Promise escrita por Thalita Moraes


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Ei, pessoas. Sentiram minha falta?
Desculpa demorar tanto. Sei que desculpinhas esfarrapadas de "problemas com família e problemas com isso e aquilo" de nada adiantam, então me deixem compensar pelo tempo perdido com mais capítulos.
Espero que gostem. :3
Aah, e DanieleLuz, olha, não é por nada não, mas eu já tinha escrito esse capítulo antes mesmo de você comentar. Não é como se eu tivesse lido seu comentário e mudado a paçoca só para você não ter acertado xD
Se bem que isso soa como algo que eu faria...
Mas aí você teria que confiar em mim. Você confia em mim, não é?
Devaneios a parte, apreciem o capítulo.

Outra coisa. Para as pessoas que gostam de ler ouvindo música. Procurem por Promise de Dead By April. Só não coloco o link aqui agora porque estou sem internet boa, e eu queria postar esse capítulo logo.



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No momento em que Natsu abriu os olhos, a manhã ainda não tinha nem chegado. Ele não conseguiu dormir de novo. Ele ficou imerso na escuridão enquanto esperava a manhã chegar, ainda deitado em sua cama, desejando que tudo aquilo não tivesse passado de um sonho. Mas o fato de que ele estava pensando nisso, significava que era tudo verdade. Que tudo aquilo tinha realmente acontecido.

E o pior de tudo era que ele não poderia fazer nada em relação àquilo.

De onde Natsu se deitava na cama, ele podia ver perfeitamente a lua cheia no horizonte, a sumir. Naquele momento, ele se lembrou de Lisanna. E começou a pensar consigo mesmo. Ele fechou os olhos e concentrou-se em sua respiração, seus pensamentos indo à mil.

"Eu não sei se eu verei você de novo.

Você está sozinha?

Você está pensando como eu? Das nossas risadas? Dos momentos tristes? Dos nossos beijos?

Você pensa em mim da mesma forma como estou pensando em você?

Você não sabe como sua ausência está me matando"

Antes mesmo que ele percebesse, tinha amanhecido. E tinha alguém batendo à sua porta. Natsu levantou-se rapidamente e foi abrir a porta, um nervoso subindo-lhe à garganta. Será que...?

Lucy talvez tenha achado a expressão de Natsu estranha, surpresa até. Natsu apenas esperava que ela não lesse a decepção escondida por trás dos olhos levemente arregalados.

—Você está bem?

Natsu queria dizer a verdade. Queria contar-lhe tudo naquele momento. Mas, teve que se segurar.

Porque ele não sabia como ela ia reagir.

—Eu não sei. — Ele disse, deixando a porta aberta por tempo suficiente para Lucy entrar. Ela fechou a porta, ele sentou-se com a cabeça entre as mãos. Ele nunca pensou tanto quanto naquele momento, enquanto tinha que escolher as palavras certas para dizer para Lucy.

—O que está acontecendo com você, Natsu? — Lucy perguntou. Ela estava segurando aquela pergunta desde a noite anterior. Desde a primeira vez que ela percebeu que tinha algo errado. — Se você se lembra do que aconteceu, porque não nos conta? Você sabe que nós somos a sua família.

Lucy continuaria com o sermão se Natsu não tivesse interrompido naquele instante.

—Porque eu sei que eles vão me odiar da mesma forma como eu estou me odiando agora. — Ele respondeu, seco, nervoso. Lucy não reconheceu Natsu naquele momento. — Eu não consegui trazer a Lisanna de volta.

—Ela está... — Lucy não conseguiu terminar a pergunta.

—Ela está viva. Disso eu sei. — Natsu respondeu.

—Porque você não pode me dizer o que aconteceu? — Lucy perguntou novamente. A falta de informação estava levando todos na guilda à loucura. — Se você não contar o que aconteceu, eu não vou poder ajudar.

—Você quer me ajudar, Lucy? — Ele perguntou rápido demais, acabando por parecer um pouco grosseiro. Mas, na verdade, ele estava esperando por aquela abertura. — Você realmente quer me ajudar?

Lucy sentiu como se ela tivesse caminhado direto numa armadilha.

—Mas é claro que sim.

Lucy tinha sentido como se tivesse dado um passo e caído no buraco coberto de folhas falsas. Ela podia ver o rosto de Natsu de onde estava. Os cantos de seu lábio curvou-se. Não era muito, mas era um começo de sorriso. Lucy não sabia se aquela expressão a deixava alegre ou com medo.

—Você se lembra daquela vez quando você sumiu, onze meses atrás? — Natsu perguntou. Lucy começou a se arrepender. Ela semi-cerrou seus olhos, não tendo certeza de onde Natsu estava indo com aquilo. Ela demorou a responder, pensativa.

—Aham...

—Eu não sei o que aconteceu com você, mas...

—Natsu, eu vim aqui para conversar com você. Para saber se você está bem, mas se você quiser trazer problemas à tona, é melhor eu ir embora. — Lucy interrompeu ele e caminhou em direção à porta, não realmente com a intenção de sair.

