Olive Green escrita por Poi Peterson, Mia


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Peguem lenços.



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Uma tormenta castigava a noite na cidade de Nova Iorque, seguida de um blackout. Seus raios bradavam por todos os lados, assustando mais ainda os moradores. Todas as forças foram colocadas em alerta. Bombeiros resgatando pessoas de elevadores e trens parados, além de toda a força policial estar tentando coagir aproveitadores ilícitos, os quais se esgueiravam pelas ruas escuras.

Ela ouviu passos e tentou esconder-se. Assustados naquele canto escuro, seu par de olhos cor de oliva tentava desesperadamente esquadrinhar o local em busca de ameaças iminentes, mas era tarde demais, foi pega. Ela gritou com o susto que a açoitou, mas não conseguia livrar-se de seu algoz. Por mais forte que fosse, não conteve o brilho que formava de seus olhos, mesmo com sua garganta a sufocando, dessa vez não iria conseguir.

Continuava a se debater, tentando sair daquele aperto. Sua personalidade nunca permitiu que fosse coagida, mas seu corpo não a respondia mais, estava cansada e sem forças para lutar. Aos poucos foi deixando de barafustar, não resistindo, deixando-se dominar.

O corpo magro ainda estremecia envolto àqueles braços, que ainda a seguravam com força para que não se soltasse.

“Ei, já disse que não adianta lutar...”, o som barítono tão conhecido a confortava, mas, mesmo assim, ela ainda resmungava impacientemente. “Teimosa igual à mãe.”

O pequeno rosto levantou para encará-lo, com olhos profundos e zangados, os quais pareciam um caleidoscópio mel e verde, deixando um tom verde oliva único, pelo qual ele ainda era completamente apaixonado. Tão delicada e ao mesmo tempo tão destemida. Inspirou aquele cheiro delicado de bebê, que se misturava com o aroma do algodão de sua roupa limpa, tão delicioso. Sim, era um momento único que ele jamais perderia.

Seus devaneios foram interrompidos por pequenas mãozinhas em seu rosto, que tocavam delicadamente suas bochechas, fazendo-o olhar para ela.

“Papai?”.

Como resistir a isso? Cada vez que ela o chamava desse jeito, seu coração dava saltos de alegria. Castle nunca imaginou que pudesse amar tanto uma pessoa como amava sua outra filha.

“Já disse que não quero que se esconda embaixo da cama porque você assusta o papai.”, só o pensamento de perdê-la já o angustiava completamente. Apertou o corpo miúdo contra si, fazendo-a debater-se novamente e olhá-lo zangada. Nada poderia salvá-lo dessa vez, ele estava completamente apaixonado.

Desceu as escadas sorrindo com seu bebê no colo. Dirigiu-se até a cozinha, acomodando sua filha na cadeirinha que ficava ao lado do balcão. Lutou contra o cinto, pois a menina não queria deixá-lo ajudar. Apesar da pouca idade, Olive mostrava-se independente, procurando tentar fazer tudo sozinha, do seu jeito ainda desajeitado.

“Consegui!”, comemorando, a menina olhou para ele com um enorme sorriso despontando por seus lábios.

“Estou vendo. Menina esperta, hein!” acariciou os cabelos castanhos da menina. Lily era muito parecida com a mãe, mas também possuía alguns traços seus. O rosto era mais arredondado que da Kate, mas e o cabelo era liso e rebelde, sendo só um pouco mais claro que os seus. Lembrava muito das fotos em que ele era criança, quando seu cabelo ficava arrepiado de tão liso. Acontecia o mesmo com a franja de sua filha, tornando-se uma tarefa árdua arrumar as leves madeixas.

A menina estava aconchegando-se cada vez mais ao seu carinho, enquanto ele ajeitava o cabelo atrás da pequena orelha para que ela conseguisse olhá-lo.

“Quer o seu franguinho preferido?”, já sabendo a resposta, Castle buscava os ingredientes dentro da geladeira.

“Sim! Sim! Sim!” palminhas alegres de mãos abertas ecoavam pela cozinha. Richard virou-se para sua pequena filha e, sorrindo ao ver sua felicidade, se dispôs a fazer o jantar deles.

