Te amarei para sempre escrita por weslley felix


Capítulo 4
O sequestro


Notas iniciais do capítulo

neste capítulo alguém será levado repentinamente.



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Todos na casa estavam pasmos sobre o que acabavam de ouvir. Então, Lucas era uma Banshee. Isso seria o suficiente para todos acreditarem, mas uma coisa complicava. Ele era um homem, e banshees são sempre mulheres.

–Impossível! Ele é homem, não pode ser uma banshee.

Tammy era a única que se recusava a acreditar, pelo simples fato de Lucas ser homem.

–Não é impossível. Eu estou aqui na sua frente, não estou? - Lucas insistia em tentar enfiar aquela notícia na cabeça dela.

Wes resolveu pedir uma explicação para que todos entendessem. Emerson trocou um olhar aflito com ele, e então ele fica no meio de todos e começa a explicar.

–Eu venho de uma linhagem de banshees. Os poderes que tenho vem da parte celta dos meus ancestrais. Há mais ou menos 1500 anos uma banshee se casou com um de meus ancestrais, e para que todos os filhos deles não nascessem com os poderes dela e acabassem sendo mortos por aqueles que os temiam. Ela pediu a uma fada que fizesse com que os todos os seus poderes fossem herdados pela primeira filha que nascesse. E tem sido assim desde então. Sempre houveram mulheres em todas as gerações da minha família. Até chegar na vez da minha mãe. Ela só teve um filho, eu, e por causadas complicações no meu parto ela perdeu a capacidade de engravidar. Não achamos que eu fosse ganhar seus poderes, mas por alguma razão… tcharam.

Weslley levantou e olhou para Emerson que, aparentemente, estava com raiva por ter sido contrariado sobre contar o segredo dele. Reparando nisso ele resolve perguntar:

–E o que ele tem a ver com isso?

–Como assim?

–Bem, ele tentou te arrastar pra longe daqui só pra você não contar isso tudo pra gente. Sem falar na cara de raiva que ele está fazendo desde que você começou a falar. Ele com certeza tem algo a ver com isso.

–Ah isso. É que a família dele está ligada a minha. A cada geração um lobisomem da família dele é escolhido pra proteger a Banshee, que no caso sou eu. E ele é filho único então...

–Eu ainda acho que não devíamos confiar neles. Não conhecemos nenhum deles. Não sabemos quais são suas reais intenções.

–O que você acha que eu poderia fazer? Ele é um bruxo amigo de um bando inteiro de lobos. Nós dois vamos ficar mais seguros. Teremos mais gente pra ajudar a descobrir como aquilo na escola aconteceu.

–Emerson eu sei que você não conhece nenhum de nós, mas garanto que todos manteremos muito mais seguros se trabalharmos todos juntos. - Eric fala com seu jeito apaziguador de sempre.

–Exatamente. Ou você prefere se virar tendo que proteger seu melhor amigo, que não sabe lutar, complemente sozinho? - Joey não consegue evitar e faz sua tradicional ironia.

–Tudo bem. Realmente não tenho como discordar. E aproveitando este clima de revelações e me diz uma coisa, como você adivinhou sobre o Lucas?

–Na verdade é bem simples. Sendo um bruxo eu tenho uma sensibilidade natural a qualquer coisa que envolva "o outro lado", e isso inclui ele. É tipo uma espécie de mediunidade.

Ao dizer isso, ele sente sua magia pulsar como se fossem ondas. Lucas também sente e todos na sala reparam. Até que Will toma a palavra.

–Seja lá o que vocês tenham sentido avisem a todos nós. Porque pelo visto vocês tem um radar para o problema.

–Acho que tem espíritos nessa casa tentando se comunicar...

–É, são os ancestrais. Os espíritos com quem eu me comunico. Eu vou falar com eles, vocês podem ficar se quiser eu já volto.

Não!

Qetsiyah aparece na frente de todos. Todos estão prestes a atacar mais ela explica.

Esperem! Os dois tem que ir. Ter alguém como ele no conselho pode ser de grande ajuda. Espero vocês lá.

Ela desaparece. E todos ficam aterrorizados com a aparição repentina de um espírito no meio da sala.

–Pessoal... acho que tive uma ideia.

–Você tem um ideia?- Andy fala para Wes. - Não gostei.