—Eu não estou tentando trazer problemas à tona. Eu estou tentando conversar com você. — Natsu defendeu-se. De alguma forma, o assunto mudou drasticamente e ele não sabia como consertar aquilo.

—Pois não parece. — Lucy disse, já nervosa. — Porque a gente não pode deixar o que aconteceu no passado e seguir em frente? Porque temos que ficar voltando para o que aconteceu onze meses atrás?

—Eu não quero falar sobre o passado, Lucy. Não é isso que eu quero falar com você. — Natsu levantou-se e deu um passo em direção à Lucy. Ela já estava exaltada. Provavelmente, já estava nervosa antes mesmo de entrar na casa de Natsu. Ficara nervosa por antecipação, e agora, a conversa controlada por Lucy estava deixando-a mais irritada ainda. E era exatamente isso que Natsu queria evitar de acontecer.

Ele não queria saber o que poderia acontecer se ela se irritasse demais.

—Então sobre o que é que você quer falar, Natsu? — Ela perguntou, um pouco alto demais.

—Eu estou tentando falar faz tempo! — Ele também não conseguiu segurar, acabando por gritar. Toda aquela meditação tinha ido água à baixo.

—Não grite comigo! — Ela gritou de volta. E, embora a manhã não pedisse luzes acesas, o grito de Lucy conseguiu fazer uma lâmpada logo ao seu lado, perto da porta, acender. A luz iluminou o quarto, talvez um pouco mais do que realmente deveria, e então, a lâmpada estourou, assustando Lucy.

"De novo?" Ela pensou, seu coração batendo assustado, seus olhos levemente arregalados. Ela tinha percebido como, de vez em quando, as luzes piscavam ao seu redor. Era uma daquelas coisas que você não pára para perceber e quando percebe, não consegue deixar de notar.

Natsu deu outro passo em direção à ela, e Lucy pulou, engolindo em seco.

—Você percebeu que isso está acontecendo? Coisas estranhas como essa?

Ela não conseguiu responder. Ainda estava um pouco chocada e assustada demais para pensar em como ele poderia saber aquilo.

—É o que eu estou tentando dizer desde o começo. — Natsu disse, bem mais calmo do que antes. Agora, talvez, ele conseguiria conversar com ela. — Lucy, enquanto você esteve fora, aconteceu algo com você. Não sei o que aconteceu, mas parece que, de alguma forma, sua magia aumentou. Você ficou mais poderosa, mas ainda não sabe como lidar com isso. A magia tem que escapar de alguma forma. É isso que acontece nessas explosões de emoção.

—E como que você sabe disso? — Lucy perguntou, já um pouco mais calma.

—Foi algo que eu aprendi com Igneel. Uma das coisas que eu aprendi com ele. — Natsu respondeu.

—Então você realmente encontrou ele? — Lucy estava surpresa agora, curiosa.

—Sim. — Ele disse. E então, uma ideia lhe veio à cabeça. — Se você quiser aprender a controlar essa magia que há dentro de você, me encontre na estação de trem. Às três horas. Vou te levar à alguém que saberá te ensinar.

***

Aquela seria a primeira vez que Lucy ficaria longe de Gajeel, depois de tanto tempo. Gajeel ainda estava traumatizado por causa da última vez. Em que teve que salvar Lucy de uma casa em chamas. Ou talvez tenha sido da vez em que ela quase tinha sido sequestrada por um maníaco que não sabia como se relacionar com pessoas.

Gajeel puxou o ar com o nariz, profundamente e segurou, ainda pensando no que Lucy tinha dito. No que Natsu tinha dito. Os olhos castanhos de Lucy estavam mostrando determinação.

Ela queria saber o que estava acontecendo com ela. Se ela realmente poderia ajudá-lo.

—E você está pensando em ir? — Gajeel perguntou, finalmente soltando o ar. Ele segurou sua mão, Lucy sorriu amavelmente para ele e deu de ombros. Ele suspirou de novo, sabendo que não poderia segurá-la por muito tempo. — Tenha cuidado. Nós não sabemos o que realmente aconteceu com ele durante esse tempo.

—Eu vou tomar cuidado. — Ela disse, sorrindo.

—Eu tenho medo que você se machuque. — Ele disse, não conseguindo segurar aquelas palavras. Ele precisava da afirmação dela de que ficaria tudo bem.

—Nesse caso, você pode vir me salvar. — Ela disse, entrelaçando seus dedos nos dele.

—Você ia gostar disso, não é? — Ela sorriu. Ele sorriu. Mas Gajeel ainda estava preocupado. — Por favor, tenha cuidado.

—Eu vou. — Lucy sorriu para ele. Eles trocaram um selinho. — Eu prometo.


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Notas finais do capítulo

Para os amantes de NaLi, eu farei um capítulo especial para vocês. Apenas aguardem ;)



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