Enquanto preparava a comida, Castle observava Olive fazendo bagunça no prato com uma colher e alguns pedacinhos de morango picados até que a expressão dela mudou e o olhou com um semblante sério.

“Papai, a mamãe vem?”, a menina mordia o lábio enquanto pensava sobre o assunto, franzindo um pouco seu cenho, lembrando muito Kate quando estava absorta em algum caso frente ao quadro branco. Ainda era difícil para um bebê não ter a mãe por perto. E claro, o coração de Castle se partia ao meio pelo sofrimento da sua filha.

“Sabe que não, meu amor.” Aproximou-se da filha, beijando levemente sua fronte.

“Mas por que, papai?”, sempre a mesma pergunta.

“Porque ela não pode.” respondeu como fez das outras vezes. “Mas sabe a coisa que a mamãe sempre quis foi ficar pertinho de você, não é?”

“Sim, mas...” a criança foi interrompida pelas suas próprias lágrimas de angústia.

“Ah, bebê, vem aqui.” Castle tirou a menina da cadeirinha e a pegou em seus braços, afagando-a. “Depois papai conta uma história para você no sofá e podemos ver Peppa Pig até a hora você dormir.” Apesar de ser torturante, o programa infantil acalmava e alegrava sua filha, então ele poderia fazer esse sacrifício por ela.

Não demorou muito para que o choro tornasse pequenos lamentos.

“Pronto, passou. Está melhor?” não obteve uma resposta verbal, mas sentiu o balançar positivo da cabeça da menina, que estava com o rosto escondido em seu pescoço.

Continuou um pouco mais acariciando as costas de seu bebê. Apesar do corpo pequeno, os braços e as pernas compridos lembravam muito Kate. Não conteve seu sorriso evocando tal lembrança. Nunca imaginou que estaria com essa pessoinha em seus braços, ainda mais sendo filha dele com o grande amor de sua vida. Não somente ela sentia falta da mãe, mas ele também, tanto que chegava a doer. Alguns anos com ela nunca seriam suficientes, mas a vida nem sempre é como se deseja.

“Ei, vai deixar papai terminar o jantar?” tentou puxar a menina que estava agarrada fortemente em seu pescoço, ainda escondendo-se. Ela era muito independente e, por causa disso, sempre se escondia quando chorava, mesmo que fosse contra o corpo dele.

Após algum tempo, Castle conseguiu colocá-la novamente em sua cadeirinha, enquanto ele terminava de preparar rapidamente a refeição, antes que ela provocasse algum desastre na cozinha. Escutava ela cantarolar com seu linguajar de bebê, batucando com a colher sobre a mesa. Somente conseguia entender algumas palavras como ‘papai’, ‘mamãe’ e ‘lexi’ misturadas com outras restantes que eram indecifráveis. Olive gostava de música e, apesar de ser hiperativa, quando tocava alguma com uma melodia que despertasse seu interesse, era um dos poucos momentos em que ela ficava totalmente focada em sua atividade.

Ao terminar de preparar a refeição, serviu o prato de sua filha com algumas cenourinhas cortadinhas, purê de batata e os pedacinhos de frango. Sua nova luta estava prestes a começar. Diferentemente dele, Olive também puxou a mãe nesse aspecto, pois tinha que praticamente obrigá-la a se alimentar.

“Só o franguinho?” a criança deu um sorrisinho de lado, como o dele. Agora sim ele percebeu por que Kate odiava isso, pois ele sempre tentava convencê-la das coisas, assim como sua filha estava fazendo.

“Você precisa comer o restante também, sabe disso.” A menina fez beicinho para contrariá-lo, mas ele sabia como desfazer isso. “Sabe que cenoura é para você crescer e ficar bonita.”

“Mas eu já sou bonita! Pareço com a mamãe!” A menina sorriu para ele, mesmo com alimentos na boca, os quais deixavam seus pequenos dentes de leite sujos. “Você disse que pareço com a mamãe.”