–Prometo que será boa... na medida do possível.

–Eu não senti muita firmeza nessa frase.- diz Paulo.

–Vai ser uma ideia boa. Que tal não irmos todos para o conselho?

–Como é que é? Nem pensar eu vou ficar num quarto cheio de fantasmas. - Andy manifesta seu medo de fantasmas.

–Eu também não to gostando dessa ideia. - Sam que até então ficou quieto dá uma ideia interessante. - Mas realmente pode ser bom. Pensem bem, esses espíritos podem nos dar uma visão diferente de tudo que está acontecendo. Podemos chegar a uma conclusão sobre tudo que está acontecendo .

Todos começam a falar ao mesmo tempo, mas ninguém consegue chegar a um consenso sobre o que fazer. Então, por fim, cedem. Todos vão juntos para a sala do conselho. Gabriel não estava satisfeito com nada daquilo, primeiro por não ter recebido de seu amigo uma explicação sobre nada, e segundo por estar ainda mais confuso com aquela história de banshee e de um espírito aparecendo no meio na sala de seu amigo. Ele resolve tomar uma atitude, e o puxa pelo braço antes que ele pudesse entrar no quarto onde os ancestrais se encontravam com ele. Ele o puxa para um canto ao lado da porta.

–Você não me explicou nada disso ainda. Pode não ser a melhor hora pra isso, mas eu quero muito saber quando vou finalmente poder saber sobre tudo o que está acontecendo.

–Eu vou te falar sobre tudo isso. Assim que a reunião acabar. - Gabriel o puxa de novo antes que pudesse sair.

–Da última vez que disse isso eu fiquei a noite toda sem uma explicação.

–Você não entende...

–Apenas me fale quando! - ele exige com uma certeza na voz que deixa Wes surpreso.

–Eu vou te explicar... - ele segura o rosto de Gabriel .- Mas na hora certa. Eu prometo te explicar tudo do jeito que prometi, mas você tem que confiar em mim e esperar.

Gabriel olha nos olhos de seu melhor amigo, segura as mãos dele e depois de um tempo diz:

–Depois do conselho. Não quero mais esperar mais do que hoje.

–Assim será. Agora vamos entrar antes que todos venham nos buscar.

O conselho estava acontecendo com todos lá, exceto Joey e Paulo, que dizia ter uma conversa muito importante para ter com seu irmão. Os dois foram para o quintal detrás da casa. Chegando, Paulo olha para o irmão que não entendia direito a razão de tanta urgência para uma conversa.

–Vamos direito ao assunto. Então você ficou observando Gabriel por um mês antes de mim. Porque fez isso?

–O quê? Então é esse o motivo de tanta urgência?

–Mas é claro que é esse o motivo. Aliás, apenas um dos motivos.

UM dos motivos?

–É isso aí. A não ser que você tenha esquecido de tudo que me disse na escola quando lutamos.

–Cara, eu estava possuído! Aquele não era eu, tudo aquilo era pra te irritar. E parece que o senhor sei-lá-quem conseguiu.

–O senhor sei-lá-quem não teria inventado nada daquilo. Ele apenas jogou contra mim coisas que você escondeu. E eu agora quero saber o porque!!

–Você quer saber?! Então ok - Joey já bastante irritado, despeja tudo em cima de Paulo de uma só vez - Eu espionei ele porque eu me apaixonei por ele, assim como você está agora...

–Eu sabia. - ele se enfurece ao ouvir aquilo, e faz todas as perguntas de uma vez esquecendo que ele estava possuído. - E toda aquela história de roubar ele de mim? Sobre me fazer saber como é não ser amado? Era tudo verdade também? Você realmente acha que eu quero roubar sua matilha? Agora eu estou começando a achar que meu próprio irmão não merece minha confiança.

–Eu não mereço sua confiança? Você está se ouvindo? Será que consegue se lembrar de que eu estava possuído?! Aquele cara estava me usando pra te atingir. E você está sendo burro o suficiente pra deixar que os truques dele funcionem.

–Não tente fugir da culpa. Parte dela é sua. Como eu disse, ele não inventou, ele apenas leu sua mente e disse a verdade que você não tem coragem de dizer.

