Promise escrita por Thalita Moraes


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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Gajeel estava tenso.

Andava para lá e para cá em sua casa, pensando e falando em voz alta, anotando coisas num papelzinho e depois voltando a andar em círculos.

Em primeiro lugar, já era algo raro ele estar em seu apartamento. Ele passava mais tempo na guilda e, quando não estava lá, estava na casa de Lucy. Era raro ele estar ali. Mais raro ainda era ele estar tão nervoso dessa forma.

—Assim não. Ainda não. — Ele resmungava, ainda não conseguindo encontrar as palavras certas. Ele voltava ao espelho, observando cada detalhe de seu rosto enquanto abria a caixinha de veludo, admirando o anel e dizendo em voz alta, ainda não conseguindo acreditar no que estava fazendo. — Seja minha.

Ele largou a caixinha e bateu na parede. Estava começando a ficar frustrado. Seu vizinho de quarto deveria estar irritado já, se ele ainda estivesse ali.

—Ela nunca aceitaria dessa forma. Muito possessivo.

E assim, Gajeel criou algumas versões da mesma pergunta. E ele continuava a pensar em diversas formas, diversos jeitos de pedí-la para ficar com ele para sempre, mas no final, ele percebera que não era a pergunta em si que ele estava receoso. E sim, com o fato de não saber se ela o aceitaria ou não.

Talvez o motivo principal dele se afogar em tanta insegurança era porque sua mente continuava a voltar àquela única semana. Quando ele tinha que protegê-la do egoísmo e ignorância do Natsu.

E... Meu Deus, tinha se passado quanto tempo mesmo? Onze meses, logo faria um ano. Fazia tanto tempo assim desde a última vez que vira Natsu? Ele se esforçava a não se lembrar dele, isso fazia Gajeel se lembrar daquela semana. Natsu se exaltando, Lucy o ignorando. E então, Natsu recebera aquela carta e nunca mais voltara. Nunca mais ouviram falar do nome dele.

Na próxima semana, faria um ano desde a última vez que alguém tinha visto o rosto do Salamandra.

Gajeel balançou a cabeça, sentado em sua cama, se esforçando novamente a jogar aqueles pensamentos longe. Ele tinha outras coisas com que se preocupar.

Seu pedido de casamento para Lucy.

Apesar do último ano ter sido um pouco mais silencioso na guilda, aquele último ano foi o ano mais feliz de sua vida. Ele ainda não conseguia entender como aquilo tinha acontecido, mas tinha.

Ele estava completamente apaixonado por Lucy Heartphilia.

E, logo, ela seria sua. Para sempre sua.

Ele já tinha conversado sobre aquilo com Macao e Alzack. Na verdade, quase toda a guilda já sabia que ele logo pediria a mão de Lucy em casamento, mas ninguém sabia como ele o faria. As situações estavam ficando cada vez mais tensas, toda vez que ele se agachava perto de Lucy, seja para pegar um copo que caíra da mesa ou não, a guilda inteira arregalava os olhos, esperando. Então, ele se levantava novamente e Mirajane suspirava alto demais. Lucy já estava começando a ficar suspeita. Ele faria o pedido naquela noite de sábado, já tinha se decidido.

A guilda estava fazendo uma festa naquele sábado, para comemorar as finais do Teste de Classe S. Todos se divertiriam, se apresentariam... E então, ele cantaria uma canção que ele tinha feito especialmente para ela. Seria a primeira vez que ele cantaria alguma coisa diferente. Poderia não ser a melhor canção de todas, mas ao menos, era para ela.

Ele queria fazer algo romântico. Ele estava se esforçando.

E então, no final da canção, ele daria o anel para ela.

Parecia perfeito. Ele estava feliz, mal podia esperar para a festa começar.

Ele saiu de casa, já preparado, discurso mental feito, pequenas notas escritas em garranchos no bolso junto com o anel... Então, ele ouviu o estrondo do trovão. Estava chovendo, o que era estranho, porque naquele começo de ano, era raro chover, mas aquilo não impediria a guilda de festejar. Nunca impedira, e agora não seria a primeira vez.

Ele caminhou até a guilda, procurando não se molhar demais. Não foi uma caminhada tão longe de onde ele morava. Todos já estavam na guilda, ele entrou devagar. Mirajane estava cantando e todos estavam animados, cantando, bebendo, festejando. Um dia normal na Fairy Tail. Gajeel se entregou na animação e sentou-se ao lado de Lucy. Eles trocaram um olhar e um sorriso e então voltaram a assistir a performance de Mirajane.

Assim que ela terminou, todos bateram palmas. E então, Gajeel levantou-se.

—Vai cantar? — Lucy perguntou. Gajeel não conseguiu esconder a animação e sorriu de orelha a orelha em resposta a pergunta dela.

Ele subiu no palco e tossiu nervosamente. Ele ainda não acreditava que estava prestes à fazer aquilo.

—Eu gostaria de dedicar essa música à minha coelhinha. — Ele disse e então apontou em direção à Lucy, que sorriu um pouco envergonhada. Ela já tinha ouvido as músicas dele. Eram sempre iguais.

—Você sabe o que ele vai fazer? — Lucy sussurrou em direção à Levy. Ela se esforçou em apenas dar de ombros. Ela sabia, ou ao menos, achou que soubesse. Se os rumores da guilda estavam corretos...

Então, Gajeel sentou-se com a guitarra em mãos, pigarreou, e arrumou o microfone à sua frente por segundos que pareceram séculos. E quando ele tocou as primeiras notas num ritmo completamente diferente da música de sempre, Lucy percebeu que tinha alguma coisa errada. Ela sabia que ele estava nervoso. Ele sempre pigarreava ou desviava o olhar quando estava nervoso.

Lucy deu uma olhada ao redor. A guilda inteira estava com um sorriso no rosto, todos estranhamente quietos. Alguma coisa estava acontecendo. Aquele silêncio, somente o barulho das notas da guitarra fazia os sons dos trovões lá fora ficarem cada vez mais altos, como se estivessem ficando cada vez mais pertos.

E, quando Gajeel abrira a boca para começar a cantar, o som do trovão, como se tivesse caído um relâmpago logo ao lado, mais o estrondo das portas da guilda interromperam-no. Seus dedos largaram a guitarra abruptamente e então, o queixo de todos caíram quando viram um vulto encharcado parado ali.

Todos temeram o vulto que chegara de repente. Alguns já estavam prontos para atacar, quando o vulto caiu no chão. Seu corpo fez aquele baque surdo e ficou completamente imóvel. Então, não muito tempo depois, provavelmente alguns segundos que pareciam minutos, a luz voltou na guilda. Até mesmo os trovões pareceram ter diminuído.

Então, Elfman, que estava perto da porta, se atreveu e se encolheu perto do corpo do homem ali deitado. Todos já estavam preparados, o cabelo rosa era deveras conhecível. Ninguém conhecia outra pessoa com aqueles cabelos rosa. Elfman, trancando a respiração, virou o corpo do homem ali deitado. Todos já estavam imaginando o pior, mas mesmo, o choque foi inevitável. Aquele era um rosto que há tempos eles não viam.

Todos exalaram pesadamente quando perceberam que era Natsu parado na porta da guilda.


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Notas finais do capítulo

Natsu atrapalhando tudo como sempre :v
E a, comentrios?



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