Como ele pode ter filhas tão inteligentes? Ele sorriu ao lembrar-se disso. Alexis também tinha respostas na ponta da língua.

“Sim, parece, meu amor. É linda como ela.” Acariciou o cabelo de sua filha, colocando outra mechinha atrás da orelha. Ter sua filha consigo, ao mesmo tempo em que amenizava a saudade, aumentava-a de forma exponencial. “Mesmo assim você precisa comer a cenoura, espertinha.”

Lily consentiu, finalmente desistindo da discussão contra seu pai. Continuou comendo o jantar, com movimentos adoravelmente desajeitados comuns em crianças em desenvolvimento neuromotor. Vez por outra, Castle a observava, abrindo um sorriso largo de admiração e profundo amor por aquela criaturinha tão delicada e indefesa, mas que tinha soberano poder sobre seu coração. Poder contemplar sua filha daquela forma era uma pequena amostra do paraíso.

A menina terminou o jantar, deixando rastros de alimentos por todos os lados da mesa. Voltou os olhos para seu pai, um olhar conspirador de quem quer alguma coisa. Ele conhecia bem essa tática. E sabia exatamente o que a filha queria.

“Sorvete?” Castle fez a pergunta com um olhar de cumplicidade, já sabendo a resposta, que veio apenas com o aceno de Olive. “Só porque você foi uma boa menina e comeu todo o jantar, sim, eu permito que hoje seja a noite do sorvete”, sorriu abertamente, recebendo um sorriso largo em retorno, acompanhado de pequenos ruídos incompreensíveis em comemoração.

Ele dirigiu-se à geladeira para pegar o pote de sorvete de chocolate, e no caminho aproveitou para pegar duas colheres na gaveta. Castle tinha o ritual do sorvete com suas filhas: comer direto do pote. Afinal, quem liga para regras de etiqueta na noite do sorvete?

Sentou-se novamente à mesa, entregando uma das colheres para sua filha e abrindo o recipiente. Os dois alternavam as colheradas em direção ao sorvete, enquanto conversavam alegremente. Uma cena adorável de cumplicidade entre pai e filha.

Acabando a sobremesa, a menina correu e pulou no sofá, tentando esconder-se por trás das almofadas que ali estavam. Enquanto isso, Castle recolhia tudo para deixar sobre a pia, ele poderia limpar tudo depois que sua filha dormisse. Nesse momento, preferia passar um tempo com Olive, agarradinho a ela, sentindo o pequeno corpo quente em seu colo no sofá, como se fosse sua pequena bonequinha. Sim, ela era seu bebê e faria de tudo para cuidar e protegê-la.

Peppa Pig era o único programa que mantinha a menina realmente entretida sem correr e destruir tudo ao redor. Após uma maratona torturante de grunhidos, o escritor iria pegar sua filha para levá-la ao quarto, mas ela ainda estava muito acordada e agitada, apesar dela ter gastado muita energia naquela tarde. Quase todos os dias ele a levava ao parque para que a criança pudesse correr e conviver com outras amiguinhas que conheceu nos brinquedos infantis. Nesses dias ela dormia com mais facilidade.

“Papai, você prometeu história.” As mãozinhas novamente estavam em seu rosto, fazendo-o virar-se para ela. O olhar pidão era irresistível. Aliás, ele sempre se derreteu por esses olhos, tanto que comemorou quando viu que Lily os possuía. Mas ele havia prometido contar algo e deveria cumprir com sua palavra.

“Que história você quer então?” deitou-se novamente, ajeitando-se mais, trazendo-a consigo. Olive ficou entre o corpo de seu pai e o encosto do sofá sobre algumas almofadas que a faziam ter altura para deitar sobre o ombro de Castle, abraçando-o. Como ele adorava ficar desse jeito com sua filha!

“Uma história de ‘polícia’, do papai e da mamãe.” a menina sorria, pois achava o máximo suas histórias. Obviamente ele alterava alguns pontos para adequar-se à idade dela, mas a essência era verdadeira. Kate iria matá-lo se escutasse sua versão dos fatos, mas esse perigo ele não corria agora.