–Quer saber de uma coisa?! Eu não vou mais te dar ouvidos, você nunca escuta nem a mim nem a ninguém. Vou voltar pra sala dos ancestrais, se o senhor alfa me permite.

Essa era a palavra que ele precisava ouvir. Ao dizer a palavra "Alfa", Paulo teve certeza do que até então eram dúvidas. Ele acabou tendo certeza de algo que não devia cogitar, de que o irmão era realmente alguém em quem ele não poderia confiar, e que tudo que ele disse na escola era verdade.

–Eu sabia.

Paulo ataca Joey enquanto ele ainda subia as escadas da porta dos fundos da casa. Ele agarra o irmão pelo pescoço e o arrasta para a grama e o joga no chão.

–Você ficou louco?

–Pelo contrário. Estou fazendo o que devia ter feito a muito tempo. Dando uma surra em você

E com isso ele ataca o irmão. Primeiro ele acerta uma soco na barriga, depois outro no queixo. Joey revida dando um soco no nariz de Paulo, e dá um chute na coxa. Logo após, Joey pula sobre ele e os dois rolam pela grama trocando socos, chutes, mordidas e todo tipo de forma de ferir que soubessem. Apesar disso, eles estranhamente não se transformaram durante a briga.

A biga seguia empatada quando os dois são arrastados em direções opostas. Eles olham um para o outro e depois para a porta. Wes havia separado a briga, logo depois os integrantes dos dois bandos rodeiam seus alfas para mantê-los separados.

–Vocês podem me explicar que palhaçada foi essa?! - Gabriel grita da varanda.

–Isso foi o resultado de um ADP dele. - Diz joey apontando para seu irmão.

–O que é um ADP?- pergunta Sam.

–É um Ataque De Pelanca. - sussurra Tammy.

–Tá. Mas por que? - Dessa vez é Gabriel quem pergunta

–Por causa o que eu disse na escola quando fui possuído.

Todos olham para Paulo com um olhar de reprovação. Até aquela manhã só quem sabia a possessão de Joey eram os que estavam presentes no momento em que havia acontecido, até a reunião com os ancestrais, quando Drakali-toth, o ancião egípcio que era necromante , revelou tudo para todos os presentes.

–Sério?- Wes estava completamente surpreso – você realmente ficou com raiva daquilo? Eu realmente achei que tinha ficado claro que não foi ele quem disse aquilo.

–Mas foi ele quem escondeu muita coisa de mim. Ele não teria inventado nada aquilo. Principalmente sobre ter o objetivo de me arrancar a posição de alfa.

–Cara, você está dando um ataque e ciúme por causa e uma coisa que nem foi ele que disse? - Emerson pergunta num tom misto de surpresa e deboche.

–Eu não estou dando um ataque de ciúmes. Eu me virei contra alguém que escondeu de mim os reais motivos que o trouxeram pra cá.

–Ele não escondeu nada, Paulo. Aquilo deve ter sido algo do passado que o Mauro distorceu, e você inconvenientemente acreditou. - Sam tenta apaziguar tudo.

–Eu pensei tudo aquilo, mas o que você não entendeu é que aquilo não ocupa mais meus pensamentos. E se eu realmente quisesse ser como você eu já seria, e até melhor.

–Ok! Já que acha mesmo isso... PROVE! - Paulo grita de volta para seu irmão. - A partir e hoje considere nossas relações cortadas. Não vamos nos falar nunca mais. Ou pelo menos até você assumir que seus planos de roubar meu bando e o Gabriel.

–Como é que é? - Joey afastou Will e Tammy, e chegou mais perto de seu irmão , olhando no fundo de seus olhos. - Está cortando relações com seu irmão por causa de um inimigo que está procurando a nós dois? Quer mesmo fazer isso? Por que, se fizer, não terá volta.

–A única coisa que eu quero é uma confissão sua. De que toda a raiva que sente por mim ainda não foi embora. Pelo menos assim eu posso ter certeza da pessoa que você realmente é.

–Eu não vou confessar nada, porque eu não fiz nada. E você pode ficar com sua casa, seu bando, seu título, se ele é tão importante pra você, e ficar no lado norte da cidade.

–E ficarei lá até você me pedir desculpas por fingir se importar comigo, e desejar quem eu amo.

