer, Sarah persuadiu-me a brincar com ela no campo. Lewis e Steve nos acompanharam.

— Vamos brincar de pega-pega. — Sarah esclareceu. Admirei sua capacidade de liderança, ainda tão jovem. — E você é o pegador. — ela apontou para Steve, e eu não contive a risada ao ouvir “pegador”. Nenhum deles entendeu a ironia.

Nos espalhamos pelo campo, e senti uma alegria muito grande ao estar ali, sentindo a brisa vergastar meus cabelos e roupas, e a vastidão de verde ao meu redor. Era tudo muito bonito e... Simples. A vida ali parecia tão simples, tão diferente do que sempre vivi e ainda vivia. Calma, pacífica... Aquelas crianças precisavam daquela tranquilidade, e eu me sentia mal por elas terem sido atacadas.

Me dei conta de que Steve vinha atrás de mim. Rindo, tentei desvencilhar-me dele, deixando-o momentaneamente indignado. Depois, ele se virou e tocou meus ombros, fazendo com que uma descarga elétrica percorresse meu corpo. Ele tropeçou nos meus pés e acabou derrubando a nós dois sobre a grama dardejante. Ele ficou por cima de mim, e aquela sensação inebriante me invadiu novamente. Sua gargalhada ressoava nos meus ouvidos, e foi a primeira vez que nos tocamos e ele não ficou constrangido.

Seu rosto estava muito próximo do meu, e alguns pensamentos insanos percorreram minha mente. Como sua boca era bonita, e aqueles olhos azuis magnéticos e encantadores... Controle-se, Natasha! Eu me repreendi, escapando de baixo dele com agilidade.

— Acho que sou o pegador agora. — eu disse, encerrando o momento... Estranho que houve entre nós segundos atrás.

Ouvimos um baque e de repente um choro, e ambos nos viramos com uma velocidade impressionantes. Sarah havia ralado o joelho ao tropeçar em um arbusto, e agora estava aos berros. Corremos até ela, mas fui eu quem a pegou no colo.

— Tudo bem meu anjo... — sussurrei enquanto a levava de volta para a casa. Steve seguia atrás com Lewis. — Vamos lavar essa ferida e pedir a mamãe um beijo para sarar, o que acha?

Soluçando, ela assentiu, e enterrou o rosto no meu ombro.

Anoiteceu muito rápido, e logo a casa estava escura e silenciosa. Wanda não quis papear, e adormeceu logo que deitou. Minha cama era ao lado da janela, e recostei minha cabeça no vidro para observar os belos campos lá fora. O único som era o dos grilos lá fora. Ouvi alguns passos lá fora, e isso despertou meu lado agente meticulosamente cuidadosa, por isso fui conferir se era alguma ameaça.

Novamente, dei de cara com Steve, esperando escapar da casa. Meu olhar interrogatório fez suas bochechas corarem.

— Não estou fugindo. Só vim respirar um ar fresco.

Surpreendi a nós dois quando assenti e sai na frente dele. Nos sentamos numa cadeira de balanço na varanda. Cruzei as pernas e relaxei, mas Steve parecia muito tenso com minha presença.

— Steve, sabe que somos amigos, não é?! — exclamei. — Você não precisa agir como se eu tivesse alguma doença contagiosa toda vez que se aproxima de mim.

— Eu... — ele deu de ombros, triste. — Nunca fui bom lidando com mulheres bonitas.

— Me acha bonita? — provoquei-o, arrancando um sorriso de seus lábios.

Alguns minutos de silêncio se passaram até ele acrescentar:

— Quando diz que somos amigos, o que quer dizer?

— Bem... Que podemos contar um com o outro.

— Então... Devo contar-lhe que ficar aqui meio que me assusta. — ele confessou.

— Aqui? Comigo?

— Não. Aqui na casa do Barton. Isso — ele sinalizou tudo ao redor — era meu sonho, antes da guerra. Esposa, família feliz, casa no campo... E agora, tudo isso parece um sonho muito, muito distante. Ver que um agente sinistro da SHIELD conseguiu... É esquisito.

— Reagi assim também, no começo. — completei, vendo que ele começava a relaxar. — Achei errado que ele deixasse a mulher sozinha assim, com crianças a caminho... Então, vi como ele olhava para ela, com admiração e respeito, mas acima de tudo... Amor. E tive certeza de que isso era a coisa certa para ele.

— Você não me parece o tipo que sossega e decide ter uma família. — aquilo despertou um sentimento em mim que não gostava de ser despertado.

— E não sou. Mas nem você é. Não agora. Você mudou, e eu também. Não somos mais adolescentes iludidos pela esperança do amor. — aquela dureza o assustou.

— Nunca deixei de acreditar no amor, Natasha.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi mais pra dar uma descontraída e explorar mais os sentimentos da Natasha, mas no próximo já volto a falar das cenas de ação e tal.
Ahh, e eu coloquei o Clint chamando ela de "Tasha", e não "Nat", porque eu não gosto muito de Nat. Beijinhos



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