“Hum, deixe-me lembrar de alguma legal...” começou a pensar em algo que poderia conseguir contar a sua filha, sem traumatizá-la.

“Quero a do tigre!” a menina saltou de seu colo rosnando, imitando tal bicho, com direito a garras e caretas.

“Ei, menina, espere! Com cuidado para não nos machucarmos” Castle teve que pegá-la no alto, antes que se machucasse e a ele também. “Essa história de novo?” ele sabia que Olive adorava tigres por causa dessa história que contou, que era sua preferida.

“Sim!” a ideia de contar alguma coisa antes de dormir, algo que não fosse carneirinhos, não foi muito boa. A menina, ao invés de sentir-se cansada, ficou mais elétrica ainda.

“Bom, a do tigre, novamente. Tudo bem.” A história começou a tomar forma em sua mente. Lembrou-se dela, sua Kate. Naquela época ainda não estavam juntos, mas ele já havia se declarado.

“Um certo dia, estávamos atrás de uma pessoa malvada, que havia machucado outra pessoa.” Com o passar da história, a menina ia aconchegando-se mais ao corpo do pai, escondendo o rosto contra sua camisa. Engraçado, assim como ele, Olive adora ficar sentindo seu cheiro. O ressoar do som pela caixa torácica dele provocava uma vibração que a acalmava e a fazia parar de chorar desde que era recém-nascida. Então ele pegou esse costume de contar histórias ou somente manter-se falando para que ela conseguisse dormir.

Achando que ela já estivesse dormindo, ele parou de falar e já ia levantar-se quando escutou uma vozinha... “E o tigre, papai? Você ainda não falou dele.”

Conteve sua risada, mas deu continuidade ao que estava falando “Então, o tigre. As pessoas malvadas da casa deram um remédio muito ruim sem que eu e mamãe soubéssemos e fez a gente dormir. Acordamos em outro lugar, estava muito, muito escuro e ficamos presos com as algemas que mamãe usa para prender bandidos.”

Acariciou mais um pouco as costas da menina, apertando-a mais contra si.

“Então, estávamos procurando uma saída daquele lugar escuro e encontramos uma parede de madeira. Parecia que tinha alguém lá, eu e a mamãe pensamos que fosse outra pessoa que era prisioneira também. Começamos a tentar quebrá-la para salvar quem estivesse lá, mas ao invés disso, tivemos uma surpresa...”

“O tigre!” ambos falaram em uníssono, sorrindo em seguida, a menina já um pouco menos animada que antes, sendo vencida pelo cansaço.

“Sim, o tigre.” Castle continuou sorrindo com a animação da menina pelo felino. Deu um beijo sobre sua cabeça e continuou acariciando-a ali naquele ponto. “Ele tentou atacar nós dois. Para fugir, tivemos que subir em um lugar alto e começamos a chamar por socorro, pois não iríamos conseguir sair dali rápido, antes de virar lanche de tigre. Foi quando Tio Javi e Tio Kevin nos acharam para nos salvar.” Ao terminar essa parte, a menina estava dormindo milagrosamente.

Decidindo ficar ali aproveitando mais o aconchego da filha, o escritor acabou pegando no sono também.

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Já era madrugada quando a porta se abriu, seguida de passos furtivos pela casa em meio àquela penumbra.

O discreto som, que se tornou demasiadamente audível no silêncio que reinava na casa, despertou Castle, o qual percebeu finalmente que adormecera com Lily aninhada em seu colo. De repente, ele se lembrou do barulho que o havia acordado, e os sons clandestinos dos passos que se seguiram. Ainda meio grogue, tentou se recompor e olhar ao redor a fim de identificar de onde vinha tal ruído. Porém, mais rápido do que foi capaz de reagir, ele sentiu um ar quente sendo exalado próximo à sua orelha, seguido de uma voz baixa e imponente “Não se mexa!”.

Numa fração de segundo, Castle congelou, instintivamente apertando seus braços um pouco mais ao redor de Lily. Ficou totalmente tenso, cada músculo do seu corpo reagindo àquela nova informação. Seu instinto de pai dizia para fazer qualquer coisa para proteger sua filha, seu tesouro.