–Não vou pedir desculpa nenhuma. Agora quem está dando as cartas sou eu. Se você ou qualquer um do seu bando atravessar para o lado oposto o resultado será expulso a base de porrada.

–Por mim está ótimo. Se quer mesmo morar no meio da floresta, você é que sabe.

–Ele vai ficar na minha casa! - Wes intervém.

–O que? - Paulo olha para a varanda com raiva. - Você vai compactuar com ele? - Ele anda na direção do bruxo, que faz um gesto com a mão e ele congela onde está.

–A briga foi entre vocês dois. Eu não tenho nada a ver com isso. Mas ele é meu amigo, e eu não deixar ele vagar por aí como ele fez por anos.

Sem ter o que dizer, ele vai embora com sua matilha na direção oposta a de Joey. Mas algo estranho estava para acontecer. Todos começavam a se dispersar. Gabriel permanecia no meio do quintal, em choque. Todos estavam relativamente longe, percebendo seu choque Weslley foi até ele consolá-lo.

–Eu sei... também estou em choque. Vamos entrar? Acho que temos uma conversa para ter.

–Eu acho que vou ficar aqui um minuto.

–Tudo bem , mais não demore.

Ele deixou seu amigo sozinho no quintal, conforme ele desejava. Estava relativamente tenso, mais teria que se acostumar com aquilo. Brigas entre aqueles dois eram mais frequentes dos que respirar. Wes nunca se envolvia com nada daquilo, devido a um acontecimento de seu passado, ele tinha se acostumado a sempre ser neutro nesses conflitos. Até chegar na porta os fundos de sua casa. Ele sentiu um arrepio na espinha ao passar pela porta. Ouviu um grito ao longe, e virou para trás e viu Gabriel sendo agarrado por uma mulher ruiva e excessivamente branca, que a experiência lhe disse imediatamente que era uma vampira.

–O quem você quer?

–Eu já tenho o que queria. - disse a vampira - Marcus mandou lembranças.

Imediatamente ela agarra Gabriel e começa a correr. Wes é rápido e lança raios na direção da vampira, mas ela desvia. Ele continua a lutar, porém ela já está longe demais para ser atingida pelos raios. Ele resolve usar as árvores para pegá-la, e funciona, de certa forma. Ele levanta os braços a seu olhos e mãos ficam brilhantes e as árvores começam a se mexer para pegá-la, mas ainda assim escapa e some de vista.

Desesperado, ele usa um feitiço para emanar um sinal para os dois bandos. Quase que imediatamente ambos chegam, de direções diferentes junto com Emerson e Lucas .

–O que houve? - Pergunta Paulo

–Gabriel foi sequestrado!

–O quê?! - Grita Joey, totalmente apavorado.

–Uma vampira o levou!

–Vampiros? Aqui em Erechim? - Pergunta Tammy

–Isso não é muito comum. Apesar do clima, a cidade nunca teve nenhum vampira morando aqui. - Sam acrescenta.

–Como ela era? - Pergunta Will. - Além das características normais de um vampiro.

–Bem, o cabelo era ruivo e os olhos eram muito negros e profundos.

–Ela deve ter vindo de um outro estado ou cidade. É a única explicação plausível. - Diz Andy.

–Mas o que uma vampira de outro lugar iria querer aqui com o Gabriel?- Diz Eric

–Ela não. Marcus. Quando ela foi embora ela disse: "Marcus mandou lembranças". Ele queria pega-lo só pra nos atingir. Precisamos encontrá-lo e rápido.

Não tão rápido. Uma voz alta e forte chama a atenção de todos, que olham pra floresta e veem uma figura fantasmagórica que apenas tinham ouvido falar até então.

Vocês não vão tentar encontrá-lo, porque se fizerem isso ele morre. E você, meu amor, ele diz para Wes com tom de deboche, não devia ter me rejeitado quando fui te visitar. Eu sempre digo: Ninguém me desafia sem consequências. Boa sorte pra todos.

E vai embora, desaparecendo no ar como uma nuvem de fumaça. Seja lá o que estivesse planejando, tinha dado certo. Mas todos precisavam arranjar uma maneira de achá-lo e rápido. Caso contrário nunca mais veriam Gabriel outra vez.


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Notas finais do capítulo

e aí ? gostaram do capítulo? eu estou super nervoso, então como sempre comentem o que acharam please



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