Mas já no segundo seguinte, ele processou e reconheceu aquela voz já tão conhecida e tão reconfortante. Aquela voz que tantas vezes, ao chamar seu nome, era motivo de deleite, como se ele entrasse em estado de graça apenas por ouvi-la.

Virou-se para tentar contemplar o seu rosto na escuridão, mas era impossível conseguir uma visão clara. Ela abaixou-se para depositar um terno beijo em sua fronte, deixando a mão acariciando levemente sua bochecha, e repetiu o gesto em sua pequena filha, que permanecia à parte dos acontecimentos recentes, mergulhada em um sono profundo.

“Por que está dormindo no sofá?” Kate sussurrou, suas mãos passeando pelos cabelos de seu marido carinhosamente.

“Nós dois estávamos com uma saudade tão grande e tão dolorosa de você que tivemos que nos consolar aqui, abraçados” Castle sussurrou de volta, com seu famoso ar dramático. A resposta fez a detetive rolar os olhos na escuridão, mesmo sabendo que ele não poderia ver.

“Sério, Castle? Vocês dois estão sofrendo desse jeito porque tenho ficado no trabalho por mais tempo que o usual nessa ultima semana?” Beckett perguntou, um pouco mais alto do que deveria, o que fez Olive se mexer um pouco nos braços do pai, mas não o suficiente para acordá-la. “Você sabe que estávamos trabalhando em um caso complicado e sabe como acabo me envolvendo...”

“Kate”, sua voz saiu mais grave agora, e mais séria, “cada minuto que passo longe de você é uma eternidade. Quando você vai aprender isso?”

Apesar do drama que a detetive já conhecia bem, naquele momento ele falava com toda a sinceridade de coração. E ela sabia que o sentimento era recíproco. Um único e delicado beijo em seus lábios foi a resposta para aquela pequena e profunda declaração de amor.

“Eu também te amo. Aliás, amo os dois.” Beckett continuou acariciando o cabelo de seu marido, naquele ponto que ele tanto gostava atrás da orelha, mantendo ainda seus olhos sobre a filha, que dormia profundamente entre eles.

Os dois colocaram Olive em sua cama, cada um se aproximando uma última vez para beijar carinhosamente a testa da menina que não acordou em nenhum momento do trajeto até o quarto. Eles contemplaram seu tesouro por mais alguns segundos, e então saíram do quarto da criança.

Ali mesmo, no corredor frente ao quarto de seu bebê, Castle puxou sua esposa pela cintura, fazendo seus corpos se tocarem totalmente.

“Você poderia estar de férias ainda...” disse ao pé do ouvido dela, entre beijos, naquela região no pescoço, onde seu pulso acelerado era sentido nitidamente pela proximidade dos corpos. O escritor sabia a reação de sua musa quando ficavam assim.

“Castle...” Beckett deixou escapar seu nome em meio a um suspiro. “Sabe que eu preciso trabalhar.” Beckett puxou seu marido levemente pelo cabelo para que pudesse olhá-la. Ele se perdeu naqueles olhos com aquela raiva fingida juntamente com uma pitada de humor.

“Eu sei. Por isso me orgulho de você.” começou a beijar seu pescoço novamente, acariciando-a com a ponta de seu nariz. “Levar justiça para as vítimas.” Disse olhando firmemente nos olhos de sua esposa e a beijou com sofreguidão, desarmando-a completamente.

“Mas acho que podemos fazer alguma coisa com relação a essa saudade desmedida...” Kate estreitou mais os olhos e deu um sorriso de Monalisa, fazendo o marido saber exatamente quais eram suas intenções. Casualmente, as mesmas que as dele. “Leve sua esposa para o quarto, Castle, pois eu preciso tomar um banho também.” Ao concluir isso, o escritor já teve outras ideias para ela.

A noite seria longa, pois ambos sabiam que, após a conclusão de um longo caso e noites mal dormidas na delegacia, Kate teria uma folga no dia seguinte, que seria muito bem aproveitada por ele e Olive.


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Notas finais do capítulo

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